Clara passou o celular dela pra mim que atendi imediatamente.
Bruno: Alô.
Eu: Oi, e ae, o que ta rolando?
Bruno: Os pais-"bota no viva voz" Andressa e Clara falavam- dele ja chegaram aqui no hospital e tão falando muito no ouvido dos dois lá, eu disse que só conhecia eles de vista mas ajudei a trazer o Carlos pra cá, os pais dele tavam desesperados perguntando se alguem ficou sabendo, eu disse que achei melhor não dizer pra ninguem ai eles me agradeceram.
Eu: Eu falei pra vocês que ele ja tava cheio de merda arrumando problema com os outros...
Andressa: Ele ja acordou?
Bruno: Não, o medico disse que provavelmente só amanhã, ele teve que costurar a boca e a sobrancelha.
Eu: Nossa... Os pais dele disseram se vão fazer alguma coisa?
Bruno: Alguma coisa como?
Eu: Dar queixa na policia, justiça, alguma coisa assim -olhavamos pro Daniel, que encarava o chão com cara de puto e arrependido ao mesmo tempo-.
Bruno: HAHAHAHAHAH mano, quando o medico disse pros pais que ele tinha apanhado de alguem, falaram que foi bem feito pra ele aprender a parar de fazer merda, eu me segurei pra não rir.
Andressa: Isso é porque o pai dele é advogado e ainda tem um escritório, imagine a quantidade de merda que esse cara ja não fez...
Eu: Mas qual o estado dele?
Bruno: O Daniel ta ai?
Daniel: To Aqui.
Eu: Ta no viva-voz, pode falar.
Bruno: Aí mano... tu fez estrago cara... depois que limparam a cara dele deu pra ver, tudo arrebentado. a boca toda estourada, sobrancelha rasgada, olho roxo, bochecha inchada, ah, sem contar no ombro dele que você deslocou.-Daniel escutava aquilo calado. Era visível no seu olhar um certo espanto, ele sabia que tinha perdido o controle-... Porque você fez isso mano? 2 socos seus já ia ser suficiente pra ele parar de te perturbar, não precisava ter descarregado sua raiva nele...
Daniel: ...Sei lá cara... eu perdi o controle. Eu tava de cabeça quente, só queria ficar quieto, mas o cara vem me encher o saco? Eu sei que eu exagerei mas... ah cara, sei lá... Não sei mesmo...
Bruno: É foda, eu sei... mas você se arrepende? - ele levantou o rosto devagar, só agora sem culpa em sua expressão-.
Daniel: Posso me arrepender de ter perdido o controle porque essa não foi a primeira vez que isso aconteceu, e também não sei se eu iria distinguir alguém que eu tenho afeto por uma pessoa que não tenho, mas me arrepender de ter feito isso com ele? Não mesmo... ele mereceu, ele vai aprender com isso. Mesmo que vire só boato ele vai perder a moral, e quando isso acontecer, ele não vai ser mais ninguém.
Bruno: Nossa mano... você é frio pra caralho... -esse com certeza era o pensamento de todos nos sobre o Daniel naquele momento- enfim, vou desligar pra voltar-
Daniel: Cara, você tem como voltar sozinho daí do hospital?
Bruno: Putz, nem tinha pensado nisso.
Clara: Você levou elê pra qual hospital?
Bruno: (hospital).
Andressa: Porra, é longe pega um táxi.
Bruno: Eu não to com dinheiro suficiente pra chegar até ai.
Eu: A gente racha aqui quando chegar.
Daniel:Cara, eu vou aí te pegar, o mínimo que eu posso fazer depois de ter arrumado essa merda toda.
Andressa: Como que cê vai aparecer no hospital se os pais dele tão lá?
Daniel: Mas eles não sabem que fui. Só você me emprestar seu carro.
Eu: Cara, você tem certeza que tá com a cabeça boa?
Daniel: Gente, podem ficar tranquilos que eu não vou la pra desligar os aparelhos do cara, só vou pegar o Bruno e volto, nem saio do carro -ele quebrou um pouco o clima ruim e até rimos um pouco-
Bruno: Ta beleza então, tô te esperando aqui.
