Oi gente, voltei. Na verdade quero dizer a vocês que esse capitulo não vai ser longo pela minha falta de tempo, mas deixar vocês esperando mais tempo depois do ultimo seria crueldade minha hahahahah mas não desanimem, essa parte tambem vai ser muito boa.
Acordei ainda no clima do beijo, aquela sensação não ia se dissipar tão cedo e sinceramente, por mim ela nem iria embora.
A primeira coisa que fiz quando acordei foi olhar aquela mensagem mais uma vez, vi que tinha uma do Gustavo tambem, mas não dei atenção e fui ver a do Daniel. Na verdade eu lia, lembrava do beijo e tentava me convencer de que aquilo era real e tinha/estava mesmo acontecendo, repeti tal ciclo umas 10 vezes. Mas eu simplesmente não fazia ideia do que responder.
Me levantei, fiz minha higiene e desci. "Meu filho, o que aconteceu?" Era a pergunta que meus pais me faziam naquele dia devido meu estado, sem fome, aéreo, calmo, apaixonado. Pulei o café da manhã tomando apenas um copo de água e voltei pra cama ainda atônito com tudo. Passei a tarde toda assistindo tv sem prestar atenção em nada, mal almocei e voltei pro meu quarto.
As horas passaram sem que eu percebesse, ja era quase de noite quando Andressa abre a porta do meu quarto e fecha rapidamente me fazendo tomar um susto. Fico sentado enquanto ela se aproxima, senta na cama e diz com o olho arregalado:
Andressa: Como foi que aconteceu?!!?
Eu: Você ta falando...
Andressa: É julho, de você com o Daniel!
Eu: Você viu?
Andressa: Vi!
Eu: Tudo?
Andressa: Não sei, vim aqui pra saber isso! Quando achei vocês dois, ja tavam bem pertinho um do outro, ai se beijaram depois o Daniel foi embora e depois você tambem foi, agora quero saber o que rolou depois.
Eu: Como assim o que rolou depois? Não teve nada depois?
Andressa: Ué, como não?
Eu: Não teve, ele simplesmente foi embora e depois eu vim pra casa tambem.
Andressa: Então o que rolou antes?
Eu: Nada, eu chamei ele pra dançar e depois a gente se beijou.
Andressa: Só isso? Sem conversa nem nada?
Eu: É!
Andressa: Julio, essa história ta muito mal contada, o que aconteceu antes?
Eu: Eu ja disse que não sei!! -comecei a chorar- Não tava acontecendo absolutamente nada, ai a gente se beija e tambem não aconteceu mais nada até agora, eu não sei o que ta acontecendo! Caralho, to chorando nem sei porque! não sei se é felicidade, se é tristeza, eu não sei mais de nada nesse momento! -ela me abraçou-
Andressa: Se acalma, se acalma... -parei de chorar- Ta, vocês estavam normais, ai de repente se beijam, vão embora e nem se falaram até agora?
Eu: Não, a gente não tava normal...
Andressa: Aaah, viu? Não foi tão 'do nada' assim.
Eu: tá eu... vou contar o que tava acontecendo antes. Lembra quando eu falei que o Daniel tinha ficado estranho comigo? Então...- contei tudo pra ela de quando o Daniel começou a se afastar de mim até a semana do seu aniversário, todos os pontos que falei aqui eu tinha falado pra ela tambem-
Andressa: Mas porque ele fez isso?
Eu: Exatamente, não sei! Mas deixa eu terminar. Enfim, na festa dele a gente mal se falou, eu fiquei morrendo de tédio lá ai comecei a beber um pouco, depois ele foi pro bar e ficou bebendo lá, eu ja tava meio alto e como bebida deixa a gente solto eu fui falar com ele, conversamos um pouquinho-
Andressa: Pera, conversaram o que?
Eu: Ah, qualquer coisa, o que ele tava achando de lá e tal.
Andressa: Vocês ficam meses praticamente sem se falar direito, ai voltam a conversar como se nada tivesse acontecido?
Eu: Ta me entendendo agora?! voltando, ai uma hora eu puxei ele pra pista de dança, a gente ficou dançando entre aspas, porque ele ficou mais parado do que se mexendo, ai uma hora começou a tocar uma musica super melosa, nós ja estavamos altos pela bebida ai rolou o clima e a gente se beijou, depois ele foi embora e eu tambem -Andressa estava com cara de besta e a boca meio aberta-.
