Continuação do capítulo 14
Saindo da casa fui caminhar entre a “minha” gente. Passei pela senzala, agora quase vazia. Umas poucas escravas estavam lá com seus filhos. A molecadinha brincava nua como sempre.
— Quem são as mulheres que vão mudar lá para a casa-bordel?
Cinco se apresentaram e entre elas duas tinham filhos que variavam entre 6 e 8 anos. Para essas avisei:
—Vocês sabem que não poderão levar os meninos, não sabem? Lá o trabalho de vocês é satisfazer as necessidades dos homens. De dia os moleques até podem ficar por lá, mas de noite eles têm que vir dormir aqui na senzala junto com os outros escravos. Vou colocar ordem lá na nova casa de vocês. Na segunda feira você poderão tirar folga para fazer a limpeza da casa, lavar as roupas e descansarem. Nos outros dias da semana vocês trabalharão normalmente no engenho e à noite, receberão os homens. Serão apenas sete homens por noite, um para cada uma de vocês e dois: um pra minha mãe e outro pro Cazú. Terça serão os soldados, quarta os escravos e assim eles se revezarão até no domingo. Quero que duas de vocês cuidem da alimentação e banho de minha mãe e do Cazú que agora virou mulher também. Falem com a mucama que cuida das roupas e digam que mandei fazer calção pras crianças. Nenhuma criança, de qualquer idade vai andar mais pelado aqui no engenho, entenderam? Continuei nadando por ali até que me lembrei de Abakada. Fui encontrá-lo perto dos estábulos.
— Abakada venha comigo! Vamos dar um passeio lá na cachoeira. Vou trocar de roupa enquanto isso sele dois cavalos para nós.
—Sim Sinha! Tô indo!
Voltei ao meu quarto me despi e vesti uma saia leve por cima das calçolas. Coloquei uma blusa de organdi sem o espartilho por baixo, peguei a bolsa de palha e coloquei uma toalha de banho, escova de cabelo, sabonete, creme para a pele, e a banha de porco. Nos pés, apenas botinhas de cano curto, não esquecendo, é claro do cinturão de munição e as duas garruchas. Na saída, peguei o chicote e o chapéu de couro para me proteger do sol. Saímos em direção à cachoeira. Era uma tarde de sol e muito calor e quando lá chegamos, cerca de uma hora depois, estávamos bastante suados. Minhas pernas brancas ardiam por causa do sol forte. Rapidamente me despi e entrei na água refrescante. Ainda estava um pouco dolorida, mas nada que não pudesse suportar o tronco grosso de Abakada. Ele se despiu e já veio tinhoso com seu tronco viril ereto.
—Calma meu negrão faminto! Vamos nos refrescar primeiro e depois brincar um pouco de bebê chorão! Nadamos e brincamos feito duas crianças inocentes, embora ele mantivesse sua tora dura o tempo todo. Mesmo dentro d’água, deixei que mamasse em meus peitos doloridos e brincasse de me encoxar. Ah! Como adorava aquilo! Ele me erguia como se fosse uma criança e mamava em minha vagina mantendo-me enganchada em seu pescoço. Eu gozava de todos os jeitos e maneiras sob a ação de sua língua e de seus dedos habilidosos. Por fim fomos para as pedras e mandei que pegasse a banha de porco. Quando veio, já veio lubrificado e se ajeitou me colocando deitada de barriga para cima e assentando minhas pernas sobre seus ombros. Depois, foi o inferno, quero dizer, o paraíso! Naquela posição de “franga assada” a cabeça entrou mais fácil, mas doeeeeu! Ah! Como doeu! E continuou doendo... Abakada foi empurrando, empurrando, empurrando...
—Chega Abakada! Chega! Já foi tudo!
—Foi não Sinhá! Ainda farta entrar mais...
Eu me desesperava de dorm, mas o escravo empurrava e empurrava e depois, deu uma mexida pro lado e a bichona passou pela curva do reto ganhando o túnel do cólon e continuou subindo. A dor diminuiu e comecei a gostar sentindo aquele tronco subindo e subindo pelo meu intestino. Ele só parou quando seus pentelhos se colaram em minha vagina.
—Sinhá agora aguentou tudinho. Tá tudo dentro até o talo. Eita branquinha boa de vara!
Suas palavras ofensivas serviram de reforço para meu estado de excitação e em vez de me irritarem, foram o estímulo que precisava para esquecer a dor e passar a gozar doidamente. Seus pentelhos espetavam minha vulva e aí não pude mais me segurar. Gritei alto e como gritei de prazer.
