Ola galera me perdoem pela demora,e que minha vida estava uma correria.Bem,a lição do Eduardo não vai ocorrer hoje como eu prometi,pois quero que conheçam mais sobre seus segredos e sentimentos.
pil.lan não são clichês mas o vocabulário do Thiago e baseado no do meu primo que mora la no interior do interior do Ceará.Não sei se os caipiras dá novela falam assim,mas ele fala.
Juh#juh o outro conto não é meu,e do amiguinho de vocês Enigma,ou melhor,do Lucas,o cara que divide a minha casa,as minhas coisas e até esse perfil comigo.E não somos namorados,só amigos.O Lucas tá com uns problemas emocionais e não sei quando vai voltar a postar um amor além dá vida.
Leo obrigado por me comparar aos escritores de novela mexicana.Beijos para você também!
Nina M você está certa.O Eduardo é um cara que sempre foi o pegador,além de ser minado e paparicado por todos a sua volta.Então de repente começar a sentir algo por outro homem e ainda de classe inferior,para ele é uma situação difícil de aceitar.
Peludodf me desulpe a demora,mas não precisa ficar bravo comigo.Eu prometo que vou terminar esse conto.
M(a)rcelo,Ghiar,nuno capixaba,Pyetro_Weyneth,CameronWaith;),Edu 19/15,Diamandis Del Rey,Geo Mateus,Loh,diiegoh',Dinha 6 e *Laurent* obrigado pelos comentarios e notas,e espero que continuem acompanhando.
Obrigado a todos que leem e
acompanham,seus comentários serão
bem vindos e até a próxima.
Boa leitura&&&&&Narrador:Eduardo
Depois que o Marcos saiu,eu me levantei e em seguida voltei a me sentar.Será que pedir para o Marcos investigar o passado do Thiago,foi precipitado?O que ia acontecer se eu soubesse o que ele escondia?E será que eu gostaria de saber o que havia no passado dele?
Tantas perguntas passavam pela minha cabeça naquele momento,que comecei a me sentir angustiado.Eu precisava falar com alguém,mas com quem?
Após dar várias voltas pela biblioteca,eu saí e fui em direção a garagem,aonde peguei uma das motos e um capacete e saí.Depois de algumas horas parei em frente a um portão alto e em seguida desci,empurrei o portão e peguei a moto e entrei,estacionando logo em seguida,em frente a uma casa enorme.
Após respirar fundo,desci da moto,retirei o capacete e entrei na casa,quase esbarrando em um cara moreno que vinha saindo da casa.
-Eduardo eu não sabia que você viria hoje!-Ele disse enquanto me encarava.
-Nem eu sabia,mas como ele está?-Eu perguntei enquanto estendia a mão para comprimenta-lo.
-Ele está se recuperando bem,mas ainda não lembra de nada.-Ele respondeu enquanto apertava a minha mão.
-Depois eu quero um relatório da recuperação dele,mas será que agora eu posso vê-lo?-Eu perguntei ansioso.
-Claro,ele está no quarto,pode ir até la.-Ele respondeu com um sorriso.
-Obrigado por tudo,Dr.Silvio!-Eu disse enquanto me dirigia a casa e entrava.
Vocês devem estar se perguntando?De quem o Eduardo está falando?
Bem,estou falando de um cara a quem chamo de Rafa.Eu o chamo assim porque não sei seu nome e nem ele o sabe.Eu o encontrei muito ferido há oito meses na Italia e o trouxe para o Brasil,aonde o coloquei nessa casa com um médico psicologo e uma equipe de enfermeiros que cuidam dele com muita dedicação e o levam ao hospital quando é necessário.
Aí vocês se perguntam,por que você fez isso?
Eu não sei e também não devo explicações a ninguém do que eu faço,ne?Então eu ajudei o garoto porque eu quis e ponto final.Agora vamos ao que interessesa.
Entrei na casa e fui em direção ao corredor,onde caminhei até o fim e parei em frente a uma porta branca,onde bati e em seguida entrei.
-Eduardo você veio!-Um homem branco de cabelos loiros cortado em estilo militar,disse ao me ver entrar.
-Desculpe se demorei ,e que estava meio ocupado,Rafa.-Eu disse enquanto me sentava de um lado da cama.
-Não tem problema,o importante e que você veio.-Ele disse com um sorriso sincero.
-Como você está?-Eu perguntei ansioso.
-Tenho problemas para mexer o braço esquerdo,e sinto muitas dores no abdômen e nas costas.Ah e também não caminho,vivo em uma cadeira de rodas.-Ele respondeu com um sorriso.
