Ola galera,como o capítulo do Eduardo foi muito pequeno resolvi lançar esse para complementar o tamanho e espero que gostem.
Agatha1986,Pyetro_Weyneth os mistérios serão revelados aos poucos.
Kadu Nascimento estou com um probleminha no face,mas assim que consertar add sim.
SafadinhoGostosoo respira fundo e fica calmo.Nesse capítulo extra ha a explicação do Eduardo para o seu ódio aos homossexuais.Leia e me diga o que você pensa.Mas deixo claro que esse motivo eu tirei da pessoa em quem basei o Eduardo.
PeludoDf eu não fico bravo com você,ao contrário,as suas críticas e as dos demais me ajudam a melhorar o conto.Confesso que joguei muita coisa sem dar uma explicação,mas nesse capítulo estou dando algumas explicações e darei mais nos próximos.
L.P prometo melhorar e não demorar muito a postar.Espero que goste desse capítulo.
Obrigado a todos que leram,seus comentários serão bem vindos e até a proxima.
Boa leitura&&&&&Continuando...
Narrador:Eduardo
Após um longo tempo me senti mais calmo e mais senhor de mim,então fechei o chuveiro e me enrolei em uma toalha,saindo em seguida para o quarto.Abri o guarda-roupa e percebi que só havia um conjunto de roupa;uma camisa gola polo branca e uma calça reta jeans preta,e de sapato,um dockside preto.(Para os curiosos de plantão,eu não escrevo aqui as marcas das roupas que uso,por que não estou aqui para fazer propaganda e nem divulgação de marca nenhuma,além de que para mostrar que se tem dinheiro,não precisa dizer quantas camisas de tal marca eu tenho.Mas se querem saber,no meu closet,eu devo ter umas 6 mil peças entre roupas,sapatos,tênis,sapatenis e perfumes de mais de trinta marcas diferentes,entre elas Ralph Lauren,Calvin Klein,Tommy Hilfiger,Lacoste,Armani,Nike e Vuitoon.)
Apos observar,vesti as peças e em seguida me olhei no espelho.Eu não sou viado para acompanhar todas as novidades da moda,mas sempre gostei de andar bem vestido.E aquela roupa não ficou ótima,mas caia bem e ninguém seria capaz de dizer que eu estava mal vestido.
A camisa ficou um pouco colada pois tenho um corpo bem musculoso,e a calça ficou apertada,mas não justa como aqueles cantores sertanejos sem noção usam.
Calcei o tênis e em seguida,puxei uma mochila de cima do guarda-roupa.Dentro dela havia um vidro de perfume da Armani e cinco mil reais em notas de cem.
Passei o perfume e em seguida penteei o cabelo.Após respirar fundo,fui em direção a porta e a abri,dando um grito para o Sílvio.
-Estou aqui senhor!-Ele disse após um tempo se colocando em frente a minha porta.
-Toma aqui,é para as despesas!-Eu disse pegando quatro mil reais e entregando o dinheiro a ele.
Silvio pegou o dinheiro e em seguida saiu,me deixando sozinho.Peguei o restante do dinheiro e o coloquei na carteira,em seguida sai em direção a sala.
-Oi!-Rafael disse timidamente ao me ver entrar.
-Oi,Rafael!Se vaí me perguntar o que aconteceu,é melhor não,pois eu não quero falar!-Eu disse enquanto me sentava no sofá.
-Tudo bem!-Ele disse enquanto esfregava as mãos.
-Rafael oito meses se passaram desde que eu te trouxe para o Brasil.Sua recuperação está sendo surpreendente,daqui a pouco você vai estar bom.E,eu quero saber se você já conseguiu lembrar de algo,que nos leve a alguém que possa te acolher quando você estiver recuperado.-Eu disse lentamente após algum tempo em silêncio.
-Eu não lembro de nada antes de abrir os olhos e ver você e o Dr.Arnaldo naquele hospital.-Ele disse me encarando.
-Eu me sinto incapaz,pois sem nenhuma pista,eu não posso fazer nada para tentar descobrir quem e você,ou quem é sua família.-Eu disse enquanto esfregava as mãos.
Rafael me olhou com tristeza e em seguida baixou o rosto e começou a apertar os braços da cadeira de rodas.
-Rafael não fica assim,eu vou cuidar de você...-Eu disse após me levantar d ao lado da cadeira dele.
-Eu não quero ser um incômodo para você,eu...-Ele interrompeu enquanto levava a mão a cabeça e balançava de um lado para o outro.
