Você é Meu...Amor-4 O Inesquecível Beijo!
Estar amando é sentir o medo da entrega encorajadora. É perceber-se pego em flagrante existencial, no exato momento em que se roubava do próprio ser o principal tesouro escondido. É sentir-se marginal das próprias defesas. É não controlar o ficar vermelho, o encabular em hora errada (certa). Estar amando é viver em publico a autodenuncia do melhor de que se é capaz.
Ela me beijou, diferente do sonho, o beijo era mais gostoso, com pegadas. Sua boca tem um gosto bom, doce. Suas mãos ficaram segurando minha cintura. Para equilibrar meu corpo, como se eu não comandasse meu corpo, minha mão prontamente foi até seu rosto, acariciando. A outra, ficou atrás do pescoço, puxando seu cabelo, beijando com pegada. Fui me entregando ao beijo, bom, agradável, gostoso, e com pegada. Agora, sua língua pediu acesso a minha boca, deixei ela passar. De uma forma diferente, começamos a nos movimentar, parecíamos está dançando. Sendo que não cantou musica de amor.
Voltando ter a minha consciência, me desaproximei dela. Olhando e não acreditando no que fiz. Seu cabelo tingido estava de lado.
-Gostou? –Me encarou, se aproximando de mim, com passos lentos.
Olhando ainda para ele, dei um passo para trás, recuando. –Não!! –Assim, sai do banheiro correndo.
Depois de minutos, chego em casa. Subo para o quarto, onde me jogo e começo a chorar, por tudo que estava acontecendo, por aquela garota ter arruinado meu dia, por minhas amigas, não serem mas minhas amigas. Agora tinha o beijo. Aquela garota. Nossa, que coisa foi o beijo, não sei explicar.
Escutei alguém bater na porta, decididamente fui atender. Assim que abro a porta, meu irmão adentra feito furacão no quarto, seu rosto vermelho e seus olhos inchados. Me preocupei com ele, apesar de tudo, somos irmãos.
-O que houve menino.
-Tudo!! –Me abraço com força. –Ninguém quer minha amizade, nem falar comigo. –Parou e começou a chorar. –Mana, isso foi armação, alguém fez isso, tenho certeza.- Disse convicto, ficou me encarando. Saindo do abraço.
-Hum. –Não dei muita bola. –Sabe, isso vai passar e todos esquecerão. –Falei, pondo minha mão na mão dele, amenizando e dando conforto.
-Não!!! –Gritou. –Você está bem? Bom, está com a cara meio triste. –Kaiã disse, ele e suas manias de descobri como as pessoas se sentem.
-Aconteceu algo. –Eu deveria acrescentar mais, sendo que fiquei cabulada e me sentei na cama. Fiquei olhando ele em pé.
-Fala...
-Eu briguei. –Seus olhos reviraram, sua cara era puro desgosto.
-Você acha bonito isso? Ainda mas no tom de voz que você disse, não se arrepende de ser assim não garota? –Meu irmão me deu sermão.
-Mas...
-Nada disso Karina, poxa, se nossos pais ficarem sabendo do que aprontamos hoje, perdemos a mesada, apesar que, eles já querem tirar nossa mesada mesmo. –Ao se sentar ao meu lado, eu o abracei com força.
-Eu não entendo, não entendo! –Assim eu repetia direto.
-O que não entendi. –Disse confuso.
-Porque a vida é injusta, ontem estava mar de rosas, hoje, uma porcaria. Perdi minhas melhores amigas, por causa daquela garota.
-Karina, quanto a mim e você, sabemos que, cultivando aquilo que plantamos. Então, se você fez o mal, assim seja. –Sua voz grossa, era musicas para meus ouvidos.
-Eu sei Kaiã, mas, estou num momento difícil de minha vida.
-Isso é porque você não aceita ser quem você é verdadeiramente.
-Não vem com essas lições não. –Disse irritada.
-Fique calma mana. –Ele disse se levantando. –Se precisar de algo, estarei aqui. –E pela primeira vez, vi outro lado de Kaiã.
Sei que, todos têm defeitos, mas Kaiã era até demais. Sendo que, tem o seu lado bom, suas qualidades. Um garoto meigo e gentil. Faz todos rirem, um verdadeiro cômico quando quer. Apesar de tudo, de ele ser assim, é porque devido ao que vivemos, uma maneira ampla de amenizar a dor que sentíamos em algo. Nossos pais são bem rigorosos a tudo. Quando falo tudo, eu digo, TUDO mesmo. Pensam que, eles podem mandar em nos, nos nossos gostos, e o modo de vestir. Estão enganados, mas como respeito, eu faço tudo que eles querem. Aprendi que respeito é tudo.
