Tanto Tarquino como seu amado Heitor, passaram o dia trabalhando duro e quando tinha um tempinho livre, falando pelo celular. O encontro dos dois se daria no apartamento de Heitor por volta das 21:00 h, quando o mesmo chegasse da Universidade.
Dessa vez a conversa entre os dois girou em torno de suas vidas, onde cada um falou um pouco mais de si e como a família de Heitor aceitava a sua opção sexual.
_ Preferia que você mantivesse em segredo a nossa relação, pelo menos por enquanto. Isso será possível?
_ Meu amor a minha família já sabe o que sou há tempo, acho só que não teria sentido esconder deles a minha felicidade em ter encontrado você, entende? Agora se você faz questão de manter isso em segredo, respeitarei seu pedido.
_ Por isso que estou cada vez mais louco por você, meu loiro lindo e gostoso... Vem cá vem, me deixa chupar essa boca gostos que você tem, deixa?
Heitor aproximou do seu moreno gostoso e lentamente foi sendo possuído por ele, e sua boca mais uma vez voltou a ser do novo dono. Cada vez mais a entrega de Heitor tornava evidente o que Tarquino já sabia, ele era seu e com certeza seria muito bem cuidado. Ao mesmo tempo que o beijava com muita intensidade, o segurou nos braços e saiu com Heitor pelo corredor rumo ao quarto do casal...
Acordaram bem cedo no dia seguinte, dia esse que a família Mascarenhas de Brito viajaria para a Suiça onde a filha de Marco Antônio e Maria Luiza, Amaranta Cavalcanti Mascarenhas de Brito, acabara de se formar.
Os dias foram de muito trabalho e cheio de cumplicidades. os dois praticamente não se desgrudavam de jeito nenhum. Marco Antônio já não era lembrado por Tarquino há um certo numero de dias e Heitor por sua vez jamais questionou o seu moreno sobre seus antigos relacionamentos.
O serviço no Cartório Medeiros Varela apesar de muito similar ao seu antigo local de trabalho, fascinava Tarquino pelo fato de ser num novo ambiente onde ele pela primeira vez já tomava decisões inerentes a sua posição de Tabelião.
Os dois chegaram a viajar juntos para Fernando de Noronha no primeiro final de semana após o começo do namoro e no segundo final de semana foram para Jericoacoara onde numa noite de lua cheia, fizeram amor pela primeira vez ao natural. Heitor se sentiu completamente conquistado pelo seu moreno que na verdade estava bem bronzeado. Quase um mês juntos e aos dois parecia que já estavam juntos desde o começo de suas vidas.
Tarquino fodia o cu de Heitor freneticamente e no auge de seu prazer gritou praticamente na praia deserta:
_ EU TE AMO, LOIRO... AAaaahhhhhhhhhhhh.... E pela primeira vez gozou dentro do amado que foi ao êxtase segundos depois de sentir o quente prazer de seu moreno.
Nesse dia os dois ficaram namorando na praia durante muito tempo e só voltaram para a pousada no começo da madrugada.
Voltaram para casa no final da tarde de domingo, no helicóptero da Holding Medeiros Varela. Assim que chegaram, cada um seguiu para seu apartamento como Tarquino pediu ao amado. Ele ainda insistia nessa história do segredo.
Meia hora depois de chegar em casa e falar rapidamente com seu loiro, o celular chamou... Vermelho... Única palavra do visor.
_ Pronto. Falou Tarquino sem qualquer emoção na voz.
_ Preciso falar com você com urgência. Posso subir?
_ Subir? Como assim?
_ Desde sexta-feira que venho aqui na rua em que você mora e dou plantão em frente ao seu apartamento. Vim também ontem e nada de lhe ver. Hoje já estava quase desistindo quando finalmente vi teu carro chegar. Por favor Preto me deixa subir. É muito importante o que tenho pra te dizer.
_ Não Marco Antônio. Como você mesmo viu, acabei de chegar de viagem. Tô cansado. Faminto e amanhã pego cedo no Cartório. Se você quiser falar comigo, me liga amanhã e a gente pode almoçar junto.
_ Não Tarquino, será que você não tá entendendo o que fiz desde sexta-feira e o que estou tentando te dizer agora? Me deixa subir, preto, por favor??!!
Diante de tanta súplica Tarquino não teve outra saída a não ser liberar a entrada do cara que durante oito anos foi seu apesar de nunca ter revelado isso a ninguém.
