Estado de Nova Iorque, centro-atlântico dos Estados Unidos, ano 2014 D.C.
Muito tempo se passou desde a última vez que o Pedro e eu nos vimos, estava tudo bem até fevereiro deste ano, quando os pais deles tiveram que voltar pro Brasil, visto que seu pai tinha negócios pendentes, foi uma triste despedida, só eu e o meu amor sentados no Central Park, abraçados chorando. Chegamos à conclusão de que chorar não nos levaria a nada, do contrário a essa altura já teríamos acabado com a fome na África de tantas lágrimas que fluíram dos nossos olhos rsrs. Combinamos trocar mensagem pelo skype, facebook, whatsapp, qualquer ponte tecnológica que nos interligassem estava valendo srsr. Até ai tudo bem, com exceção do fato de que estaríamos à milhas de distância um do outro, contudo passou se dias, que acabaram se tornando semanas e depois meses, sem termos qualquer contato, eu estava desesperado, logo eu que julguei ter encontrado minha cara metade, já não sabia o que fazer, caminhar pelas ruas da Times Square já não era a mesma coisa, mesmo com todas aquelas luzes dos painéis e outdoors, minha vida estava em um completo breu, um vazio. Ler mitologia grega também não resolvia, sem ele não tinha a mesma graça, era como ir a um aniversário que não tem bolo ou ir numa biblioteca sem o acervo de livros. Pensei em ligar para ele, apesar das tarifas do interurbano, era meu amor, por ele valia a pena, mas não obtinha resposta, sempre ocupado ou caixa de mensagem. Era oficial, ele me abandonou.
E assim meus dias foram passando, estava entrando em depressão, nada me animava, ouvir Lady GaGa, também não ajudou, meus pais, no intuito de me animar, compraram ingressos para a artRAVE: The ARTPOP Ball Tour, ver a Lady GaGa talvez funcionasse melhor que apenas ouvir rsrr. Confesso que fiquei feliz, afinal uma das pessoas que eu mais admirava no mundo estava ali, cantando para min.
Duas semanas depois eu já não tinha mais esperanças de rever o meu BB, até que recebi uma ligação no meio da noite, NYC estava silenciosa aquela noite, exatamente igual ao nosso primeiro encontro, para minha surpresa era a mãe do Pedro, a Sra. Alice quem estava do outro lado da linha, ele estava com um tom de voz doloroso, aparentemente estivera chorando, foi então que falou do que se tratava, ela ligou para me avisar que o Pedro havia morrido, que ele vinha lutando contra um câncer a anos, e que este foi o verdadeiro motivo da ida repentina ao Brasil, que durante esses meses ele estava internado, porém não resistiu, que só me ligou porque encontrou o diário dele e lá tinha meu número, além de longas páginas recitando o quanto ele me amava. Meu mundo oficialmente acabou, não quis acreditar, comecei a chorar, joguei o telefone contra a parede, não sentia mais vontade de viver, fui no banheiro, e com um pedaço de vidro, comecei a me flagelar, mas, para o alivio de meus pais, não consegui tirar minha vida.
Segui minha vida perambulando pelas ruas de Nova Iorque. Anos se passaram, mas nunca esqueci o Pedro, chorava toda noite e desejava morrer logo, se houvesse uma outra vida, lá encontraria meu amor e juntos viveríamos cada segundo como se não houvesse amanhã...
Pedro Carter Santos
Bom pessoal encerro aqui meu conto/romance, o fim foi triste, e durou muito pouco, mas eu tenho uma quedinha por finais infelizes, talvez devido a minha vida estagnada srsr 2 beijos, até breve.
