Continuação do capítulo 16
Muhammed estava já de ceroulas e ia passar o cadeado na corrente.
—Espera Muhammed! Quero falar com você!
—Mas senhorita! Estou de ceroulas...
—Não faz mal! Deixe-me entrar e feche a porta por dentro.
Enquanto o jovem (me parecia bem jovem mesmo) fazia o que mandei, passei a examiná-lo pelas costas. Coxas grossa e pouco peludas, bunda redonda e durinha e umas costas bem desenvolvidas, quase musculosas. Quando ele se virou de frente, que bela espécie de libanês. Volumoso no ventre e de uma cor morena suave, quase sem pelos nos peitos. Era do tipo forte sem ser musculoso. Um pouco mais alto que eu, só um pouco e aqueles olhos verdes... Ele ficou parado a uns três metros de mim que havia me assentado sobre uns sacos de grãos, não sabia do que eram.
—Muhammed, desde que vocês chegaram notei que você é um libanês diferente de Arbab e dos outros dois, por quê?
—Senhotita Astrid me desculpe, mas não sou libanês. Sou árabe e vim do Cairo ainda criança com meus pais. Fui criado na Bahia onde meu pai tem comércio e por isso falo tão bem o português.
—Ótimo! Assim nos entendemos melhor. Eu notei que os outros dois parecem não gostar muito de você. Eles tem algum motivo especial?
—Acho que têm ciúmes de mim...
—Por quê? Posso saber?
—Por causa do patrão...
—Bobagem... Deixa prá lá!
—Você é muito bonito... Forte... Jovem... Seu pai comerciante na Bahia... Acho estranho você levando essa vida andando por esses sertões cheios de perigos... Você deixou alguma moça lá na Bahia?
—Não senhorita. É uma longa história... Um dia conto pra senhorita. Ainda é muito cedo para falar nisso.
—Mas você gosta de mulher não gosta?
—Gosto muito! E é aí que eu desgracei minha vida. Por favor senhorita...
—Qual é seu grau de amizade com Arbab, meu noivo?
—Sou empregado dele, ele me paga e eu faço o serviço direito, só isso. Amizade, de amigo, amigo, nenhuma. Eu respeito ele e pronto.
—E a noiva dele você respeita?
—Claro! A senhorita vai ser minha patroa também!
—Vai ser não! Já sou! Você está na minha propriedade é empregado do meu quase marido, comeu da minha comida, portanto pode se considerar também meu empregado!
—Está bem senhorita Astrid, me desculpe.
—Então me diga por que você não está ajudando seu pai cuidar do comércio dele lá na Bahia?
— Fico meio sem jeito, mas se a senhorita é minha patroa, não posso mentir para a senhorita. Eu desde menino sempre gostei de brincar com os meus amiguinhos e amiguinhas, colegas sabe? Nessas brincadeiras, as meninas gostavam de... A senhorita sabe. Pois é! Acabei ficando viciado em fazer essas brincadeiras delas pegarem no meu... Depois foi evoluindo e eu comecei a fazer... Atrás, sabe. Elas gostavam e eu também. Depois foram uns meninos que deixavam eu fazer neles também. Depois eu fui crescendo e as brincadeiras acabaram. No ano passado, vieram dois parentes do meu pai do Cairo morar com a gente até os pais deles poder virem. Um menino de 14 e uma menina de 15 anos. Ela ficou ajudando minha mãe em casa e ele trabalhando na loja do meu pai. Logo ela se engraçou comigo e quando menos esperava eu e ela começamos a fazer atrás porque ela era virgem. Um dia o irmão dela viu e ameaçou contar pro meu pai se eu não fizesse com ele também. Resultado fiquei fazendo aquilo com os dois até que meu pai descobriu e me expulsou de casa. Saí pelo mundo até que um dia conheci Arbab e ele me aceitou para trabalhar com ele em troca de abrigo e comida. Viemos para Olinda e quando a gente estava quase chegando, houve um temporal muito grande. Eu dormia embaixo do carroção. Arbab ficou com pena e chamou para dormir na tenda com ele. Como eu estava com a roupa muito molhada ele mandou que eu tirasse a roupa e me emprestou um par de ceroulas. Dormimos juntos naquela noite e...