—METE NEGRO GOSTOSO! METE MAIS DESGRAÇADO, CAVALO! AAAARRRRGGG!
Meus joelhos estavam encostados em minha barriga e Abakada apertando meus seios. Todos os poros de meu corpo eriçados e a visão daquele monstro negro, suado sobre mim me levou ao delírio supremo. Gozei tanto que perdi os sentidos de mim. Sabia o que estava se passando, mas ondas e mais ondas de choques elétricos me desnorteavam. Quando Abakada gozou desmaiei e só voltei a mim segundos depois quando ele, preocupado me jogava água no rosto suavemente para me despertar. Ficamos ali na cachoeira nos dando prazer, ora eu o chupava, ora ele me chupava e assim ficamos até quase o fim do dia.Quando voltamos, chamei Armond e lhe passei as ordens quanto ao funcionamento da casa-bordel.
—Acho que não preciso dizer que os “casados” e isso inclui você, não poderão frequentar a casa de mulheres bundeiras, fui clara?
—Sim Senhorita Astrid. Ah! O Abakada também não!
Abakada não ficou feliz quando ouviu essas minhas ordens, mas ficou em silêncio. Quando Armond se afastou, ele humildemente falou:
—Sinhá...
—Já sei o que você vai dizer. Acontece que estou reservando uma garota novinha, virgem pra você. Quero que você passe a viver com Akula. Gostou?
—Ela é danada de bonita! Mas é virgem mesmo?
—É sim! E eu quero vocês dois sempre por perto de mim ou será que achou que eu ia abrir mão de você? Depois que Arbab voltar e a gente se casar vamos ter que esperar ele sair de viagem, mas você dormindo aqui na casa grande e estando casado com Akula, ninguém vai perceber nada. Você e Tomé são meus eleitos para ajudar Arbab a me satisfazer. Agora pode ir descansar e não fale disso pra ninguém.
—Sinhá mandou Abakada obedece. Licença!
Depois do jantar chamei Akula em meu quarto para ter uma conversa com ela.
—Akula já sei com quem você vai se casar!
—Já Sinhá? E com quem vai ser?
—Vai ser com o Abakada!
—Aquele homem gigante? Num vou aguentar não Sinhá! Ele deve ter um pau muito grande...
—Tem sim Akula. Grande e grosso, mas se eu aguentei, porque você não iria aguentar?
—Sinhá já deu pra ele (como se ela já não soubesse)? Virgem Santa! Credo! Ele deve dar medo...
—Deu medo sim, mas ele sabe ser gentil e está querendo muito deixar de viver sozinho. Eu até vou deixar vocês ficarem vivendo aqui na casa grande, mas tem uma coisa: Ele vai ser seu marido, mas você vai ter que dividir ele comigo.
—Mas Sinhá não vai casar com o turco? Vai ter marido também!
—Vou Akula, mas você acha que o Arbab sozinho vai me satisfazer? E depois, ele vai continuar viajando e aí como é que eu fico? Posso falar pro Akula que você quer?
—Pode Sinhá! E o Tomé? Ele num vai casá também? Coitado...
—Ele não vai precisar de mulher pra casar não. Ele fica sendo meu e seu se você quiser depois que casar. Quando o Abakada vier dormir comigo, você dorme com Tomé.
—ôba! Assim vai sê bom!
—Agora vai chamar o Tomé que hoje ele vai trabalhar em nós duas. Eu tô toda dolorida por causa do Abakada, mas você deve tá doida da pra essa bunda pra ele de novo, não tá?
—Ixe se tô!
Naquela noite, Tomé me matou de tanto gozar em sua língua e enquanto ele me chupava, Akula mamava e bebia do seu leite cremoso. Depois Tomé se esgotou na bunda gostosa de Akula. A neguinha tinha umas nádegas durinhas, redondinhas e mexia os quadris feito louca quando estava levando vara. Ah! Que dia! Que noite! Uma semana se passou e sempre eu ia à casa das bundeiras ver como estava lá. Minha mãe, agora variando de macho todas as noites, nem mais parecia a mesma louca de antes. Já se cuidava, penteava os cabelos e se arrumava toda para o “primo” que ia chegar de noite. Cazú se conformou com a condição de puta dos machos e estava gostando das novas tarefas que tinha que cumprir. Os casados estavam felizes com suas mulheres e a vida seguia seu curso. Quase no fim do mês o sino da guarita tocou. Era Arbab que chegava com sua caravana. Trazia quatro carroções, o padre e mais 3 homens brancos com ele.
— As salâmo a-leikom! Sabáhel Kheir (A paz esteja contigo! Bom dia!)
— Bom dia Arbab!
