Crônicas de Felipe

Um conto erótico de FJM
Categoria: Homossexual
Contém 5809 palavras
Data: 24/07/2014 22:22:16
Assuntos: Gay, Homossexual

Capitulo 1: Sono, ou melhor, falta de sono.

Puta merda, novamente, mas uma noite mal dormida. Passei a noite toda me virando de um lado pro outro e na moral, no máximo um cochilo longo. Mas dormir que é bom, neca. Olhei pro relógio, caralho! 04:30 da manhã. Cheguei a pensar que podia pelo menos tentar dormir por mais uma hora, mas nos primeiros 20 minutos desisti. Levantei logo da porra da cama e fui lavar o rosto. "Quer saber fila da puta? Já que não dorme, vai correr!".

Na boa, isso virou uma constante na minha vida nas ultimas três semanas, sei la, depois de toda aquela merda que aconteceu, minha cabeça entrou nessa e eu não conseguia mais dormir direito. Não que não chegasse a dormir, uma boa cachaçada, ou um baseado imenso acabavam me apagando. Mas sono do bom, natural, tava difícil. "Essa parada me afetou mais do que esperava,que merda!", pensava em enquanto corria pela orla, não na areia, mas na calçada, não por minha causa, mais por causa de Sansão. Porra já tava obrigando o cachorro a correr aquela hora, debaixo da chuva fina, ainda correr na areia seria foda.

E também não acho que Sansão não gostava de esta ali, pense num companheiro. Depois da separação ele apareceu na minha vida. Enquanto com Rita ele jamais apareceria. A mulher odeia cães, aliais ela odeia coisa demais pra uma pessoa normal, deixa essa história pra lá, pensava eu escorrendo a água misturada com suor da testa com o dedo. O monitor alertou que 5 quilômetros tinham passado, tava de bom tamanho. Sansão nunca reclamava, mesmo que estivesse no limite dele, mas eu sabia que ele estava cansado, bullmastiff’s não são bons corredores de longa distância. Parei de correr e ele me acompanhou no automático, vim andando pela água e o animal aproveitou e se jogou em uma poça de água na metade do caminho. O sacana sabia que não eu não estava bem e o que queria era tentar me alegar. Chamei ele e ele não veio, ficou sentado olhando pra mim. Quando tentei pegar ele correu ao meu redor e voltou pra poça com aquela cara de otário bobo. Não agüentei e sorri. Era só o que ele queria pra voltar a caminhar do meu lado.

"-Tu me conhece em mane?"

Ele me olhou com a língua pra fora pelo lado esquerdo da boca como que sorrindo satisfeito. Foi quando o tio do cocô gritou de lá:

"-E aê muralha!? Vai no cocô hoje não?"

O danado do Sansão tinha conseguido me animar o que me fez responder com certa macies.

"-Porra tio, sai sem carteira!"

Ele respondeu ainda amigável:

"-Não por isso, chega aí, e não pense que é por você, é pelo rapaz aí, sei que esse danado adora um cocô verde!"

Na boa? Se não fosse por Sansão não conheceria ele e nem boa parte dos meus vizinhos. Sou mega fechado, travado, reservado, muito na minha mesmo e tenho um preceito que sigo a risca na minha vida que é: Odeio gente! Sei que parece pesado, e é, sou anti-social mesmo, mas somos animais sociáveis, precisamos de gente pra viver, mas enfim, fui lá mais por causa de Sansão que me olhava lambendo o foucinho. Ele abriu o cocô e pôs no chão. Sansão se esbaldou.

"-Eita que o bichinho gosta de uma água de cocô"

"-Não só da água, como do brinquedo que esse cocô vai virar pra ele nas próximas horas"

O tio sorriu.

"-E você grandalhão? Não vai no cocô não?"

Olhei serio para ele e pensei mas não disse: que parte de "não trouxe a carteira" ele não entendeu? E ele mesmo se adiantou em responder.

"-Como agora todo dia você bate ponto aqui nesse horário, me paga amanhã, o seu! Porque o do Sansão é por minha conta. Da gosto de ver ele tomando o cocô e depois brincando com a casca!"

Ele em um movimento só e bem habilidoso abriu o cocô e me entregou. Não coloquei canudo, virei na boca mesmo, é isso aê mesmo que você pensou, sou grosso, tô nem aí. Observei o Sansão terminando e começando a brincar com a casca e o tio sorrindo ao observar aquele crianção. Foi aí que minha ficha caiu. Moro a 3 anos ali, sempre vejo o tio do cocô, até em dias feios e fechados como naquela sexta, ele conhece e gosta de Sansão mas nunca disse meu nome a ele e nunca perguntei o dele. Mesmo tendo o jeito que tenho, gostou e tratou bem Sansão, me ganhou. Terminei o cocô e joguei a casca pra Sansão, que agora era felicidade pura com duas cascas, me virei pra ele estendendo minha mão:

"-Felipe."

