- obrigado Ju - falei bravo para ela.
- desculpa Matt foi sem querer - respondeu ela tentando se desculpar.
- que história é essa de que você vai viajar? - perguntou Max me olhando nos olhos com um olhar triste.
- ninguém aqui disse eu iria viajar - respondi na defensiva.
- mas..- eu o interrompi.
- mais nada, eu não vou viajar fica calmo - falei passando a mão em seu rosto percebi que ele estava assustado com a noticia da minha suposta viagem.
- não me deixe - falou el e me abraçou - te amo muito.
- eu também - respondi retribuindo o abraço - mas agora tenho que ir meu pai deve estar pirando em casa, ele deve achar que minha mãe é uma irresponsável por me deixar sozinho aqui - falei levantando.
- eu vou com você - Max estava levantando junto mas eu o impedi.
- não é melhor você ficar aqui ou ir para a sua casa amanha a gente conversa e também tenho que ter uma conversa séria com meu pai - falei saindo e entrando no táxi que havia pedido, quando cheguei em casa meu pai ainda estava na sala assistindo televisão quando me viu fez uma cara de bravo.
- onde você estava Matheus ? -perguntou ele levantando e vindo me dar um abraço - estava preocupado com você e por que não atendeu seu telefone?.
- agora lembrou que tenho telefone - respondi irônico.
- como assim? - ele estava confuso.
- como assim o que? eu sei que alguém lhe disse que eu iria ficar sozinho aqui por um tempo e você resolveu ''aparecer de surpresa'' por que estava com saudades de mim e ainda quer me levar passar alguns dias com você a pai conta outra - falei saindo de perto dele.
- isso é jeito de falar com seu pai menino? - ele estava ficando bravo.
- ahhh agora lembrou que é pai né, mas quando eu era pequeno você não se importou comigo né só pensou em sair e fazer seus negócios progredirem - falei não estava medindo minhas palavras desculpem o palavrão mas foda-se o que ele estava sentindo com minhas palavras.
- você não sabe de nada - ele respondeu com a voz triste.
- sim, eu não sei de nada e também não entendo como você ainda quer que fique próximo de você se quando eu precisei quando era pequeno você nunca esteve presente - falei eu estava tentando achar um meio dele desistir de me levar apelando para sua consciência eu estava me sentindo mau por brincar com os sentimentos de meu pai mas eu não queria ir.
- meu filho eu fiz isso por você dar uma vida que você merece.. - eu o interrompi.
- e você não parou para pensar em algum momento que eu poderia querer trocar essa vida de tudo para ficar um instante com você? - eu estava quase chorando.
- meu filho vem aqui.. - ele tentou me abraçar mas eu dei um passo para trás - não quer abraçar seu pai?.
- não - respondi indo em direção a escada para ir para meu quarto.
- mesmo você não querendo ir vai ter que ir se não eu ligo para um juiz amigo meu contando o que sua mãe fez ele não vai gostar de um menor sozinho em uma cidade grande como está - falou ele me olhando esperando minha resposta.
- você não teria coragem de fazer isso - falei voltando a ficar frente a frente com ele.
- você tem que entender que eu quero conhecer você melhor meu filho - ele pôs as duas mãos em meus ombros.
- quer me conhecer é? - perguntei.
- sim - respondeu ele .
- me adiciona no Facebook lá tem todas as informações sobre mim - respondi me afastando e indo novamente em direção a escada quando chego na metade ele me diz.
- durma bem eu te amo - parei no meio do caminho e olhei para ele.
- e eu te odeio - ta tudo bem peguei pesado mas nem medi as palavras como sempre, ele me olhou com um olhar de profunda tristeza eu não fiquei para ver o que ele iria dizer subi para meu quarto tranquei a porta deitei em minha cama e comecei a chorar nunca havia chorado tanto como chorei aquela noite parecia que meu mundo estava a ponto de desmoronar em um minuto eu estava feliz com Max ao meu lado e no outro meu pai vem e vira tudo de ponta cabeça. e não eu não estava fazendo tempestade em um copo d'água meu pai sempre conseguiu tudo o que ele queria menos minha guarda e minha atenção como filho, com tudo isso em minha cabeça pego no sono não tive sonhos nesta noite acordei no outro dia com alguém batendo em minha porta ( obs: no mesmo dia em que Max a quebrou eu mandei arrumar).
-meu filho abre esta porta vamos conversar - era meu pai enchendo minha paciência cedo.
- não quero falar com você me deixa em paz - respondi não ia para a escola pois já havia perdido a hora.
- tudo bem, mas comece a arrumar sua malas vamos as duas horas da tarde de hoje - respondeu ele do outro lado eu corri e abri e olhei para ele com raiva. - bom dia meu filho
- te odeio - e fechei a porta novamente meu telefone começou a tocar era Max ele deveria estar preocupado comigo pois ontem ele havia me enviados varias mensagens mas não respondi eu estava muito nervoso pensei em não atender mas ai pensei muito e resolvi atender e.....