Andressa:... Foi assim?
Eu: Repito mais uma vez: Ta me entendendo agora?
Andressa: Desculpa, mas não consigo te entender.
Eu: Porra, como assim? Depois disso tudo você esperava que eu agisse como?
Andressa: Até ai tudo bem, mas então porque você ta aqui e não resolvendo tudo com ele?
Eu: Ah, claro, esqueci da mensagem...
Andressa: Que mensagem? -mostrei pra ela- PORRA JULIO, VAI SE RESOLVER COM ELE AGORA!
Eu: Porra, não sei, ta foda sabe... ele fica esse tempo todo se afastando de mim, sem falar comigo, eu fiquei muito mal com isso, ai de repente ele me beija, e não fui um beijo qualquer! Pra começar nenhum hétero beijaria outro cara assim do nada, pode até ser bebida, mas o Daniel não tava bêbado, e ele tambem não faria isso só pra pedir desculpas... -respirei fundo, deitei na cama e fiquei olhando pro teto- será que ele tambem sente alguma coisa por mim?
Andressa: Você só vai saber se conversar com ele -ela se deitou do meu lado-.
Eu: É, a gente realmente precisa dessa conversa... Por que ele precisou fazer isso tudo? Por que ele simplesmente não me falou?
Andressa: Isso você precisa perguntar pra ele, não pra mim -ela se levanta da cama-
Eu: Já vai?
Andressa: Vou, você tem que pensar nisso tudo e se resolver logo com ele. Não se esquece que você pode estar a um passo de ter quem você sempre quis -me deu um beijo no rosto-. Conversa logo com o Daniel, ele deve ter tido um motivo e tambem pode ta confuso igual você nesse momento.
Eu: Eu vou...
Andressa: Ah claro! não se esquece de me contar depois, tchau!
Eu: Té mais... -Andressa foi embora-
Fui responder a mensagem do Daniel mas antes olhei a mensagem do Gustavo que dizia " a gnt pode se ver hoje? to com saudades rs". Eu não fazia a minima ideia do que ia acontecer dali pra frente entre mim e o Daniel, mas achei melhor explicar logo tudo o que estava acontecendo pro Gustavo, afinal estavamos namorando. Respondi "claro, pode vir aqui em casa agora?", e logo depois outra mensagem dele dizendo "sim, daqui a pouco chego ai". Troquei de roupa pois estava de pijama e continuei vendo tv até ele chegar.
Quase uma hora depois minha mãe grita "Filho, o Gustavo ta na porta!"(minha mãe nem meu pai sabiam que eu e Gustavo estavamos namorando, mas eles se conheciam). "pede pra ele vir aqui!" gritei-lhe de volta e logo ele estava no meu quarto, nos demos um selinho e digo pra ele se sentar em minha cama. Apesar dele saber sobre meus sentimentos por Daniel eu não podia simplesmente falar "ei cara agora ele ta afim, foi bom enquanto duramos, tchau", então ficamos conversando por um tempo sobre qualquer coisa até eu conseguir arrumar coragem. Como aquela poderia ser a ultima vez que teriamos esse tipo de contato intimo, resolvi pelo menos dar um beijo de talvez despedida nele, e assim ficamos nos beijando. Começaram com beijos leves que foram se tornando mais quentes e molhados, se minha cabeça não estivesse em outro pessoa eu faria sexo com ele ali mesmo no meu quarto, mas claro que com a porta fechada... que por acaso não estava fechada. Eu realmente não tinha intuito de fazer sexo com ele, mas meus pais nos verem se beijando ja seria falta de respeito. "melhor fechar a porta" pensei e no exato segundo que esse pensamento cruza minha mente escuto o barulho de alguem entrando no meu quarto e parando. Olhei assustado, mas o susto maior mesmo foi ver o Daniel ali parado nos olhando.
Eu: Daniel?!?! Ta fazendo o que aqui?!?! -eu e Gustavo nos levantamos rapida e bruscamente da cama-
Gustavo: Opa, foi mal por isso hahaha, e ai cara, como ce ta?