— KífIC? mabçuta? (Como vai? Bem?) Arbab quase morreu de saudade do noiva.
— Não vai me apresentar o padre?
— Desculpa Arbab! Este ser a padre José. Ela veio fazer nosso casamenta.
Padre José era de meia idade, baixa estatura e um pouco barrigudo; tinha as bochechas muito vermelhas devido ao calor e sol. Era um dos jesuítas que vivia pelo sertão catequizando índios e escravos. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Arbab me interrompeu e apontou para os três homens que aguardavam um pouco mais afastados.
—Aquelas ali são primas de Arbab. Cuidam dos mercadorias e são boas atiradores. Ajudam na defesa da engenha.
Não lhes dei atenção. Deles eu cuidaria depois. Não me agradava a ideia de ter aqui no engenho pessoas que eu não conhecia bem, tampouco confiava.
—Muito prazer padre José! Sou a senhorita Astrid, noiva de Arbab, que naturalmente já lhe falou sobre mim. Mas por favor, saia do sol, venha para a varanda. AKULA, BENTA! TOMÉ!
Nos acomodamos na varanda e foi o padre José quem primeiro falou:
— Fui contratado pelo Senhor Arbab para vir celebrar o sacramento do matrimônio de vocês dois, mas sei por experiência própria que nas fazendas de engenho muitos soldados e negros vivem amancebados em pecado aos olhos de Deus. Gostaria de casá-los também, mas antes preciso que se confessem perante Deus para que possam receber o santo sacramento do Pai.
As mucamas e Tomé chegaram correndo e se curvaram e tomaram a bênção ao padre José.
—Que Deus os abençoe, meus filhos.
—Benta, avise na cozinha que teremos mais dois serviços de mesa para o almoço e mais três homens que o Arbab trouxe. Eles comerão lá no entreposto. Arbab, o Tomé levará seus homens para o entreposto para eles começarem a descarregar os carroções. Suas mulas devem estar cansadas e com fome e sede.
—Viu só padre José? O noiva de Arbab comanda suas escravos igual homem. Mulher forte!
O padre José que não tirava os olhos azuis das bundas das mucamas falou:
—Suas negrinhas são muito bonitas e fortes... Rapaz escravo também bonito...
—A Benta, a mais velha vive com meu capataz e esta é Akula que está comprometida e vai casar com um escravo; Tomé só tem 18 anos e ainda é novo para casar. Eu tenho cinco casais “amancebados” como o senhor diz, mas eles não me causam problemas. Aqui no engenho não permito promiscuidade e o senhor tem liberdade para ir e falar com quem quiser, mas naquela casa mais afastada, não é permitido que ninguém vá até lá sem minha autorização.
—Posso saber por quê?
—Porque lá é onde ficam as prostitutas.
—MEU JESUS! A senhorita permite isso aqui? É contra as leis de Deus e da Santa Igreja Apostólica Romana!
—Mas é ali que os homens se acalmam e não me criam problemas. Mas vamos mudar de assunto! O senhor deve estar querendo tomar um banho, não?
—Oh! Sim! Por Deus! Estou derretendo nesses trajes.
—Akula, acompanhe o padre José para o quarto de banho e lhe dê toalha limpa e sabonete. Depois vá ajudar Benta a servir a mesa.
Depois de alguns minutos, Tome retornou e mandei que fosse ao quarto de banho ver se o padre precisava de alguma coisa. Fiquei conversando com Arbab que me levou para ver o baú com o enxoval que eu encomendara.
—A vestida de noiva, acho que Astrid vai ter que mandar fazer ajustes, mas comprei tuda do melhor qualidade. salim, youssef! Levem este baú para casa grande, faz favor. Pela primeira vez vi os três homens de perto. Salim era o mais forte, embora não fosse alto; Youssef era magro, rosto afilado e com uma longa barba e o último não devia ter mais do que 20 anos. Forte, moreno escuro, olhos esverdeados, nariz adunco, cabelos anelados iguais aos de Arbab e um bigodinho fino que descia pelos cantos da boca. Enquanto os dois primeiros evitaram me olhar nos olhos, Mohammed olhou-me fixamente nos olhos, sorriu e fez uma leve reverência com a cabeça, quase imperceptível. “Huum... Sei não... Será que Arbab vai levar chifre de seu próprio prima?” Acompanhei os dois sujeitos que levavam o baú para o meu quarto e depois os despachei. Achei estranho a demora do banho do padre José e fui até o quarto de banho ver o que estava havendo, talvez tivesse caído e se machucado ou perdido os sentidos. Sem fazer barulho empurrei a porta um pouquinho o suficiente para...
Continua...