Pequeno alerta: Alguns comentários são respondidos ali mesmo, na parte de comentários. Eu vejo que tem gente aqui que inicia respondendo, antes da postagem. Eu não. Então, quando tem alguma resposta, está lá, na área de comentários mesmo ok?
QUEM JÁ COMPROU O DOMINAÇÃO? Heim, heim? :)
Pra ler SUBMISSÃO é preciso ter lido DOMINAÇÃO, meu primeiro livro, pois este é uma sequência. Quem já comprou, no preço absurdo de 4,99? Nem sanduíche é tão barato assim!
Bem, vamos em frente com as postagens né, embora a participação de vocês esteja deixando muito a desejar...
Segue agora o Capítulo VIII, também publicado inteiro, sem divisão. Altamente recomendável ler as partes anteriores, onde serão encontrados os capítulos de I a VII, algumas vezes na íntegra, outras divididos em partes. Mas todos completos.
SUBMISSÃO é a continuação do DOMINAÇÃO, o meu primeiro livro, e o mais vendido. Apontado também como um dos livros mais vendidos da Internet, e pioneiro nos temas sexuais explícitos, que depois viraram modinha. Mas, nenhum com tanta força quanto ele, nos quesitos de sexo explícito e realização de fetiches.
Lembrando outra vez: para seguir o SUBMISSÃO, é fun-da-men-tal a leitura do DOMINAÇÃO. Pensando nisso, consegui uma promoção pra agora, nesse início de postagens. A versão e-book estará sendo vendida por apenas R$ 4,99 no www.comprelivrosgls.com.br. O preço vai ficar valendo ainda durante o mês de JULHO. Qualquer um pode comprar né?
Vamos à postagem!
Capítulo VIII
DORMITÓRIOS
Mais uma vez Marcos acordava sozinho no quarto. Para ele, isso não era novidade. Igor era um cara que não gostava de esperar. Se alguma ideia surgisse, que fosse no meio da noite, ia para o escritório e ali ficava trabalhando, só retornando para a cama com o dia amanhecendo. Pelo menos era o que ele dizia.
Naquela madrugada, o loirão sentiu-se meio diferente. Embora nos últimos tempos o sexo fosse pra lá de burocrático, com o único objetivo de o macho satisfazer suas necessidades fisiológicas, um tesão começou a tomar conta do seu corpo. Primeiro um frio na barriga, depois o pau levemente intumescido e em poucos minutos ele precisou se levantar, tal o grau de excitação. Tinha duas alternativas, o chuveiro e a velha punhetinha ou se jogar nos braços do companheiro e torcer pela reciprocidade. O cu piscando fez a escolha.
Descendo rapidamente as escadas, dirigiu-se ao escritório, mas encontrou a porta fechada. Nem adiantava bater, pelas frestas podia perceber que as luzes estavam apagadas. "Que estranho, será que Igor está na cozinha? Ele nunca come à noite..." Cheio de dúvidas – e de tesão, porém sem nenhuma desconfiança, Marcos decidiu sair em busca do amante.
O esquema de segurança da mansão era bem organizado. Depois de determinado horário, o grupo de profissionais fazia um rodízio. Fora as sentinelas externas, um dos caras de dentro de casa ficava escalado para o plantão. Os demais tinham licença para sair ou se recolhiam aos dormitórios nos fundos, onde tinham todo o conforto para seu lazer. O amplo espaço ficava logo depois da cozinha, com a proximidade necessária para o atendimento de quaisquer emergências.
Caminhando às escuras, o grandão percebeu que naquela ala também não havia nenhuma luz acesa. Mesmo assim, continuou sua busca, até ouvir alguns ruídos. Agora já um pouco cismado, percebeu que o barulho, sussurrado, vinha de um dos quartos da ampla fileira que compunha os aposentos da segurança. "Será que o patrão estava passando alguma instrução naquela hora?"