Daniel: Vocês dois Tão...? -eu estava quase em estado de choque por ele ter nos visto-.
Gustavo:...Ué, achei que você soubesse...
Daniel: Não... -sua voz saiu falhando-
Gustavo: Nossa que estranho porque ja fazem algumas semanas que a gente ta namorando... Não contou pra ele? -perguntando pra mim, que não respondi-
Eu não tinha contado da minha situação nesses ultimos meses pro Gustavo e minha duvida sobre Daniel ter conhecimento do nosso namoro agora estava respondida, do pior jeito possivel, na pior situação possivel.
Gustavo: Julio?...enfim né... você quer falar com o Julio?
Daniel: Não... não era nada... -ele saiu do quarto com o rosto visivelmente triste-.
Eu: Daniel, espera!!! -fui até a porta atrás dele mas só pude ver seu carro saindo quase cantando pneu. Voltei pro meu quarto, fechei a porta e chorei andando de um lado pro outro pensando em como aquela situação era fudida.
Gustavo: Julio, o que foi, o que aconteceu?
Ele me abraçou e eu fiquei ali em seus braços chorando por minutos, depois ele me sentou na cama e me disse que ia pegar um copo d'agua pra eu me acalmar, voltou com a água, bebi e fiquei... menos desesperado, porque calmo eu não estava mesmo.
Gustavo: Me conta o que aconteceu.
Respirei fundo, olhei pra ele, voltei a encarar a parada em minha frente e mais uma vez naquele dia eu fazia um resumo do que aconteceu entre mim e Daniel dos ultimos meses pra cá. Terminei de contar e fiquei olhando pra baixo me perguntando o porque ele tinha que aparecer naquele dia, naquela hora.
Gustavo: Vem que eu te levo, vocês tem bastantes desentendimentos pra acertar -olhei pra ele sem entender-.
Eu:... Que?
Gustavo: Olha, eu não to chatiado, quer dizer, estou porque eu gosto mesmo de você, mas não estou chatiado com você entende? Desde o inicio eu ja sabia que não era pra mim que você tinha olhos, ja sabia que você queria ele, claro que nessa época eu nunca ia imaginar que de repente ele ia passar a gostar de você e te beijar, mas mesmo assim eu ja entrei nessa sabendo que não era comigo que você iria ficar. Eu me surpreendi bastante na verdade quando você tentou comigo, foi muito bom mesmo esse tempo todo, você é uma pessoa maravilhosa e eu espero que você seja feliz. Eu sei o que a gente faz por amor, só olhar pra isso tudo que eu fiz até agora hahahah -voltei a chorar, não era justo a situação em que botei ele- para, não fica assim, sério -ele me abraçou de novo-. Eu quero ver você feliz, eu gosto de você como pessoa, não só porque você tinha alguma coisa comigo, mas se você só for feliz com outra pessoa, então quero que você fique com essa pessoa e espero que ela te faça feliz. É o Daniel que você quer? Então corre atrás dele, faça dar certo e seja feliz com ele, só não quero te ver desse jeito, seu sorriso é lindo e precisa ser mostrado, você é uma pessoa forte, então tira essa cara de choro e vai resolver sua situação com ele, ok?
Eu:...Caralho, eu nunca vou conseguir retribuir tudo que você fez por mim esse tempo todo, me desculpa, desculpa mesmo.
Gustavo: Não, para com isso, é pra isso que os amigos existem né? Pra ajudar os outros amigos, então lava esse rosto que vou te levar pra resolver isso logo.
Dei um abraço apertado nele, lavei o rosto e fomos atrás do Daniel. Poucos minutos depois comigo indicando o caminho chegamos e fiquei alguns segundos sentado em seu carro criando coragem, instantes depois ele segura minha mão e diz
Gustavo: Você precisa fazer isso, qualquer que seja o resultado, eu estou aqui se você precisar -beijou minha mão e dei mais um abraço apertado e longo nele-.
Eu: Obrigado -eu disse e sai do carro-.
Gustavo: Você quer que eu te espere?
Eu: Não, você ja fez demais por mim, não sei quanto tempo isso pode demorar então é melhor você ir.
Gustavo: Até mais então, boa sorte e não esquece de me deixar atualizado hein? hahaha
Eu: hahaha tudo bem. Obrigado por tudo mais uma vez.
