Bom, enfim chegou mais um final! Gente, volto a agradecer novamente pelo carinho de vocês. Por terem interagido nesta historia que pra mim, foi uma das melhores que escrevi. Eu não esperava que este conto fosse ter tanta repercussão. Vocês são os meus críticos, meus leitores queridos, e em breve, mas não agora, eu volto com uma nova história. Agora curtam o desfecho que eu sei, deixaram muitos inquietos.
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-Na sala de espera, O Felipe sentiu algo estranho, como se fosse um aviso. Um aperto forte no peito, e do nada ele gritou para o hospital inteiro ouvir.
- Ele está morrendo, eu posso sentir! Ele está morrendo! – ele correu para sala de cirurgia, e adentrou com tudo. Os médicos tentavam reanimar o Nando, e o Felipe se jogou com tudo em cima do amado. A cena era realmente chocante!
- Se afaste! – pediu o médico. Vamos tentar mais uma vez. Aumente a potência.
- Nando. – ele gritou, sendo segurado pelos assistentes. Voltaa! – o desespero tomou conta.
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Felipe chorava gritando pelo amor da sua vida.
“O VERDADEIRO AMOR, É AQUELE QUE NOS FAZ SENTIR NA ALMA, A SUA ESSÊNCIA. É AQUELE QUE É CAPAZ DE RENOVAR AS NOSSAS FORÇAS E NOS PERMITIR AO PERDÃO. O AMOR VERDADEIRO JAMAIS SE ACABA, PASSE O TEMPO QUE PASSAR”!
- Nandooo. Me solta! – ele se desesperou e conseguiu se desprender das garras de um dos assistentes. No desespero, ele empurrou o médico, e pegou o desfibrilador, colocando mais uma vez no peito do amado. Foram duas tentativas em vão, e as suas lágrimas já não paravam mais de cair. Todos naquela sala choravam.
- Não vai embora meu amor. Eu te amo tanto que não consigo viver sem você. Não me deixa. – ele soluçava, e partiu para terceira tentativa... Aquela que seria o retorno à vida. Quando ele impulsionou mais uma vez, o Nando deu um suspiro de vida e seus batimentos voltaram a funcionar. Os médicos ficaram perplexos, pois já não viam mais solução e já tinham dado o paciente como morto.
Felipe se emocionou e chorou muito. Ele humildemente, sem nenhuma vergonha, ajoelhou-se naquela sala de cirurgia, e agradeceu a Deus. Ele era um homem de fé!
- Eu sabia que o Senhor me escutaria. Obrigado Deus! Obrigado. – ele falava em meio às lágrimas. Levantou-se e beijou a boca do Nando, que ainda estava desacordado.
O que aconteceu naquela sala, ele guardaria para o resto da vida. Não denominou como milagre, e sim, como um pedido atendido por uma força divina.
- Vamos fazer exames no paciente. Precisamos observá-lo, para ver como ele responderá ao transplante. Venha, você precisa sair. – o médico segurou o braço dele com calma.
- Eu o amo tanto Doutor. Ele vai viver. O meu Nando vai estar comigo. – ele sorria para o médico, que ficou comovido com a garra e perseverança daquele jovem rapaz.
Todos esperavam ansiosos e apreensivos por uma notícia. O Felipe saiu da sala ainda em choro, quando foi calorosamente abraçado pelo Guilherme, Victor, Natasha e o Paulo.
- E então? – perguntou Natasha.
- Ele vai viver. Ele vai viver! Ele vai viver. – ele começou a gritar no hospital, precisando ser repelido pelas enfermeiras.
Todos se abraçaram, os pais do Nando choravam muito, e toda família se alegrou com a notícia.
- Ainda não sabemos quando o paciente terá alta. Ele vai fazer uma bateria de exames e vai ficar em observação. O que posso afirmar é que o transplante foi feito com sucesso e vamos aguardar respostas do organismo dele.
Felipe ria para o médico.
- Doutor, está escrito aqui ó – ele apontou para o seu coração. - Ele vai viver. Ele vai sair deste lugar para ser feliz ao meu lado. O meu amor será meu pra sempre.
Todos se emocionaram com as palavras dele. As enfermeiras jamais viram alguém tão apaixonado como ele; e o Felipe conquistou o coração de todos no hospital.
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UM MÊS DEPOIS...
- Hoje é o grande dia em que o terei de volta. Meu coração está batendo forte. – dizia o Felipe.