Ele olhou pra minha mão e respondeu:

"-Não, não, Carlão do Cocô"

Óbvio que era uma piada, mas nem o bom humor provocado em mim por Sansão eram o suficiente pra me fazer rir. Mas ainda sorridente ele pegou em minha mão.

"-Por favor muralha, não quebra meus dedos, preciso deles pra trabalhar!"

Olha só, não sei porque o povo daqui me chama de passas coisas, montanha, muralha, gigante, etc, etc, etc... Tenho 1,80 nada demais, mas talvez seja pelo meu porte físico. Sou um cara malhado, bem... Bastante malhado. Peso 95kg e da ultima vez que aferi tenho 5,3% de gordura total. Essa talvez seja a explicação. Mas continuando...

"-Eu não quebraria seus dedos."

Ele sorriu novamente

"-É que a história que corre aqui é que você nunca apertou a mão de ninguém até hoje porque sempre acaba quebrando os dedos dos outros quando faz isso."

Ok, senti certa satisfação nisso, que continuassem pensando assim e ficasse longe de mim.

Soltei a mão dele.

"-Obrigaodo pelo cocô, amanhã acertamos."

Ele sorriu novamente.

"-De maneira nenhuma! Agora que fui honrado por ter sido apresentado ao muralha, o cocô dos dois é por minha conta."

"-Meu nome é Felipe"

"-Não senhor, já são 3 anos como muralha, muralha sempre o senhor será!

Finalmente sorri pro rapaz, ele estava se esforçando em ser simpático, merecia. Me despedi, ele afagou a cabeça de Sansão e fui embora com o danado levando um dos cocos na boca. Chegamos em casa e vi que passavam das 07, tomei café e pus o de Sansão, quando entrei no banho ele veio atrás e se sentou do lado de fora do Box e começou a chorar e latir. Na maioria das vezes nos comunicávamos sem palavras, mas tinha dias como hoje que ele estava falador.

"-Porra Sansão, não da pra você tomar banho, tá chuvendo e vou me atrasar!"

Mas ele insistiu batendo a pata no vidro e latindo.

"-Caralho o que você tem hoje mané!? Tá vem entra seu mimado de merda!"

Ele entrou e começou uma farra sem fim, eu não conseguia tomar o meu e nem dar banho nele. Sai me enxugando e ele, diferente do que sempre faz, me sai correndo pela casa, molhando tudo.

"-Porra Sansão para com isso!"

Pus a toalha em volta da cintura e fui atrás dele. Molhou a porra toda. Olhei pra ele e ele estava sentado no sofá, com a língua pra fora. Mesmo com raiva, não consigo me irritar com aquele filha da puta, até porque esse não é comportamento normal dele.

"-Você não vai me atrasar não mané!"

Peguei o telefone e liguei pra Dona Conceição, a minha diarista de anos e pra minha sorte ela estava disponível. Expliquei o ocorrido e pedi pra ela vir.

"-Viu? Adiantou de nada.

E cocei o pescoço dele, ele me olhava com cara de desapontado. Me vesti, peguei as chaves e quando esta saindo ele apelou. Pulou na frente da porta latindo.

"-Coé Sansão, para com isso, é coisa da tua cabeça, deixa eu ir trabalhar!"

Passei por ele e entrei no carro, mas em um movimento só o sacana pula pelo vidro do carona e entra no carro.

"-Tá bom cara, então você pode ir trabalhar comigo. Satisfeito?"

Ele latiu, mas foi um claro latido de NÃO!

"-Porque não? Deixa de pensar besteira velho!"

Quando dei partida no carro ele apoiou a pata dele sobre minha mão, chorou e em seguida deu um uivo curto, rápido, mas dolorido. Me virei pra ele eu olhei ele nos olhos. Ele não queria que eu fosse trabalhar.

"-Porque eu não aprendo companheiro?"

E desliguei o carro. Ele imediatamente passou pro meu colo e me lambeu a cara.

"-Porque você não fez isso naquele dia cara?"

Ele me olhou como que dissesse "eu tentei! você não me ouviu"

Eu abracei ele.

"-Eu sei, eu que sou cabeça dura."