Decididamente, pensei em me deitar e dormir.
Apago...
A noite estava linda. E eu estava triste na varanda de casa, olhando para a lua. Que estava brilhosa e grande. Respiro profundamente. Tentando tirar toda agonia dentro de mim. Após isso, sinto uma mão em meu ombro, olho de soslaio para cima vê ela. A menina que me persegue.
-Oi gata, tudo bem? –Sentou ao meu lado, pondo a mão em minha coxa.
-Melhor agora, -flertei. –sua presença é inesquecível, só de sentir você chegar perto de mim... –Assim eu me arrepio toda.
-Haha, minha fofinha. –Revirei os olhos.
-Minha guria. O que manda? –Falei com ela.
Ficamos em silêncio, observando a lua. Às vezes, me pegava olhando para o rosto dela, sereno, e uma incógnita. Difícil de ser ler sua expressão. De vez em quando, o silêncio pode significar varias coisas, e ser definido, a aquele momento constrangedor... amoroso silencioso e triste. Minha mão prontamente tocou a dela, ela olhou para mim e sorriu. Que belo sorriso.
-Sabe, seu sorriso é lindo, foi ele que me cativou e me fez apaixonar por você. –Disse, com a voz baixa.
-Já em você, foi seus olhos e seu jeito meigo de ser. –Falou comigo, apertando minha mão e mordendo o beiço. Eu ri.
-O dia está perfeito. –Voltei olhar para lua.
-Verdade, nunca pensaria que ficaríamos juntas. Depois de tudo, finalmente, estamos aqui. Eu e você, sabe por quê?
-Não. –Confusa eu estava, agora olhei para seu rosto.
-Bem, simples, porque meu amor é você. Amamos uma a outra, o amor é capaz de tudo, de atravessa uma onda, quebra barreiras. –Disse, sendo a romântica de sempre.
-Exatamente, ele é sublime e verdadeiro. Quando o amor tem esses dois elementozinhos, jamais pode ser despedaçado. Quem diria, eu viveria ao seu lado, após a um beijo, tudo mudou. –Falei, dando selinho nela.
-Sim, como a sociedade é hipócrita atualmente, sofremos muito. Não entendo o porquê de eles agirem assim, somos nós, e não eles. –Ela disse com raiva.
-Não, tu não entende como é. Pois bem, realmente eu acho isso uma palhaçada e irrelevante. Tem medo que contaminemo-los.
-Mas não temos doença.
-Ai que está, a gente não tem. Sendo que eles pensam que temos, por sermos diferente, eles acham que isso é uma doença.
-Hum, bandos de idiota. –Disse ela se levantando. –Ain, vem cá. –Segurou minha mão e me puxou de encontro ao seu corpo.
-Que foi guria. –Disse encarando sua boca gostosa e irresistível de se não beijar.
-Me ame mas, e fale menos.
-Então, tá!!
Segurei em volta de sua cintura, e lasquei um beijo, doce, quente, feroz, com volúpia e amor. Sentir um misto de sentimentos bons fluindo, e eu, estávamos amando tudo aquilo. Sua mão era quente e ficava acariciando meu rosto. Paramos de nos beijar. Ficamos nos encarando. Rimos feitas duas crianças bobas apaixonadas, sendo que era invertido. O que sentíamos uma pela outra, era amor.
-Eu te amo, mas do que tudo nesse mundo, a melhor coisa que aconteceu em minha vida foi você ter aparecido nela. –Assim, ela ficou dando-me vários selinhos.
-Ta ta. Eu já entendi. Eu também te amo, depois de tudo que passamos, merecemos paz, amor e sossego. –Beijei ela, não um demorado.
-Vem, vamos ir algum lugar.
Assim eu acordo. Fico fitando o teto. Sentir meu corpo pesar, tudo girar. Procuro meu celular pra mandar mensagem pra Camila, ai me lembro de que ela está com raiva de mim, me sentindo triste suspiro pesadamente. Até onde minha vida foi chegar. Decididamente, me levanto da cama e decido ir ao shopping renovar minhas roupas. Sim, eu estava precisando disso.
-Kaiã quer i ao shopping comigo?
-Quero sim.
Pegamos dinheiro e fomos. Quando eu chego lá me encontro com as meninas, elas ficaram me olhando de cima em baixo.
-Nossa olha quem está aqui. –Camila disse, comentando de mim para as garotas.
-Verdade, eca, ter que frequentar o mesmo local do que essa garota ai. –Heloisa disse, me olhando com nojo.
-Essa área é publica okay. –Falei olhando para as três.
-Humm, seria melhor ter um mendigo em minha frente do que você. –Heloisa disse com deboche.
-Até ele fedendo eu aguentaria, agora gente falsa, suporto.