Daniel: Quando chegar te ligo, até. Tô indo então gente, daqui uns quarenta minutos to de volta.
Eu: Cuidado, e vê se não faz besteira. -ele saiu do quarto-
Andressa: Você tem que prestar mais atenção com o jeito que você fala com ele, ta começando a dar pinta.
Clara: Verdade.
Eu: Como assim?
Andressa: 'Cuidado, e vê se não faz besteira'. Julio, se ele não tivesse de cabeça cheia com essa situação toda, com certeza ele ia estranhar. -realmente, aquilo foi óbvio demais, mas a preocupação falava mais alto-.
Eu: Nossa, eu nem me toquei disso... ta foda cara, parece que tem uma foto dele colada no meu cérebro, porque ele não sai da minha cabeça! Não importa o que eu to fazendo, pensando, com quem eu esteja ou onde, uma hora algum pensamento meu vai acabar dando no Daniel, é horrivel. Principalmente quando eu to com o Gustavo, eu fico imaginando como seria se fosse o Daniel alí... as vezes eu penso seriamente em me declarar pra ele sabe... é horrivel ficar com isso guardado dentro de você por tanto tempo... que saco mano, por que ele? LOGO ELE?!?! Porra, não precisava ser nem mulher, até se fosse o Gustavo seria mais facil, mas não, tem que ser a pessoa mais improvavel de se acontecer alguma coisa, porra!!!
Clara: Se o Gustavo não ta dando jeito, por que você não tenta outra pessoa? Aposto que cara legal por ai não falta.
Andressa: Ih colega, pode ter certeza que ja tem mais gente de olho nessa sua bundinha de academia, migo.
Eu: Ainda tem isso, eu não tenho coragem de largar o Gustavo nem dizer o que tá acontecendo, eu ja cheguei longe demais pra simplesmente parar com ele, se eu fizesse isso ele ia se machucar pra caralho... eu não sei mais o que eu faço... -abracei um travesseiro apertei meu rosto contra ele-.
Andressa: Posso te dar um conselho de amiga, do fundo do coração?
Eu: Eu imploro.
Andressa: Vamos pedir uma pizza cheia de queijo derretido.
Clara: Caralho, a fome veio forte agora hahahahah
Eu: Ainda bem que vocês me conhecem ahahhahahaha. -pedimos a pizza e ficamos assistindo filme, não lembro qual era, só sei que era uma comédia romantica-. Vocês botaram esse de propósito né?
Clara: Só porque você ta sofrendo, não quer dizer que a gente não pode aproveitar a situação
Andressa: Vai que você não aprende nada com o filme?
Eu: Vocês são duas vadias.
Clara: Tambem te amamos -a campainha toca-.
Andressa: Deve ser a pizza, vou lá pegar -ela trouxe as pizzas pro quarto, eram duas-
Clara: A gente vai esperar eles pra comer?
Andressa: Ah, sei não, tô morrendo de fome.
Eu: Agora que vocês falaram, já faz mais de uma hora e eles ainda não voltaram.
Clara: Ai gente, será que deu mais confusão?
Andressa: Pera que eu vou ligar pro Daniel. -Eu não aparentava, mas estava morrendo de medo de ter acontecido mais alguma coisa-. Alô? Oi, cadê vocês?...Ah tá... Vem logo que a gente pediu pizza...Claro, se você não reparou, aqui só tem gordo...tá, foda-se, vem logo que eu tô com fome... Ta,tchau. -alívio...-
Eu: E aí?
Andressa: Eles passaram na faculdade pra pegar o carro do Daniel e na casa do Bruno pra pegar as coisas dele.
Eu: O Que que ia acontecer se o carro dele ficasse lá?
Cara: Ih, foda-se o carro dele, eles estão aonde?
Eu: Caralho sua Grossa, isso tudo é saudade da piroca do seu macho?
Clara: Pelo menos eu tenho um macho HAHAHAHAHAH.
Eu: Caralho, que escrota, não brinco mais com você
Clara: Chora, bebê
Andressa: Ai cala a boca vocês dois... hahahah caralho Julio, essa doeu até em mim. enfim, eles Ja tão vindo, disse que em 10 minutos eles chegam. Vou botar a pizza no forno pra não esfriar.