Dei um timido tchau com as mãos e sai de perto do carro que se afastava e ia embora. Olhei pra sua casa, respirei fundo e toquei a campainha. Nada. Mas ja devia esperar, fui ingênuo acreditando que ele iria simplesmente abrir a porta como se nada tivesse acontecido, e dona Camila parecia não estar em casa. "merda, que que eu faço agora?" pensei. O carro do Daniel estava na garagem pelo menos, o que indicava que ele estava ali. Olhava de um lado pro outro, como eu iria fazer ele vir até mim se eu estava preso do lado de fora? Eu iria até ele. Olhei para o muro que não era tão alto assim, empilhei algumas pedras que achei pela rua, subi em cima delas e fiz esforço pra subir no muro, não foi fácil, mas as nada frequentes idas a academia pareciam ter valido a pena. Pulei pra dentro de seu terreno e logo seus cachorros chegam pra me receber, por sorte ja conheciam meu cheiro, mas dou pouca atenção a eles e me dirijo até a porta e bato chamando por Daniel, bati, chamei, bati, chamei, nada. fiquei assim por vários minutos mas sem resposta, dei a volta no terreno em direção ao fundo da casa onde a janela do seu quarto ficava e voltei a chamar e bater. Fui ignorado por alguns minutos mais uma vez. "Vou bater na sua janela até ela quebrar se você não me escutar!" como prometido continuei batendo e se dependesse de mim, eu realmente bateria até alguma coisa quebrar, meus ossos ou o vidro.
Após começar a não ter mais sensibilidade em meus dedos ouço o barulho da porta traseira sendo destrancada, meus esforços tinham funcionado. Corri para ficar em frente a porta, ouço o barulho dela sendo totalmente destrancada mas não se abriu imediatamente, eu podia ver a sombra dos pés dele pela fresta da porta, ele hesitava em abrir. "Daniel, por favor..." dito isso e pude ouvir do outro lado da porta o ar saindo forte de seus pulmões. A porta se abriu de vagar e Daniel me dava passagem parar entrar, mas olhando pra baixo. Entrei em sua casa lentamente, mas tambem sem olha-lo. Continuei até ir ao centro da sala, me virei e ao vê-lo percebi as marcas de lágrima em seu rosto que continuava a fitar o chão, ele fechou a porta lentamente como abriu mas ficou parado ali. Me aproximei, ele me olhou nos olhos e quebrei o silencio:
Eu: Por que você fez aquilo comigo?
Daniel:...Aquilo o que?
Eu: Como assim o que? Você se distanciou de mim sem nenhum motivo, passou a me ignorar, eu achei que nós éramos amigos!
Daniel: Mas a gente era...
Eu: Se nós somos amigos mesmo, então porque? Responde!
Daniel: Porque nesses últimos meses eu voltei a sentir coisas que eu não queria...
Eu: Que tipo de coisas?
Daniel: Coisas que já me fuderam demais.
Eu: Que coisas Daniel? Para de se esconder de mim! Você diz que somos amigos, mas você não fala o que sente, o que você REALMENTE sente, eu sei muito bem que tem mais aí dentro só que você não mostra pra ninguem!
Daniel: Sim eu escondo... Porque quando eu mostrei que eu amava eu fui abandonado, quando confiei me traíram, quando acreditei me enganaram! Eu tentei manter essas coisas dentro de mim pra não me fuder de novo, mas não deu, eu não consegui, infelizmente eu me apaixonei de novo.