-Ei,você não é um incômodo para mim,ao contrário,eu me sinto bem,fazendo algo por você.-Eu interrompi enquanto pegava nas mão dele e puxava.
-Por que?-Ele perguntou surpreso.
-Por que você me lembra alguém que foi importante para mim.-Eu respondi com um sorriso enquanto me sentava no chão.
-Quem?-Ele perguntou
-Um outro dia,eu te conto,prometo!-Eu respondi enquanto apertava sua mão com cuidado.
-Eduardo posso te perguntar uma coisa?-Rafael perguntou após alguns segundos em silêncio.
-Sim!-Eu respondi apreensivo.
-Ha quanto tempo você conhece o Dr.Arnaldo?-Ele perguntou com um sorriso.
-Ha quase cinco anos.-Eu respondi aliviado pois temia que fosse outra pergunta.
-Como o conheceu?-Rafael perguntou enquanto me olhava com curiosidade.
-Essa é uma história longa Rafael!-Eu respondi com um sorriso.
-Me conta por favor!-Ele pediu fazendo biquinho.
-Está bem!...Hà seis anos,eu conheci um garoto chamado Gabriel Duarte,ele é filho de um engenheiro que possui um grande escritório aqui no Brasil e uma juíza.Eu o conheci em uma festa e me agradei,pois ele e bem comunicativo e defende as mesmas ideias que eu.Nos tornamos amigos e logo formamos um grupinho de quatro pessoas.Eu,o Gabriel,o Lucas e o Daniel...Bem,a gente gostava de festas,bebidas e muito sexo,mas de vez em quando,nos metiamos em algumas confusões,por causa de drogas ou por causa da raiva que tinhamos em comum dos gays.Em uma dessas confusões,o Gabriel levou um tiro e o Daniel insistiu para levarmos para o hospital,mas o Lucas advertiu que se o levassemos,a polícia ia aparecer e nos iamos ter que explicar o que aconteceu.E a última coisa que eu queria para mim era um escandalo,então liguei para um outro amigo e ele me indicou o Dr.Arnaldo.O meu amigo disse que ele era um bom médico e ia aceitar fazer qualquer coisa por dinheiro,pois a filha dele estava muito doente e a clínica dele estava em dificuldades.Então eu liguei para ele e ofereci a proposta de cuidar do Gabriel em um lugar afastado sem que ninguém soubesse.No começo ele não quis aceitar,mas oferecemos uma boa quantia e ele concordou.Desde estão,ele presta serviços médicos para nós e em troca lhe damos uma boa quantia.-Eu disse após respirar fundo.
-Então vocês não são amigos?-Rafael perguntou após um tempo em silêncio.
-Não!...Eu e o Dr.Arnaldo só temos um acordo em comum,ele faz o seu serviço quando eu preciso e em troca,eu pago por isso.-Eu respondi pensativo.
-E esse Lucas?...É...Vocês são amigos ainda?-Rafael perguntou enquanto me encarava.
-Ele já foi um grande parceiro,mas hoje,é...eu o ódeio com todas as minhas forças.Ele fez algo muito ruim contra mim no passado,mas eu deixei passar e lhe dei uma segunda chance,mas ele tentou novamente e hoje somos inimigos mortais.-Eu respondi nervoso enquanto me levantava e voltava a me sentar no sofá.
-O que ele te fez?-Rafael me perguntou.
-Eu não quero falar sobre isso,Rafael!Por favor!-Eu respondi nervoso.
-Tudo bem!Então me fala sobre a sua infância,ou sobre a sua família.-Ele pediu enquanto olhava para o corredor.
-Por quê?-Eu perguntei
-Eu quero saber mais sobre você,só isso.-Ele respondeu com um sorriso triste.