- Calma meu querido. O pior já passou. Vocês dois serão felizes agora. – Natasha lançou um lindo sorriso para o primo.
- Obrigado por tudo. Eu não teria conseguido sozinho. - ele a beijou na testa.
Eles foram interrompidos pela mãe do Felipe. Natasha resolveu sair e deixá-los a sós.
- Oi meu filho. – ela estava com voz embargada e emocionada.
Ele apenas ficou de costas para ela.
- Sabe meu filho, durante esses dias, eu refleti tanto, e não houve um dia sequer, que eu não fosse dormir me condenando pelo que fiz a você. Sei que errei, que nada justifica o que fiz, e sei também que não terei o seu perdão, mas por favor meu filho... Não me ignora. Eu te amo tanto Felipe. – ela foi aos prantos, e se jogou nas costas dele, o abraçando por trás. Chega de ser tão duro e cruel! – ele pensou. Durante a luta que teve com o Nando, aprendeu com Deus, que o perdão é a melhor escolha de um homem, e ele também sentia falta da mãe. Ele se virou, e não aguentando mais a dureza, se desmanchou num abraço apertado.
- Eu te amo meu filho. Eu te amo. Perdoa a sua mãe.
- Eu te perdoo mãe. Eu também te amo. – ambos estavam emocionados e ela ainda lhe falou algo, antes de ele ir para o hospital.
- Quero te dizer, que estou do seu lado. Que estarei sempre e que eu acho lindo o amor entre você e o Nando. Eu abençoo vocês, e que sejam felizes. – ela deu um beijo na testa do filho.
- Obrigado! – ele sorriu.
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Felipe partiu sozinho para o hospital. Foi uma exigência dele, que ninguém fosse. Aquele seria o novo momento de sua vida. Seu coração batia acelerado e a sua garganta estava seca. As emoções tomaram conta dele, e as lembranças dos grandes momentos que passou ao lado do primo, vieram à cabeça. O amor de ambos era algo que ninguém sabia explicar, pois não havia explicação.
Ele chegou ao hospital, e respirou fundo. Dali em diante, uma nova vida começaria. Foi até a recepção e identificou-se. Ele foi dirigido para sala, aguardar o médico.
- Oi Doutor. Como vai. – disse ele ansioso.
- Olá Felipe! Tudo bem? E então? Preparado para levar seu namorado para casa?
- Sim. Muito!
- Venha comigo. O Fernando já esta pronto, lhe esperando.
Ele foi guiado até uma sala, onde encontrou o Nando de costas passando um perfume no corpo. Eles ficaram sozinhos. Parecia uma cena de final de filme.
- Nando? – ele o chamou, com a voz rouca. Este, olhou para trás, e teve a visão mais linda do universo. Depois de longos meses sem tocar, conversar, e nem mesmo amar o homem da sua vida, Nando ficou maravilhado em olhá-lo. A beleza do Felipe fazia bem para os olhos dele.
- Você veio...
- Sim meu amor. Eu estou aqui. – ele deu um sorriso largo, e sem perder tempo, se jogou nos braços do Nando. Era a cena mais perfeita, de um verdadeiro amor.
- Você voltou pra mim. Como eu esperei por isso. Fiquei com tanto medo de perdê-lo.
- Eu disse a você que ficaríamos juntos, não disse? Lembra que eu te falei que teríamos a nossa casinha, e que ninguém ia separar nós dois?... Eu senti tanto a sua falta.
- E eu a sua. – eles se beijaram loucamente. Um beijo longo e intenso,para matar a saudade que havia entre os dois.
- Vamos sair deste lugar? – Felipe segurou a mão dele, e saiu pelo corredor do hospital, causando observação de todos.
- Gente, obrigado por tudo. Vocês foram maravilhosos. – Nando se despediu da equipe médica que cuidou dele, e partiu com o Felipe.
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- Não vejo a hora de rever os meus amigos, a minha família...
- Você vai poder curtir todos eles. - Felipe estava extasiado de felicidade, e a toda hora, acariciava o Nando.
- Eu não teria conseguido sem você. Obrigado por existir em minha vida. Obrigado por mim amar tanto. – Nando disse aquelas palavras nos olhos dele.
- Eu que te agradeço por fazer os meus dias mais felizes.
Quando chegaram à casa do Nando, todos os parentes de toda parte, estavam reunidos para sua espera. Teve direito a bolo, doces, salgados, balões, painel e muito mais.
