A única coisa que passou pela minha cabeça foi: como alguém é tão imbecil a ponto de filmar alguém que está transando com você só para fazer chantagem.
- Cara, deixa de ser retardado. - Falei em tom agressivo, você acha mesmo que eu vou cair em uma chantagem de merda dessa?
- Eu sei que tu gosta de regular o cu, mas o Claúdio disse que já comeu e que o segredo é fazer uma pressãozinha que tu libera. Então, não vamos brigar não cara, só quero dar uma bem gostoso, tu é viado mesmo, não custa nada liberar, e isso me impede de sei lá, passar esse vídeo para alguém.
O sujeito era realmente idiota, eu não liberei pro Claúdio por causa de pressãozinha, fingi que estava liberando por isso mas tinha planejado tudo, eu estava querendo. Com o Alan, só senti vontade de fazer boquete e só faria aquilo.
- Cara, vai tomar no olho do teu cú, seu leproso filho da puta, pode espalhar essa porra pra geral. Bota no whatssapp, no face, no youtube, no outdoor. Minha mãe sabe que eu gosto de homem e quem me sustenta é ela. Vai, espalha, aproveita e mostra pra tua mãe também, mostra pro teu pai, coloca na tua Igreja, pros teus irmaozinhos verem, senão eu mesmo vou lá e coloco. Não tenho nada a esconder de ninguém não, caralho. Você que tem, seu crente hipócrita de merda.
Percebi que desta vez, ele que ficou surpreso, não esperava minha reação. Nem eu mesmo esperava na verdade, de início fiquei nervoso sobre o tal vídeo, mas foi só o tempo de parar de pensar e perceber que não tinha mais coisas a perder do que ele. SAbia que a família dele era super evangélica e fanática, iriam internar ele para exorcização se soubessem que ele curtia outros caras.
- Calma cara, eu só queria que rolasse de boa entre a gente. - Falou ele em tom nervoso.
- A única coisa que vai rolar de boa entre a gente, é você sair da minha casa e a gente fazer de conta que essa merda não aconteceu. - Falei ainda irritado.
Sem falar nada, ele baixou a cabeça e saiu novamente. Para prevenir qualquer retorno, fui até a porta para fechar, mal encostei na chave e ouvi alguém bater do outro lado. Não acredito que o trouxa do Alan tinha retornado.
- ME DEIXA EM PAZ, PORRA….- Esbravejei abrindo a porta de uma vez, me deparando com um moreno claro de olhos castanhos claros como o raiar do dia me encarando com uma cara surpresa.
- Desculpa, eu não queria te incomodar. - Tentou balbuciar ele.
- Não cara, pelo amor de Deus, me desculpa. Tinha um otário aqui em casa. Pensei que era ele. Tá precisando de alguma coisa?
- Primeiro me apresentar. Eu me chamo Ahnri…
- Como? - Indaguei estranhando o nome.
- Ahnrí, cara, meio diferente né? - Retrucou ele envergonhado.
- Bem diferente mesmo, mas é bonito. - Elogiei. - Prazer Ahnri, eu sou o Caleb. - completei apertando sua mão. - No que eu posso te ajudar?
- Estou me mudando pro apartamento aqui em frente. - Falou ele apontando. Meu condômínio possuia 10 blocos, cada um com 16 apartamentos, eram 4 apartamentos por andar, na escada. O apartamento que ele disse que estava se mudando era exatamente de frente para a porta do meu. - Você poderia me arrumar água, não compramos garrafão ainda.
- Então bem vindo, vizinho. -Falei dando uma analisada geral nele, estava usando camiseta regata e um short de tactel, era bem musculoso e o suor de cansaço por estar ajudando na mudança quase me hipnotizou. Praticamente comi o garoto com os olhos antes de completar. - Claro, entra aí, vou pegar.
Ele ficou de pé na sala enquanto fui na cozinha encher um copo de água no gelágua.
- Anhrí, pensando melhor, vem aqui, eu tenho gelágua, assim você bebe o tanto que quiser.
Ele foi até a cozinha e entreguei o copo já cheio, apontando a ele o gelágua para que bebesse mais. Fiquei então admirando ele por trás. Que belo traseiro, bem arrebitado e a cinturinha torneada, ele devia malhar ou fazer atividade física com regularidade para ter um corpinho gostoso daquele, fiquei imaginando como seria o pau dele, e o meu pau ficou duro na hora. Ele bebeu mais dois copos de água e se virou, aparentemente sem perceber os meus olhares.
- Caleb, obrigado mesmo cara, tava morrendo de sede. - Falou abrindo um sorriso e colocando o copo na pia.
- Que é isso, vizinho é pra essas coisas. - Falei acompanhando ele até a porta. - Qualquer coisa que precisar de mim, só chamar viu? - Falei em tom involuntariamente (mentira, foi voluntário) sugestivo.
- Beleza cara. Valeu mesmo.
Quando abri a porta, verifiquei que vários carregadores entravam e saiam do apartamento, mas não reparei ninguém que pudesse ser pai ou mãe do Ahnrí, fiquei curioso sobre como seria a família dele, mas teria tempo para descobrir.
Era por volta de 15 horas, então resolvi deitar e tirar um cochilo. Estava com muita vontade de sexo, talvez por isso tenha passado um tempão pensando no corpo do ahnri, ele era mesmo bem gostosinho. Ele não me lançou nenhum olhar diferente. Não sou de se jogar fora, 1,67, malho, branquinho, sou muito vaidoso, se ele curtisse deveria ter dado algum sinal. Se bem que seria compreensível que ele nem meolhasse direito depois do susto inicial que dei. Acordei do cochilo ouvindo novas pancadas na porta.
Fui abrir e me deparei com o ahnrí do lado de uma senhora morena e baixa, bem feita de corpo, devia ter entre 40 e 45 anos e era bem parecida com ele. Sua mãe, pensei.
- Cara. - Ele me olhou sem jeito. - Desculpa te incomodar de novo, terminar tudo aqui e será que você podia dar água a gente? Essa é a minha mãe, Mari. Mãe, esse é o nosso vizinho, o Caleb.
- Claro, entra aí. - Falei abrindo a porta. - Muito prazer Dona Mari.
- Dona nada, só Mari, por favor. - Falou ela rindo e entrando. - Muito prazer viu Caleb?
- Prazer é meu. - Falei levando eles até a cozinha.
Por um instante senti como se Mari tivesse passado um raio x em mim e enxergado até meu passado sexual, ela tinha um olhar muito penetrante.
- Já vão ficar agora no apartamento? - Indaguei.
- Vamos sim. - Falou Mari. - Até a luz já foi ligada. Só falta ir comprar um garrafão de água, para gente deixar de te perturbar. - Completou rindo.
- Que é isso. - Respondi também simpático. - Fiquem a vontade.
- Posso chamar minha esposa pra beber água também? - Indagou ela.
- Claro. - Respondi automaticamente e foi só então que percebi que ela havia falado esposa e não esposo.
- Lu, vem cá beber água amor, ela chamou.
Da cozinha mirei a porta de entrada e vi uma mulher loira e alta, mais jovem que Mari, adentrar sorridente. Tinha o cabelo bem curto e aspecto masculino bem moderado. Meu queixo caiu, a mãe do Ahnri era casada com outra mulher.
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Obrigado pessoal pelo apoio no meu retorno. Vocês sabem que vou escrevendo e publicando, então todo dia tem pelo menos um capítulo e alguns dias mais de um.