Escrevo esse capitulo ouvindo Quelqu'un m'a dit - Carla Bruni (https://www.youtube.com/watch?v=XvyMG0z0FZY)
Como disse, a cada dia que passava a gente estava mais próximo, uma colega minha chegou um dia em mim e falou: “Pe eu estava conversando com o Gil na cantina , e perguntei para ele como está o andamento do TCC dele, e ele me disse que está conseguindo fazer todas as analises, e que isso é graças a você, e disse que nunca vai conseguir te agradecer, e que te ama muito kkkk”, palavras da minha colega rsrs, na hora eu sorri sem graça, mas fiquei todo cheio por dentro e feliz rsrs, mesmo que eu estive-se sendo usado, coisa que eu duvido, pois da forma que a gente vinha se tratando, acho que acho que ele era um cara que só estava perdido e precisava de ajuda no trabalho dele. Outra ocasião inusitada, foi um fds que a mãe dele veio passar com ele, ele me ligou, me chamando para almoçar e conhecer a mãe dele, quando cheguei lá na casa dele, ele me apresentou a mãe dele e disse: “Mãezinha esse é o Pedro o meu amigo que eu falei para Sra, que está me ajudando muito”, na hora também fiquei sem graças, conversei com ele, e com a mãe dele por um tempão, ela me contando essas historias que toda mãe conta, quando conhece alguma amigo do filho, de como ele deu trabalho para ela quando era criança, adolescente tal....
Bom , por causa da greve das Universidades Federais, acredito que o calendário da maioria das instituições ficou prejudicado, e o nosso caso não foi diferente. O pessoal da graduação teve um recesso um no meio do semestre letivo, ai já viu, enquanto todo muito ia viajar, nós que temos os nossos experimentos em andamento temos que ficar enfurnados no laboratório. Mas como eu tive o “privilegio”, de ser natural da cidade onde estudo, sempre acaba sobrando um trabalho dobrado de algum “amigo” que chega em mim com aquela velha conversa fiada de “Pedrinho cara, será que você poderia cuidar do meu experimento por uma semana para eu ir em casa, pois a muito eu não vou lá...” E adivinhem quem foi o 1° a vim com esse papo para o meu lado? Pois é o Gilberto, eu disse para ele que poderia cuidar sim, pois para mim não seria trabalho nenhum, pois vou na Facu todo dia mesmo(fato que é verdadeiro ). Bom, mas sabem bem como é vida de estudante, tudo é motivo de festa, e ai o pessoal do meu grupo resolveu que iriam fazer um churras para iniciar o recesso de cabeça fria, e adivinhem quem escabeçou essa ideia? Meu orientador rsrs, churrasco em comemoração ao inicio do recesso, só esses doidos mesmo rsrs, acho que estavam era procurando um motivo para entornar todas rsrs. Sei que esse churras foi organizado em tempo recorde rsrs, e marcado para o sábado cedo, pois ai todos poderiam beber o dia todo rsrs, sei que quando a cantoria se iniciou era por volta das 11 da manhã com o povo todo animado, bebendo, alguns já de ressaca da sexta feira rsrs, o sertanejo comandava, acabou sobrando para mim assar a carne, pois não bebo. Quando deu umas 4 da tarde o Gilberto já estava bem altinho, assim como todos os outros, ele e a minha colega que emprestou a casa para o churras, éramos os únicos que não curtem sertanejo, acho que esse também foi um fato que nós aproximou, ele só bebia, não interagia muito com o pessoal (e muito tenso quando a gente vai em um lugar e só toca aquilo que a gente não gosta), sei que no fim das contas o pessoal já estava fazendo muito barulho, gritando no meio da rua. Foi quando eu notei que Gilberto não estava mais, e perguntei para o cara que dividi aluguel com ele, onde Gilberto estava, e o cara me disse que achava que ele tinha ido em casa, como ele mora bem perto da casa onde estava acontecendo o churras, eu resolvi ir na casa dele e verificar se ele estava bem, chegando lá, o portão estava destrancado, mas a porta estava trancada, bati e ele respondeu que estava no banho e que era para eu esperar, dai ele saiu do banheiro correndo, enrolado na toalha, abriu a porta e voltou para o banheiro, e ficou conversando comigo, falando que não estava bem, pois já tinha bebido na noite anterior. Fiquei no quarto dele, jogando na cama, esperando ele terminar, ele terminou o banho veio enrolado de toalha, vestiu uma cueca, sem tirar a toalha e depois vestiu um short, foi até a gaveta e pegou um cigarro de canabis, acendeu e relaxou, deitou em rede que ele tem no quarto, e a gente ficou conversando. Depois ele levantou e foi até o pc e eu continuei deitado na cama dele, quando ele me chama para me mostrar a revisão bibliográfica que ele tinha feito para o TCC, fiquei em pé atrás dele, e a gente conversando, eu não resisti e deixei Tzão que eu tenho por ele falar mais alto, e coloquei a mão no seu ombro, por uns 2 min, como vi que ele não disse nada, comecei a fazer uma espécie de massagem, apertando de vagar, ficamos em silencio e eu intensifiquei os movimentos nos seus ombros, nem sei por quanto tempo foi, de repente ele se levanta e vai até a cozinha beber água, espero um pouco e também vou atrás dele na cozinha e pego um copo e coloco água, bebo, e fico encostado na parede e ele fica mexendo em algo na pia, de repente ele sai, e passa por mim, devagar, e coloca a mão na minha cintura, como se me convidando para segui-lo, até o quarto dai, ele volta vai até a porta da frente da casa, e a tranca, e eu fico parado na porta do quarto dele sem reação, e ele volta e passa a mão no meu braço, tudo isso em silencio, deita-se na cama, e fico olhando ele, Gilberto faz um gesto com a mão, me convidando para me deitar ao seu lado, fico deitado, e ele começa a passar a mão na minha cabeça como uma espécie de cafuné, (me recordando de tudo agora, e a impressão que tenho e que ele estava completamente sóbrio), ele se levanta, vai até a porta do quarto e a tranca, volta e deita ao meu lado, e continua o cafuné...
Continua...