Eu:...Você se apaixonou de novo?... Por quem? -aquelas palavras me machucaram por dentro, mas foi porque eu não tinha o entendido ainda. Ele fez uma cara de tristeza e raiva-
Daniel: EU ME APAIXONEI POR VOCÊ, SEU IMBECIL! -ele gritava com raiva, ficou vermelho e passou a chorar desesperadamente- TUDO ISSO QUE EU FIZ FOI PRA ME AFASTAR DE VOCÊ! DEPOIS DE TUDO O QUE EU PASSEI VOCÊ ACHA QUE EU QUERIA ME ARRISCAR DE NOVO?!? INFELIZMENTE EU PASSEI A AMAR VOCÊ E EU ME AFASTEI PRA TENTAR ESQUECER ISSO, MAS ONTEM VOCÊ TEVE O DESPRAZER DE ME LEMBRAR DE COMO EU LIDO COM A MERDA DOS MEUS SENTIMENTOS. EU JÁ TE DISSE COMO É DEPOIS QUE ACONTECE, ENTÃO A UNICA ALTERNATIVA QUE EU TENHO É FUGIR DELES, E FOI ISSO QUE EU FIZ, MAS VOCÊ TAVA LA PRA ESTRAGAR TUDO! SÓ QUE COMO EU SOU UM BABACA DEPOIS DAQUELE BEIJO EU PENSEI EM JOGAR FORA TODAS AS MINHA BARREIRAS, TODAS AS MINHA INCERTEZAS POR VOCÊ E TENTAR MAIS UMA VEZ ME SENTIR BEM DO LADO DE OUTRA PESSOA, SÓ QUE PELO VISTO VOCÊ JÁ TEM ALGUÉM PRA FAZER ISSO!
Quando escutei aquilo não aguentei e dei um soco em seu rosto, o efeito não foi o mesmo de se ele tivesse me acertado, mas a surpresa em seu olhar mostrava que ele não esperava por aquilo.
Eu: DESDE A PRIMEIRA VEZ QUE EU BATI O OLHO EM VOCÊ EU ME APAIXONEI, PASSEI MUITO TEMPO SÓ PRA SER SEU AMIGOS PORQUE ACHAVA QUE VOCÊ NUNCA IA SENTIR NADA POR MIM, ENGANEI O GUSTAVO ESSE TEMPO TODO PRA TENTAR TIRA VOCÊ DA MINHA CABEÇA, ME APEGUEI A VOCÊ E ME ASSUMI PROS MEUS PAIS, TUDO POR SUA CAUSA, PRA VOCÊ DIZER AGORA DEPOIS DE TUDO QUE ACONTECEU QUE SENTIA ALGUMA COISA POR MIM?!?! - agora eu também chorava. Daniel foi descendo encostado na parede até sentar no chão com a cabeça enfiada nos braços cruzados-.
Daniel: Desculpa... eu não sabia o que fazer, eu não sei o que fazer, eu tive medo... me desculpa...por favor...
Ele dizia em meio aos soluços de tanta choro, sentei ao seu lado, abracei ele e ali ficamos afundando nossas mágoas nos braços um do outro. Só eu sei quanta saudade eu estava de sentir o seu calor, seu cheiro, sua presença perto de mim, me abraçando. Assim ficamos por muito tempo, nem sei quanto foi, mas foi bastante tempo.
Daniel: Você me desculpa? -pergunta ele ja calmo mas ainda abraçado a mim-
Eu: Claro que sim -Terminamos o Abraço-.
Daniel: Ta com fome?
Eu: Não comi quase nada o dia inteiro.
Daniel: Sorte sua então. -ele foi pra cozinha e eu ouvia o barulho de portas de armario abrindo e panelas batendo, logo fui atrás dele-.
Eu: Vai fazer o que?
Daniel: Strogonoff. Quer de carne ou de frango?
Eu: Você escolhe.
Daniel: Então de carne, prefiro strogonoff de carne.
Eu: Cade sua mãe?
Daniel: Ela viajou pro Rio, resolver umas coisas de trabalho (a mãe dele tinha uma confecção de roupas na época).
E fiquei ali na cozinha observando ele fazer o strogonoff. Eu me sentia feliz só por poder observa-lo ali, o jeito dele de fazer as coisas, de se movimentar, suas expressões faciais, tudo nele me atraia, eu era apaixonado por aquele cara e nada no mundo tiraria esse sentimento de mim. Chegue a perguntar se ele precisava de ajuda, mas ele disse que não era necessário e realmente não parecia necessário, então me ofereci pra fazer um suco.
Daniel: Eu tô com vontade de tomar vinho. Se você quiser a gente pode abrir uma garrafa.
Eu: Pode ser, faz tanto tempo que eu não tomo.
Peguei a garrafa, ele me disse pra pegar as taças e botar na mesa, servi e poucos minutos depois ele aparece na sala com as panelas e as coloca em cima da mesa para nos servirmos, não demoramos e começamos a comer, que por acaso estava bom pra caralho. As vezes nossos olhares se encontravam, mas ninguém dizia nada.
