Oi pessoal, tudo bem? Queria dizer que adorei os comentários de vocês no último conto... E vocês são muito engraçados também, adoro todos, beijos! Boa leitura!
Continuando...
Após todo aquele alvoroço ocorrido na festa do Rick tratei de levar o Dimitri, que não estava nada bem, para casa. Vou dirigindo novamente e ele ao meu lado segue calado com uma feição triste e assustada em seu rosto, eu não sabia descrever bem, mas eu estava muito preocupado com o Dimitri e tinha que ajuda-lo de algum jeito.
Chegando à casa do Dimi, entramos e peço para ele tomar um banho para relaxar os músculos e descansar a mente. Enquanto isso eu fui preparar pra ele um chá de camomila e preparar também sua cama para ele/nós dormir.
Terminei de preparar a cama do Dimi e logo ele sai do banho, com um roupão preto. Ele não estava muito bem, estava se arrastando pelas paredes quase caindo...
-Dimitri, tá tudo bem? –perguntei me aproximando.
Ele põe as mãos nos cabelos e começa a puxá-los, senta no chão encostado a parede e começa a chorar de tão atordoado.
-Eu não aguento mais, eu não aguento mais! –falava ele igual a um louco.
-Dimitri o que está acontecendo? –pergunto chegando a frente dele e o fazendo olhar pra mim.
-As vozes, elas estão em minha cabeça Cadu! Eu não aguento mais elas, elas estão aqui. –fala ele pondo o dedo na cabeça.
-Dimitri, calma! Eu estou aqui! –falei tentando acalmá-lo.
-Não, você não tá, eu estou sozinho! - ele estava agindo como um paranoico.
-Por que você bateu no Rick? –perguntei.
-O Rick é mau, ele é ruim... Ele era mau, estava fazendo o mau... – nesse momento ele levanta desesperado e com as mãos na cabeça andando de um lado para o outro.
-Dimitri para! O que está havendo com você? –perguntei segurando ele pelo braço.
Nesse momento a raiva invade seu olhar e ele me pega com força apertando meus dois braços e diz;
-Eu não gosto de você, não gosto quando você fala... –e me apertou mais sentindo prazer naquilo.
-Aí, Dimitri tá doendo. –falei gritando.
Logo ele percebe que estava me machucando e sua expressão muda novamente. Ele segue em direção a um espelho que tinha no corredor de seu apartamento e olhando triste pra si mesmo põe as mãos na cabeça e me pergunta:
-O que está acontecendo comigo Cadu? Eu não tenho mais controle do que faço ultimamente, parece que algo me controla, tem vozes em minha cabeça... Eu não sei o que eu faço! –e chorou.
Aproximei-me dele e o abracei com força.
-Calma! Eu vou lhe ajudar a resolver isso, acredite em mim, você vai sair dessa! Agora é hora de você descansar meu príncipe. –falei o puxando para a cama.
O fiz deitar-se, o fiz tomar o chá, massageei seu corpo e relaxei seus músculos. Depois, deitei sua cabeça em meu colo e acariciei seus cabelos até ele pegar no sono. Meu príncipe dormindo era como um anjo, mas acordado era tenso por si só.
Chegado o dia seguinte, como era um domingo não pude levar Dimitri ao médico. Mas por sorte ele não teve nenhuma crise, não o deixei sai de casa e dei bastante chá calmante pra ele para ele ficar sonolento, e assim se passou o dia. Na segunda, liguei para o instituto em que o Dimi trabalhava e avisei que ele não estava bem e que eu o levaria ao médico, eles disseram que tudo bem e que apenas necessitariam de um atestado médico pelos dias que ele ficaria fora. Marquei uma consulta pra ele com um médico do mesmo instituto do Dimi, aí seria conveniado, era um clínico geral e avaliando a situação ele encaminhou o Dimi diretamente para um Psiquiatra. O especialista também era do instituto então a consulta foi no mesmo dia...
-Bem, só consegui chegar a uma conclusão. –falou o doutor.
-E qual é doutor? –perguntei curioso e o Dimi preocupado.
-Dimitri, você apresenta um grau mediano, mas já avançado de... ESQUIZOFRENIA.
Dimitri olhou pra mim e eu o olhei com uma cara de: “Eu estou aqui para te ajudar!”.
O doutor continuou:
-As vozes em sua mente, as agressões aos amigos queridos, falta de emoção, os transtornos de raiva e os pesadelos não podem ser outra coisa.
-E por que eu tenho isso doutor? –perguntou Dimi.
-A Esquizofrenia não tem bem uma história, não sabemos bem de onde ela vem. Sabemos apenas que ela é hereditária, mas fora isso qualquer um pode desenvolver sem nenhum por que, mesmo tendo uma saúde emocional excelente. Alguém de sua família já teve? –perguntou o doutor.
-Não.
-Então isso simplesmente se desenvolveu em você, não tem um por que... Bem, agora você vai para a psicoterapia, talvez com isso consigamos descobrir um por que de tudo isso.
-Mas enquanto isso doutor, até a psicoterapia fazer efeito? –perguntei.
-Sim, não devemos descartar a ideia de que ela demora a apresentar os primeiros resultados, principalmente por que o Dimitri em um grau de zero a dez está com grau oito de esquizofrenia, e ainda apresenta um início de transtorno bipolar, que eu logo já quero tratar. –falou o médico pegando papel da receita para a medicação. – Vou passar para ele um remédio que vai ajudar nos pesadelos e nos transtornos de humor, que é a bipolaridade. O segundo vai tratar a parte de agressividade, vai lhe segurar um pouco. A partir daí tenho mais antipsicóticos, um deles vai tratar a parte das vozes na mente, o outro da falta de empatia que ele está tendo e outro para as distorções da realidade que o cérebro está fazendo. E por último um que você tomara de manhã, que disfarçará quando algo de ruim estiver acontecendo com você, te dará mais autoconfiança Dimitri. –falou o médico.
-É realmente necessário ele tomar tudo isso doutor? –perguntei preocupado.
-Sim. O grau da doença está avançado, e essa doença é perigosa. –falou o doutor. –Outra coisa Dr. Dimitri, seus pacientes vão ter que arrumar outro dentista, que até a outra consulta você não volta a trabalhar, vou fazer o atestado e trinta dias em casa senhor.
Dimitri parecia estar triste com aquela situação. Ele se levanta dizendo que vai ao banheiro e eu fico no consultório com o doutor.
-E mais uma coisa. –continuou o doutor. –Os remédios também demoram a fazer efeito e durante as três primeiras semanas ele pode ter uma crise muito forte a qualquer minuto, por isso evitar qualquer tipo de estresse é fundamental. Caso ele tenha a crise, e for muito forte Cadu, você terá que me ligar e eu terei que mandar enfermeiros na casa para buscar o Dimitri, ele terá que ser internado até o tratamento começar a fazer efeito, caso contrário você pode estar correndo risco estando com ele. Ah não ser que você queira que eu o interne já, que no meu ponto de vista é o mais indicado! –o doutor olhava sério pra mim.
-Não doutor, dá uma chance a ele, eu não vou deixar ele se estressar, prometo e não o faça sofrer. –falei.
-Tudo bem, mas espero que você esteja ciente do risco que está correndo. –falou o doutor.
-Sim, eu estou! –falei.
ContinuaSPOILER:
Lua de mel Rick? Espero que aproveite bem, e... Use o cinto de segurança ao dirigir meu irmão. E você também Cheryl, quer dizer, você que se dane! Bem... Será?