-Bem,quando eu nasci minha mãe contratou uma mulher chamada Beatriz,mais conhecida como Bia,para cuidar de mim,pois minha mãe não tinha tempo pra isso...Até os meus dez anos,eu não via muito o meu pai e nem a minha mãe,mas eles não faziam falta,talvez no começo,mas depois não.Um dia,eu conheci o irmão mais velho do meu paí,o nome dele era Hebert...Nossa,eu fiquei encantado com ele.O Tio Hebert era diferente do meu pai,ele brincou comigo,me deu atenção,sem que eu precisasse pedir.Depois ele me convidou para ir para a Alemanha,ficar com ele e o filho dele uns tempos.Ele disse que eu ia gostar e que depois não ia querer mais voltar.Eu me animei e disse que ia sim,então ele falou com meus país que pediram que o Tio Hebert também levasse a minha babá,ele aceitou e meus país permitiram que eu fosse.Sabe,Rafael eu gostei de poder ir embora com o tio Hebert,pois naquela casa eu me sentia muito sozinho.Eu só tinha a Bia e as vezes,ela não podia brincar,pois estava ocupada.Arrumamos nossas malas e dois dias depois embarcamos para a Alemanha.Chegando la eu conheci a esposa dele;Katharina e o Theodor,meu primo.Eu tenho poucas lembranças daquele tempo que passei com eles,mas são as melhores...Na casa do Tio Hebert eu não me sentia mais solitário,ao contrário,o tio Hebert e a tia Katharina eram gentis e carinhosos,eles me tratavam como filho e o meu primo adorava brincar e inventar brincadeiras,uma mais louca que a outra.-Eu disse após alguns minutos em silêncio,pensando na resposta do Rafael.
-E depois?O que aconteceu?-Rafael perguntou enquanto me encarava com os olhos brilhando.
-Você é curioso garoto!Bem,depois de dois anos que eu estava lá,o Theodor começou a ficar mais distante de mim,no começo eu não sabia o por quê,mas depois eu descobri que ele era gay e estava andando com uma turminha de homossexuais.Então eu resolvi não insistir para que ele voltasse a me tratar como amigo,pois eu não gostava,quer dizer,eu tinha nojo de ver um homem beijar outro ou uma mulher fazer isso com outra mulher.Então deixei o Theodor no canto dele e não contei nada para os meus tios.Mas,um tempo depois,eles descobriram e o Tio Hebert levou a gente numa igreja,para que o filho dele esquecesse aquele maldição.Eu nunca tinha ido a nenhuma igreja e não gosto muito delas,mas aquele pastor que estava lá naquele dia,fez um discurso tão bonito sobre essa doença que é o homossexualismo que eu voltei para casa pensativo.Rafael,eu passei a noite pensando no que aquele pastor havia dito e antes do amanhecer,eu já concordava com ele.E eu estava disposto a mostrar isso para o Theodor,mas quando eu acordei e fui chama-lo para ir para uma escola,eu descobri que ele havia fugido de casa.Meus tios ficaram desesperados,mas não conseguiram encontra-lo.Três meses depois,acharam o corpo dele bastante deformado.Eu fiquei revoltado Rafael,eu queria me vingar mais não sabia de quem,aí eu vi os amigos dele em uma praça se beijando.Aquilo me deu um ódio tão grande,que eu senti que era capaz de matar um deles com as minhas propias mãos.Eu sentia por que eles eram gays e por que por causa deles,o meu primo estava morto.Por que se não fosse por causa deles,ele estaria vivo agora.Eles o seduziram e o levaram a ser igual a eles,e o Theodor acabou morto e estuprado.Naquele momento,eu jurei ódio a todos os gays no mundo.Jurei a mim mesmo que nunca seria um deles e que socaria e até mataria qualquer um que passase na minha frente.-Eu respondi enquanto me levantava e ia em direção a janela que havia a um canto.
-Eu sinto muito...-Rafael disse em voz baixa.
-Depois,eu decidi voltar a morar com meus país,mas ao ligar para eles,descobri que estavam em Roma e marquei de encontra-los lá,então eu e a Bia,arrumamos a mala e nos despedimos dos meus tios e fomos para a Itália.Lá fomos recebidos pelos meus país e pela irmã mais nova da minha mãe;Paola.Ela é uma mulher muito bonita,tem uns cabelos lisos pretos que batem na cintura e é bem branquinha,tem os olhos da cor dos da minha mãe;verdes claros.Mas o que mais me encantou nela,foi o sorriso fácil.Já o marido dela,era fechado e falava pouco,mal sorria ou comprimentava alguém.Eu não entendia,como alguém tão legal havia casado com alguém chato.Mas isso não importa,depois fomos todos para a casa da Tia Paola,onde os meus país estavam hospedados.Quando cheguei lá,fiquei surpreso,pois a casa parecia uma coisa irreal.Tinha um jardim cheio de árvores e flores,uma mais linda que a outra.Também tinha uma fonte é um balanço e outras coisas.Mesmo que eu falasse durante horas,eu nunca ia conseguir descrever a beleza da casa.Bem,lá eu conheci o Lucas,filho de um empresário brasileiro e sobrinho do marido da minha tia.Nos tornamos amigos rápidos,e por conta disso eu pedi para os meus país para ficar mais um tempo por lá com a tia Paola,eles permitiram.Bem,fiquei um ano por lá e conheci bem o Lucas e seus segredos.Mas no fim desse ano,o Lucas aprontou e fez algo que me machucou muito e eu vim embora de vez para o Brasil e aqui estou desde então.Matou sua curiosidade,garotinho?-Eu perguntei ignorando o que ele havia dito.
