Um homem baixo, homossexual e velho que ainda procura por rostos bonitos é humilhante.
Sou Ariel, mas sou conhecido popularmente conhecido no "mundo do crime" como Ary, minha mãe era uma viciada na pequena sereia e queria uma menina, mas já que não veio, acabei pagando o pato, aparentemente sempre gostei de garotos, mas ao contrário de amor só gostava dos seus rostos, nunca amei ninguém e acho que nunca amarei. Sou alemão, mas minha família se mudou para o Brasil quando tinha 3 anos, sempre fui baixo 1 metro e 60 centímetros e sempre tive um rosto muito jovem para a minha idade. trabalho como escritor, gosto do que faço, não sou uma pessoa especial e não sei se vou alcançar isso algum dia, minha vida se resume ao trabalho e rostos bonitos, Claro que já amei, mas foi há muito tempo, meu primeiro foi um amigo da minha mãe, ele tinha 19 anos e eu 14, estávamos apaixonados, mas ele teve que ir para os Estados Unidos estudar pediatria por ordem do pai, ele queria me levar, mas minha mãe jamais deixaria,, então afim de esquecer tudo comecei a sair com qualquer um que tivesse uma boa aparência, gosto de numerar todos os que eu já peguei, acho que 57 é um número pequeno comparado ao que já vivi. Agora que já contei minha vida vamos voltar a minha rotina.
Acordo com o maldito som do despertador, é ele que me faz querer me matar todas as manhãs, como de costume escovo meus dentes, tomo meu banho e visto qualquer coisa do guarda roupa. criar um livro é algo fascinante para mim, mas é um saco pensar em algo sem estar inspirado, prefiro tomar café da manhã fora do quê em casa, odeio cozinhar e fazer trabalho domestico,as vezes eu acho que minha vida é amargurada, tenho uma melhor amiga que vive querendo me tirar de casa e é claro que enquanto penso nisso a campainha toca, nem posso imaginar a desculpa que posso dar essa vez, odeio os lugares que ela me leva, ela tem fases e estágios de loucura, ela visita centros de reabilitação por puro prazer, para ela é bom ver oque os outros passam, acho tudo isso uma besteira e claro que o nome da maluca é Molly.
-E então maluca para onde vai me levar hoje?
-Maluca? eu vou te dar um soco e você vai ver a maluca, e respondendo sua pergunta, vamos há praia.
-Desculpa mais não to afim de ir até a praia (odeio praia, mar, areia e etc).
-Sem desculpas, só vamos passear e não aceito não como resposta. se não fosse eu você passaria o resto da vida enfurnado nesse apartamento.
-claro, tenho tudo oque eu quero aqui, só saio quando necessário.
-Para pegar garotinhos?
-também, só lembrando que não pego ninguém, eles que me pegam, eu vou há praia com você, mas quero que me deixe em paz por uma semana, beleza?
-um dia é o máximo que posso prometer.
-já é um milagre, vamos.
Não sou fã de praia, mas ver os surfistas só de short é agradável, mas toda essa areia e esse cheiro de maresia me deixam enjoado.
-Então eu não sou ótima? me agradeça depois por te trazer até aqui.
Nunca pensei em agradecer a ela por me trazer aqui. Voltando para casa paramos em uma livraria, ela sempre gosta de ver como estão a venda dos meus livros, há é esqueci de dizer que ela é minha editora.
-Procuram algo em particular?
algo naquela voz me atraiu direto para seus olhos negros, seu cabelo castanho liso meio curto, ombros largos na medida do possível, em seu rosto um sorriso lindo com uma fileira de dentes brancos.
-Nada demais só estávamos vendo se as vendas dos livros de Ariel Binner estão indo bem.
-Ah Sim, estão indo muito bem, já fiz novas encomendas de novos livros, já estão esgotando. Ela é uma ótima escritora, só acho estranho seus livros não terem foto dela.
Bom como meu nome é feminino demais eu sempre achei melhor me passar por mulher, uma escritora é mais aceita nesse ramo.
-Ela prefere ficar no anonimato.
-Ah entendo e você é?
-Sou editora dela, Molly Andrade
-Entendo, e você?
-Éee... eu sou...
-Ele é meu amigo.
-Entendo, fiquem a vontade,meu nome é Nícolas sou o encarregado da área de literatura, oque precisarem podem falar comigo.
Quase que falo minha verdadeira identidade para um desconhecido, oque está havendo comigo. Seu nome soa tão bem, ele é tudo oque eu amo, mas com certeza ele é hétero. Chegando em casa o sofá foi a primeira coisa que meus olhos viram, eu deveria ir na livraria mais vezes, é bom eu ficar de olho nas minhas vendas, até fiquei entusiasmado com meu novo romance. Será que ele tem namorada? por que eu quero saber disso? não me importo com ele nem um pouco, ou será que me importo?
Me importo tanto que voltei a livraria no outro dia, virei um stalker. É que ele é tão lindo, sua pele branca, o corpo dele também é bonito de vista, só vou saber vendo ele sem roupa, oque estou dizendo? tenho que manter a calma e fingir que não estou nem aí para ele. Droga ele está vindo na minha direção, será que me reconheceu? claro que não, passam vários clientes por aqui todos os dias, ele não vai se lembrar do meu rosto.
-Ei garoto de ontem, oque faz por aqui?
Reformulando tudo, e não é que o filho da mãe lembrou.
-Éee... sabe, só olhando alguns livros.
-Entendo, já leu livros da Ariel? são ótimos.
-Não preciso.
-Por quê não?
-Aaaaa... é que eu não...quero dizer, é que eu acho que... não sei oque dizer.
-kkkk você é engraçado, então de qual tipo de livro você gosta?
-Prefiro romance, algo moderno, nada estra vagante, e que mostre oque é amor de verdade.
-Nossa, você é bem profundo.
-Você acha? eu só gosto de algo que mostre sua realidade, nada que fique escondido em uma historia idiota.
-É, você é bem profundo mesmo, deveria virar um escritor algum dia quando tiver idade,mas então qual o seu nome? esqueci de perguntar no outro dia.
-Bom... sabe oque é...
-Nícolas chegaram novos clientes.
-Desculpe é a gerente,preciso atender os outros clientes, volto daqui a pouco.
-Ah não precisa, já estou indo de qualquer forma, foi um prazer conhece-lo.
-Ei espera, você não disse seu nome.
-É meio complicado...
-Ariel eu sabia que te encontraria.
E em um segundo o número 47 estava segurando meu braço, o único idiota que eu disse minha verdadeira identidade, Agora sim eu to ferrado.
Continua....