Sabe gente, nós estamos bem avançados na história. É bem verdade que ainda faltam muitos capítulos para poder encerrar essa parte do conto, mas estou pensando em encerrar em um ponto um pouco a frente e fazer uma curta terceira temporada, a última creio eu... mas a decisão ainda está muito vaga na minha cabeça... Enfim, sem mais delongas, ao conto!
Parte 28
Eu o olhei com uma cara de medo espanto e curiosidade, ele me olhou com olhos tristes, mas esperançosos. Ficamos nos encarando um bom tempo até que eu fiquei meio tonto, e comecei a achar graça e me deitei no peito dele. Ele me segurou forte enquanto eu estava rindo muito. Finalmente consegui parar de rir, ele estava fazendo carinho em meus cabelos.
Eu – ta Rafael, isso foi fantástico, quase me enganou. Agora me diz como você fez isso.
Rafael – magia, eu te disse isso. Lembra que eu contei que uma fada me ensinou a usar os elementos, a física e a química que envolviam o pensamento, os meios?
Eu – contou?
Rafael – no seu quarto, para você dormir eu contei algumas histórias.
Eu – mas eram historias... Certo?
Rafael – bem, como eu as contei da forma como contei eram histórias, mas na verdade é tudo verdade, cada uma daqueles contos.
Eu – ta brincando, quando eu vou acreditar que existem fadas ativistas e lobisomens com problemas de pulgas mutantes?
Rafael – eu não sei, mas nunca menti para você. Eu te amo e sempre falei a verdade. Posso ter enfeitado um pouco, nem todas as fadas são boazinhas, algumas são bem duronas.
Eu me afastei dele, não era verdade, o Rafael era normal. Aquino era só uma brincadeira de mau gosto.
Rafael – Lucas? Você prometeu que não havia nada que pudesse te afastar de mim...
Eu – quero ver – falei levantando, ele levantou em seguida.
Rafael – o quê?
Eu – as asas, eu quero ver.
Rafael – Lucas, por favor...
Eu – eu só quero ver, prometo que não vou enfartar, olha, elas são a prova. Se você ta falando a verdade mesmo então deixe que eu as veja.
Rafael – esta bem...
Ele tirou a camisa bem devagar. Não sei se era o clima ou porque eu estava subindo pelas paredes, mas foi impossível não me imaginar grudadinho naquele corpo lindo. O Rafael não olhou para mim, ele respirou fundo e então as abriu. As asas dele eram cheias de pompa, majestosas, gloriosas, não sei como descrevê-las. Só havia uma coisa errada.
Eu – pensei que elas fossem... pretas...
Rafael – o quê? Elas são.
Eu – não, só se eu adquiri um estado avançado de daltonismo... quer dizer, acho que eu estou meio doente, mas você entendeu. Elas não são pretas, pelo menos não as duas.
Ele ficou sério e as arqueou para a frente. O primeiro lado ok, negra como a noite mais escura, mas a outra...
Rafael – branca? – ele disse com uma mistura de surpresa e preocupação – o que é isso, o que está acontecendo?
Eu – Eu acho que sei – eu estava gritando por dentro, queria correr de todo aquele fuzuê de coisas sobrenaturais, minha razão queria que eu fugisse, todo o resto amava o Rafael e queria ficar com ele.
Rafael – o quê?
Eu – qual foi a última vez que você deu uma boa olhada para suas asas?
Rafael – antes do acampamento. Elas ficavam muito doloridas quando eu não as abria.
Eu – ficavam?
Rafael – ficavam... Dês de que eu te vi elas pararam de latejar e... Minha mente estava em você, eu me esqueci delas...
Ele sentou novamente na poltrona arqueando as asas e fazendo-as desaparecer. Eu sentei próximo a ele. Ele estava atônito demais e eu pegue em sua mão para acalmá-lo.
Eu – olha, lembra que você disse que aconteceu alguma coisa com você quando nos conhecemos. Uma mudança, parecido com a que ocorreu quando você bateu no Bernardo?
Rafael – lembro...
Eu – os seus olhos eram verdes quando nos conhecemos, agora eles estão de cores diferentes, o da esquerda esta azul.
Rafael – bem que a Alicia disse que havia algo diferente comigo.
Eu – então, foi isso... espera... Eu fiz você mudar? – outra vez a pergunta era para mim e não para ele – ma... mas branco é a cor da paz, do dia, é bom certo?... De alguma forma eu te fiz ficar uma pessoa melhor? – a pergunta era para mim novamente.
Rafael – acho que sim, eu me sinto mais... Bom... Não tenho mais tanta compulsão de torturar, agora a vontade de ficar com você se tornou o meu foco... É você, você realmente esta me fazendo me sentir melhor.
Parece que foi nesse momento que ele percebeu que estávamos a alguns palmos de distancia e que eu segurava sua mão. Ele abriu um sorriso e se aproximou. Eu ficaria com ele. O que importa ele não ser humano... Foda-se o mundo, eu queria ele e não tinha futuro mesmo, eu ia morrer, que mal haveria em aproveitar os meus últimos momentos de vida perto de quem eu gosto?
Diminui a distancia entre nós e agarrei ele, na verdade me joguei contra o corpo dele. grudando minha boca na dele, havido por um beijo, e muito mais. Ele foi se deitando no sofá e eu não desgrudava da boca dele...
Continua...