Segunda chance - 1 (Segunda Temporada)

Um conto erótico de Luca:)
Categoria: Homossexual
Contém 1742 palavras
Data: 01/06/2014 15:36:38

3 ANOS DEPOIS...

Era o fim de uma tarde fria em Curitiba, o vento gelado soprava forte fazendo com que a sensação de frio fosse ainda maior. Apesar do clima intenso a paisagem estava muito convidativa, sem falar que era impossível se negar a ver o por do sol. Nesses momentos intimistas somos levados a pensar na vida. Eu estava com 29 anos, prestes a completar 30 anos. Durante essa década da minha vida experimentei intensamente dois sentimentos extremamente opostos, a felicidade e a tristeza. Encontrei uma pessoa que me completava em todos os sentidos, ao seu lado vivi a palavra “felicidade” em sua plenitude. Mas foi também ao lado desta pessoa que experimentei a mais profunda tristeza. Fomos separados pela vida, o mais certo seria pela morte. O Antônio se foi e em mim deixou um grande vazio, que no meu pensamento, dificilmente poderia ser preenchido. O tempo se encarregou de trazer o conforto ao meu coração.

Fui interrompido dos meus pensamentos com alguém balançando meu braço.

João – Pai! Vem assistir televisão comigo.

O João estava com oito anos e conforme crescia se parecia cada vez mais com seu pai. Ele também já havia se conformado com a morte do Antônio, a partir daí passou a me chamar de pai. Aceitei o título com um imenso prazer.

Eu estava de férias da agência, me dei esse presente depois de quase três anos ininterruptos de trabalho. Esse tempo me dediquei exclusivamente ao João que necessitava da minha presença mais constante.

Eu – Já estou indo. Pega um cobertor no meu quarto enquanto eu peço pizza.

João – Uhuuullll!!!

Ele saiu gritando pela casa de felicidade quando disse que íamos comer pizza. Aquela alegria era o que me motivava a seguir em frente.

Meu coração ainda estava em modo “off-line”. Saí com alguns caras durante esse tempo, mas nenhum deles evoluiu para um relacionamento mais sério, nossos objetivos eram bem divergentes. Na verdade a única pessoa que me fez sentir que poderia ser feliz novamente se encontrava a quilômetros de distância. Nunca mais tive notícias do Carlos depois que ele foi para os Estados Unidos. Cometi um tremendo erro e paguei por isso.

As noites com o João eram maravilhosas, com sua alegria ele me dava forças sem perceber. Na verdade era ele que cuidava de mim. Assistimos alguns filmes aquela noite e comemos até não aguentarmos mais, fazíamos isso quase que todos os dias. Ele deitou no meu colo e em poucos minutos dormia pesadamente, ele nunca conseguia assistir mais que dois filmes seguidos. Levantei e o levei até o seu quarto, acomodei ele na cama e dei um beijo de boa noite. Voltei para sala para terminar de assistir o filme que estava até que muito interessante, ali mesmo peguei no sono.

Acordei na manhã seguinte com uma dor insuportável no pescoço por ter dormido de mal jeito, mas nada que uma dose cavalar de analgésico não resolvesse. Tomei um banho e corri para arrumar o João para a escola, ele ainda estudava na mesma escola que a filha do Carlos antes dele ir embora. Enquanto eu fazia o café ele me veio a mente, isso estava acontecendo com certa frequência nos últimos dias. Já faziam três anos e ainda sim eu pensava nele. Com certeza ele seguiu com a vida e deve estar casado até. Procurei afastar aqueles pensamentos e dar continuidade ao meu dia que estava apenas começando.

João – Estou pronto, pai.

Eu – Tome o seu café que logo vamos sair. Vou só me trocar.

Beijei o alto da sua cabeça e corri para o meu quarto, coloquei uma roupa mais apresentável para levá-lo até a escola. Aquele dia ainda teria que passar na agência para assinar alguns papéis, mas nada que me prendesse lá por muito tempo.