E aquela não tinha sido a primeira vez, mas foi a primeira com consequências tão fudidas. Tá, não acredito nessas paradas de espiritualidade, céu, inferno, blá, blá, blá, mas o sexto sentido de Sansão nunca erra. E se eu tivesse ouvido ele naquele momento tudo teria sido diferente e estaria dormindo nas minhas noites. Mas, é preciso apanhar, com força, de forma bruta e violenta, pra quebrar seus, ossos te fazer cuspir sangue e ai sim, você aprende. Bem pelo menos toda vez que aprendi algo da vida, foi assim. Não entenda errado, não me faço de vítima nem de coitado, pode vim, pode me quebrar, eu me emendo de novo, me levanto e volto a andar e dessa vez aprendendo alguma coisa.

Mesmo depois do show em casa de Sansão não cancelei com Dona Conceição, tava cansado e sem saco pra limpeza. Me deitei na cama com Sansão e ficamos vendo porcarias na TV, liguei pro escritório e disse pra Vânia que não iria trabalhar naquela sexta.

"-Chefe, é melhor mesmo, descansa esse fim de semana, volta na segunda. Não tem nada de importante mesmo acontecendo, a gente cuida de tudo e qualquer coisa ligo pro senhor e por favor, tenta dormir que sei que o senhor não dormiu.

A 5 anos como minha secretaria ela me conhecia. Rs, eu com secretaria, quem diria! Nunca me vi em trabalho burocrático, aliais odeio trabalho administrativo. Sou de campo, de trocar porrada, de dar tiro, não de me esconder atrás de uma pasta, um contrato ou uma mesa. Coé!? Sou um cara de ação, mas que agora tem dois filhos, é... Isso faz a gente desacelerar, mudar conceitos. Mesmo eu sendo um PÉSSIMO pai aquelas duas pestes me adoram.

Só esclarecendo o péssimo vem do fato de eu ser total e completamente ausente. Eles me vêem uma vez por mês, duas quando é aniversário. Não me omiti dos meus deveres de pai, pensão, ajudo financeiramente em tudo, até muito mais do que a justiça me obrigou quando aquela puta da Rita me colocou na justiça sem motivos, mas são meus filhos, nunca vão ter menos do que o melhor e o melhor para eles é que eu fique bem longe. Eu tenho os genes de meu pai, não quero correr o risco de fazer com que eles passem 1 micro-milésimo do que passei com o meu.

No meio da tarde Jair me liga.

"-Malhadão, cão dos infernos! Dormiu caralho?"

"-Nem um segundo."

"-Puta merda macho! Você precisa dormir cara. Tira isso da cabeça e dorme!"

Respirei fundo

"-Como você tá otário?"

"-Tô bem, vem cá, vai pro treino?"

"-O treino é como missa! É sagrado!"

"-Quer fumar um depois? Pelo menos você dorme."

"-Quero não. E não adianta dormir assim, preciso de sono natural, espontâneo, sono do bom."

"-Cabra brabo, você precisa relaxar, vamos fazer algo essa noite."

"-Não tô no clima, olha tô no meio de um filme aqui e Sansão tá me olhando torto porque to tirando a atenção dele. A gente se fala no treino."

"-Valeu e diz o Sansão que falei: Auuuuuuuuuuuuuuuu pra ele, ele sabe do que se trata.

Desliguei o telefone e dei o recado, Sansão me olhou com cara de "me acerto com esse safado depois", sinceramente? Não sei do que eles estavam falando, mas não me meto nos problemas de Sansão, ele já é bem grandinho pra se cuidar e se precisar da me ajudá basta ele pedir. Aproveitei que estávamos conversando e perguntei:

"-E pro treino? Posso ir?

Ele fez um gruindo que entendi que queria dizer sim.

"-Você que ir comigo?"

Ele fez o que para ouvidos destreinados seria o mesmo gruindo, mas que para mim era um sonoro NÃO.

"-Ok, você que sabe"

E ele voltou a assistir Robocop. Filme ruim da porra, mas ele gostava, então assiti com ele. Dona Conceição fez bife pro jantar, mas acabei não comendo, dei tudo pro Sansão, não tinha ido malhar, resolvi improvisar uma salada de atum. Sansão ficou em pé no balcão e me olhou com ar de: Como que você vai comer essa porra de mato?

“-Velho não se meta no que como porra, não esqueça que o lider aqui sou eu caralho, va pro seu bife e me erra!”

E depois de comer peguei o quimono e me preparei pra sair.