-Não,mas sei que não vai me dizer mais que isso,ne?-Rafael me respondeu.
-Não!-Eu respondi me virando e o encarando com um sorriso.
-Então tudo bem!-Ele disse com um sorriso.
-Rafael eu tenho que ir,mas quero que me prometa uma coisa.-Eu disse enquanto me aproximava dele.
-O quê?-Ele perguntou enquanto me olhava com curiosidade.
-Prometa que vai ser bonzinho,que não vai reclamar e nem pedir para sair e passear lá fora.-Eu respondi com um sorriso.
-Prometo!Você ainda volta?-Ele perguntou
-Claro,daqui a um tempo,mas mesmo longe,vou estar cuidando de você.-Eu respondi enquanto pegava nas mãos dele e apertava.
-Então,até logo!-ele disse enquanto tirava uma de suas mãos das minhas e levava até o meu rosto.
-Até logo!-Eu disse enquanto colocava o braço esquerdo de volta no colo dele.
Me levantei e fui ao outro sofá e peguei meu capacete e as chaves que estavam em cima da mesinha,em seguida sai em direção a varanda.Fui em direção a moto e montei,coloquei o capacete e liguei,em seguida sai em direção ao portão,fazendo sinal para um dos enfermeiros que estava ali por perto para abrir e após os portão abertos,sai em direção a minha casa.
Depois de um longo tempo,cheguei ao bairro de Ipanema,aonde eu morava,mas não estava afim de ir para casa ainda,então segui sem saber para onde ir,deixando que a moto me guiasse.
Após algum tempo,cheguei a um outro bairro e parei em frente a uma lanchonete.Estacionei a moto e em seguida desci e entrei na lanchonete,me sentei em uma mesa e pedi ao garçom um copo de coca-cola e alguns salgados.
Depois de algum tempo,o garçom serviu meu pedido e eu comecei a comer com rapidez,pois estava morrendo de fome.
Observei a lanchonete ao meu redor enquanto comia e no canto vi um cara branco de cabelos loiros escuros e ao lado dele...o Thiago.Meu estômago embrulhou e de repente a fome passou.O que ele estava fazendo com aquele cara?Será que estavam namorando ou eram só amigos?
Eu não conseguia parar de olhar para eles,observar o que faziam.Thiago olhou para o cara loiro e deu um sorriso,um sorriso que nunca havia dado para... mim.
O cara loiro levantou os dedos e passou pela boca dele e ele não fez nada.Uma raiva subiu e tomou conta de mim,uma vontade de ir lá e afundar a cara daquele idiota.O que está acontecendo comigo?Por que estou dessa maneira por vê-lo com outro?
Segurei na mesa para não ir lá e acabar com esse encontro agora.Respirei fundo e continuei a observar.
O cara loiro passou as mãos no cabelo dele e disse algo que não pude ouvir,mas o Thiago ficou com o rosto vermelho e deu um sorrisinho.Filho da Puta!
Depois daquela passada de mão,Thiago pegou na mão do cara loiro e apertou e em seguida deu um beijo na bochecha dele.
Ah,eu não vou aguentar uma merda dessa!
Me levantei e virei a mesa assustando as poucas pessoas que havia naquele local,em seguida me aproximei deles e virei a mesa,fazendo com que o Thiago e o cara loiro se assustassem.
-Você ficou maluco?-o cara loiro perguntou me encarando.
-Cala essa boca,que minha conversa não é com você!-Eu respondi irritado enquanto pegava no braço do Thiago e o puxava.
-Me sorta moço!-Thiago disse enquanto me encarada com raiva.
-Solta ele agora!-O cara loiro disse enquanto se levantava e se aproximava de mim.
-Por que?Você vai fazer o que?-Eu perguntei o encarando com furia.
O cara loiro não respondeu apenas socou um murro no meu ombro,então eu empurrei o Thiago e soltei um murro na cara daquele loiro desaforado.
Continua...