O Amor Sintônico – Parte 10 – Aminimigos.
* * *
Pisquei os olhos diversas vezes, para me acostuma com a claridade. Cocei meus olhos e movimentei a cabeça de um lado para o outro, eu abrir os olhos e conseguir enxerga tudo conforme o ambiente. Eu estava sentado em uma cama, em um quarto, quarto esse que eu nem conhecia. Fui raptado. – pensei.
Me levantei da cama desesperado e tentei ir em direção a porta, mas tropecei e cai de bruços no chão por cima do meu cotovelo, gemi de dor, e comecei a grita. Quando a porta finalmente se abriu.
- finalmente acordou. – disse Otávio. – e por favor fala baixo, não quero acorda meus pais.
- desculpa, essa não foi minha intenção. – falei balançando o braço para se livra da dor. – tomara que não tenha quebrado. – falei em voz alta.
- vem cá. – disse ele estirando a mão e me ajudando a levantar.
- o que eu estou fazendo aqui¿ - perguntei. – ah meu Deus, não me dizer que a gente...
- não, a gente não transou. – disse ele me interrompendo. – bem que eu queria, mas não daria certo.
- por que não¿
- você precisava ver o seu estado de ontem à noite, você quase faz sexo com a boate toda. – disse ele rindo.
- serio¿ Meu Deus. – me sentei na cama.
- não se culpe, coloque a culpa no álcool.
- não foi só o álcool, foi o abandono. – falei lembrando do que o Ryan me disse.
- enfim, vou busca um café forte pra te livra dessa ressaca monstruosa. – disse ele saindo do quarto.
Minha cabeça estava doendo um pouco, realmente, o álcool é foda. Eu posso não lembra de muitas coisas da noite passada, mas eu me lembro do que o Ryan me disse, infelizmente. Isto me marcou de forma avassaladora, eu ficaria com suas palavras pro resto da vida, o abandono, a culpa, tudo voltou a me atormenta.
- aqui está, bebe tudo. – disse Otávio me entregando a xicara.
- isso aqui tá horrível, você não colocou açúcar nisso não¿ - perguntei assim que tomei o primeiro gole.
- isso se chama antídoto ante ressaca, não tem o porquê coloca açúcar. E depois, aproveita que está aqui e toma um banho de água fria, vai ajuda a relaxa os músculos.
- você está sendo muito legal comigo. E o nariz¿ - perguntei me lembrando do soco.
- não quebrou, nem precisou fazer cirurgia. Foi um soco bem dado pra um iniciante.
- e o Gustavo¿
- você só sabe fazer perguntas¿
- e você deveria ser educado e me responder.
- ele disse que não quer nem mais olha na sua cara, te chamou dos piores nomes possíveis.
- jura¿ - perguntei rindo. – que infantil.
- ele até cancelou sua matricula, ele mandou te entrega isso. – disse ele se levantando e vasculhando uma gaveta no criado-mudo.
- não acredito, ele mandou até devolver o meu dinheiro.
- sim, ele disse que não te quer mais lá.
- quanto ódio da parte dele, eu achei que seriamos amigos.
- vocês são aminimigos.
- amini o que¿
- é uma forma de expressa amigos e inimigos juntos.
- é uma forma muito louca. Quem criou isso¿
- sei lá. Agora não enrola, vai toma seu banho querido. – disse ele jogando uma toalha em cima de mim.
Se levantei da cama e fui em direção ao banheiro que ficava em seu quarto, tomei banho de água fria e a sensação não podia ser melhor, a água cristalina e pura me libertando do cassaco e da leve sensação de ter sido atropelado. – Faculdade. – lembrei. Sai do banheiro rápido demais e quase cair novamente.
- me empresta uma roupa sua, eu preciso urgente ir pra faculdade. Que horas são¿ - perguntei desesperado.
- são quase nove.
- caralho. – falei pegando a roupa que ele colocou em cima da cama e a vestir.
- eu te levo, vamos no carro do meu pai. – disse Otávio.
Saímos de forma apressada, bom eu estava de forma apressada, já o Otávio parecia uma lesma ambulante. Entramos no carro e seguimos pra faculdade, vocês devem estar se perguntando se eu iria a faculdade sem materiais, não, eu os deixo sempre no armário que fica na sala.
Não demorou muito, por sorte o transito naquele horário estava calmo, e a casa do Otávio era próxima a faculdade. Ele parou de frente a própria, eu o agradeci e sair correndo, por sorte não cheguei atrasado. Abrir o armário e peguei meus materiais, me sentei no fundo como de costume.