“-Tô indo pro treino”

Ele assistindo TV estava, assistindo TV ficou. Fiquei mais relax. Se ele não me impediu de sair então estava tudo tranquilo. Entrei no carro e toquei pra academia quando ouço na radio a noticia:

“..foi hoje no cruzamento entre a Guaratuva e a Edit Mendes, um verdadeiro arrastão, 6 bandidos fecharam o cruzamento e assaltaram os passantes e os motoristas por volta das 07:30 dessa manhã. A policia…”

Puta merda! O cachorro tava certo! Ia acabar em desgraça! Passo por esse cruzamento todo dia nesse horário, em condições normais eu não reagiria contra seis, deixariam levar tudo, mas no nível de estresse, raiva e odio que ando ultimamente, não ia prestar! Decididamente eu precisava dar mais atenção pras coisas que Sansão me diz.

A chuva piorou, começou a ficar realmente forte. O transito lento, mas cheguei na academia antes das 20 pro treino. Mas ao entrar dou de cara com Jair na recepção.

“-Porra malhadão, não vai ter treino!!”

“-Como assim?”

“-Quebrou uma telha, o tatame ta alagado, esquece treino hoje e pelo visto pelos proximos dias!”

“-Caralho! Bem, não vamos perder o treino. Junta a galera aí, vamos lá pro escritorio, vamos treinar no meu tatame.”

“-Não tem ninguém ai, ligamos pro pessoal avisando pra não vim”

“-Porra! E ninguem ligou pra mim?”

Então ele chegou em mim.

“-É, não liguei de proposito, pra você sair de casa. Cintia me disse que você não foi trabalhar, chega de ficar trancado em casa né?”

Jair e Cintia são casados a 12 anos. Namoram a 13. Quando começaram ele tinha 17 anos e ela 30. Hoje ela tem 43 e ele 29. Cintia era delegada e minha socia com 40% da empresa de segurança, mas se metia pouco, até porque o trabalho dela como delegada tomava todo tempo dela. Acabava eu cuidando de tudo sozinho, mas ela sempre aparecia por lá pra ver como estavam as coisas. Já Jair nunca trabalhou em um emprego de verdade, acabou que hoje ele cuida da casa e das duas filhas do casal de 8 e 11 anos (motivo do casamento foi a gravidez), mas eu gostava do gigolor, ele conseguiu passar pelas barreiras que crio e chegou em mim. Ele largou de vez de trabalhar, vive pra cuidar da casa, das filhas e dele mesmo. Ta em forma, ta bem, deve ter 1,73 talvez 1,74, 75kg, saradinho, em forma, aquele cabelo loirinho, olhos verdes e queimadasso de sol, surfista e irmão de tatame. Um cara pinta, de chamar atenção.

“-Não gosto de ninguem se metendo na minha vida.”

Ele me imitou de maneira sarcastica.

“-Não gosto de ninguem se metendo na minha vida, mim Felipe, mim bruto, mim grosso!”

Olhei para ele sem achar graça.

“-Vamos treinar no escritorio, vamos nos dois.”

Olhei desconfiado pra ele.

“-Vamos Felipe, melhor do que ficar sem treinar, acho que você nem malhou hoje.”

“-Perguntou também na academia se vim malhar, foi?”

“-Não, so achei você menor.”

E riu se virando para pegar o quimono dele em cima da cadeira.

“-Estou brincando gigantão! Você nunca fica menor, só maior, vamos!”

Fomos ate o escritorio ele falando aquele monte de bobeira que ele gosta de falar, aliais, ele não para de falar, é uma das coisas dele que não gosto, aliais, tem coisa demais nele que não gosto, pensando bem eu não sei exatamente porque gosto dele. E foi o que perguntei quando entramos no tatame do escritorio. Meu escritorio, ficava na sede da empresa, que era uma casa em um bairro residencial. Era o lugar onde recebia clientes, fechava negocios, gardava materiais e realizava o treinamento dos homens do nosso time. Não tinha dinheiro nem nada de valor, então o unico gasto com segurança que tinha era uma viatura que fazia ronda da rua (que pertencia a minha empresa), cameras e cerca eletrica, não tinha nenhum vigia a noite e ficava fechada.

“-Cara porque gosto de você?”

Ele sorriu mas não respondeu.

Vestimos o quimono e começamos a correr ao redor do tatame pra aquecer, fizemos mais algumas atividades e ai fomos pro chão. Tá treinar com o Jair não é treinar, finalizar o cara é sopa. Ele é fraco, mole, lento, foi so mesmo pra não deixar de treinar. Depois de mais de uma hora de aquecimento e treino (o que seria menos que um treino de verdade na academia com o mestre) estavamos no ultimo rola quando ele resolveu tentar me dar trabalho. Como não conseguia começou a apelar, soprando na minha cara, passando a mão na minha bunda, fazendo piadinhas, ate que me irritei, raspei ele, montei e imobilizei ele com um hom-kesa-gatame (uma imobilização que ele fica de costas pro chão, eu passo o braço direito pelo pescoço dele e travo o outro braço dele com o esquerdo, acaba os rostos ficando bem proximos). Ele me olhou e sorriu.