Após a janta lavamos as coisas e arrumamos, fomos pra sala e ficamos assistindo tv, sem dizer nada. Eu estava meio caído, tinha esquecido que vinho me dava sono
Eu: Vou indo, tô morrendo de sono -falei me levantando e ele segura meu braço-.
Daniel: Dorme aqui hoje? -me disse com um olhar carente que eu nem consegui responder, apenas sentei de volta no sofá- eu te empresto minhas roupas.
Eu: Tudo bem, vou avisar lá em casa.
Daniel: Usa o telefone daqui.
Avisei meus pais e voltamos a ver tv. Pouca coisa ou nada era interessante e estava difícil de resistir ao sono e deitei minha cabeça no ombro dele, que pra minha surpresa também encostou sua cabeça na minha quase que imediatamente e ficamos assim, isso até me acordou um pouco. "Quer ir deitar?" Ele pergunta e balanço a cabeça positivamente. Nos levantamos e fomos pro seu quarto, lá ele me emprestou roupas pra dormir, Escovei os dentes e depois ele foi usar o banheiro, nesse meio tempo sentei na cama e pensei em tudo o que ele falou e acabei percebendo que não expliquei a ele minha situação com o Gustavo. Ele saiu do banheiro e falei:
Eu: Aquilo que você disse era verdade?
Daniel: O que?
Eu: Sobre mudar por mim.
Daniel: Mas é claro que era, eu não iria falar isso de brincadeira. -ele se sentou na cama ao meu lado e ficamos em silêncio por um tempo, olhando pra baixo-
Eu: O Gustavo sempre soube o que eu sentia por você... eu acabei ficando com ele mais por curiosidade mesmo sabe... 'Agora que eu gosto de um homem, porque não ficar com um?' foi mais ou menos isso, só que ele não é uma pessoa ruim, com o tempo passando e eu achando que nunca aconteceria nada entre eu e você, eu fui tentando seguir com ele, aí no inicio desse mês ele me pediu em namoro e eu aceitei...
Daniel: Você falou tudo que tá acontecendo pra ele quando eu sai da sua casa?
Eu: falei, ele entendeu e me apoiou em vir até aqui, na verdade ele quem me trouxe.
Daniel: Ele é um bom amigo...
E mais uma vez o silencio. Mas nessa falta de interação nossa foi onde cai na real sobre tudo, tudo mesmo. O cara por quem eu era apaixonado sentia o mesmo por mim. "PORRA, O DANIEL DISSE QUE ME AMAVA! CARALHO, O QUE EU TO FAZENDO AQUI PARADO?!" pensei e mais uma lagrima desce em meu rosto, mas pela primeira vez não por tristeza ou desespero. Olhei pra ele que logo em seguida tambem me encarou e fez a cara de preocupação mais linda do mundo e disse "porque você ta chor-" interrompi sua pergunta com um beijo que mais parecia que eu queria me fundir a ele -e se pudesse faria-, o apertava como se precisasse daquilo pra sobreviver, uma de minhas mãos se agarrava a seus cabelos e a outra se agarrava nas costas de sua blusa, mas as duas com tamanha vontade que beiravam a violência. Quase que imediatamente Daniel me abraçou a lá estávamos num dos beijos mais quentes e vorazes de nossas vidas. Diferente da primeira vez, agora eu sentia o gosto da sua boca totalmente, e como era bom, sentia o ar saindo forte de seu nariz mostrando que aquele beijo mexeu com ele, sentia tambem seu cheiro que me deixava com tesão, e por acaso eu ja estava extremamente excitado.
Aumentei o ritmo dos beijos e passava minhas mãos pelos seus braços, barriga, peitoral, costas, deitei ele na cama, fiquei por cima dele e podia sentir que seu pau como o meu estava duro igual pedra, comecei a tirar sua blusa desesperadamente e ele se senta na cama comigo ainda em seu colo, bota as mãos em meu rosto, se aproxima dele olhando em meus olhos e diz sussurrando "calma, a gente tem a noite toda" e volta a me beijar sem pressa.
