quando chegamos meu pai teve que me acordar.
- chegamos - falou ele sorrindo, não falei nada apenas levantei do banco em direção a saída do avião eu estava cansado da viagem quando chegamos no saguão havia algumas pessoas esperando meu pai era uma mulher que aparentava ter seus 40 anos e um homem ao seu lado que parecia ter mais idade que ela e de companhia uma menina, quando chegamos perto todos sorriram.
- senhor Ricardo - falou o homem pegando nossas malas.
- Julian - respondeu meu pai.
- então este é o famoso Matheus - falou a mulher com um sorriso para mim.
- famoso?eu? que eu me lembre não sou ator nem cantor de sucesso - respondi irônico.
- Matheus por favor - falou meu pai falou desaprovando minha atitude.
- já disse não fala comigo - respondi olhando na cara dele - desculpe-me - falei voltando minha atenção a ela.
- a-a- tudo bem - ela me olhou confusa.
- desculpe Joanna ele está cansado - meu pai tentou se desculpar por mim.
- tudo bem senhor - respondeu ele dando um sorriso tímido.
- oi me chamo Lauren - falou a menina ao lado deles sorrindo, esse nome me lembrou de uma de minhas melhores amigas, Laura, não respondi apenas sai deixando todos para trás meu pai correu atrás de mim mas eu fui mais rápido e entrei em um táxi que estava parado em frente ao aeroporto e pedi para ele sair dali rápido quando olhei para trás vi meu pai parado no lugar do táxi olhando se afastar e sair de sua visão fiquei dando várias voltas de táxi até que estávamos passando em frente ao central park decidi descer e caminhar um pouco meu celular não parava de tocar eu sabia quem era e não queria que ele me achasse então passei por um mendigo e parei.
- uma ajuda por favor - falou ele estendendo a mão, não pensei duas vezes e entreguei meu celular que não era de se jogar fora.
- pode vender vai tirar uma boa grana - e continuei caminhando ele me olhou assustado com minha atitude claro eu havia tirado meu chip e cartão de memoria que continha minhas musicas preferidas, continuo andando sento em um dos bancos e fico observando as pessoas passarem e seguir seu caminho eu estava em um lugar onde todos queriam estar, mas eu não, eu queria estar em casa com meus amigos e Max que droga por que tudo tinha que ser assim, em uma hora tudo esta perfeito e em outra tudo muda sem perceber começo a chorar fico um bom tempo até que me recomponho.
- calma Matheus se ele quer você aqui então faça ele não querer mais - falei para mim mesmo, pois é tenho esse costume de falar comigo mesmo, mas sem querer não percebo quem alguém esta ao meu lado.
- então é Matheus seu nome, eu estava aqui me perguntando - falou um menino loiro olhos verdes com um sorriso tímido.
- desculpe é que tenho costume de falar sozinho - respondi sorrindo educadamente.
- que nada eu também sou assim, a meu nom.... - eu o interrompi.
- desculpe, mas que horas são ? - perguntei.
- são exatamente oito horas - respondeu ele olhando em seu celular eu me assustei com a hora e levantei e comecei a caminhar rapidamente - ei espera parece que eu disse algo errado - falou ele segurando meu braço.
- solta meu braço - falei bravo ele soltou e ergueu suas mãos para cima.
- desculpa, mas não é educado deixar as pessoas falando sozinhas - falou ele repreendendo-me.
- não foi minha intenção é que tenho que ir para casa - respondi voltando a caminhar.
- hum.. - ele pensou um pouco - poderia me dar seu telefone? - perguntou ele.
- desculpe mas estou namorando - falei sem rodeios ele começou a rir - o que foi?.
- não é que não quero seu numero com segundas intenções é que quero ser seu amigo - respondeu ele ainda sorrindo.
- você nem me conhece e quer ser meu amigo? - perguntei irônico - você tem algum problema - sorri sem nenhum humor.
- é que eu vi que você deve ser uma boa pessoa não custa nada me passar seu numero - respondeu ele, eu comecei a rir - o que foi?
- desculpa eu não tenho celular - respondi ainda sorrindo ele me olhou assustado como seu acabasse de dizer que havia feito um crime.
- como assim não tem? - perguntou ele curioso.
- dei ele para um mendigo - continuei sorrindo.
- ele te assaltou? - perguntou ele assustado ainda.
- não, foi por livre espontânea vontade, mas se me der licença tenho realmente que ir - falei entrando no táxi que esperava nem havia percebido que andamos - tchau.
- então quer dizer que não vamos mais nos encontrar ? - perguntou ele parecendo triste.
- não sei talvez um dia quem sabe - respondi e pedi para o taxista ir passei o endereço de meu pai quando chegamos a casa estava toda iluminada suspirei paguei-o e segui para entrar a porta estava aberta quando entro vejo meu pai sentado no sofá de cabeça baixa e Joanna de pé ao seu lado quando me viu pôs a mão no ombro de meu pai que olhou para ela que fez sinal para ele olhar para onde eu estava, quando ele me viu levantou as pressas e me abraçou.
- onde você estava - falou ele quase chorando - não sabe como eu fiquei preocupado, nunca mais faça isso - eu não falei nada - não vai dizer nada? - perguntou ele eu me soltei de seu abraço e suspirei.
- onde fica o meu quarto? - perguntei e vi que meu pai mudou seu olhar de preocupado para triste.
- Matheus não faz assim eu... - eu o interrompi.
- onde fica meu quarto eu perguntei - voltei a perguntar, meu pai pensou por um minuto e virou-se para Joanna.
- mostra para ele onde é o quarto dele - falou calmo.
- sim - ela respondeu e pediu que eu a seguisse subimos as escadas, quando chegamos era um pouco maior que o meu entro e não digo nada, ela para e fica me observando - por que? - perguntou ela.
- por que ? o que? - perguntei confuso.
- por que esta fazendo isso com o seu pai? - perguntou ela vindo em minha direção - você não sabe o quanto ele falava de você nestes últimos meses - respondeu ela.
- o problema é dele - respondi bravo.
- não fala isso você não sabe o quanto preocupado que ele ficou quando você saiu daquele jeito do aeroporto ele quase enlouqueceu, não faz isso com ele - falou ela pegando em minha mão.
- deveria ter enlouquecido, isso foi pouco - respondi puxando minhas mãos.
- por que esta tão agressivo você não era assim quando vinha para cá - ela estava curiosa.
- ahh ele tão te falou? - perguntei irônico.
- o que? - ela estava confusa.
- eu estou aqui contra minha vontade fui chantageado por ele se você não sabia pois fique sabendo - eu estava quase chorando.
- não fique assim - veio ela tentando me abraçar mas eu dei um passo para trás
- por favor me deixe sozinho - falei segurando minhas lágrimas.
- mas...- ela tentou mas eu a interrompi.
- por favor - respondi ela não discutiu e saiu, fechei a porta e fiquei pensando em tudo o que estava acontecendo comigo fiquei olhando pela janela e chorando quando alguém entra em meu quarto - será que esta difícil de me deixarem em paz - falei virando-me e vi que era Lauren.
- desculpe se eu incomodei - respondeu ela indo para a porta.
- espera- falei e ela parou na porta - desculpa por hoje quando eu cheguei eu não deveria ter agido daquela forma - respondi.
- tudo bem eu sei que é difícil para você mudar der repente - falou ela
- mudar??? eu não vim para ficar - respondi confuso.
não? - perguntou ela mais confusa e.....
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