“-Você fica muito gato com cara de raiva!”

E se levantou e me beijou, enfiando a lingua na minha boca. Me pegou desprevenido, não esperava por aquele beijo, mas Sansão tinha me amaciado o dia todo, relaxei e correspondi o beijo, soltando ele do hom-kesa-gatame, segurando ele pela nuca e dando continuaidade ao beijo, mas agora eu enfiando a língua na boca dele. Coisa que normalmente eu não faria naquela situação, ao terminar o beijo foi justamente esse o tema da fala dele.

“-Grandão sei que você não gosta de pegação durante o treino, mas não resisti. Você não tem me dado atenção a duas semanas.”

Ele estava certo nas duas coisas. Não gosto de pegação durante o treino, não gosto de que confundam meu jiu-jitsu como motivo pra macho ficar se esfregando em mim, tô ali pra treinar, pra lutar. E também não andava dando atenção a ninguem, fora Sansão, nas ultimas semanas.

Não respondi, fiquei encarando ele serio. Ele então enfiou a mão na parte aberta do meu quimono e alisou minha barriga, me olhou e viu que não reagi nem negativa e nem positivamente, então ele enfiou a outra mão e subiu as duas pelo meu peito abrindo-as sobre meus ombros e me livrando da parte superior do meu quimono. Me olhou novamente e em seguida chupou meu peito esquerdo por alguns segundos.

“-Cara venero seu corpo!”

Eu fechei a cara, segurei ele pelos ombros e meti ele de costas com tudo no tatame montando sobre ele e olhei nos olhos dele.

“-Você venera é minha pica!”

E voltei a enfiar minha lingua na boca dele, quando terminei ele me forçou pelos ombros tentando mudar de posição comigo, mas travei e não me movi o que arrancou o protesto irritado dele:

-Porra grandalhão, facilita!

E voltou a empurrar, dessa vez permitir ele me virar e montar sobre mim, ele agora me beijou e em seguida puxou minha calça arrancando minha cueca junto me deixando nu sobre o tatame. Agarrou minha pica ja meia bomba, socou duas punhas e me olhou.

“-Venero mesmo, não nego!”

E engoliu minha pica com tudo. Eu soltei o ar com força pelo nariz.

“-Isso touro brabo, bufa com raiva enquato te mamo!

E voltou a me pagar aquela mamada, porra que boca de veludo o filho da puta tinha, acabei “bufando como um touro novamente”. Minha pica não demorou a ficar dura com aquela mamada, passei a mão pela minha cabeça e em seguida soquei o tatame.

“-Caralho!”

Ele deu uma chupada forte na cabeça da rola e soltou com um estalo.

“-Isso macho, gosto de você bruto, com raiva!”

E voltou a engolir minha venga. Passei a mão pelos cabelos dele alisando e ao chegar no topo da cabeça fechei a mão e puxei a cabeça dele pra tras arrancando a boca dele da minha pica.

“-Me quer bruto?”

“-Quero! Muito!”

Puxei ele pelo cabelo virando ele no tatame, passei o braço por baixo das duas pernas dele e levantei, arranquei a calça dele com a cueca, abri as pernas dele no ar expondo o cusinho rosado de surfista dele, cuspi forte e acertei em cheio o olho do cu dele.

“-Que seja feita sua vontade, fila da puta”

Peguei a rola e cravei na raça quase metade da trolha numa estocada só! Ele gritou, se debateu e falou em tom alto

“-Porra velho, você me rasgou o cu filha da mãe!”

Eu fechei a cara e olhei com raiva pra ele.

“-Quem mandou você parar? Me rasga todo caralho! Você nunca teve pena de mim? Porque ta com peninha agora?”

Cravei o resto da rola numa só, ele gritou mais uma vez e cobriu a cara com as mãos, me posicionei melhor, abri bem as pernas dele e comecei a socar. Ele gemia de boca fechada enquanto me encarava olho no olho, sua cara dizia tudo: “Você ta me arregaçando, tô me fudendo mesmo, mas me foda mais!”. E continuei fudendo ele ali de frango, de pernas todas arreganhadas enquanto eu socava maltratando o rabo dele. Fiquei ali metendo bastante tempo e como tinha semanas sem gozar percebi que estava na hora.

“-Vou gozar sacana!”

Mas ele protestou.

“-NÃO! NÃO GOZE! ME FODA MAIS, TO A DUAS SEMANAS SEM VOCÊ METER EM MIM, ME RESPEITE E FODA MAIS, NÃO GOZE E NÃO PARE DE METER!”