- Venha, eu ajudo você. – Felipe o ajudou a descer, pois ele ainda estava fraco.
Ao abrir a porta, ele teve uma surpresa inesperada.
- SURPRESAAA!!!
Nando se emocionou, e as lágrimas caíram. Sua mãe estava aos prantos, e foi a primeira a abraça-lo. Nando havia perdoado ela no hospital, e toda a mágoa e rancor ficaram para trás.
- Meu filho querido. Meu amor. – dona Sueli o cobria de beijos. E em seguida, ele ficou cercado por toda a família, e pelos amigos também.
- Gente, quanta falta eu senti de vocês. – ele se virou para os três amigos, e o quarteto se abraçaram fortemente.
- Nós também amigo. Nunca mais nos der outro susto. A gente ainda quer infernizar a sua vida. – o Victor brincou.
- Eu quero dizer a todos, que apesar de tudo que aconteceu, e que por muitas vezes, eu cometi vários erros em minha vida... Eu não sei o que seria de mim, senão tivesse vocês ao meu lado. Quero que saibam também, que o amor é lindo e mágico, independentemente de opção sexual, raça, ou outra coisa. Deus olha o nosso coração... E quando amamos alguém, somos capazes de transformar a nós mesmos. Por isso, hoje eu quero que vocês saibam que eu amo muito o Felipe, e que eu descobri que sempre o amei desde pequeno... A nossa vida estava entrelaçada, e eu quero o apoio da minha família e dos meus amigos queridos, para que eu e ele possamos lutar juntos e viver juntos. É isto que eu espero de vocês.
Ele encerrou e o seu pai continuou.
- Pois saiba meu filho, que todos nós aqui, nesta sala, estaremos torcendo e apoiando o amor de vocês. Nós amamos os dois, e jamais ficarão sozinhos. Estamos aqui filho.
Houve aplausos, assovios, gritaria, e o povo partiu pra cima da comida.
DIAS DEPOIS...
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- Quem diria que estaríamos aqui, neste mesmo barzinho, comemorando e rindo os casos da vida hein? – disse o Gui, que para surpresa de todos, declarou o seu amor por Natasha, e assumiu de vez o romance.
- Pois é. Mas a vida é algo fantástico! – comentou o Paulo.
- Amigo, e o Felipe? Não vem? – quis sabe o Victor.
- Não. Ele vai sair do trabalho e vai ver um apartamento maior pra gente.
- Hummmm... Vão mesmo morara sozinhos?
- Sim senhor Guilherme! Vamos viver como um verdadeiro casal.
- Nossa, este apartamento vai pegar fogo! – todos riram do comentário do Victor.
- Estou tão feliz gente. Acho que amadureci muito durante este tempo todo, e hoje, posso dizer a vocês, que a melhor coisa na vida, é está ao lado de alguém especial.
- Pelo visto só restou eu de encalhado no grupo né?- disse o Victor.
- Você está encalhado porque você quer!
- É impressão minha ou vocês doisss... NãoOOOO! Nossa que massaaa! – Nando fez escândalo. – Ai, estou super contente. Eu sempre disse ao Guilherme que vocês dois se olhavam diferente.
- Pode ir parando com a euforia Nando. – disse o Paulo. – Claro que eu não tenho nada com esse aí.
- Quer saber? Chega! Cansei! Eu e o Paulo estamos tendo um trelelê sim! E ele disse para mim, que eu era a coisa mais linda da vida dele.
- Ai que bonitinho... Meus dois amigos que eu amo, estão juntos! Vamos pedi mais uma rodada de cachaça pra comemorar.
-Pois é Nando, quem imaginava que estes dois iriam ficar juntos?
Eles estavam felizes e alegres. Era o quarteto inseparável. Amigos desde pequenos e cresceram se respeitando de unidos!
- Bom gente, eu preciso ir, pois tenho de resolver algo.
Nando fez mistérios para os amigos, e procurou resolver sozinho o que ele chamou de acerto de contas. Sim, ele foi atrás do Arthur! Não contou nada ao Felipe, pois era um assunto pessoal. O Nando corajoso e audacioso não morreu, e ele ia o inferno se fosse preciso, mas iria achar o Arthur. E não foi difícil, pois depois de três meses, ele voltou a morar no antigo apartamento de luxo que o Nando conhecia muito bem.
- O Arthur está?
- Sim. Quanto tempo seu Fernando.
- Eu vou subir. É surpresa. – sem estender conversa, ele se dirigiu ao oitavo andar.