Me deitei na cama fazendo ele ficar em cima de mim e passava a mão em sua barriga puxando devagar a blusa e ao mesmo tempo sentindo sua musculatura e os pelos ralos de sua barriga e peitos, quando chegou em seus braços ele tirou completamente a blusa. O quarto tinha a luz apagada mas era pouco iluminado pela luz dos postes da rua, agora eu podia apreciar cada detalhe dele, era a primeira vez que eu o via e sentia tão de perto assim. Passei a mão pelo seu peitoral, dei um beijo em sua cicatriz e logo ele tambem tirou minha camisa, o deitei de novo na cama ficando por cima, voltamos a nos beijar e fui descendo minha mão até sua calça. Quando cheguei em seu volume suspiramos ao mesmo tempo e parecia que dentro de mim tinha um turbilhão de coisas, era grosso, fiquei acariciando por um tempo e puxei o moletom dele até a cintura e ele tirou o resto ficando só de cueca preta, admirei por um tempo, aquilo estava mesmo acontecendo. Depois de contemplar o corpo do Daniel me abaixei até sua barriga, comecei a beijar e fui descendo até parar em sua cueca e lentamente botei a boca na cabeça do seu pau por cima dela, Daniel gemeu baixo me levando a loucura, Dei mais uns beijos ali e fui abaixando sua cueca bem devagar até seu pau aparecer totalmente pra mim. Não tenho noção de tamanho, só sei hoje em dia que o meu tem 18 porque medi, então por comparação o do Daniel devia ter uns 17 ou 17,5, mas o dele é bem grosso e com veias à mostra. Seus pelos eram aparados, tipo... "barba por fazer" (comparação horrivel, eu sei), seu saco era lisinho, não era circuncidado mas pude ver sua a cabeça meio roxa, dei um beijo, lambi e comecei a chupar lentamente, eu ja tinha pratica por ter namorado o Gustavo, nunca tinha sido passivo com ele, mas queria que o Daniel fosse o primeiro -e único-.
Ouvir os gemidos abafados dele era simplesmente magico, apesar de grosso eu conseguia engolir tudo, chupava suas bolas, engolia uma, a outra, depois as duas e voltava pro seu pau. Quando se trata de oral eu gosto de deixar tudo babado mesmo, principalmente o saco porque quando elas se chocam com o corpo da outra pessoa fazem aquele barulho, e uma coisa que me deixa num estado de excitação absurdo são os sons produzidos durante o sexo, nada muito alto e selvagem, mas aqueles baixinhos que só se escutam com silencio pra mim elevem o sexo à decima potencia.
Depois de um tempo ele me puxa e me beija, tirou meu short e agora era a vez dele. Meu pau tambem é depilado (pra mim isso é essencial, mas nada contra quem gosta), tambem não sou operado e tenho a cabeça rosadinha. Como ja disse o meu tem tem 18, quase 18 e meio de comprimento, então seria dificil pro Daniel engolir tudo de primeira. Depois de alguns minutos ele conseguia chegar até a metade, chupava desajeitada mas deliciosamente, mas eu queria senti-lo dentro de mim, então voltei a chupar ele pra lubrificar mais, não queria camisinha, confiava nele pra isso (mesmo assim usem gente, principalmente com quem vocês não conhecem intimamente). Parei de chupar, deitei na cama e puxei ele pra cima de mim, voltamos a nos beijar enquanto nossos pintos se massageavam. Cruzei minhas pernas em sua cintura e disse:
Eu: Quando tava com o Gustavo ele nunca fez em mim, Você vai ser o primeiro.
Daniel: Se machucar, me fala e eu paro. -passei saliva na minha mão e dei uma ultima passada no pau dele-
Eu: Vai.
Ele botou a cabeça na entrada do meu anus e eu contrai me arrepiando todo, meu corpo tremia de tesão. Botei minhas mãos em sua bunda e fui puxando devagar, não entrou facil e quando entrou doeu bastante, contorci o rosto em dor.
Daniel: Quer que eu tire? -ele pergunta com aquela cara de preocupação que me derretia facil-
Eu: Não...