Aquilo me deu raiva! Que porra esse viado ta pensando pra me dizer que eu não devia gozar? Eu gozo quando eu quiser! E daí que não fodo ele a duas semanas? Não tem obrigação de comer o cu de ninguem, ele não é minha esposa! Ele queria rola? Queria ser castigado? Beleza então, rola ele ia ter! Acelerei os movimentos e travei minha pica.

“-É rola que você quer?”

Como eu tava metendo fundo ele estava com dor e não conseguiu falar, respondeu apenas com a cabeça que sim.

“-Então tome rola viado!”

Joguei os joelhos dele sobre meus ombros, passei minhas mãos pelas costas dele e sem tirar de dentro pus meus pés sobre o tatame e me levantei trazendo ele comigo. Eu estava em pe, com ele no colo, com minha rola cravada no cu.

“-Chora viado, chora tomando no cu”

E comecei a socar fundo e com toda força. Ele agora não conseguia mais me olhar e nem gemer com a boca fechada, gemia alto, eu estava rasgando o cu daquele porra.

“-Não era isso que você queria? Que eu não gozasse?

Ele so disse an-ran, eu meti mais e falei

“-Responde caralho!”

“-E-e-e-r-r-a-a-a. “

“-Quer que eu pare agora?”

“Ele me desafiou abrindo os olhos e me encarando.”

“-NÃO!”

Coloquei ele de costas no banco que ficava encostado no tatame, voltei arreganhar as pernas dele e meti por uns 10 minutos a toda, sem parar, pra castigar, ele estava em agonia, nem gemia mais direito, esfregava o rosto com as mãos, mas não reclamou. Eu já estava no meu limite de vontade de gozar e não segurei mais.

“-Toma leite sua puta!”

“-Me da leite, por favor!”

E jorrei minha gala no cu dele. Gozei com gosto. Ainda cravado no cu dele me curvei sobre o corpo dele mas não colei fiquei a umas distancia apoiado sobre os meus proprios braços no banco. Eu havia suado muito e pingava sobre ele.

“-Cara adoro quando você faz isso, depois de gozar, sua em cima de mim.”

Abri os olhos e falei serio:

“-Você é um viadinho mesmo.”

“-Pra você? Sou o mais viado dos viados.”

Acabei rindo com a merda que ele disse. Me levantei puxando a pica pra fora dele. Ele se curvou ficando sentado no banco.

“-Cara hoje você detonou meu rabo!”

“-Quando que não detonei seu rabo?”

“-Sempre você detona, mas hoje… Cruel!”

“-Eu ia gozar e você não quis”

“-É, mas eu não imaginava que isso ia me dar mais quase 40 minutos de pica, pensei que no maximo mais 2 ou 3 minutos! Vai ter auto-controle assim la no inferno!”

Ignorei o comentario dele pegando meu quimono e o dele do chão.

“-Porra e mais 40 minutos socando fundo, forte, sem parar, miseravel você!”

“-Como tu sabe que passou 40 minutos porra, nem eu sei disso!”

“-Você não sabe porque não era você que tava levando.”

Olhei serio pra ele.

“-E eu sei que nunca vai levar, ok, completei a frase, você macho.”

Joguei o quimono dele pra ele.

“-Vambora, Sansão ta me esperando, vou te deixar em casa.”

“-Deixa eu tomar um banho”

E foi pro vestiário. Vesti a cueca a bermuda e fui atrás dele. Ele estava no banho quando cheguei no banheiro.

“-Porque você não vai la pra casa? Ficamos lá hoje.”

“-Não cara, não tô bom companhia pra familia hoje.”

“-Então eu vou pra sua casa, durmo lá.”

“-Eu não vou conseguir dormir.”

“-Como não, você acabou de relaxar, agora você vai conseguir dormir.”

“-Eu não relaxei, so tirei meu atraso.”

“-Então lá a gente repete a dose e você relaxa.”

Olhei pra ele surpreso.

“-Sim, eu to com o rabo todo arrebentado, mas tô preocupado com você. Você precisa dormir, e nem que você termine de me arregaçar o cu, se isso te relaxar e você puder dormir, eu encaro.”

“-Você gosta mesmo de mim né otário?”

“-Cara eu te amo, não como amo minha esposa, claro que não, amo como a um irmão, um amigo, alguem que eu me preocupo e quero bem. Transar com você é a parte, gostaria e sentiria o mesmo por você com ou sem sexo.”

É, não havia duvidas que aquele cara é meu irmão.