Cuidadoso, temendo causar algum incomodo, Marcos testou a maçaneta e lentamente abriu a porta. A cena deixou-o boquiaberto. César, o segurança monstro, estava confortavelmente deitado. Sobre ele, cavalgando loucamente, Igor gemia, encaixado no seu pau.
O susto deixou-o incapaz de qualquer reação. Parado, de queixo caído, encontrou o olhar do musculoso, que deu um leve sorriso irônico. O passivo estava de costas, e não percebeu nada. Ainda sentado, curvou-se sobre sua montaria, e começou a beijar-lhe a boca. Ambos gemiam baixo, provavelmente para não despertar os demais que dormiam nas proximidades.
Alguma coisa nas reações de César deu a Igor a sensação de que algo acontecia atrás dele. Sem sair de cima do macho, virou a cabeça pra trás e deu de cara com o grandalhão, ainda inerte, parado na porta. Não se abalou e continuou o que estava fazendo, deixando o companheiro ainda mais perplexo. Sem saber o que fazer, e muito menos coragem para protestar, Marcos somente deu a volta nos próprios calcanhares e correu para a sala de lazer, jogando-se sobre um sofá. O inevitável choro e os altos soluços fizeram com que o plantonista da vez fosse averiguar. Pela janela, Sidney viu seu protegido aos prantos e, logo em seguida, Igor entrar, somente de cueca.
- O que você veio fazer aqui? – A voz do moreno não era agressiva, mas também não denotava nenhuma culpa ou embaraço pelo flagrante.
- Eu... Eu... Acordei, e senti sua falta. – O loirão entrecortava a fala com soluços. – Te procurei no escritório, você não estava. Fui até a cozinha e então ouvi barulhos. Não imaginei que fosse isso... – O choro veio convulso.
- Deixa disso Marcos. Volta pra cama, daqui a pouco eu subo. – Igor tenta fazer um carinho no rosto do chorão, demonstrando um pouco de pena, mas nenhum remorso.
- Me deixa! – Marcos vira o rosto agressivamente. – Daqui a pouco por quê? Vai terminar o que começou? Nunca pensei que fosse verdade viu, tanta gente falando pelos cantos, com insinuações... mas nunca acreditei... – O choro novamente impede a conclusão da frase.
Diante da reação daquele homem, sempre tão submisso, o peludão muda totalmente de atitude. Não, não era assim que ele se relacionava com o outro. Mesmo flagrado, não ia admitir esse tipo de confronto.
- Escuta aqui Marcos! Você vai subir agora, estou tentando ser legal e te entender, mas não me torra a paciência. Você sabe, eu gosto de HOMEM, e você meu caro, nesse quesito, deixa bastante a desejar né?
A surpreendente postura de Igor fez com que ele, sem querer, engolisse o choro. Então, além de traí-lo dentro de casa, com um segurança, o devasso pretendia ainda humilhá-lo daquele jeito?
Sem tempo de esboçar qualquer reação ele vê seu amante simplesmente voltar para o quarto de onde saíra, entrar novamente e bater a porta. Impotente, decide que o melhor mesmo era voltar para a suíte. Em sua inocência, tinha esperanças de que, passado o calor da hora, o companheiro refletiria sobre o caso e, com certeza, ainda lhe pediria desculpas. E ele, naturalmente, perdoaria o deslize. Afinal, conhecia bem o “chamado da carne”, pois, mesmo sendo tão envolvido com Clayton, tinha traído mais de uma vez.
Ao seguir cabisbaixo pelo jardim que separava a construção da cozinha, sentiu-se observado. Seus olhos encontraram de frente com os do seu segurança particular, que se encontrava um pouco afastado, perto da porta por onde Igor tinha acabado de entrar. Um arrepio lhe percorreu a espinha. Incrível como assim, com pouca luz, o negro lembrava Clayton ainda mais.
Envergonhado, preferiu ignorar o outro e prosseguir o caminho. Mas, engraçado, teve a sensação de ter visto o baixinho acariciar o pau enquanto o encarava.
Prosseguimos? E aí, vão comentar agora?