-Mas é uma situação temporária,tenho certeza que em breve você volta a caminhar.-Eu disse automaticamente.
-Já você,não parece que está bem!-Ele disse enquanto me encarava.
-Realmente não estou!E que aqui dentro há uma avalanche de sentimentos e as vezes eu nem sei definir qual e qual.-Eu disse triste.
-Se quiser me contar o que está acontecendo,eu vou estar aqui para ouvir.-Rafa disse enquanto acariciava o meu braço.
-Acho que estou gostando de um garoto,e isso está me deixando angustiado,Rafa.O garoto é um caipira idiota que eu nem conheço direito,e mesmo assim,não consigo tirar ele da minha cabeça.E isso e errado,o homem foi feito para amar a mulher e não outro homem.-Eu disse enquanto me levantava e ia até a janela.
-Mas o Amor não segue as regras que o homem inventou,ele apenas acontece entre duas pessoas que tem a capacidade de amar.-Rafa disse enquanto esfregava as mãos uma na outra.
-Rafa o amor pode ser assim,mas entre um homem e uma mulher. Uma pessoa sentir algo por alguém do mesmo sexo,é nojento.É uma coisa abominável e que merece a punição de morte.Eu não quero ser gay.Eu não quero ser essas coisas despreziveis que estão soltas pelo mundo.-Eu disse enquanto me apoiava na janela e observava la fora.
Rafa ficou calado e eu me perdi nas minhas dores e confusões,não sei quanto tempo se passou até que uma enfermeira entrasse no quarto e me arrancasse dos meus pensamentos.Ela deu alguns remedios para o Rafa e em seguida saiu.Eu respirei fundo e em seguida voltei a me sentar na cama.
-Sabe o que e pior do que gostar de alguem que você não quer gostar?-Ele perguntou enquanto fechava os olhos e cruzava as mãos.-É não saber quem é,e nem de onde veio.É não saber se tem alguém te procurando ou se é sozinho.O pior é olhar para o passado e ver uma página vazia.
-Rafa eu sei que não posso fazer com que sua memória volte,mas não quero que fique se torturando por isso,pois você está vivo e se recuperando.Talvez você não possa ter o passado de volta,mas se você quiser,pode ter um futuro.-Eu disse com um sorriso.
-É,acho que você tem razão!Eu vou me recuperar e lutar por um futuro.Um futuro melhor e feliz.-Rafa disse com um sorriso triste,após uns minutos em silêncio.
-É assim que se fala,mas mudando de assunto.Quando te encontrei na Italia,você tinha cabelos pretos e agora eles estão loiros.Por quê?-Eu perguntei enquanto o encarava.
-O Silvio disse que talvez eu estivesse pintando o cabelo,pois cortei algumas vezes nesses oito meses,e ele nasceu nessa cor.Ele disse que é a cor natural dos meus cabelos.-Rafa respondeu com um sorriso.
-Eduardo?-Alguem chamou enquanto batia na porta.
-Até que enfim alguém com educação nessa casa.Entra!-Eu respondi enquanto me levantava.
-Desculpe se estou interrompendo,mas o Dr.Arnaldo está aqui e quer falar com o senhor.-Dr.Silvio disse enquanto entrava no quarto e olhava de mim para o Rafael.
-Eu já volto Rafa!-Eu disse com um sorriso.
Em seguida fui até a sala,onde um homem branco,cabelos pretos e olhos verdes que tinham um brilho forte,me esperava.
-Ola Eduardo!-Ele disse enquanto estendia a mão para mim.
-Ola Arnaldo,o que houve?-Eu perguntei apertando a mão dele.
-Vamos ao escritório e eu te explico!-Ele respondeu.
Eu respirei fundo e o acompanhei até uma sala que havia ao lado e fechei a porta.
-O assunto é tão grave assim?-Eu perguntei enquanto ia em direção a cadeira que havia atrás dá mesa e me sentava.
-Eduardo você me contratou para cuidar do Rafael sem que ninguém tomasse conhecimento.Eu selecionei uma pequena equipe e fiz tudo como pediu,mas eu não posso mais fazer isso.-Arnaldo respondeu após se sentar em uma das cadeiras em frente a mesa.
-Como assim?Por que?-Eu perguntei surpreso.
-Eduardo você encontrou esse menino em circunstâncias misteriosas,e ele chegou aqui entre a vida e a morte.Ao longo desses oito meses,eu venho acompanhando o tratamento do Rafael,e cheguei a conclusão de que ele foi torturado...-Arnaldo respondeu enquanto esfregava as mãos uma na outra.