“-Mas com sexo, claro, é bem melhor!”

E saiu do banho se enxugando. Fomos para o carro e seguimos para minha casa enquanto ele falava com Cintia pelo celular. Ela concordou prontamente, não sei porque andava todo mundo preocupado comigo, não sou criança, o que aconteceu foi por minha culpa e eu ja aceitava isso. Não sabia por que eu não estava dormindo, aquilo já estava aceito em minha mente.

“-Jair, so quero ver Cintia decidir pegar as imagens da cameras e ter um filme do marido recebendo rola forte no tatame.”

“-Ela não vai fazer isso e se ela fizer paciencia.”

“-Coé cara não é só assim.”

“-Para com isso Felipe! Você sabe o macho que é, você era pegador ate pouco tempo, não entendi porque parou, você é bonito, é tão gostoso que chega a doer olhar pra você sem camisa, é foda resisti a você. E ela com certeza entenderia isso.”

“-Então se eu comesse a buceta dela e você soubesse ia levar na boa.”

“-Ia ter que levar ne cara? Se eu não resito a você, como que vou cobrar que ela resista?”

Papo estranho dele, mas deixei pra la. Chegamos em casa e Sansão fez aquela festa ao ver Jair. Engraçado foi que ele parou e cheirou a bunda de Jair.

“-É, seu brother ali me pirocou forte e ainda largou o leite ai, fazer o que?

E continuaram a festa. Bati uma proteina e tomei junto com Jair. Quando disse que ia pro banho Jair interveio.

“-Vou la com você, seus pelos da barriga tão altos já e das costas também, vamos la que vou raspar e aproveitar pra raspar sua cabeça também que já ta nascendo cabelo.

“-Cara você não é minha mulher mas é minha puta né?”

“-Ah qual é malhado! Só tô cuidando de você, pare com isso!”

E disse isso me empurrando pro banheiro. Tomei banho enquando ele pegava na gaveta as laminas, creme, barbeador e etc. Terminei e me sentei no banco que tenho no banheiro ate para dar banho em Sansão. Ele passou espuma na minha cabeça e começou a raspar com a lamina.

“-Quando te conheci cara?”

“-Pouco antes de eu sair do C.O.E. estava trabalhando direto com sua mulher, acabamos ficando amigos e conheci você.”

“-Sim eu sei, mas tem quantos anos?”

“-Sete”

“-Sete anos e nunca vi você de cabelo, não me leve a mal, você é gato careca, tem cara de macho, mas fico curioso.”

“-E vai continuar, não crio cabelo, você nunca vai me ver cabeludo.”

Ele terminou com a cabeça.

“-Quer que eu faça sua barba?”

“-Sim, ajeita ela e passa a maquina pra aparar, mas pouco, não deixa muito baixa.”

“-Relaxa, eu sei como você gosta.”

E começou com a lamina ajeitando o desenho da barba e em seguida começou a passar a máquina. Ele me viu serio, calado.

“-Porque você saiu da policia?”

Respondi sem titubear.

“-Por medo”

Ele ficou espantado.

“Medo? Você sente isso?”

“-Sou humano, todo humano sente medo, eu não sou excessão.”

“-Claro, mas pensar que você sente medo… É estranho, as coisas que ja vi você fazer, dizem bem o contrario. Mas medo de que cara?”

“-De morrer.”

Ele parou com a máquina.

“-Serio?”

Só respondi que sim com a cabeça, ele ligou a maquina e continuou. E eu continuei explicando.

“-Foi no dia que soube que Rita tava prenha. Eu ia ter cria cara. Então as coisas ficaram claras, eu não tinha construido nada, se eu morresse o que deixaria era o soldo, que era pouco, nunca deixaria que meus filhos passassem por nada que eu passei. Precisava construir algo e construi. Anulei muita coisa em mim, me pus atras de uma mesa, fiz algumas coisas questionaveis, mas não ilegais, mas construi alguma coisa, Dei uma casa pra eles, dou educação, dou roupa, dou tudo, e hoje se eu morrer, eles vão ficar bem.”

Ele terminou com a barba e começou a espalhar espuma no meu peito.

“-Cara eu surfo, acho que malho mais que você, faço jiu-jitsu, mas meu corpo não se compara com o seu! Não chega nem nos pés, olha seu peito, a forma, o tamanho e a dureza, parece duas pedras. Caralho como é isso cara?”

“-Sei lá, genetica, alimentação, não sei cara, mas você ta bem, ta sarado.”

“-Comparado com você cara, eu não sou nada.”

E começou a passar a lamina.

“-Cara você ama seus filhos né?”

“-Mas que a mim mesmo”

“-E porque você faz isso com eles?”