Tocou a campainha e quando o Arthur abriu, Nando o empurrou, entrando junto.
- Oi querido! Sentiu saudades de mim?
- O que você está fazendo aqui? Você não está morto?
- Estou! Não está vendo? Seu babaca! – Nando deu um tapa na cara dele. Achou que eu ia sumir, sem antes olhar nesta tua cara suja e porca?
- Saia daqui, ou vou chamar a policia!
- Chama! Seu viado estúpido! A única coisa que me arrependo na vida, foi de ter conhecido você. Como teve a coragem de inventar que eu estava com Aids, ao ponto de me fazer cometer suicídio?
- Pois eu queria que você morresse! Assim eu ia me sentir vingado.
- Pelo visto o seu pedido não foi atendido. – Nando cuspiu na cara dele. Eu só vim aqui pra rir de você! Mais uma vez, está sozinho... E sabe por quê? Porque você é um verme e ninguém, jamais será capaz de gostar de um infeliz e asqueroso como você. Você fede a podridão! Ah, tem mais... Eu tenho pena de você.
Aquelas palavras, foram pior do que várias facadas.
- Nunca mais se atreva a atravessar o meu caminho, pois eu sou capaz de matar você! Nojento!
Nando foi rápido, pois não queria ficar naquele lugar sujo com o Arthur. Agora ele estava de alma lavada e pronto para curtir sua vida ao lado do primo, amante, namorado, marido... Um conjunto de tudo!
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- Eu nem acredito que estamos no nosso cantinho. – Nando olhou para ele.
- Nem eu! O que vamos comer?
- Hummmm... – ele pensou.
- Amor, só não invente pipoca, pois toda vez que você tenta fazer, não dá certo.
- Seu cachorro! – Nando deu um leve tapa no ombro dele. – Não dá certo, porque você só pensa em sexo!
- Falando em sexo... Você não tá a fim de tirar a bermuda do seu maridinho não?
- Que delicia você fazendo esta carinha. Eu estou louco pra fazer um sexo selvagem com o meu maridão gostoso. Me pega vai! Me leva pro quarto e faz o jeito que você gosta.
Como diziam por aí, os dois pegavam fogo juntos. Como nos velhos tempos, Nando chupava loucamente o pau do Felipe, deixando ele em delírio. Este por sua vez, forçava na garganta do outro, de forma bruta! Era assim que o Nando gostava.
- Me joga nessa cama, e me come meu amor. Seja o meu homem por completo.
- Eu adoro quando você fala assim. Meu pau lateja e fico cheio de tesão.
Felipe fez como ele pediu, e o pôs de quatro, chupando a bunda do Nando antes a penetração. Ele gemia alto, implorando para ser penetrado. E assim foi feito o seu desejo. Ambos num só ritmo, e o Felipe com toda sua força, metia forte, segurando a cintura dele, e botando pressão. Seus corpos estavam suados, e Felipe sugava a boca do Nando, enquanto metia.
- Isso meu amor. Assim que eu gosto.
- Você continua sendo e sempre será, o primo safado da família, que despertou o meu tesão quando criança. – disse o Felipe.
- Eu sempre serei a sua perdição. Você é meu e de mais ninguém. Nando ficou de frente para ele, e Felipe meteu até gozar na barriga do Nando. Este, gozou em seguia, e os dois se abraçaram exaustos.
- Como eu te amo meu amor. – Felipe sorriu para o Nando de forma tão linda!
- Eu roubei você pra mim. Porque a minha vida sempre esteve ligada a você. Eu quero chorar, sorrir, viver e ser feliz ao seu lado. Te amo Felipe.
Eles deram um beijo para selar aquela noite espetacular, que só dois apaixonados conseguem entender!
E esta é a minha história. Eu e o meu primo lutamos, e mostramos ao mundo, como dois homens são capazes de amar e lutar por um objetivo juntos! A vida é feita de escolhas, e eu escolhi ser FELIZ.
FIM.
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Ufaaaa! Acabou meu queridos. Nossa! Papel cumprido. Gostaram? Olha que eu não matei o Nando, apesar de ter feito um final pra isso. Meus amores, me afastarei por um tempo, pois vou fazer alguns cursos. Mas volto logo, e com nova história. Ficarei acompanhando alguns contos aqui na CDC. Beijos gigantescos em cada um. Meu muitíssimo obrigado por me suportarem e fiquem com Deus. Juízo hein mocinhos e mocinhas também. Fuiiiiiii!