- nossa, você veio corrido. Estava fugindo da polícia¿ - perguntou Bianca.
- se toca garota, eu lá tenho cara de bandido.
- tem razão, tá mais pra fada, imagina você de tutu rosa e uma varinha mágica com asas de borboleta. Seria épico. – disse ela rindo.
- sem graça. – resmunguei fazendo uma careta.
- e olha lá a sumida decidiu volta. – disse Bianca olhando na direção de Mia e Izzy.
- infelizmente agora vou te que atura duas cobras. – suspirei.
- é mais agora você está melhor que o Po.
- Po¿
- sim idiota do Kung Fu Panda!
- eu lá porra ia saber disso menina, olha bem pra essa carinha linda. Eu não tenho paciência para assistir esses desenhos toscos.
- se fala mal do desenho que parto sua cara ao meio com apenas um tapa. Aia.
- ai meu Deus, só você Bianca.
Se fosse antigamente, eu nunca saberia o quanto a Bianca era divertida e extravagante, ela era totalmente exótica ao que eu imaginava. Bem, no passado a gente nem se falava, eu odiava ela e ela me odiava, é como sempre dizem, se do ódio nasce amor, porque não uma amizade.
Assistimos todas as aulas e finalmente deu a hora do almoço, eu não aguentava mais meu estomago estava roncando. E como eu não tinha levado dinheiro teria que ir pra casa almoça. Quando eu sou barrado por quem¿ Adivinhem, as próprias, As Vadias. Mia e Izzy.
- o vocês querem¿ - perguntei.
- nós não queremos nada. Ele que quer. – disse Mia apontando para trás de mim.
Era o Dave, mas o que ele queria comigo¿
- o que você quer¿
- eu quero que você prove uma nova droga. Na verdade é a mesma com uma nova fórmula. – disse ele com um sorriso maligno no rosto. Aquilo estava me assustando.
- eu não vou prova merda nenhuma, eu quase morri da última vez. – exclamei.
- você é mesmo um idiota, você utilizou tudo de uma vez. Mas essa vai ser a última, segurem ele meninas.
Eu tentei corre, mas elas foram mais rápidas e me arrastaram pro lugar deserto, próximo ao banheiro, o lugar onde a Izzy quebrou meu tornozelo. Tentei grita e elas tamparam minha boca. Merda, mas por que ele está fazendo isso¿ Ele quer que eu seja um boneco de teste para as suas substancias¿ - você foi burro Michel, deu ousadia. – disse minha voz interior. Mordi a mão da Mia e gritei por socorro, logo ela tratou de tapa a minha boca novamente.
- lembra¿ Lembra de quando nos conhecemos¿ - perguntou Dave se aproximando.
Não respondi. Aliás não tinha como responde, estava com a boca fechada.
- você disse que me amava Michel, você mentiu pra mim. Na primeira oportunidade que você teve, você me largou, sabe quantas noites eu passei chorando por você¿ Muitas, você me feriu e a sua vez de pagar. Sei que é muitos anos de remoço, mas não importa, a vingança é algo que se come frio, e eu quero me sentir congelado quando eu acabar contigo, quando ver seus olhos vivos ficarem mortos, sua alma desabitando seu corpo. E sabe por que elas estão me ajudando¿ Elas querem a mesma coisa que eu caro Michel, a morte, a sua morte pra ser mais claro.
Eu estava me sentindo próximo da morte, o médico me avisará para fica longe das drogas, mas.. Ele se aproximou de mim e mandou a Mia tira a mão da minha boca e disse pra Izzy me força a abri-la, e ela pisou no meu pé, fazendo eu gritar de dor e ele colocou o pó branco em minha boca e na outra mão a garrafa de água que ele carregava me forçou a beber. Mas não bebi cuspi cara dele, e dei uma cotovelada no nariz da Izzy e um empurrão na Mia, fazendo com que ela caísse no chão.
Quando eu tentei corre o Dave segurou meu braço e socou meu rosto forte, me deixando tonto e atordoado. E avançou pra cima de mim socando novamente meu rosto, me fazendo cair no chão, ele me levantou pela gola da camisa e me arremessou contra a parede.
- se você não que morre do jeito fácil, vai morre do jeito difícil seu desgraçado. – disse ele levantando a perna e tentando me dá um chute, mas foi impedido por uma voz.
- larga ele seu desgraçado. – disse a tal voz.
Foi a única coisa que eu ouvir antes de desmaia...
* * *
Até mais, beijão.