Cap.21
- Não vai embora, por favor, eu quero você comigo. Eu... Não sei o que deu em mim pra não te falar, mas eu preciso falar, eu te amo- falei, o abraçando.
- Nossa, que surpresa, você aqui. Eu, eu também te amo Danilo, mas você não falou nada, já tinha até perdido as esperanças- e então, sem pensar no mundo ao meu redor, o beijei ali mesmo. Nosso beijo foi rápido, mas mágico, lindo. Foi o momento mais perfeito da minha vida. Eu e aquele garoto, que era meu objeto de desejo a um bom tempo, estávamos ali, beijando um ao outro, demonstrando todo o nosso amor.
- Será se isso faz você retomar as esperanças ?- falei, o soltando.
- Claro que sim. Mas agora a gente precisa sair do corredor, tem gente querendo passar- olhei para o lado, e as pessoas nos olhavam, algumas com cara de impressionados, outros com um sorriso, e outros com uma cara de " dá pro casalzinho sair da minha frente que eu tenho que passar!". Então, sentamos nos nossos assentos- e agora ? Você avisou a sua mãe que vinha pra cá ?
- Não.
- Seu maluco, você vai viajar pra Curitiba com a roupa do corpo, e sem avisar a família. Vão todos endoidar.
- É por uma boa causa, eu não podia deixar meu amor ir embora sem ele saber que eu o amo- falei dando um beijo fofo no rosto dele que arrancou um sorriso- além do mais, quando chegar em Curitiba eu ligo pra ela, pra avisar. Sei que vou levar uma bronca, e que ela vai descobrir tudo, mas eu faria de novo, por você.- ele ficou olhando pra janela e sorriu.
- Você fala como se fosse durar pra sempre !
- Vai durar pra sempre! - falei, tocando na mão dele, e sentindo ela ser abraçada, pela mão suada dele.
Em poucos minutos, nos deixávamos as terras de Chapecó.
TEMPO DEPOIS
- Como assim, você está em Curitiba garoto ?- minha mãe berrava, literalmente, ao telefone.
- Calma mãe.
- Como eu vou me acalmar se você me apronta uma dessas, pega um avião e vai pra Curitiba. Porque você fez isso mãe ?
- Porque eu tô gostando de uma pessoa, e ela viajou pra cá, e eu queria contar tudo pra ela.
- E pra isso tem que pegar um avião e ir pra Curitiba ? Eu quase morri de preocupação quando não te vi aqui e seu celular não atendia !- ela deu uma leve suspirada- quando você vai voltar ?
- To pensando em ficar alguns dias aqui.
- Sem roupa Danilo ?
- Eu dou um jeito mãe.
- Aff. Tá bom. Não acredito que estou deixando você fazer essa loucura. Só espero que essa pessoa seja ótima, ou então te arranco a orelha quando chegar aqui. E trate de não estourar meu cartão, ou vendo suas coisas pra pagar, ouviu.
- Tá bom mãe, beijos.
- Tchau filho, se cuida ai, liga pra mim
- Tá- Daniel estava lá, esperando a sua bagagem. Me aproximei dele- já chegou as suas ?
- Ainda não, e ai, a sua mãe soltou o verbo ?
- Humrum. Quase estoura meus tímpanos. Mas disse que tudo bem, que era só eu me cuidar, e ela ficaria menos despreocupada.
- Compreensiva e liberal ela ein ?
- Até eu me surpreendi.
- E aí, você vai ficar ?
- Alguns dias.
- E o que vai vestir ?
- Eu compro algumas roupas - ele sorriu
- Só você mesmo pra vir atrás de mim em outra cidade.
- Claro, não iria te deixar ir pensando que eu não dou a minima- ele me deu um selinho e de repente, gritou
- Olha ai, você me fez deixar a mala passar, agora vai demorar mais um ano pra chegar.
Logo ele pegou a bagagem e fomos saindo da sala de embarque. Era novo e estranho pra mim aquele lugar. Logo ele viu a mãe.
- Oiiii mãe, tava morrendo de saudades !- falou ele, a abraçando.
- Eu estava mais, muito mais filho, como foi lá em Chapecó- ela olhou pra mim- você não me avisou que iria trazer alguém.
- É que ele veio de última hora. Mãe esse é o Danilo, Danilo, essa é minha mãe, Regiane- ela estendeu a mão, e eu a cumprimentei.
- É um prazer. Você veio sem bagagem ?- ela perguntou
- Foi um caso de urgência.
- Nossa. E o que vai usar ?
- Depois eu compro algumas roupas pra esses dias.
- Tá bom. Vamos ?
- Vamos
Fomos em direção ao carro e logo fomos embora. Era tudo novo, mas estava sendo ótimo, pois estava ao lado de quem eu amava.
Continua
Gostaram ???