Minha vida nova- 05

Um conto erótico de Guilherme
Categoria: Homossexual
Contém 1703 palavras
Data: 03/07/2014 21:08:32
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Eu: Você... você ta brincando, não é?

T: Queria poder dizer que sim Gui... — Eu fiquei calado por um tempo estava inerte ao ouvir aquilo, não acredito que pude ser tão burro em acreditar de vez nele, me entregar assim tão rápido. — Você está precisando de alguém, vou pra aí agora!

Não tive nem a oportunidade de discutir isso, depois que ela disse isso desligou o celular. Mas ela estava certa, eu precisava de alguém para poder me consolar, Thaís e Dani sempre foram as melhores opções. Thá passou o resto da tarde aqui em casa, não chorei nenhuma vez, já estava cansado de chorar, apenas me foquei em se divertir com ela. Mas de noite na hora de dormir não houve como escapar, tudo que durante a tarde sumiu dos meu pensamentos vou com tudo na hora de dormir, me deixando muito inquieto, só fui capaz de adormecer pelo cansaço. De manhã fui acordado, com alguns beijos na bochecha, achava que era minha mãe, porém quando olhei bem era ele, sim, ele mesmo, sorri por um instante, mas logo depois caí na realidade, eu fiquei com muita raiva dele, me levantei e sai da cama:

Eu: Você ainda tem coragem de vir aqui? — Disse seco, com algumas lágrimas nos olhos.

L: Eu sei que disse que viria ontem, mas eu tive que resolver algo... me desculpa Gui?

Eu: “Resolver algo”... sei, beijar a Luana por exemplo, não é?

L: Calma Gui, vamos sentar, e com calma explicar isso, ok?

Eu: Explicar o que? Quão idiota você é? Ficaria muito feliz em ouvir isso, mas você já está de saída! — Disse com uma voz mista de raiva e choro.

Segurei forte no seu braço e empurrei-o para fora do meu quarto, tranquei a porta para que ele não entrasse de novo.

L: Escuta aqui Guilherme, você vai me escutar agora mesmo! Seu grande idiota! — Falou aos berros, ao mesmo tempo em que esmurrava a porta. — Abre agora,Guilherme! — Disse, ou melhor, gritou.

Fui tomar banho, do meu banheiro os seus berros eram mais baixos, e após um certo tempo ele parou, não sei porque, talvez meus pais tenham o expulsado do pé da minha porta ou ele realmente desistiu e foi embora. Não ligava, deste momento em diante decidi me tornar um coração de pedra, não se se poderia sufocar o sentimento, sempre senti as coisas intensamente. Falei para mim mesmo de baixo da água; “Amor, nunca mais”. Segunda chegou rápido, foi um dia até bem legal tirando o fato de que o Luke ficava tentando falar comigo e eu apenas o ignorava, também recebemos um novo aluno: Victor. Ele é alto, acho que da minha altura, cabelos castanhos cor de mel, e olhos claros, de um verde que parecia uma mistura de nuvens e o verde da natureza, e um corpo bem musculoso. Ele era muito bonito, também tinha cara de inteligente. Quando ele chegou algumas meninas soltaram: “ Me segura senhor!”; “Multiplica, Multiplica” e coisas do tipo, ele se sentou atrás de mim, e me cumprimentou:

V: Prazer, qual o seu nome? — Disse bem próximo do meu ouvido.

Eu: Guilherme, pode me chamar de Gui. — Falei sem nenhum interesse, provavelmente ele me achou mau educado ou humorado.

V: Nossa! Estou vendo que você não está para conversa hoje sr. Mau Humor.

Não pude me conter, ri junto com ele por um tempo, até que por um momento me esqueci do meu mau humor. Na última aula a professora de filosofia passou um trabalho, não prestei muita atenção, mas ela disse que era em dupla, no máximo em trio. Não estava afim de me juntar com ninguém, e eu também sabia que o Luke ia pedir para ser sua dupla na maior cara de pau, ele veio em minha direção mas foi interrompido pelo Victor,que ficou na minha frente:

V: Quer fazer o trabalho comigo?

Eu: Fazer o que, não é? — Falei seco, me senti mal por tratar ele assim, afinal ele não tinha nada a ver com meus problemas. — Desculpa, é que eu ando um pouco zangado...

V: Tudo bem.

Marcamos de fazer o trabalho na sua casa de tarde, ele me passou o endereço, a casa dele era no condomínio ao lado do meu, acho que andando 10 ou 15 minutos chegava lá de boa. Fui andando até a sua casa, e pensando no Lucas, não conseguia tirar ele da minha cabeça, ele mexia comigo de um jeito que nem mesmo eu entendia. Quando cheguei ele estava na porta me esperando, com bermudas brancas e uma camisa preta, que caiu perfeitamente nele.

V: Tudo bem, cara? — Falou se levantando e me dando meio que um abraço.

Eu: Tudo! Vamos começar logo.

V: Estou vendo que você está de mau humor em tempo integral.

Aquilo me arrancou um sorriso, nós entramos e começamos a fazer o trabalho na sala. O clima estava bem legal, ele sempre tentava me fazer sorrir, enquanto eu apenas lhe “dava patadas”. O trabalho era super simples, uma pesquisa relacionada ao consumo, sociedade moderna e a influência de Karl Marx, eu amava filosofia, uma matéria que nos dava a oportunidade de pensar e abrir mais os nossos horizontes, foi um prazer fazer o trabalho, devo assumir que a companhia também ajudou muito. Após finalizar o trabalho a sua mãe nos chamou para lanchar, o que caiu muito bem, eu estava morto de fome. Voltamos para a sala com os sanduíches e a limonada, que estava “tri”( Quer dizer algo muito bom).