—NÃO! VOCÊS?
—Foi isso mesmo. Foi ele quem quis... Senhorita Astrid, pelo amor de Deus! Ele vai me matar se souber que eu contei.
—Foi só naquela noite?
—Não! É por isso que Salim e Youssef não gostam de mim. Acho que eles antes dormiam com o patrão. Acho melhor eu arrumar minhas coisas e fugir enquanto é tempo. Não devia ter contado para a senhorita, mas também não acho justo a senhorita casar com um homem que... Sabe... Gosta de homem também.
—Arbab gosta de fazer atrás também?
—Nãão! Ele só gosta de dar... Comer não!
—E de mulher? Arbab gosta?
—Gosta sim! De vez em quando ele dorme com umas índias que a gente encontra pelo caminho.
—E você Muhammed, gosta de mulher ou só de bunda de homem?
—Gosto mesmo é de mulher, mas Arbab apareceu e foi minha salvação. Só por isso aceitei ficar dormindo com ele.
—Você não vai fugir nem vai embora. Você vai ficar aqui e provar pra mim que gosta mesmo de mulher e vai ser agora!
—Senhorita vai casar e pelo que soube é virgem...
—Sou mesmo! Mas você não disse que gosta de bunda? Então? Depois, você tem mãos, tem língua... Pode me satisfazer de muitas maneiras. Venha cá! Chegue mais perto.
Nossa conversa já o tinha excitado e quando ele veio para perto de mim, suas ceroulas estava estufadas de tão duro estava seu pau. Segurei em suas nádegas quentes e durinhas e abaixei as ceroulas dele. Seu pau moreno saltou para cima ereto. Cabeça roxa brilhosa, e o tronco grosso firme uniforme. Puxei-o para minha boca e mamei nele até Muhammed gozar. Depois, levantei minha saia e desci minhas calçolas oferecendo minha vagina para ele. Muhammed ficou louco com meus pentelhos loiros e mamou neles antes de enfiar sua língua árabe em minha vagina. Ah! Quanta emoção! Quanto prazer! Gozei e gozei como louca! Pensei em pedir que me deflorasse, mas isso poderia atrapalhar meus planos com Arbab. A este, eu daria a mesma lição que dei no padre, ele não perderia por esperar. Depois de muito gozar, virei de costas e pedi que me penetrasse na bunda com seu pau grosso, mas não tão grande quanto o do Abakala.
—Espera que vou pegar produto que ajuda a entrar.
Foi nesse dia que conheci a vaselina. Ele veio com uma latinha e passou aquele creme branco sem o desagradável cheiro da banha de porco no pau e começou a meter. Seu pau entrou macio, gostoso. Ele metia e eu gemendo remexia minhas cadeiras. Mais uma para minha coleção e que um! Gostoso, jovem, viril e com muita prática em comer uma bunda. Gozamos muito naqueles minutos, quase meia hora que ali ficamos.
—Muhammed, vou falar com Arbab que você vai ficar responsável pelo entreposto. Não quero que você viaje com mais ele. Depois de casada, quero ver se você será capaz de manter meu fogo por homens serenado.
—Senhorita Astrid, Muhammed é capaz de passar noite inteira até sol raiar dando prazer à senhorita, pode ter certeza!
Beijei-o e voltei para a casa grande. Arbab ainda dormia na rede. Deixei-o dormindo ali e fui tomar um banho. Enquanto me refrescava na banheira fiquei relembrando quais machos eu tinha na minha coleção: Tomé, meu pajem; Armond, meu capataz; Abakada, meu escravo; Cristiano, o soldado português e agora, Muhammed, o jovem árabe. Acho que ainda vou testar o negro Nekeyô. Ele já é meio velho, mas Santo Deus! Que naco de tronco! Agora vou dormir e me refazer das emoções do dia.
No dia seguinte...
—Bom dia padre! Arbab dormiu na rede, não foi?
—Acho que tomei muita vinho e licor. Mas foi boa porque estava fresquinha no varanda.
—Acho que devemos fazer uma reunião para fazer o planejamento para o casamento. Quero realizá-lo o mais rápido possível, no máximo em uma semana. O senhor padre, pode pedir para o Armond o material e os escravos que forem necessários para a construção do altar. Arbab enquanto o padre José vai tomando as providências com o Armond, acho que eu e você precisamos conversar sobre nós e nossos negócios.