No caminho o João ia contando como estava ansioso pelas férias. Aquele ano eu havia prometido que iríamos para Disney nas férias de julho. Ao deixar o João na porta da escola foi inevitável não lembrar novamente do Carlos. Aquilo me deixou com raiva de mim mesmo, como eu poderia ainda lembrar dele mesmo depois de tanto tempo?! Corri para agência, pois ali eu tinha certeza que tais pensamentos não iriam me perturbar.

Cheguei e fui recebido pelo Eduardo, que depois de acompanhar toda a minha história se tornou um amigo maravilhoso.

Eduardo – Que cara é essa?

Eu – Que cara?

Eduardo – Essa cara de quem quer matar um. Fala logo o que aconteceu.

Com ele eu podia me abrir, eu precisava disso.

Eu – É tudo culpa do Carlos.

Eduardo – O que?

Respirei fundo para retomar um pouco da razão.

Eu – Já faz alguns dias que não paro de pensar nele. Sei que é idiotice minha, que foi eu que causei todo esse sofrimento.

Eduardo – Você não está sendo idiota, você foi um quando deixou ele ir. Agora só está sofrendo por amor.

Eu – Obrigado pela consideração.

Eduardo – Disponha! Só um conselho. Não deixe que isso te impeça de viver como a morte do Antônio fez. Com certeza o Carlos está seguindo com a vida, então você deve fazer o mesmo.

Aquilo foi um pouco duro de ouvir, mas necessário.

Eu – Obrigado pelo conselho.

Eduardo – Agora assine estes papéis e vá embora, você está de férias.

Eu – Me deixa ficar só um pouco mais?

Eduardo – Não!

Eu – O João está na escola e eu não quero ficar sozinho em casa.

Eduardo – Vá arranjar alguma coisa pra fazer, como por exemplo, arranjar um homem pra você.

Gargalhei com o jeito que ele disse aquilo.

Eu – Você imitando um gay é a pior coisa do mundo.

Eduardo – Para você ver que não nasci pra coisa.

Depois de assinar os documentos fui praticamente expulso da agência pelo Eduardo. Ele estava coberto de razão, eu iria atrás de um homem, mas não naquele momento. Resolvi ir ao shopping fazer algumas compras para o João e é claro que para mim também. Ao passar pelas salas de cinema vi um filme que estava louco para ver em cartaz, não pensei duas vezes e comprei o ingresso. Para minha sorte a sessão estava quase para começar, peguei a pipoca e corri para a sala que estava completamente cheia. Custei um pouco para achar o meu lugar e me acomodar. Quando estava passando alguns trailers dois rapazes pediram licença para passar, como a sala já estava escura não pode ver seus rostos. Eu como uma pessoa super educada dei espaço para passarem, mas o segundo rapaz esbarrou no da frente fazendo com que o refrigerante caísse na minha calça.

Eu – Mais que droga, olha só o que vocês fizeram.

Rapaz – Me desculpe, não foi minha intensão.

Eu – Eu sei que não foi intencional, mas isso não muda o fato de que minha calça está cheia de refrigerante.

Até aquele momento o rapaz que estava atrás não havia se manifestado, mas ele viu minha irritação e interviu.

Rapaz – Ele já pediu desculpas. O que mais quer que ele faça?

Quando ouvi aquela voz senti um calafrio subir pelo meu corpo. Não era possível ser ele.

Eu – Carlos?

Carlos – Sim!

Senti uma raiva tão grande que minha vontade era esmurrar ele ali mesmo.

Eu – Tinha que ser você mesmo.

Saí da sala transtornado por vê-lo de novo. Corri para o banheiro para tentar secar minha calça, já que o acompanhante do Carlos havia me lavado de refrigerante.

Eu – Aquele idiota tinha que aparecer justo hoje que decidi viver minha vida. E quem era aquele outro que estava com ele?! Por que ele tinha que voltar?!

Eu resmungava no banheiro sozinho enquanto tentava secar minha calça, até que alguém entrou e parou a alguns passos de mim.

Carlos – Você como sempre sendo mal educado.

Eu – O que você quer aqui?

Carlos – Vim ver como você está?

Eu – Molhado! Graças ao seu amigo.

Carlos – Você foi grosseiro sem motivo.

Eu – Ele derramou refrigerante em mim. Você queria que eu agradecesse?!