“-Isso o que?”

“-Isola eles de você. Você acha que eles não sentem sua falta? Acha que so o dinheiro supre a necessidade de um pai?”

“-Eu sei que não, e sei que eles sentem minha falta, mas não posso Jair, preciso ficar longe deles. Não posso fazer mal ao meus filhos. Amo demais eles.”

“-Você não vai fazer mal aos seus filhos cara, sabe porque você tem esse peitoral monstro? Pra guardar o coração descomunal que fica ai dentro. Você não é seu pai cara! Você é muito melhor que ele.”

“-Não sou não, eu reconheço em mim a raiva que ele sentia de tudo o tempo todo, a raiva que levou minha mãe a morte, que transformou meu irmão em bandido e que me espancou a vida inteira. Não, meus filhos não vão passar pelo que passei, se tô longe deles é para o bem deles.”

“ -Você machuca Sansão?”

“-Claro que não!”

E olhei pra ele que estava deitado na porta do banheiro.

“-Você tem uma relação de pai e filho.”

“-É diferente.”

“-Porque?”

“-Sansão não depende de mim pra viver. Ele pode se defender…”

“-Mas teve uma epoca que não podia, quando era um filhote. Rapaz a relação de vocês dois é linda! E tenho certeza que se você se desse a chance teria uma relação mais linda ainda com seus filhos.”

Nesse momento ele passou a espuma em minha barriga e continuou.

“-Seus filhos precisam de você e eu sei que você jamais machucaria eles como seu pai machucou você e seu irmão.”

“-Eu nunca machucaria fisicamente meus filhos. Mas com palavras, ações, não sei… Essa é a diferença, Sansão nunca se machucaria com minhas palavras.”

“-Você não foi ver seus filhos semana passada. Eles esperam você a semana inteira. Quando você não aparece, ai você sim machuca eles com ações, a ação de não aparecer.”

Puta que pariu, o cara tava certo, não tinha pensado dessa maneira.

“-Eu não tenho dormido, ando mais irritado que o normal, tô com medo de encontrar com eles e…”

Ele me interrompeu

“-Então eu vou com você, e garanto que não vou deixar você dizer ou fazer nada que entristessa seus filhos.”

Caraca, se isso não é ser irmão eu não sabia mais o que seria.

“-Vira as costas ai que so falta isso.”

“-Falta nada, terminando as costas, você vai cuidar das pernas e por ultimo do saco. Já que começou faz tudo!”

Ele riu:

“-Faço sim, como você disse, não sou sua mulher, mas sou sua puta, seu fila da puta!”

Ele terminou com tudo e quer saber? Foi a primeira vez em semanas que eu relaxei de verdade, deixei de pensar no que aconteceu e pensei em meus filhos, pensei na relação de amizade que eu tinha com Jair e lembrei a resposta que me fiz mais cedo, eu gosto dele porque o cara é muito gente boa comigo, aquelas coisas tiraram da minha mente, pelo menos por aqueles minutos a culpa que eu estava carregando. Ele terminou de raspar minhas bolas e eu tomei outro banho, e ao terminar de me enxugar ele perguntou.

“-Então quer meter ja?”

“-Não cara, não vou mais meter em você hoje.”

“-Porque cara? Não quer ver se consegue relaxar pra dormir?”

“-Na boa, estou com sono, você conseguiu me relaxar, e tipo, amanhã você vai comigo pegar meus filhos para passar o fim de semana, preciso de você inteiro pra cuidar de eu não fazer besteira, se começar a meter agora em você, amanha você ta arrebentado.”

“-Cara se você ja ta com sono, já cumpri meu objetivo, mas você não precisa meter em mim pra gozar. Eu posso muito bem te chupar.”

“-Ai sim, isso eu vou querer!”

Me deitei na cama e ele caiu de boca, mamadão massa, me botou pra gozar bonito. Bebeu meu leite e poucos minutos depois eu finalmente, por conta propria e de forma natural, dormi...

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Comentários

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Continua, cara. Está muito bom. Confesso que caras com o perfil do teu protagonista não me atraem muito. Mas o jeito com que você vai nos fazendo conhecê-lo acaba por torná-lo bem interessante. Só um senãozinho discreto: quando puder, corrija a grafia para coco. Com acento, a palavra é pronunciada de outra forma e quer dizer outra coisa. Fica constrangedor em algumas passagens e cômico em outras, atrapalhando um pouco o clima. Mas é só um detalhe: está realmente muito bom, e estou, como os outros, na expectativa das continuações!

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Pqp! Q tesão cara! Q macho é esse? Conta pra gente logo o resto!

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