Amizade verdadeira virou amor, capítulo 9.

Um conto erótico de Fabi Dion
Categoria: Homossexual
Contém 1187 palavras
Data: 10/06/2014 03:40:40

Queridos, agora que me recuperei bem pretendo voltar a escrever normalmente sobre minha vida e desventuras cotidianas. Agradeço pelos elogios, críticas, sugestões e opiniões aqui faladas. Minhas agradecimentos se estendem, principalmente a: Drica (Drikita), Favo, Raffinha, Tiiih, Anjo ciumento, Alanis, Thiago Pedro, Ru/Ruanito e a tantos outros. Desculpem pela demora, mas os problemas físicos e psicológicos me desestruturaram, coisa muito recorrente nos gays. Que vida dura ! Mas, vamos em frente, quero aqui lembrar do querido Gui Bastos.

Vou rememorar a vocês um pouco do que já escrevi, para que a sequência lógica não fique comprometida com a demora de um capítulo para o outro.

Tudo começou em janeiro de 2011, quando eu, Fabrício Dion, entrei para o curso técnico de automação industrial no SENAI do Rio. Os meses foram passando, e os integrantes do meu grupo foram desistindo curso, por várias razões, e eu fui me reorganizando com as pessoas da sala. Deixe-me contá-los, eu sou moreno, tenho 1,73 m, olhos castanhos, corpo normal e 19 anos( atualmente, na época era 17). Minha família é grande, mas ainda bem que nem todos moram comigo. Meus pais são divorciados. Na minha adolescência começaram a ficar mais evidente para os familiares e conhecidos, de que era gay. Na escola sempre sofri bullying, por ser mineiro, e ter sotaque diferente e também por não apresentar características tipicamente masculinas. Pois eu não jogo futebol, apesar de torcer pelo Cruzeiro. Com aproximadamente 6 meses de curso, em julho de 2011, o curso deu uma guinada, pois várias pessoas saíram, e nós passamos mais tempo juntos, por exigência do curso( manhã e tarde), o meu grupo, passa a ser: eu, Marc, Vanessa e Mira. Uma amizade natural começa a se desenvolver entre eu e Marc e fomos aumentando o tempo juntos, com isso me apaixonei rapidamente por ele. Marc, mesmo que heterossexual, nunca demonstrou quaisquer sinais de desrespeito e homofobia. A namorada de Marc era linda e se chamava Geiza, morena, alta, corpo bonito e gente boa, eles tinham um entrosamento dos deuses.

Ouvíamos muitas músicas juntos, principalmente Adele e Celine, mesmo ele sendo hétero ele curte música mais do nosso público, não sendo preconceituoso, mas é claro que temos um gosto mais "refinado". É claro, os gays. No ano de 2011, conclui o ensino médio, e me comecei a me preparar para entrar na universidade. Que iria iniciar em janeiro de 2012. Minha vida sempre foi solitária, pois eu sempre achei que ninguém me entendia, comecei a ficar cada vez mais fechado a amizades e também a família; e fiquei cada vez mais focado nos estudos e amando secretamente Marc, e sofrendo claro por não ter a reciprocidade que eu esperava. Minha amizade com Marc se estreitava cada vez mais e passamos mais a fazer parte da vida um do outro. Gente, eu passei no vestibular no fim de 2011, e comecei a cursar no ano de 2012. O curso é História na UFRJ. Meu povo, a vida na universidade é algo incrível, a liberdade, o respeito, o não-preconceito as práticas dos outros. Adorei o clima que era aquilo ali.

Estava muito triste e passei a querer viver de forma "suja", eu ainda era virgem e me guardava para Marc, mas como ele era hétero e tmb evangélico, eu sentia que este amor era impossível. Na Faculdade, comecei a reparar em vários homens, e iniciei minhas paqueradas, um cara de 38 anos me chamou a atenção. Ele era estudante de Biologia e trabalhava como bombeiro aqui no Rio. O nome desse homem é Marcelo, e foi com ele que perdi minha virgindade e comecei a me envolver. Em uma viagem à Serra do RJ, nossa afinidade crescia. Ele me tratava tão bem que me sentia seguro, entretanto, Marc não sumia de meu campo de visão.

Seguindo....

O parque do Itatiaia é lindo e nesse clima frio correspondi timidamente ao romantismo de Marcelo...