Carlos – Foi um acidente.

Eu – Não importa. O que você está fazendo aqui? Não era pra você estar no EUA?

Carlos – Voltei semana passada após terminar o meu curso.

Depois que minha raiva aliviou pode ver que ele estava mais lindo ainda, principalmente com a barba por fazer. Percebi que as minhas defesas estavam baixando, mas logo tratei de voltar a defensiva.

Eu – Não me importa. Agora pode voltar para o seu amigo.

Carlos – O Júlio não é meu amigo...ele é meu noivo.

A sensação neste momento foi como se eu tivesse levado um soco no estômago, senti o ar sair dos meus pulmões e não voltar.

Eu – Noivo?

Carlos – Sim!

Engoli seco aquilo com um gosto amargo na boca.

Eu – Felicidades para os dois.

Me ajeitei e saí do banheiro, mas ele segurou o meu braço com força.

Carlos – Precisamos conversar.

Eu – Nós não temos nada o que conversar. Isso tudo é resultado do meu erro, já me acostumei. Solta o meu braço, por favor?

Vi em seu rosto tristeza quando eu disse aquelas palavras. Ele seguiu em frente e era o que eu deveria ter feito, mas não fui capaz de fazer isso. Saí do banheiro sem chorar, quando entrei no carro foi inevitável, chorei feito criança. Ele havia voltado, só que agora estava noivo, ele pertencia a outo.

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Oi pessoal!

Não aguentei...kkkkkkkkkkkkkkk. Acordei com uma ansiedade tremenda para postar a continuação.

Espero que gostem tanto quando o meu primeiro conto.

esperança - Obrigado pelo carinho. Bjos

DW-SEX - Não me diga uma coisa dessa. Fiquei chateado:\ Mas você deve ter seus motivos e eu o respeito por isso. Obrigado pelo carinho. Bjos

Edu19>Edu15 - Obrigado pelo carinho. Bjos

stylo - Obrigado pelo carinho. Bjos

diiegoh' - Obrigado pelo carinho. Bjos

Peludodf - Meu querido! Adorei nossa conversa...ri demais com você. Obrigado pelo seu carinho. Bjão

ze carlos - Novo por aqui! Eu que agradeço pelo seu carinho. Bjos

Ru/Ruanito - Oh amigo...me perdoe por ter te esquecido, não foi de propósito. Que bom q chorou...kkkkkkkkkk. Obrigado pelo carinho. Bjos

Pyetro_Weyneth - Amigo....sou eternamente grato pela sua amizade. Espero que nas férias possamos retomar nossos papos. Bjos

FabioStatz - Está aí...um presente pra vc. Obrigado pelo carinho. Bjos

K@k@uzinha - Obrigado pelo carinho. Bjos

M. Bahia - Oh amigo...vlw mesmo. Você tem uma parcela de culpa nisso, já foi o meu conselheiro enquanto escrevia. Obrigado pelo carinho. Bjos

Plutão - Oh querido...fico feliz demais por saber que gostou tanto do conto. Obrigado...de coração. Um abraço bem apertado e carinhoso pra vc. Bjos

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Comentários

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Pois então se prepare! Seu amigo ansioso, chato, com tendencias a Pai de Santo voltou....... e em breve estarei acompanhando tudo o que vc escreve! Abraços

Peludodf

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Como demorou pra continuar... mas o importante é voltou, parabéns pelo conto.

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ai meu Deus,amando já. continue continue continue.

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Adoraria ser seu amigo...Seus contos são ótimos.....meu skype é paulacarvalho32.Bjs e abs

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Finalmente \o/ Eu li a primeira temporada desse conto há alguns meses e assim que terminei, já fiquei ansioso pela continuação. Ainda bem que voltou a escreve-lo. 10

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Tudo que escreve é maravilhoso! Já li todos os contos, mas não tinha conta pra comentar. Anciosa pela continuação. Bjos

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Tenho sim...mas isto não vem só caso, vamos comemorar sua volta... Ansioso como sempre pela continuação.

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Tava morrendo de saudades desse conto. Perfeito como sempre, amigo.

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Nossa que tenso,ate chorei aqui...torcendo pra que de td certo!

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