Eu: Vai ter volta, sua quenga
Clara: Bla Bla Bla, meu nome é Julio e eu não tenho um macho pra me dar surra de pica.
Eu: Vai ficar mesmo de golpe baixo, sua puta? -prendi os braços dela contra a cama, subi em cima dela, escarrei e fiquei ameaçando deixar meu cuspe cair no seu rosto, ela tem muito nojo disso-
Clara: NAAAAAAAAAAAO!!!! JULIO, PARA POR FAVOR, JULIO NÃO FAZ ISSO -quase chorando- JULIO PELO AMOR DE DEUS NÃO FAZ ISSO, JULIO PARAAAAAAAA!!!
Eu: Então pede desculpa.
Clara: DESCULPA!! PARA POR FAVOR JULIO! -saí de cima dela-
Eu: Da próxima vez eu deixo cair.
Clara: Se você fizer isso eu arranco seu pinto fora, seu tosco de merda.
Eu: Own, vem cá -dei um abraço nela-
Clara: Sai, seu nojento.
Vânia (mãe da Andressa): ANDRESSA SUA CORNA, POR QUE CE NUM ME FALOU QUE TINHA PIZZA?!?!
Andressa: SAI DE PERTO DA MINHA PIZZA, VOCÊ SABE QUE NÃO PODE COMER ESSA PORRA!
Vânia: UM PEDAÇO NÃO FAZ MAL!
Andressa: O MEDICO FALOU QUE FAZ, TIRA A MÃO DAÍ!
Vânia: SÓ UM PEDAÇO!
Andressa: VAI DORMIR, SUA LOUCA! -os gritos pararam e alguns momentos depois a Andressa chega no quarto, eu e Clara já nem respiravamos direito de tanto rir daquela situação-. Bora lá pra sala senão minha mãe vai comer a porra da pizza. -fomos andando aos tombos ainda de tanto rir, a Andressa e a mãe dela juntas são melhor que qualquer comédia de stand up-.
Clara: Cacete, cadê eles? Tô morrendo de fome. -foi ela dizer isso e alguns segundos depois eles chegaram-
Andressa: Porra, demoraram pra caralho, devia tá bom lá no motel.
Daniel: Não, o Bruno grita demais, cadê a pizza? Mó fome...
Bruno: Você que pediu pra eu ser cachorra, não trepo mais com você.
Eu: Com licensa, isso é viadagem demais pra minha fome.
Andressa: Ai ai... -olhei pra ela enquanto ia pra cozinha e ela me encara de volta com um sorriso debochado-.
Passamos o resto da noite comendo pizza, falando merda e jogando no xbox da Andressa. Lá pra meia noite, se não me engano, Bruno foi tomar banho e fomos arruma nossos trapos pra irmos dormir, no meio da arrumação vejo o Daniel de costas pra mim tirando a jaqueta, eu parei e fiquei admirando com o coração à mil e o estômago louco também. Debaixo da jaqueta ele usava uma blusa de manga comprida que era um pouco colada em seu corpo, aquela visão era maravilhosa pros meus olhos e eu já estava hipnotizado. Eu achei que não poderia ficar melhor, mas aí vejo ele cruzando os braços na ponta da blusa e puxando ela pra cima, ali eu vi o paraíso, e me lembro dessa cena perfeitamente até hoje. Consegui ver todos os músculos de suas costas se movimentando para fazer com que seus braços tirassem sua blusa. Ele era bem branco, não devia pegar sol sem camisa há muito tempo, suas costas eram largas e o ombro dele grande. De repente ele se vira e eu o vejo de frente. Sei que vocês devem estar acostumados com descrições de caras assim aqui no site, eu mesmo já achava cliché demais quando lia descrições de caras assim por ai na internet (esqueci de dizer, mas eu tinha começado a ler contos gays na internet lá pra abril de 2011), mas quando eu vi o Daniel sem camisa eu entendi o porque da frase "a vida é um cliché". Sim, ele era gostoso pra caralho. sim ela era um Deus grego. Sim, ele tinha um peitoral de dar inveja em muita gente e o tanquinho tambem. Vou tentar achar pela internet foto de algum homem que tenha o tronco parecido com o do Daniel e vocês vão entender do que eu tô falando aqui, e pra compensar a falta de "ação" (por enquanto) vou dar todos os detalhes possiveis. Os músculos do seu abdômen eram bem definidos e pra me torturar mais ainda tinha pelos negros e lisinhos que começavam bem acima do umbigo e desciam aumentando um pouco a quantidade até sumir dentro da calça.