V: Guilherme, posso te perguntar uma coisa? — Disse com o sanduíche na mão.

Eu: Pode, ué.

V: Você tem alguma coisa com Lucas?

Fiquei surpreso pela pergunta, por um momento não consegui reagir a o que ele tinha dito.

Eu: Não, claro que não!

V: Então, você não se importaria se eu tentasse algo com ele? Não é?

Eu: Ele é todo seu! — Tentei disfarçar minha vontade de matar ele, fingi que nem liguei. — Por que a pergunta?

V: Eu fiquei afim dele, mas também percebi que vocês trocaram olhares o dia todo... fico feliz por você não estar com ele!

Não falei nada, estava me controlando, para não esmurrar o Victor e para não chorar, o clima ficou muito tenso depois do que ele havia me dito isso, após o lanche fui para casa o mais rápido possível. Depois desse dia o Victor caiu matando no Luke, e como se já não fosse bastante, me tinha como confidente, ele realmente não percebia que eu gostava do Lucas. Eu acho engraçado, quanto mais eu pensava em esquece-lo mais eu lembrava, é um paradoxo que por um momento achei que fosse me perseguir durante toda a minha vida. As semanas corriam cada vez mais rápido, os meus pensamentos cada vez mais intensos e minha relação com Lucas cada dia mais distante, eu não sabia quanto tempo mais eu ira conseguir segurar tudo isso. Depois do jantar minha mãe subiu para o meu quarto, sentou do meu lado na cama disse:

M: Vai esperar quanto tempo,até decidir me contar o porquê de você andar tão triste?

Eu: Não estou triste mãe, só ando pensativo...sabe, coisa de adolescente.

M: Tudo bem, então vai uma dica: Os nossos pensamentos são confusos, eles são produto de tudo que nós vivemos, eles estão sempre diferente, as vezes nos prega peças... mas eles tem uma certa razão, razão essa, que deves ser fiel, e segui-la.

Eu: Não entendo mãe. — Falei com um olhar confuso por causa de suas palavras.

M: Na hora certa, nós entendemos. Boa noite filho!

Ela me deu um beijo na testa de boa noite e saiu do meu quarto, deixando apenas no meu pensamento suas palavras, elas me seguiram a noite toda, não pensei em mais nada, apenas no que ela havia me faldo. Ainda eram umas dez horas da noite, não estava muito tarde, e nos meus pensamentos veio o nome do Dani, “devo segui-los”, decidi ligar para ele, mesmo sendo muito cara de pau da minha parte, peguei o meu celular que estava no criado-mudo no lado da cama, e liguei. Tive que ligar umas três vezes para ele atender:

Eu: Alô, Dani!

D: Oi Gui, aconteceu algo? — Disse com voz de quem acabou de acordar.

Eu: Não, só deu vontade de te ligar...

D: Depois que eu me apaixono por você e ninguém sabe o porquê! — Isso me arrancou uma risada.

Conversamos mais um pouco, até eu cair no sono. No dia seguinte, acordei super bem, estava de bom humor, parecia que o velho Guilherme tinha voltado com tudo, eu estava muito feliz por isso. Depois de fazer minha higiene matinal desci para tomar café com os meus pais que logo perceberam minha cara de retardado feliz.

M: Acordou com o pé direito hoje! — Disse ela quando me cheguei na mesa.

Eu: Graças a senhora! — Agradeci com um sorriso de canto a canto na boca.

Tomamos café, e rimos muito com a nova empregada, ela tinha um sotaque arrastado ao extremo e era meio doidinha. Após o café meu pai me levou para a escola o que é muito raro, aumentando ainda mais minha felicidade. Quando cheguei na sala, cumprimentei todos, deu muitos abraços e sorrisos, e todo mundo estranhou no começo.

T: O que houve com você Gui? — Perguntou enquanto a esmagava com meu abraço.

G: Aposto que “teve” noite passada! — Comentou o Gabriel.

Foi quando o Dani chegou e disse:

D: Teve mesmo, e foi comigo!

Ele me abraçou por trás, com a mão na minha cintura e beijou minha bochecha. Foi na mesma hora que o Lucas chegou, ele veio para perto da gente puxou meu braço com força, por um momento pensei que ele fosse me bater, a sua mão machucava meu braço, ele estava com um olhar de normal, apesar de parecer com raiva.

L: Nós vamos conversar e é agora!

Eu não pude responder por mim, o Dani chegou e me ficou na frente dele.

L: Sai daqui, ninguém te chamou na conversa! — Falou com indiferença. — Você não tem nada a ver com isso!

D: Tenho sim, vim defender meu namorado!

Então por hoje foi isso galera, espero que gostem,muito obrigado pelos coments, até a próxima parte...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Gui/Luiz1001 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

UAAALLL CONTINUAA LOGGOO, só queria saber se é verídico? Bom demaisss!

0 0
Foto de perfil genérica

Pelo menos escuta oq o luke tem a dizer pra não se arrepender depois

0 0
Foto de perfil genérica

Tipo, eu acho que o Lucas foi um babaca com o Guilherme, mas, eu acho que o Gui deveria sim conversar com o Luke. Tipo, ele foi o primeiro amigo do Gui e sempre tava com ele. E eu sei que o Gui ainda gosta dele, não dá pra esquecer assim de uma hora pra outra. Ele tem que falar com o Luke antes que perca ele pro Victor. Assim, mesmo que ele não volte pro Lucas ele devia falar com ele.

0 0