Cinco minutos haviam passado quando a campainha tocou. Tarquino abriu a porta e deparou com o rosto de Marco Antônio depois de quase um mês.
_ Entra Marco Antônio.
_ Obrigado por você me receber, Preto.
Essa palavra não mais dizia nada a Tarquino que falou assim que fechou a porta da sala.
_ Não me chama mais assim, tá certo?
_ Desculpa, força do hábito. Desculpa.
_ Tudo bem Marco Antônio. Como foi a viagem? Como estão Adso e Amaranta?
_ Nesse campo tudo está bem, eles estão ótimos. A viagem foi mais uma tentativa de viver felicidade. Eu não consegui.
_ Você quer beber alguma coisa? Acho que além de água, devo ter cerveja e vinho na geladeira.
_ Aceito um copo com água.
Tarquino foi pegar o tal copo com água e após entregá-lo, esperou Marco Antônio começar a falar o que ele tinha a lhe dizer com tanta urgência.
_ Eu simplesmente não consigo seguir em frente nessa vida de mentiras e cheia de erros que deixei acumular durante tantos anos. No dia que você foi embora, pode estar certo de que foi o dia pior que vivi depois da morte dos meus pais. Eles eu perdi pra eternidade, teria que ter conformação. teria que ter resignação e fé. A dor Tarquino, a dor seria e esta sendo amenizada com o passar dos anos e lá no meu final eu finalmente voltaria ao convívio deles.
_ O que você está...
_ Por favor me deixa falar, eu preciso falar senão eu vou enlouquecer, Tarquino. Dizer o nome do amado, pois era assim que ele ainda o considerava, era muito estranho, Preto soava melhor e trazia uma felicidade cúmplice.
_ Com a morte da minha mãe, senti que meu mundo sempre haveria de faltar algo, o lado feliz que ele emanava, o lado compreensivo que dizia entender tudo o que se passava comigo e o lado educado, no sentido de ter feito e dado o melhor para a formação do que sou.
Tarquino ouvia tudo aquilo com os olhos atentos no homem que um dia lhe conquistara o respeito e amor. Marco Antônio estava muito emocionado, e continuou:
_ Com a morte de meu pai, senti pela primeira vez que o mundo poderia ser meu se conseguisse dar a ele contornos pessoais. Eu era um fraco, pelo menos era isso que ele me dizia sempre que eu tentava voar. Ele soube como me manter a seu lado e o pior, a fazer só o que ele queria que eu fizesse. Acabei acreditando que era e sempre seria um fraco e sem vida. Só que sempre pensei que um dia eu poderia ser o que quisesse, independente de qualquer verdade absoluta que suas palavras significassem.
Ele fez uma pausa, tomou mais um gole da água gelada no copo que segurava e olhando para Tarquino continuou:
_ Aí eu adiei mais uma vez o sonho de voar, tudo já estava arranjado por todos, menos por mim. Maria Luiza Cavalcanti, foi a escolhida por nossas famílias para ser a companheira ideal do grande e único herdeiro dos Mascarenhas de Brito. O que me manteve são, foi o nascimentos dos meus filhos. Sem eles posso te garantir Tarquino que eu teria enlouquecido no primeiro ano do casamento. A moça não tinha culpa. Eu sempre seria o culpado.
_ Onde você quer chegar com toda essa história, Marco Antônio?
_ No dia em que te conheci. Tudo naquele dia foi diferente. Era como se naquele dia, deus tivesse marcado no calendário a data limite para que eu pudesse colocar em prática meu plano de viver e amar e ser feliz do jeito que sempre quis ser. Te conheci. Foi mágico. Foi estimulante e posso garantir a você que foi simplesmente Maravilhoso. Você me fez vibrar desde o primeiro dia que te vi e trabalhar com você me deu certeza que eu não esperara em vão. Quando a gente menos esperou, oito anos haviam passado e por conta de mais um erro meu, medo meu, covardia minha, eu deixei você ir embora, e você não queria ir.
_ Eu não poderia esperar mais um grande acontecimento pessoal ter andamento para que você passasse a me ver como um homem que te amava e que realmente queria ter você do lado. Você já tinha tudo assegurado, inclusive a mim. Eu passei oito anos da minha vida, anulado. Você sabe o que é isso?