Naquela imagem que me dava água na boca duas coisas me chamaram bastante atenção, uma muito aleatória e a outra mais incomum. A primeira era que ele raspava as axilas (bem aleatório, eu falei), e a outra era uma cicatriz abaixo da suas costelas direitas, que apesar de ser incomum, aumentava o tesão nele absurdamente. Naquele momento, pra mim o mundo tinha se resumido no Daniel e absolutamente mais nada, mas fui acordado pelo próprio daniel, que quando me dei conta estava me encarando perguntando:
Daniel: Que que foi cara?
Eu: hã...?
Daniel: Você aí olhando pra mim como se fosse um leão e eu um pedaço de carne, sou tão gostoso assim?
Eu: Não, nada, eu tava olhando a sua cicatriz -óbvio que era mentira-
Daniel: Ah, a cicatriz...
Clara: Como você fez ela?
Daniel: Eu fiz quando era criança, tinha 8 anos. Tropecei e cai em cima de alguma coisa, não me lembro o que era.
Clara: Não perfurou nada?
Daniel: Não, foi só o corte mesmo.
Andressa: Nossa, deve ter doido pra caralho.
Daniel: Na verdade eu não lembro da dor mas eu chorei bastante, então deve mesmo ter doido pra caralho. Julio, passa minha mochila do seu lado ae.
Ele pegou uma blusa pra dormir e vestiu, acabando com a melhor imagem que eu já tinha visto na minha vida. Daniel saiu do quarto pra vestir sua calça de dormir.
Andressa: Caralho Julio, você vai dormir mais feliz que nunca hoje.
Clara: Gente, ele é gostoso pra caralhooo! -ela dizia sussurrando-.
Eu: Eu só... só quero deitar...
Nem esperei os outros e fui me deitar, mas mesmo assim não conseguia fechar os olhos com aquela cena dele tirando a blusa reprisando a cada segundo na minha cabeça. Sabe quando algum fato te deixa meio estático? Assim eu fui dormir, aliás, dormir foi uma das últimas coisas que eu fui fazer.
Por sorte e as vezes azar, eu sou o tipo de pessoa que se algo me marca muito, eu provavelmente vou sonhar com aquilo, e dessa vez não foi diferente. Infelizmente não lembro do sonho todo, só de ver o Daniel pelado nele, mas eu lembro de acordar e sentir minha cueca toda gozada hahahahaha. Depois disso cada um foi pra sua casa e as coisas seguiram normalmente, apesar de que na universidade todos ja sabiam o que tinha acontecido com o Carlos, ninguém nem mencionava o Daniel, aparentemente já tinham outras pessoas que diziam querer bater no Carlos, mas ninguém se manifestou, então as coisas continuaram só por especulação.
Já na metade do ano o primeiro período tinha chegado ao fim, e como nenhum de nós cinco tínhamos ficado com nada pendente no curso, a Andressa nos chamou pra passar uns dias na casa de praia dela, aqui no litoral. Nós 4 sempre viajávamos pra lá desde que nos conheciamos, porem dessa vez Andressa chamou o pessoal de exatas, além do Daniel. Só depois de tudo resolvido pra viajarmos parei pra pensar que o Daniel e o Gustavo nunca tinham ficado perto um do outro por mais de 5 minutos. Eu e o Daniel já éramos amigos muito próximos, ja o Gustavo era meu "ficante" -odeio esse termo mas não tenho outro melhor pra usar por enquanto- e eu tinha bastante consideração por ele, mas os dois mal se conheciam, o Daniel não sabia que eu era gay, e nem o Gustavo sabia que eu era apaixonado pelo Daniel, então eu não fazia ideia de que tipo de situação poderia sair daquilo, mas deixei rolar.
