A Máfia dos Solteiros - Capitulo 1 parte 2

Um conto erótico de Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 1215 palavras
Data: 13/06/2014 08:18:26
Assuntos: Homossexual, Gay, Amigos, Sexo, Amor

Oi galera .

Vou explicar aqui pra vocês . aquela foi a primeira parte do capitulo 1 aqui vou postar a segunda.

alguns capitulos são muito grandes então vou separa-los em 2 ou 3 partes ok?

obrigado a todos.Continuem votando e comentando.

##################################################################################################################################################################################################################

CAPÍTULO 1 – OS QUATRO GRANDES AMIGOS parte 2

Juntos, entraram de mãos dadas no meu velório. Queriam ter a certeza que contariam com o apoio um do outro. Devagar, se aproximaram do meu corpo com medo do que veriam e, depois de alguns instantes de silêncio absoluto, começaram a externar o que estavam sentindo.

_Não posso acreditar que isso esteja acontecendo. _falou Lennon completamente estarrecido.

_Eu também não! _completou Pascoal com a voz sussurrada. _Ele era tão jovem, tinha tanta vida pela frente!

_Eu não tô falando disso. _completou Lennon. _Eu tô falando desse caixão pobre, dessa madeira vagabunda.

_Isso não é nada. _disse Ítalo. _Olha só essas flores, que coisa mais mixuruca! Acho que se fossem de plástico estariam mais bonitas.

_E essa maquiagem? _disse Júnior. _Ele tá a cara daquela drag queen do último show que a gente foi. Ela tinha 72 anos e um pinto tão murcho que já tinha quem jurasse de pés juntos que ela tinha feito a cirurgia.

_Gente, vocês estão ficando loucos? _falou Pascoal em tom alto, completamente revoltado. _O Charlie morreu, ele não tá mais aqui entre nós e tudo o que vocês se preocupam são flores, caixão e maquiagem?

_Será que vocês não percebem que a gente não tem mais o nosso amigo? _continuou Pascoal, dessa vez deixando escorrer uma lágrima pelo canto do rosto.

_Nós sabemos disso. _falou Júnior em um tom mais calmo, com olhar distante, como se tentasse engolir o choro. _O fato de tentarmos ignorar, não quer dizer que não saibamos.

_Júnior tem razão. _apoiou Ítalo. _Charlie sempre fez de tudo pra que conseguíssemos ser felizes. Eu tenho certeza que ele não gostaria de nos ver chorando.

Eles estavam certos. Não havia nada no mundo que eu me importasse mais que meus amigos. Eu sentia como se cada um deles fosse parte do meu corpo. O próprio modo como os conheci já era especial por si só.

Pascoal foi o primeiro com quem tive contato. Ele era meu vizinho. Tínhamos 4 anos e já corríamos por toda a vizinhança, gastando nosso estoque de jogos e brincadeiras. No começo, sempre o olhei com segundas intenções, mas ele me parecia muito hetero. Quando completamos 15 anos, passamos pela nossa maior provação juntos. Depois de chegarmos bêbados da balada, nos beijamos em seu quarto, dormimos abraçados e acordamos confusos. Mas tudo continuou transcorrendo tranquilamente. Pouco tempo depois, me assumi e, para preservar sua imagem, Pascoal se afastou de mim, o que não demorou muito tempo e logo nos tornamos irmãos.

Logo em seguida à saída do armário, comecei a frequentar baladas GLS, com uma identidade falsa, obviamente. Na primeira, esbarrei no cara mais cobiçado de toda a festa, o Júnior. No começo, ele não tirava os olhos de mim e não demorou até que se aproximasse. Começamos a conversar e logo nos beijamos. Foi divertido, continuamos nos comunicando por internet, mas percebemos que não havia nada físico entre nós e acabamos nos adotando como grandes amigos. Ele, inclusive, chegou a me ensinar uns truques de passarela.

Foi em um site de relacionamentos que conheci Ítalo. Ele era um deus nas fotos. Somente nas fotos. Fiquei bastante decepcionado ao descobrir que se tratava de um fake, contudo, sua conversa me atraiu de uma maneira tão surpreendente, que acabamos decidindo nos conhecer. Rolou um beijo, mas foi tão desajeitado que quase quebramos os dentes ao esbarrarmos nossas cabeças. De lá pra cá, sempre procurei ajudá-lo em seus problemas familiares.

