Depois de passar o resto da tarde brincado com Clara, fomos jantar. Enquanto comíamos, conto que terminei um curso de Designe de Interiores naquele ano e que pretendo fazer faculdade de arquitetura. Todos ficam impressionados e felizes e também contam um pouco sobre suas vidas. Lucas queria fazer medicina e Rafa veterinária. Os dois são realmente próximos, quase inseparáveis.
Depois do jantar, resolvemos jogar um pouco de videogame no quarto do Rafa, mas antes Lucas me mosta o seu. Era grande e meio bagunçado, um quarto normal de adolescentes. Há uma escrivaninha com um notebook e na parede, em frente a cama de casal, uma TV de tela plana cobre boa parte da parede, as quais eram verdes e azuis.
Logo após fomos para o quarto do Rafa que é bem parecido com o quarto do Lucas, mas há algumas diferenças. O quarto esta completamente arrumado, impecável. Assim como no outro quarto, há uma escrivaninha com um notebook e uma TV na parede - Que eram brancas e cinzas - em frente a cama.
-Bonitos quartos. – Digo.
-Obrigado. – Os dois responderam juntos e depois riram. – A gente tem mania de fazer isso, não repara. – Diz Lucas.
-Tudo bem. – Sorrio.
Sentamos na cama enquanto Lucas liga o videogame e Rafa o ar-condicionado, afinla, o calor esta insuportável. Enquanto o jogo carrega ficamos em silencio, sem ter muito o que falar, mas depois de um tempo, já conversamos como se nos conhecêssemos há anos. Conforme o tempo passa o calor só aumenta e nós começamos a suar. Depois de um tempo, Lucas tira a camisa, ficando apenas com o short branco dele.
-Espero que não se importe. – Ele fala olhando pra mim.
Faço que sim com a cabeça e olho para seu corpo. Seu abdome é mais definido do que eu pensava e as costas são largas perfeitas. Não há pelos, o que o deixa ainda mais sexy. De repente, olho pra ele e vejo que ele me pega olhando seu corpo, então olho pra baixo, já vermelho. Olho pra ele novamente, e agora ele olha para TV, assistindo Rafa matar alguns zumbis.
Quando Rafa passa de fase, é a vez do Lucas jogar e enquanto isso, eu e Rafa conversamos sobre outros jogos que gostamos. Depois de um tempo Rafa também tira a camisa deixando seu corpo à mostra. Esse já não é tão definido quando o de Lucas, mas é tão gostoso quanto. Os ombros são mais largos, como os de nadadores, e algumas poucas sardas cobrem seus ombros, deixando-o com um ar quase infantil.
-Cara, como você ta aguetando esse calor? – Rafa pergunta pra mim.
-Também não sei. – Rio.
-Bom, a gente não tem vergonha aqui em casa, e já que você vai morar aqui por um tempo, não precisa ter vergonha também. Se quiser tirar a camiseta, fica a vontade.
O calor esta realmente infernal, então aceito a oferta. Tiro a camiseta a coloco-a dobrada na cômoda do lado da cama. Meu corpo é tão definido quanto o deles graças ás corridas e aos jogos de basquete que eu participava na escola e em competições interescolares. Percebi que eles olham pra mim por um segundo, mas nada que me fizesse chamar atenção. Sempre fui gay, mas nunca desconfio das outras pessoas.
Continuamos jogando até as quatro da manhã, quando eles decidiram tomar banho pra ir dormir. Rafa é primeiro e enquanto isso eu e Lucas conversamos, mas eu ainda estou envergonhado pelo o que tinha acontecido antes.
-Pô cara, você malha ou algo do tipo? – Ele pergunta, sem tirar os olhos da TV enquanto jogava.
-Não, mas jogava basquete na escola. – Falo meio sem jeito. – E você?
-Não também, mas a vida aqui na “roça” é foda, ai querendo ou não você acaba ficando em forma.
Antes que pudéssemos continuar a conversa, Rafa volta enrolado em uma toalha branca na cintura, passa o desodorante, pega uma muda de roupas e volta para o banheiro. Quando volta de novo esta sem camisa, com outro short e joga a toalha na cadeira da escrivaninha.
-Vai la que a água ta hiper gelada. Muito boa. – Fala pro Lucas.
-Opa, to indo. – Lucas logo pula e vai pro banho.
Não demorou muito e ele volta com a toalha enrolada na cintura. Pega uma cueca vermelha e coloca-a por baixo da toalha. Logo depois, tira a toalha e deita na cama de novo.
-Qual é, Lucke! Ninguém quer ver essa sua coxa peluda! – Rafa diz, jogando a toalha em cima das pernas do irmão. – Vai colocar um short!
-Haha, irmãozinho. – Lucas fala irônico. – Conheço varias meninas que querem, hein!
-Vai se ferrar. – Rafa fala e os dois começaram a rir. – Thomas, não vai tomar banho?
-Ah, vou. – Falo levantando.
Vou até o quarto de hospedes, que é igual ao dos meninos, porém sem os carros ou aviões e de paredes brancas e roxas, pego uma cueca e um short e vou para o banheiro. Enquanto tomo banho, tento não pensar nos meninos sem camisa, mas é impossível não fica excitado, mas como não gosto de masturbação fora de casa, só toco no meu membro pra passar o sabão. Quando volto, os dois estão na cama jogando e a vontade de olhar pro Lucas só de cueca é grande, mas eu não posso arriscar. Se ele me vir olhando pra ele de novo ele vai descobrir, então apenas me sento ao lado deles e fico olhando pra TV.
Meia hora depois decidimos ir dormir, afinal, o dia seguinte seria cheio e eu mal podia esperar o que estava por vir...