Disse eu entre suspiros, esperei me acostumar um pouco mais com a dor e continuei puxando-o pra mim vagarosamente, parando as vezes pra me acostumar com a dor. Após sentir seu saco encostando na minha bunda, abri os olhos e dei um longo beijo nele, a dor ainda existia, mas o prazer era maior. Ele começou o vai e vem bem devagar e eu sentia seu pinto massageando minha próstata e toda a extensão do meu reto, e pouco tempo depois a dor ja não era nada perto do prazer. Ele botou as mãos na parede e aumentou o ritmo, eu estava abraçado a ele, eu sentia sua respiração em meu pescoço e o escutava arfando toda vez que adentrava completamente em mim, após algum tempo desse jeito ele cruzou minhas costas com um de seus braços, encostou sua testa na minha, aumentou o ritmo dos movimentos e sua respiração, de repente seu rosto se contorce e solta um urro abafado, quando senti seu liquido quente dentro de mim alcancei o orgasmo e gozei sem nem tocar em meu pau, os jatos foram tão fortes que fizeram barulho ao atingir o peito do Daniel, eu nem imaginava que era possivel gozar tanto quanto fiz.
Ele se deitou em cima de mim, seu pinto nem tinha saido, mas a exaustão depois do orgasmo quase simultâneo tinha sido tão grande que ficamos do jeito que estavamos, eu sentia nossos corações batendo fortes e acelerados e como nossos peitos estavam encostados, parecia que estavam batendo diretamente um contra o outro.
Após estabilizarmos nossas respirações ele se levantou, ofereceu uma mão pra mim e disse "vem, vamos tomar banho". Dei a mão pra ele que me puxou pra um beijo de tirar o fôlego, terminou com alguns selinhos, pegamos nossas roupas e fomos pro banheiro.
Já era uma da manhã mais ou menos e era uma madrugada fria (como quase sempre, claro), ele ligou a água numa temperatura quente enchendo o banheiro em denso vapor, entramos no box e ficamos abraçados aproveitando a água relaxante escorrendo na gente. Depois de alguns beijos calmos ele pega o sabonete e começa a me ensaboar.
Daniel: Você podia raspar isso ai debaixo do braço né? -nós rimos-
Eu: O que você tem contra?
Daniel: Ué, você depila o pinto e o saco mas deixa nas axilas? Eu acho nojento e fede demais.
Eu: hahaha ta bom, eu tiro.
Daniel: Tá, amanhã eu tiro pra você então.
Nos beijamos e ele passou shampoo no meu cabelo, esfregou e lavou, repeti a mesma coisa com ele, ficamos mais um tempo debaixo do chuveiro e terminamos o banho. Nos enxugamos, vestimos nossas roupas e voltamos pra cama, fomos pra debaixo das cobertas, ele botou a cabeça no meu peito e nos abraçamos.
Daniel: Cara, eu te amo. -meus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir aquilo-
Eu: Eu tambem te amo.
Ele beijou meu peito, aninhou seu rosto nele e assim fechamos os olhos. Dormi com um sorriso no rosto e o coração aquecido, a noite mais inesquecivel da minha vida.
AEEEEEEEEEEEE FINALMENTE HAHAHAHAHA!!! Depois de 14 incansáveis e longos capitulos rolou nossa primeira vez, mas se pra vocês esse tempo foi muito, imagine pra mim que tive que esperar quase um ano inteiro pra isso.
Nosso primeiro beijo foi intenso, mas nossa primeira noite fazendo sexo, ou amor, falando de um jeito mais meloso e gay foi surreal, só espero ter conseguido passar todos os sentimentos e detalhes pra vocês, afinal depois dessa espera toda eu não podia fazer menos que um sexo com todos os detalhes. OBS: as coisas aconteceram exatamente do jeito que ta ali, sem tirar nem pôr, então provavelmente a gente fez exatamente como ta na sua cabeça.
Então galera, acabou que o conto ficou bem grandinho sim, diferente do que disse lá no inicio, sorte de vocês hahahah eu iria responder vocês individualmente agora, mas os comentários aumentaram e eu sinceramente estou com preguiça e sono demais pra encarar tudo, pois é algo que tambem demora, então desculpa ae pessoal hahahahahha
Bom, é isso, espero que tenham gostado desse capitulo, obrigado pelos votos e comentarios do capitulo anterior e peço que comentem o que acharam da descrição do sexo, porque é claro que a partir de agora vai ter mais então preciso saber como estou nesse quesito justamente pra vocês mesmos, lembrem-se que qualquer opinião é valida, até a próxima.