-O que aconteceu para você tirar essa conclusão?-Eu interrompi enquanto o encarava.
-Depois eu te explico,mas agora temos que chamar a policia.Nos temos que denunciar o caso do Rafael para que o que aconteceu e o por que venham a tona.-Arnaldo respondeu com um sorriso.
-Eu não posso chamar a polícia!-Eu disse apreensivo.
-Como assim Eduardo?Eu sei que quer proteger o Rafael e sente medo pelo que pode acontecer com ele,mas temos que chamar a Policia pois o caso é grave!-Ele respondeu surpreso.
-Não podemos chamar a policiai,por que para todos os efeitos,eu nunca estive na Italia e sim no litoral paulista.-Eu disse nervoso.
-Eu não estou entendendo!-Arnaldo disse enquanto me encarava.
-Há oito meses um chantagista apareceu e me ameaçou de divulgar o material que tinha,se eu não pagasse o valor que ele queria.Eu fiquei assustado e disse que faria,mas ele me disse que estava na Italia e que se eu não fosse ao seu encontro,ele daria todo o material para o jornal mais proximo.Desesperado,eu inventei uma viagem ao litoral paulista e em vez de ir para lá,fui a Italia.Cheguei lá e fui me encontrar com o cara,mas enquanto a gente conversava,alguém atirou nele.Alguem que eu não sei quem era,mas eu fiquei assustado e saí correndo.
Eu peguei o taxi de volta ao aeroporto para ir embora,mas parei no meio do caminho e foi aí que encontrei o Rafael.O resto você já sabe.-Eu disse após alguns minutos em silêncio.
-Eu devia ter imaginado que essa viagem a Italia não era uma mera viagem,afinal você não dá ponto sem no.E agora se chamarmos a policia,teremos que contar onde o encontrou e como,e é claro vão querer saber o que você estava fazendo lá.E aí é só juntar dois mais dois e te acusam pela morte do chantagista e você vai preso.-Arnaldo disse nervoso.
-Mas eu não o matei!Eu sou inocente.-Eu disse irritado.
-Mas que provas ele tinha que fizeram você ir ao encontro dele tão rápido?Era sobre o aborto que você forçou a Laura a fazer ou sobre o incêndio que você provocou em um orfanato?-Arnaldo perguntou após alguns minutos,ignorando o que eu havia dito.
-Nenhum dos dois,eram sobre fatos recentes.-Eu respondi enquanto me levantava.
-Eduardo quais fatos recentes?-Arnaldo perguntou assustado.
-Arnaldo você sabe tudo o que eu fiz,afinal em alguns você teve uma pequena participação médica...-Eu respondi nervoso enquanto andava de um lado para o outro.
-Eduardo o que você fez dessa vez?-Arnaldo perguntou em voz alta,interrompendo o que eu ia dizer.
-Eu espanquei um garoto homossexual até a morte.-Eu respondi enquanto sentia o chão se abrir aos meus pés.
-O que?Eu não acredito nisso!Você não foi capaz de tal atrocidade...-Arnaldo disse surpreso enquanto me olhava com pena.
-Aconteceu Arnaldo,eu só queria dar uma lição nele,eu não queria mata-lo,mas aconteceu,poxa!Eu estava saindo de uma balada,meio drogado,meio bêbado,aí eu vi um garoto se agarrando a um cara e fiquei fora de mim.O Daniel que estava comigo,pegou o cara que ele estava se agarrando.E eu,fui pra cima dele e bati muito e quando eu vi,ele estava morto.Eu juro que não queria que ele morresse,mas aconteceu.-Eu interrompi nervoso,falando desenfreadamente.
-Aconteceu?Eduardo estamos falando de um ser humano.Um garoto que pagou um preço alto pelo seu preconceito,e você diz aconteceu,como se estivessemos falando de uma bobagem?...Eduardo você é um monstro!-Arnaldo disse enquanto colocava o rosto entre as mãos.
Eu me aproximei dá Janela e me apoei,ficando com o corpo quase dobrado.Eu queria fugir,me esconder talvez,mas não queria passar pelo julgamento do Arnaldo,pois sabia que se os outros soubessem,seria pior.
Até hoje eu lembrava do rosto do garoto,dos pedidos de socorro e do sangue em minha camisa.E mesmo que eu tentasse esquecer,eu não conseguia,pois o remorso e a culpa não me deixavam em paz.Sera que eu sou monstro como o Arnaldo diz?
Continua...