Decidimos sair em dois carros, no do Daniel, que iria eu e meu pessoal e no carro do Gustavo que iria o pessoal dele. Pegamos a estrada seguimos viagem, parando apenas no supermercado pra comprar comida (e bebida, claro). Eu gosto de viajar de noite, me acalma, a conversa durante o trajeto era legal e descontraída, sempre falando bastante besteira e rindo.
Chegamos era por volta de 1 da manhã eu acho, arrumamos mais ou menos a casa e já preparamos logo as coisas pra dormirmos, comemos alguma coisa e a maioria foi dormir, não sei quem ficou acordado, mas eu fui um dos que capotei na cama. A casa era grande e tinha 3 quartos, sendo duas suítes, piscina e churrasqueira, só que ninguém ali sabia fazer churrasco, então não rolou picanha hahahahahaha. Ficou eu, Gustavo, Larissa e Daniel em uma suite, Bruno, clara, Marcos e Luisa na outra suite e Andressa e Amanda no quarto normal. No dia seguinte eu acordei era lá pro meio dia e pouco com cheiro de comida sendo feita, eu estranhei porque era cheiro de alguma coisa bem temperada, molho. Troquei de roupa, lavei o rosto, escovei os dentes e fui me juntar à quem estava acordado, que no caso eram só o Daniel, luisa, clara e agora eu.
Eu: OI Oi Oi, bom dia -todos me deram bom dia-. Caralho, que cheiro bom é esse?
Clara: O almoço, bela adormrcida.
Eu: Qual o rango que tem pra hoje?
Daniel: macarrão com molho branco.
Eu: Desde quando você sabe cozinhar assim?
Daniel: Desde quando eu não quero viver a base de miojo e salsicha.
Luisa: Caramba, se dependesse de mim nem miojo teria, ia geral morrer de fome hahahah
Daniel: Então sorte nossa que eu sei virar a Ana Maria Braga.
Eu: Cara, cê tá fazendo quantidade suficiente pra 10 pessoas né?
Daniel: 10? Você é um buraco negro, contigo na viagem eu preciso fazer quantidade suficiente pra 15.
Eu: Ainda bem que tu já aprendeu.
Daniel: Se abusar vai ficar com fome.
Eu: desculpa, Hitler
Daniel: acho bom.
O resto do pessoal foi acordando aos poucos e com isso deu tempo da comida ficar pronta. Almoçamos e caralho, aquele macarrão tava bom demais, eu repeti hahahah eu nunca imaginária que o Daniel saberia cozinhar daquele jeito, mas me surpreendi. Depois ligamos o som e ficamos na piscina comendo besteira e bebendo. Daniel não quis entrar pois disse que estava frio, e realmente estava, mas com o tempo ele poderia ir se esquentando como os outros na piscina. Eu sai pra beber um pouco e sentei do lado dele na mesa da churrasqueira e puxei papo.
Eu: E ae, vai beber nada não?
Daniel: Po cara, nem sou de ficar bebeno, só se tiver coisa que eu gosto.
Eu: Ah cara, que isso, a gente comprou coisa pra caralho aí, da pra fazer várias bebidas.
Daniel: Se você fizer eu bebo.
Eu: O que tu bebe?
Daniel: várias paradas cara, o que tem aí de álcool?
Eu: Ó, tem vodka, claro, tem umas cachaça aí que eles compraram, tem curaçau blue.
Daniel: Caralho, tem curaçau?!
Eu: Vish, acordei o alcoolatra que tava dormido em você hahahaha
Daniel: Porra cara, se tu me arrumar curaçau, soda e limão eu bebo com você até amanhã.
Eu: Então se prepara que a gente vai ficar aqui até o galo cantar.
Ficamos conversando e bebendo, o pessoal foi juntando, tava um clima legal, ficamos bastante tempo assim e depois eu só me lembro de acordar no dia seguinte com uma dor de cabeça do inferno, Me arrumei e fui pra cozinha onde já tava quase todo mundo, menos uns 2 ou 3 que estavam na mesma situação que eu, incluindo o Gustavo hahahaha.