E o Lennon... Ah, o Lennon, esse adorável despudorado. O conheci quando ele apanhava de um bando de pittboys, aos quais não hesitou dar uma cantada. Eram 5 caras grandes e fortes batendo em apenas um. Não sabia o que fazer e comecei a gritar como um maluco. Assustados, eles correram, deixando-o caído ensanguentado. Sem pensar duas vezes, levei-o pra casa e cuidei de seus ferimentos. Agradecido, ele me deu um beijo e tentou completar o serviço, mas foi mais um que entrou para o rol de amizade.

E assim, surgiu o que passamos a chamar de Os Cinco Mosqueteiros. Um grupo de amigos onde não existem segredos, não existem momentos ruins e onde os cinco estão sempre à disposição de cada um dos cinco quando se fizesse necessário. E foi lembrando de cada um desses momentos, que meus quatro amigos pararam diante do caixão e ficaram relembrando de mim, comparando com tristeza e dor o primeiro e o último momento em que me viram.

Após fecharem o caixão, todos seguiram em meu cortejo. Meus pais, inconsoláveis, seguiam abraçados, assim como meus amigos. Pessoas que nunca vi, choravam por mim, senhoras religiosas seguiam ao fundo, rezando em silêncio pela alma do jovem que partira tão cedo. Quando o caixão começou a descer os sete palmos de terra, todos já sabiam que era o fim. Nenhum, contudo, sabia como iria ser dali pra frente, como preencheriam o espaço que eu estava deixando vazio. A única coisa que sabiam é que a vida teria que continuar

Naquela noite, meus amigos demoraram a dormir, mas quando finalmente o fizeram, eu tratei de visitar um a um, em sonhos. E a cada um, eu deixei uma mensagem, aliás, a mesma mensagem.

Na manhã seguinte, reunidos na casa de Ítalo, eles trataram de comentar o ocorrido.

_Eu sonhei com Chalie. _falou Pascoal.

_Eu também! _completou Júnior.

_Ué, então foi um sonho coletivo. _disse Lennon

_Foi, porque eu também sonhei. _falou Ítalo. _Aliás, foi por isso que eu chamei vocês aqui. No sonho, o Charlie era muito claro. Ele disse que só iria descansar em paz quando eu arrumasse o meu par perfeito.

_Ele me disse a mesma coisa! _falou Júnior bastante assustado.

_Gente, tá claro demais pra mim. _disse Lennon, enquanto Pascoal permanecia observando a conversa. _Tudo o que o Charlie quer é o mesmo que ele sempre quis: que sejamos felizes ao lados dos nossos homens!

_Nem depois de morto o nosso amigo esqueceu da gente. _completou Ítalo, sorrindo, enquanto os demais faziam o mesmo, exceto Pascoal, que continuava com a expressão fechada.

_Eu acho que vocês estão exagerando. _disse ele. _Não creio que o Charlie iria perder o seu primeiro dia de morto pra dizer algo tão sem pé nem cabeça. Sonhos são apenas sonhos. A realidade é uma coisa muito diferente e muito difícil também. Tão difícil que eu não tô com cabeça pra pensar em homem agora.

_Se você tá triste por causa do Charlie, junte-se a nós. _disse Ítalo colocando as mãos estendidas, onde Júnior e Lennon logo puseram as deles. _Vamos lutar pra encontrar nossos pares, nossos homens. Afinal, é isso que nós queremos e é isso que o Charlie também quer.

Sim amigos, é exatamente isso que eu quero e daqui, de minha vista privilegiada, seguirei olhando pro vocês e me surpreendendo a cada dia, como quando naquela manhã, Pascoal finalmente se convenceu e juntou sua mão às dos demais.

FIM DO CAPITULO 1

Ta ai e bom dia rsrsrs deixem a opinião de vocês aii ta ! bjs se quiserem meu contato é só pedir

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Gleyson Duarte a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Adorando.Prevejo que na busca do homem perfeito esses quatro amigos vão aprontar muito.Confusão,babado e gritaria kkkkkkkk adroooooo!Eu quero seu contato sim se poder me passar.Gosto de fazer amizades.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom, e engraçado a parte que eles chegaram no caixão

0 0