-Meninas chegam de papo. –Falei pra elas.
-Quem tem papo é galinha meu amor. –Camila disse, com ironia.
-Então eu vim do mesmo galinheiro do que vocês. –Escutei eu dizer isso.
-Ta maluca? A única piranha aqui é você. –Heloisa disse se aproximando de mim.
-Viu como fica ofendida? Eu te chamei de galinha querida e não piranha. Ofendeu-se por que é!! –Vociferei.
-Karina, vamos, as deixa pra lá. –Kaiã me alertou.
-Isso foge o vadia. –Camila disse.
-Não me ofendeu nem um pouco, o que bate aqui, volta. –Assim sai dali as deixando de queixo caído.
-Karina o que você tem na mente? Sério, não der ideia a elas. –Kaiã disse, aborrecido.
Eu fiquei olhando pra ele. Ele é mas alto do que eu, então, eu fui e abracei-o com força. Meu rosto ficou em seu peitoral, forte e bem trabalhado, por causa da academia. Eu solucei, ofegante, mas solucei. Ele acariciava meus cabelos. Tentando me acalmar.
-Calma, elas nunca mereceram sua amizade. –Disse com a voz tangível.
-O problema não é esse, é que... eu nunca imaginaria elas dizerem algo abominável pra mim. –Meus olhos ardiam.
-Vem, vamos comprar mas roupas.
Após ter comprado bastante roupas, quando eu me refiro o “bastante” é bastante mesmo, devo comprar um guarda-roupa novo, pois esse não cabe todas minhas roupas. Chegando em casa e mas calma, eu vou direto pro meu quarto. Eu iria mudar o meu visual, então, decididamente eu peguei a tesoura e fiz um baque louco em meu cabelo. Tirei três dedos na ponta do meu cabelo. Fiz uma franja, ao qual eu tingi de azul meio que violeta. Fiz a sobrancelha. Roupas que eu usava pra ir a escola, joguei tudo numa bolsa, pra doar. Agora o que faltava era arrumar aquele espaço.
Depois de algumas horas depois, saio do quarto, me deparo com meu irmão, ambos ficamos de boca aberta. Quanto ao meu e o dele estava um pouco idêntico na cor. Seu cabelo estava bem cortado, do lado estava na um baixa. Pintado de cinza claro, em cima ficou azul. Dando um efeito legal, um azul meio que verde. Que realça sua beleza e os olhos.
-Uau!! –Exclamamos uníssonos.
-Nossa, seu cabelo ficou demais. –Falei primeiro, o deixando impressionado.
-O seu? Ficou divino *o* amei. –Me abraçou.
-Sabe, estou achando que daqui pra frente para ambos, será eu e você. *_* -Eu disse;
-Com certeza. –Concordou ele.
Na manha seguinte, me arrumei. Coloquei uma blusa que eu amo muito da The prettuy reckles. A da Taylor. Passei laxe no meu cabelo. Uma calça rasgada, e a mochila da banda Evanescence. Um cordão que é uma lua.
Quando desço a escada vou direto pra fora, entro no carro e me deparo com meu irmão.
-Está fantástica. –Disse ele olhando para minha boca, que está com um batão bem preto.
-Obrigado querido, daqui pra frente serei eu mesma, como você me disse.
-Bem que eu queria ser eu mesmo. –Sua voz era pura taciturno, e seus olhos tristes.
-Porque não seja?
-Não posso, vamos esquecer isso, e bola pra frente. –Sorriu.
Chegando na escola, todos olham pra mim. Sim, eu impressiono qualquer um por onde passo. Na sala de aula, as aulas transcorriam muito bem. O intervalo eu fiquei na sala. Na hora da saída, algo acontece, como se meu corpo quisesse ir ao banheiro. Então, fiz o que ele pediu, chegando lá, eu fico olhando para mim mesmo no espelho.
-Sou linda. –Falei pra mim mesma.
-Eu sei disso, e bota linda nisso. –Olhei para trás e lá estava ela, a garota que me beijou. –Engraçado, vamos ficar nos beijando sempre no banheiro? E nem vem com que tu não gostou, porque, você cedeu o beijo e correspondeu. Que tal agora. –Piscou um de seus olhos pra mim.
-Vo... vocês. –Gaguejei.
-Pode ficar calma, eu te entendo menininha dark. –Aproximou de mim. Eu estava numa enrascada, eu deveria sair dali de uma maneira. Estava encurralada, com a garota que não sai dos meus pensamentos, o que eu faria agora?
Meninas me desculpem pela demora, é que, não estou nada bem, passando por momentos dificies. Amo todas vocês e quem quiser falar comigo.
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Agradeço a todas que comentaram, e até. Beijos.