Daniel: Ih, ó quem acordou, a princesa ressaca.
Eu: Ressaca? Do jeito que tá já virou tsunami. Caralho, vocês botaram boa noite cinderela na minha bebida? Porque eu não lembro de porra nenhuma.
Andressa: Claro que botamos Julio, e depois filmamos você sendo estuprado por nós todos ao mesmo tempo. Que mané boa noite cinderela o caralho, a gente que bebeu igual bezerro bebe leite, a diferença é que nós somos fracos e apagamos na primeira oportunidade.
Daniel: Foi bem engraçado, porque quando você já tava virado de bêbado e eu fui te trazer pro quarto, você veio de lá de fora até aqui vomitando e falando merda hahahaha -tive um mini ataque cardíaco, que tipo de "merda" eu teria falado pra ele?-. Mas a vencedora mesmo foi a Clara, só faltou a cabeça dela girar pra ela virar a menina do exorcista, porque os jatos de vômito foram idênticos.
Andressa: CARALHO É VERDADE HAHAHAHAHAH.
Clara: Ai gente, para, não quero saber disso.
Eu: Nossa que merda cara... mas e tu filho duma égua? eu lembro que você tambem bebeu curaçau igual água, como tu tá legal agora?
Daniel: apesar de não beber muito, eu sou difícil de cair, meu amigo.
Eu: Sei... um dia eu ainda tiro uma foto sua com uma cachoeira de vômito descendo na sua própria roupa.
Daniel: Mas até lá você já vai ter passado por 30 vezes mais situações piores, então eu ainda vou estar no lucro.
Clara: Ai gente, vamos parar de falar de vômito. Dani, que que tem pra comer hoje?
Eu: Nossa verdade, meu estomago já tá rosnando aqui.
Daniel: Hoje tem panqueca pros bêbados de plantão.
Eu realmente ta vá impressionado com o Daniel sabendo cozinhar, e pelos comentários de todos eu não fui o único. a panqueca tava ótima e to dos gostaram. De tarde eu fui dormir porque ainda tava meio mal, acordei quase de noite e a casa tava meio vazia, o que eu estranhei.
Olhei em todos os cômodos e só vi a Clara dormindo no quarto, mesmo resolvi não acorda ela pois devia estar pior que eu. Olhei do lado de fora e o Gustavo tava sentado na mesa da churrasqueira mexendo no celular.
Eu: Cade o pessoal?
Gustavo: Eles saíram pra andar na praia -me sentei do lado dele-.
Eu: Não foi porque?
Gustavo: Pra ficar um tempo com você.
Nós começamos a nos beijamos e eu percebi há quanto tempo eu não fazia sexo e comecei a pensar na possibilidade da minha primeira vez com um homem ser com o Gustavo, ja que com o Daniel seria algo mais dificil de acontecer do que eu ganhar na mega sena.
Eu: tem camisinha aí? -pela cara dele, acho que ele não esperava por aquilo-
Gustavo: Acho que tenho na minha mochila... você quer fazer isso?
Eu: Quero.
E fomos nos beijando até nosso quarto, ele pegou a camisinha e botou em cima da mesa. Os beijos foram ficando mais quentes, mais vorazes, ele tirou minha blusa, eu tirei a blusa dele, tiramos nossas bermudas e ficamos nos beijando de cueca com nossos paus duros feito pedra. Ele começou a passar a mão no meu pau por cima da cueca, ele parou e me perguntou:
Gustavo: Sua primeira vez?
Eu: Com outro cara sim.
Gustavo: Então fica tranquilo que eu conduzo as coisas.
Eu: Tudo bem.
