Me senti meio culpado por ter feito isso, mas eu estava lá para fazer aquilo, então eu não podia dar mole, resolvi me distrai um pouco, fiquei jogando o msm jogo que eu estava jogando com ele desde ontem , a casa estava silenciosa, acabei levando uns sustos e esquecendo de tudo. Recebi a notificação no meu celular avisando que o que eu estava baixando tinha sido concluído. Talvez muitos de vocês não gostem, mas eu sim, estava baixando o álbum do 30 Seconds to Mar e ficaria ótimo eu ouvindo o álbum e jogando, mas não sei porque me veio Arthur na mente, e resolvi ver ele. Passei vagarosamente pelo quarto dele, e o vi no mesmo lugar onde eu tinha o deixado, só que com a cabeça baixa, poderia ter se passado meia hora ou ate mesmo uma hora não sei o tempo coreto, e ele ainda tinha ficado ali. Me senti meio estranho, não pensei que ele teria ficado ali.
Passei muito tempo admirando ele, e pensando o que ele deveria estar pensando. Não me incomodava, ate gostei de ficar o olhando, e isso para mim foi o pior, “!eu estou gostando de olhar o Arthur ?” me senti muito estranho, com se não fosse eu, e porque motivo eu estava gostando, tinha ate medo de continuar pensando, tinha medo de saber o motivo.
Arthur- Você acha que eu não sei porque meu pai goto vc aqui em casa ? – nem percebi que ele estava na minha frente, passei tanto tempo pensando no que estava acontecendo comigo que não percebi ele se mover. Levei um susto de leve e me afastei um pouco dele.
Arthur- Você acha que eu sou um merda, um pobre coitado, um cara de 26 anos que só faz os pais dele sofrerem e que não sabe de porra nem uma da vida – ele estava com tanta raiva nos olhos, que pensei que ele iria me bater, mas não o fez, mas senti que o clima tinha ficado bem pesado.
Arthur- Mas eu não ligo para o que vc ou os outros pensam, to me fudendo. Eu odeio você, odeio o meu pai e essa mulher com quem ele se casou. Você acha que ele e o certinho mas o que você não sabe e que ele matou minha mãe e meses depois se casou com essa mulher com quem ele vive hoje- Me surpreendi, não sabia o que falar, na verdade não tinha nada que falar, eu só poderia ouvi-lo, e principalmente porque eu sentia que ele sentia muita dor, parecia que ele tinha guardado isso por tanto tempo. Queria abraça-lo sabia que erra o que tinha que fazer, mas antes ele teria que por tudo para fora. Nunca tinha me passado pela cabeça que aquela mulher não erra sua mãe, ou que a mãe dele de verdade tinha morrido.
