Os dois se abraçaram, com o Christian de cueca, e o Anderson sentindo o calor do seu corpo. Ele não queria se aproveitar da situação, mas foi mais forte do que ele. Acabou tocando os lábios na orelha dele.
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O Anderson por um momento estava vivendo um encanto. Aquele momento para ele era algo inexplicável. O corpo do Christian estava sob seu domínio, e ele pôde sentir as batidas do coração dele. De forma meiga, ele acariciava as costas do Chris, e encostava sua cabeça no ombro dele, como uma forma de dizer: “Eu estou aqui. Conta comigo”. Sua intenção na verdade, era de tê-lo ali mesmo... Arrancar a roupa dele, e embriagar-se no mais puro desejo de sua alma. Mas ele era sensato e jamais faria algo ou alguma declaração, com o Christian naquele estado de bêbado.
Ele esforçou-se ao máximo para controlar o seu corpo, pois seu pau já dava sinal de vida, com aquele contato tão próximo. Era tanto tesão misturado ao desejo louco de beijá-lo, que chegava a doer em seu coração, o ato de não poder fazê-lo.
- Eu vou me separar do Douglas. Eu não suporto mais isso. – Christian dizia, inundando o ombro dele com suas lágrimas.
- Toma um banho para melhorar esta cara. Você está fedendo a cigarro, e com o bafo muito forte. Vem que eu te ajudo. – ele o pôs no Box, e ligou o chuveiro no frio. Os arrepios que o Chris sentia se misturou a dor que dilacerava o seu peito.
Já mais calmo e enrolado num roupão, ele tomava um café forte, preparado pelo amigo.
- Ele me prometeu não me trair mais. A última vez foi no inicio do nosso namoro, e eu não suportei...
- Chris, o correto é ter uma conversa franca e sem brigas com o seu marido. Por mais que as coisas possam parecer complicadas, nada se resolve no impulso e na raiva. Certamente o Douglas tem muita coisa pra te dizer. – o Anderson era mesmo, muito sensato e adorável. Ele queria ver a felicidade do amigo.
- Eu não quero conversar! Já foram muitas conversas. Eu to se saco cheio! Você tinha que ver a cara daquela puta, debochando de mim. As coisas que ela me falou, o que eles faziam na cama... Um verdadeiro nojo!
- Deixe ao menos ele explicar o lado dele. Você não pode sair julgando, assim, do nada!
- Quer parar de defendê-lo? Só você sabe o que eu passei com o Douglas. Fui trocado por um trabalho e por uma vagabunda da pior espécie. E você ainda acha que eu devo conversar com ele?
- Sim! Vocês dividem uma vida juntos! E quantas vezes essa mulher não tentou separar vocês? E quem te garante que ela não inventou tudo isso para te provocar mais uma vez?
A conversa foi interrompida com a chegada do Douglas, que estava furioso pela forma como o Christian o deixou falando sozinho na casa de sua mãe. Ele, ao observar o Anderson ali, ficou ainda mais irritado.
- Eu interrompi alguma coisa?
- Saia daqui! Eu não quero ver a tua cara. – Christian gritou.
-Será que você pode ir embora, porque eu preciso conversar com o meu marido? – ele foi ríspido com o Anderson.
- Não trate ele assim. Você não tem o direito!
- Eu estou na minha casa!
- Tudo bem. Desculpa. Eu só estava ajudando o Chris. Já estou indo. – ele se retirou meio sem graça, e fez sinal para o amigo que depois conversariam.
- Quem você pensa que é pra chegar assim, cheio de marra?
- Cala a tua boca, porque você vai me ouvir. – ele bateu forte a porta da sala, num tom de fúria.
Mais uma vez, o palco estava armado para mais uma briga entre os dois. E algo dizia que seria a pior de todas.
- Que espécie de pessoa você é? Primeiro eu quero falar o que você fez com a minha mãe... Você combina de ajudá-la, começa a preparar as coisas, sai de lá sem dar a menor satisfação? Você acha que ela merece isso? Justo hoje no dia do aniversário do meu pai? Você só mostrou o quanto é mal educado e estúpido!
- E você acha que eu deveria ter ficado para ver a ceninha da sua amante?
- Chega! Eu to de saco cheio desse teu ciúme doentio! CHEGAAA! – ele arremessou um porta-retrato na parede e levou às mãos a cabeça. Cansei dessa tu obsessão em achar que a cada respiração minha, é uma traição. Porra! Eu me esforço ao máximo pra cuidar de você, e ainda sou obrigado a passar por aquele vexame patético!
- Tudo isso não teria acontecido, se você fosse sincero comigo. Se você não mentisse pra mim.
- Quer saber? Vai se fuder Christian! Tô cansado dessa tua paranoia. Você não amadureceu o suficiente como eu pensava. Ainda se comporta como um adolescente ridículo!
- Esculacha! Vai! Porque é aquela vadia que você dar valor. É ela que te dar prazer o suficiente... Eu sou um merda. Eu perdi meu tempo em acreditar que você nunca mais fosse repetir o mesmo erro.
- Caralho, isso foi passado! Eu te traí há mais de cinco anos. A gente só tinha seis meses de namoro. De lá pra cá, eu só me dediquei a você.
- Meu pai estava certo!
- Teu pai é um bosta! Um filho da puta que te expulsou de casa, e se não fosse a minha família, eu nem sei o que seria de você.
- Não fale assim dele. Agora você vai ficar jogando na minha cara o que seus pais fizeram por mim? Eu era jovem e você me prometeu uma vida a dois.
- E o que você quer mais de mim! Fala!
Os gritos davam pra ser ouvidos da rua. Em nenhum momento eles se preocuparam com os vizinhos, e a confusão só estava começando. Aquela cena já havia se repetido por diversas vezes, e em todas elas, sempre acaba em tragédia.
- Você não presta! Você não vale nada! Maldita foi à hora em que eu me envolvi com você. – Christian chorava.
- Obrigado por essas palavras. Eu juro que vou guardá-las bem aqui dentro. – ele apontou para o coração. – Ela tinha todos os defeitos do mundo... Mas nunca me tratou tão mal. Sempre me deu carinho. Ao contrário de você.
Mais uma vez, ele havia feito uma comparação entre o Chris e a Vanessa, o que deixou ele furioso.
- Seu desgraçado! – Chris partiu pra cima dela, e esbofeteou a cara do Douglas, que sem pensar duas vezes, deu um soco no marido.
- Nunca mais levante a mão para me bater. Eu nunca fiz isso com você. – ele disse para o Chris, que estava caído no chão.
- Desgraçado! Eu mato você. – ele começou a quebrar tudo que via pela frente, perdendo totalmente o controle. – Se encostar em mim, eu arremesso este vaso na tua cara.
- Solta isso Christian. Olha só o que você fez na nossa casa? Cara, quem e você? – Douglas perguntou estarrecido.
- Você não sabe do que sou capaz... Eu vou matar aquela vadia. Vou tirar ela do meu caminho. E enquanto a você... Eu não quero mais olhar nessa tua cara.
- Então é assim? Beleza... Faça o que a sua consciência achar melhor. Ah, você vai pagar todo esse prejuízo.
Christian ia aos poucos se controlando, e ajoelhou em meio aqueles objetos quebrados no chão, num choro profundo.
CONTINUA...
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Olá meus queridos. Bom, gente o conto vai entrar numa parte de mudanças e reviravoltas. Beijossss seus lindos. Se quiserem conversar comigo, perguntar algo, o meu e-mail é: ale-daring@hotmail.com - Desculpem os erros de digitação.