Ele foi descendo e me beijando no caminho, quando chegou no meu pau ficou cheirando e passando a boca por cima da cueca, depois foi tirando a cueca devagar e começou a beijar e lamber a cabeça do meu pau, tirou ele todo da cueca e foi engolindo, eu pedi pra ele ir devagar senão eu ia gozar muito rapido, chupou minhas bolas e depois voltou pro meu pau. Depois de uns 5 minutos eu fiz ele subir e voltamos a nos beijar e eu fui descendo até seu pau, ele ficou olhando e disse "Não precisa engolir tudo." E assim eu comecei a chupar ele bem devagar e sem prática pra não machuca-lo. Depois de alguns minutos eu já conseguia ir até a metade, ele me levantou, abriu a camisinha, botou no meu pau, me botou na cama com as costas apoiadas na parede e sentou em cima de mim. Quando entrou tudo eu pedi pra ele esperar um pouco pois senão eu ia gozar. A gente ficou se beijando e depois ele começou a subir e descer no meu pau devagar. Ficamos assim, ele foi aumentando a velocidade, após uma pausa pra eu não gozar de novo ele saiu de cima de mim e ficou de quatro, me posicionei atrás dele e enfiei meu pau dentro dele. Ficamos assim até eu anunciar que ia gozar, ele disse pra eu continuar, começou a bater punheta, poucos segundos depois eu solto um urro anunciando que eu tinha gozada, e logo atras ele, que suja o lençol todo que estava em baixo.
Depois do sexo, cansados e ofegantes nos deitamos na cama e ele diz:
Gustavo: O que achou?
Eu: Bom pra caralho hahahaha.
Gustavo: hahahah ainda bem que gostou... eu esperei um bom tempo por isso.
Eu: desculpa a demora, mas as coisas ainda eram meio confusas pra mim.
Gustavo: Eu entendo, sei que tudo tem seu tempo -ele me deu um beijo-. Agora vamos tomar banho antes que eles cheguem.
Tomamos banho, limpamos o lençol e ficamos na churrasqueira bebendo e conversando. Pouco tempo depois o pessoal volta e toda aquela bagunça da noite anterior recomeça. Algum depois o Daniel sai olhando pro celular e diz:
Daniel: Vou ali fora rápidão -e saiu andando com o celular na mão-
Andressa: Vai aonde? -ele não responde e continua-.
Começamos a jogar cartá e beber, mas não como no dia anterior, todos ainda estavam lucidos. Após algum tempo jogando o Bruno diz:
Bruno: Pessoal, ja faz mais de uma hora que o Daniel saiu.
Gustavo: Parecia que ele ia atender o telefone lá fora.
Eu: mais de uma hora no telefone?
Gustavo: Sei lá ué, conversando com alguém.
Eu: Eu vou la fora ver.
Antes de sair eu olhei dentro de casa, mas não estava lá. Fui olhar do lado de fora, abri o portão e nada dele. Fui para o meio da rua, olhei para todos os lados mas não o avistei. Comecei a me preocupar. Voltei apressado pra churrasqueira.
Eu: Gente, ele não ta lá fora.
Andressa: Como assim? Você olhou dentro de casa?
Eu: olhei, fui lá fora e ele também não ta lá.
Clara: Ai meu deus, será que aconteceu alguma coisa?
Marcos: Ele não tava bêbado?
Gustavo: Não, tu viu que o cara aguenta mais do que 1 copo -tento ligar do meu celular pra ele mas não atende-.
Eu: Merda de celular. Bruno, me dá o seu -tento ligar-. Porra, caixa de mensagem.
Luisa: será que ele não foi só andar?
Andressa: depois da gente ter acabado de voltar de uma caminhada? -Eu tentava ligar pra ele mas nada, mandei mensagem mas sem resposta, ja estava começando a ficar com medo-.
Clara: Não é melhor ir procurar ele?
Andressa: Espera mais um pouco pra ver se ele responde as mensagens pelo menos.
Eu: Andressa, ele saiu com o celular na mão, ja dava tempo dele ter respondido a droga da mensagem, ja tá de noite, ele não conhece esse lugar e pode tá perdido sem sinal no telefone, vamos procurar ele.
Clara: Vai sim gente, ja era pra ele ter voltado.
Bruno: Andressa, vem com a gente que você conhece melhor aqui.
Andressa: Ta bom, vamos de carro que é mais rápido.
Gustavo: Eu vou com vocês, qunto mais gente pra procurar melhor.