Andando pelo parque, Marcelo me dá a mão e fico com vergonha, em meio à tantas pessoas. Marcelo com seu carinho foi derretendo o gelo petrificado do meu coração.

De volta à casa se seus pais, já de noite jantamos e ouvimos música. Sua mãe foi me mostrar sua imensa biblioteca, claro que fiquei fascinado. A mãe de Marcelo começou a me perguntar com havíamos nos conhecido, onde foi, se estávamos namorando sério, se minha família sabia disso, uma vez que eu tinha pouca idade.

Aquelas perguntas me deixaram nervoso, percebendo isso, ela colocou uma música de Celine Dion e foi me acalmando dizendo que era apenas preocupação de mãe. Marcelo era um filho que desde cedo havia saído de casa para se dedicar a vida militar. E ela ficava receosa dele ficar sozinho.

Ao som de Celine, a música era My Love ( http://www.youtube.com/watch?v=TkvWUdjg90o) fui me acalmando e respondendo às suas perguntas de forma tranquila e mais ou menos segura. Sua visão de mundo aberta e liberal me deixou mais tranquilo naquele dia. Educadamente fui tentando acabar com a conversa e chamar Marcelo, algo que ela percebeu e chamou seu filho. Ela mandou ele preparar o quarto para eu dormir lá. Fiquei com mais vergonha ainda.

Marcelo me chamou e fomos arrumar o quarto. Seu quarto era bonito, espaçoso, cheios de fotos de bombeiros resgatando vítimas. Ele foi arrumar a cama de casal, e aí senti receio de que estivéssemos indo rápido demais. Pedi gentilmente a ele que arrumasse um colchão para mim no chão, coisa que ele fez visivelmente a contragosto. Expliquei a ele que tinha vergonha dos pais dele, parece que ele concordou. Fomos dormir.

No outro dia, amanheceu fazendo um frio infernal. Os termômetros de rua marcavam -3°C e eu adorava aquela paisagem branca. Nunca me esqueço, às 07:13 hs daquela manhã fria, a neve começou a cair e eu vi minha vida triste passar rapidamente nos meus olhos e refletir sobre minha condição sexual, familiar, amorosa e existencial. Uma tristeza se abateu sobre minha pessoa e lágrimas foram rolando vagarosa e silenciosamente dos meus olhos. Fiquei mais de 30 minutos olhando a neve cair em sua mais profunda sepulcralidade. Em meios aos meus pensamentos conflituosos, surge Marcelo me abraçando por trás, quando olhei em seu rosto, ele viu minha tristeza e perguntou sobre os motivos de eu estar ali sem ânimo e parado. Dei uma resposta rápida e tentei me soltar de seu abraço, que ficou mais forte. Marcelo perguntou o que eu havia sofrido para ficar assim. Senti segurança em sua afetuosidade, porém não estava preparado para me envolver com ninguém e, nem contar sobre minha trajetória .

Marcelo me convidou para fazer um passeio com guia pelas montanhas de Itatiaia. Saímos no carro de seu pai e chegamos à agência de turismo da cidade. Contratamos um guia para nos auxiliar nas "andanças" pela cidade. Amei conhecer a história da cidade e desfrutar da beleza encantadora daquele pedacinho de paraíso do Rio de Janeiro. O guia nos mostrou um pico que de cada lado era uma cidade de cada estado, de um, era uma cidade do RJ, de SP, de MG. Fiquei rejuvenescido com aquela calmaria.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Fabi dion a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Passei a acompanhar a sua historia hoje, e adorei, acho que vc deveria dar uma chance para o Marcelo, ele esta se mostrando uma ótima pessoa, carinhoso, compreensivo, companheiro, vc deveria investir nele.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

que bom que não demorou a postar.!!!.acho que voc dveria da uma chance pro marcelo,pois ele demostra a todo lnstante que gosta de voce .sei que dificil esquecer o marc.mas vai ser melhor pra voce.ah ia me esquecendo eu faço parte de um grupo no face chamado cdc vip.na qual tbm faz parte o ruanito .mais e o thiago pedro se voce quiser particpa é só mandar solicitação bijokas

0 0
Foto de perfil genérica

Legals q voltou . o pico hahaha se uma criança nasce ali seria Mineirocalista Hasuahsuahsuahs

0 0