_ Sei sim. Vivo anulado há mais de vinte anos. Era o que eu tinha. Era como eu podia. Você não me entendeu nunca, só pensou em você. Não se sinta tão vítima de mim, já que fui vitima de mim mesmo. Tenta entender que o momento nunca chegava, só que você fez com que eu me rebelasse, você me deu força pra finalmente romper com tudo...Eu saí de casa. Eu tô livre Tarquino. Finalmente Preto eu sou um homem livre.
Tarquino engoliu em seco. Sua boca estava seca. Ele voltou a cozinha e de lá voltou com outro copo com água e o bebeu praticamente num gole só.
_ O que você tem a me dizer sobre tudo isso, meu amor? Perguntou Marco Antônio com os olhos brilhando intensamente.
_ Que você seja feliz. Que você encontre paz na sua vida e que não sofra mais. Jamais poderei desejar algo ruim à você.
_ Isso é tudo o que você tem a me dizer? Isso de certa forma me surpreende. Pensei que a gente a partir de agora pudesse viver...
_ Eu não estou mais sozinho. Conheci uma outra pessoa e me apaixonei.
Milhões de pensamentos e situações passaram pela cabeça de Marco Antônio com essa revelação de Tarquino. Impossível, só podia ser brincadeira, menos de um mês e uma nova paixão, um novo amor, um novo homem, uma nova vida.
O copo foi colocado em cima da mesa de centro. Marco andou lentamente em direção a porta da saída, parou, girou e enfrentou o olhar de Tarquino uma última vez:
_ Desculpa ter tomado seu tempo, Tarquino. Após essas palavras, Marco Antônio girou novamente, abriu a porta, saiu, a fechou com toda a educação e seus passos foram ouvidos no corredor, rumo ao elevador social do prédio.
Tarquino por sua vez andou até a mesa de centro, pegou o copo que estava em cima dela, foi até a cozinha onde deixou os copos dentro da pia, passou novamente pela sala e foi pelo corredor rumo ao seu quarto com o rosto lavado pelas lágrimas que começaram a cair desde o momento em que a porta da sala fechou.
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Oi CHELE, não diria confusão e sim acertos. Um dos quais aconteceu hoje. beijo querida amiga.
Oi RIQUINHO, a vida as vezes nos deixa viver momentos de muitas surpresas, né? Abraço querido amigo.
Oi EDU 19 e 15, sinto muito se uma das possibilidades de felicidade se foram. Abraço amigo.
Oi KYRYAQ, o passado é algo que já foi vivido. Chances foram dadas e não aproveitadas. Resta seguir. Beijos lindas.
Oi DRIKA ( DRIKITA ), veremos se a felicidade finalmente baterá na porta do nosso Tarquino. beijo amiga.
Oi MAMA, a vida deveria ser assim, sob a luz direta e intensa da verdade e sem medo. beijo querida ROSE.
Oi GEOMATEUS, apenas quero registrar o meu amor por tudo isso também. E acrescentar você. Abraço querido.
Oi GHIAR, O bom são esses momentos de felicidade intensa, né? Torço por amores possíveis. beijo linda.
Oi NUNOCAPIXABA, Encontrar você nessa estrada chamada vida, me faz crer que só posso ter feito muita coisa boa aos olhos de Deus. Segue aí amigo, que farei o meu melhor por aqui. Abraço.
Oi AGATHA1986, acho que ele merece, sua vida sempre foi muito dura, né? Obrigado pelo carinho minha querida.
Um beijo carinhoso a vcs.
Oi GUINHO, ele ainda não abe disso, mas garanto que ele saberá em breve, ah se vai... Abraço garoto.
Oi C. T. Akino, não precisa de nota não, preciso só saber se tá tudo indo bem...ok? Abraço.
Oi NINHA M, Nada de ansiedade, não vale a pena. Siga em frente e quando menos esperar, ele aparece...Vai por mim. Você é Linda, sensata, segura, de uma sensibilidade impar. Fácil amar vc, garota. beijo desse amigo que ainda tá aprendendo a amar...
Oi ESPERANÇA, desculpa pela demora, é que as vezes trava aqui e o conto saí tarde. Obrigado por tudo meu Talismã. Um beijo enorme na bochecha.
Aos demais amigos o meu obrigado acompanhado do mais apertado abraço e cheio de saudade de alguns que não mais li.