Eu: Ta, o resto fica aqui, se ele aparecer liga pra gente.
Saimos à procura do Daniel. Primeiro demos uma volta no quarteirão, depois começamos a olhar pelas ruas mais afastadas, 15 minutos mais tarde eu ligo pra Clara perguntando pelo Daniel, ela diz que ele ainda não apareceu nem mandou mensagem, e a cada segundo que se passava o medo aumentava. Eu pensei que ele pudesse ter arrumado briga com algum no meio da rua e tivesse acontecido alguma coisa, aí já estava quase entrando em desespero olhamos em bares e mercado nos pra ver se descobriamos algo, mas ninguém nem tinha visto ele passar. Voltando pra casa prontos pra comunicar a policia, Gustavo da idéia de procurarmos pela praia, único lugar onde ainda não tinhamos procurado. Por sorte a luz da luz nos ajudaria caso víssemos pelo menos a imagem de alguem. Pela areia fui eu e Bruno e Andressa e Gustavo no carro pra iluminar a praia com o farol. Andamos até chegar em frente à casa da Andressa e nada, resolvemos continuar mais um pouco, porém já sem esperanças. Já cansados de gritar o nome dele, eu avisto de longe uma silhueta sentada na areia. Eu corro pra ver e logo atras o Bruno. Gritei o nome dele algumas, mas como não ouve resposta pensei ser um pescador qualquer, mas ao me aproximar mais vem o alívio, era ele. Me aproximo afundando o pé de raiva na areia pronto pra expressar minha preocupação em forma de xingamentos, mas sou surpreendido quando escuto seu choro, antes abafado pelo barulho das ondas.
Mais de duas semanas sem aparecer... depois de tanto tempo sem dar notícias eu me sinto até envergonhado de voltar assim do nada, mas a verdade é que eu tive problemas essas duas semanas e juntando com a minha falta de tempo eu simplesmente não conseguia escrever o capítulo, mas finalmente voltei e espero que esse testamento que eu escrevi tenha pelo menos entretido vocês. Desculpa mesmo galera, do fundo do coração. Antes de me despedir quero pelo menos responder cada comentário individualmente pra mostrar que eu não abandonei vocês:
Tack: sim, quem está ou já foi apaixonado entende do que eu falo. Você já sentiu ou sente paixão por alguém? Sim, o Daniel sempre teve esse ar misterioso, e isso que atiçava minha curiosidade por ele. E me desculpe por prolongar sua ansiedade, mas garanto que vai valer a pena.
Hogu: Você curtiu ele no modo sanguinário né? Hahahaha fica tranquilo que ela ainda vai voltar. Não vou revelar nada que possa estragar o clima de ansiedade, pode ficar tranquilo sobre isso tambem.
Alguem93: eu queria poder não deixar vocês esperando tanto :/
Ben_UdiaMG: que bom que tá gostando, ainda vai ter muito mais, isso é só o começo.
Nizan: Eu já pensei em fazer isso, mas tive medo de perder ele como amigo também. Eu sei que não foi a melhor das jogadas, mas eu achei que seria pior fazer vocês terem que ir ler outro capítulo pra entender o que tava acontecendo. Sim o Daniel é bem recluso sobre ele mesmo, mas teve seus motivos, que vão aparecendo ao longo da história.
Monster: vão ter vários outros momentos assim, ainda maiores
Leoman: Vai ter mais confusão pela história, pode esperar.
Irish: espere e verá. Sobre a parte do envolvimento, garanto que vai valer a pena toda essa demora. Isso eu conto hoje em dia com certa tranquilidade, mas quando aconteceu, só quem viu pra saber como realmente foi
M(a)rcelo: só lendo pra saber. desculpa fazer esperar tanto pela continuação, mas tem horas que a vida engole a gente e não temos tempo pra mais nada.
É galera, foi isso, agradeço os comentários e votos, mais uma vez peço perdão pela demora mas realmente não pude fazer nada sobre. Críticas e comentários é só escrever, vou tentar responder-los individualmente a partir de agora. Torçam pra que dessa vez o próximo capitulo não atrase, até a próxima