—Arbab fica feliz noivo Arbab preocupada com negócios.
—Arbab não sou mulher de meias palavras e por isso vou direto ao ponto. Não gostei de Salim nem de Youssef, mas como você disse que são homens de sua confiança, eles podem ficar, mas sempre que você viajar eles vão com você. Enquanto eles estiverem aqui, não os quero perto daqui da casa; já o Muhammed me parece um bom rapaz e não vejo nenhum problema, mas aqueles dois... Meu santo não bateu. Outra coisa, depois da cerimônia esse padre vai ficar aqui quanto tempo?
—Arbab vai levar ele no fazenda do Coronel Feliciano.
—Sim, mas quantos dias depois do nosso casamento?
—No dia seguinte. Arbab vai e volta em três dias. Arbab precisa preparar viagem para o cidade de Olinda para buscar resto do mercadoria que ficou lá.
—Está bem! Agora vá cuidar dos seus negócios com os seus homens.
Havia um quê de sarcasmo em minhas palavras, mas Arbab não entendeu ou fingiu não entender. Durante o almoço, padre José falou que já havia providenciado tudo com Armond e que gostaria de voltar ao carnaubal com Nekeyô. Achou o lugar lindo e queria voltar lá.
—Hoje não Padre José! Hoje o senhor vai tomar a minha confissão. Amanhã o senhor vai pela manhã que é mais fresquinho.
—Deus seja louvado! Arbab já disse que é da religião mulçumana e não vai se confessar. Ele concordou apenas de receber a benção matrimonial. Mas suas mucamas e o seu pajem devem se confessar também, principalmente a Benta que já vive amancebada com Armond e Akula que vai se casar.
—Está bem! Mas eu vou primeiro. Duas horas está bom para o senhor? Vou esperá-lo em meu escritório. Até dá tempo para o senhor tirar uma sesta na rede da varanda.
Saí e fui ver como estava tudo por ali. Entreposto, engenho, casa das putas, enfim pondo ordem nas coisas. Aproveitei e chamei Nekeyô.
—Amanhã depois do café, você vai levar o padre nas carnaubeiras. Parece que ele gostou da sua companhia.
—É pra machucá?
—O mais que você puder. Você viu o Abakada por aí?
—Tá nu ingenhu.
—Abakada!
—Sinhá! Bom dia!
—Então? Está animado pro casamento?
—Tô sim Sinhá!
—Depois que você casarem, você vai morar na casa grande. Lá fica mais fácil da gente se encontrar para nossas brincadeiras quando o Arbab estiver viajando.
—Mas e a Akula?
—Ela sabe sobre nós e não vai se importar quando você for para meu quarto. Já está tudo acertado. Estou louca pra você me penetrar pela frente... Mal posso esperar a hora.
—Sinhá vai vê o que é macho de verdade!
—Agora vou indo porque vou me confessar com o padre José.
Passei pela varanda e acordei o padre que roncava feito porco dormindo na rede.
—Vamos padre! Estou no escritório esperando o senhor.
—Pronto minha filha!
—Feche a porta padre.
—In nomine patris, et filii, et spiritus sancti. Amen. Pode começar minha filha!
—Acho que deveria começar a relatar seus pecados é o senhor padre. Concordei com essa farsa de confissão só para demonstrar aos demais que vamos fazer a coisa direito, mas o senhor não me engana. Ví como o senhor chupou o pau do meu pajem no dia em que o senhor chegou e sei também que seu machucado foi no “toco” do escravo Nekeyô, que aliás, está doido pra voltar lá nas carnaubeiras com o senhor amanhã de manhã. Não me venha com suas lorotas de pecado porque o maior pecador aqui é o senhor. Portanto, finja que me confessei e está tudo bem. Esqueça de tomar as confissões dos meus escravos e soldados porque o senhor não as terá e faça uma cerimônia bem bonita no meu casamento. O senhor entendeu? E tem mais, se eu fosse o senhor ia até o entreposto e comprava uma latinha de vaselina. Nekeyô gostou muito da sua bunda branca e mal pode esperar até amanhã. Agora vamos sair daqui que está muito abafado.
Continua...