Obrigado, pelos seus comentários e por expressarem suas ideias, fico muito feliz que estejam gostando. Eu gostaria de pedir desculpa pela demora, mas é que eu estou um pouco doente, e teve jogo do Brasil ontem. Espero que gostem da parte de hoje, e boa leitura!
— E se eu fosse você deixava ele em paz! — Completou Dani.
As palavras do Dani o calou, eu pude perceber nos seus olhos, surpresa e tristeza causadas , ele saiu com um olhar confuso e perdido, logo em seguida a professora chegou, e nos sentamos em nossos lugares. Eu fiquei muito confuso, não sei de onde ele tirou que era meu namorado, e sabem o meu bom humor? Bem, ele se foi. Mas isso era o de menos, eu fiquei muito pensativo, sobre o jeito que o Luke ficou ao Dani falar isso, ele ficou calado o dia todo, e me olhando com seus olhinhos de um azul doce, que desde a primeira vez que o vi me encantavam. Eu não vi o tempo passar, mergulhei profundamente nos meus pensamentos, eu realmente estava disposto a escutar o que o Luke tinha a me dizer, as mensagens que os seus olhos me passaram foram fortes e verdadeiras, eu tinha escuta-lo. Os meus profundos pensamentos foram interrompidos pelo sinal do intervalo, nos descemos e nos sentamos em uma mesa eu, dani, Thaís e o Gabriel como de costume.
— Nossa gente, o que foi isso no começo da primeira aula? — Perguntou Thaís. — Não sabia que vocês estavam juntos..
— Não estamos. — Falei meio meio seco.
— Pode assumir amor eles já sabem!
— Para, sério Dani! — Falei rindo. — Gente ,vou no banheiro.
— Tá certo, aposto que é desculpa para ir dar uma ficada com o Dani.
Isso arrancou várias risadas na mesa, eu apenas dei de ombros e fingi que fui para o banheiro. Eu não estava com vontade de fazer nada, apenas queria uma desculpa para ficar só, eu segui para um corredor que geralmente é ignorado por todo mundo, e fica vazio toda vez, me sentei no chão e fiquei no corredor até o sinal tocar, então fui para sala. Fui o primeiro a chegar, me sentei e esperei a aula começar.
— Você foi no banheiro aqui da escola ou um lá na casa do Dani? — Disse ela enquanto se sentava.
— Eu fui para o banheiro e decidi andar um pouco. — Respondi.
Nós ficamos conversando mais um pouco até o professor chegar. E eu mais uma vez mergulhei em meus pensamentos, me convenci em ouvir o Luke. Esperei ansiosamente para o fim das aulas, eu queria logo ouvir o que ele tinha para mim. Quando cheguei em casa, tomei banho me troquei e desci as escadas para ir na casa do Luke.
— Para onde você vai? — Perguntou minha mãe.
— Vou na casa do Lucas.
— Tudo bem, então não devo esperar você para o almoço, não é?
— Acho que sim!
Sai de casa e fui andando até a casa dele, eu entrei e perguntei se ele estava, a mulher que trabalhava lá falou que sim e que eu podia subir para o quarto dele. Eu fui subindo as escadas, e a cada degrau que eu subia um nervosismo tomava conta do meu corpo, era como se eu estivesse recebendo uma descarga elétrica a cada vez que me aproximava do seu quarto. Antes de entrar no seu quarto, bati na porta:
— Lucas, posso entrar? — Disse com a voz bem calma e baixa.
Ele não me respondeu, mas eu sabia que ele estava ali, só não queria ver minha cara, eu estava determinado a falar com ele e não ia desistir assim tão fácil.
— Qual é Luke? Eu sei que você está ai...
Ele continuava mudo, me sentei encostado na porta esperando que ele falasse algo, ou abrisse a porta para mim, a sua demora a falar algo apenas me deixava mais nervoso, eu tinha sido infantil por não escutar ele, mas agora ele que estava sendo a criança.
Eu: Lucas... — Respirei fundo. — Eu sei que fui idiota com você, mas é porque eu te amo, você sabe disso, desculpa por ter te tratado assim, não comete o mesmo erro que eu cometi, fala comigo, eu estou disposto a ouvir tudo que você tem a falar. — Após segundos sem resposta. — Lucas fala comigo!
Me levantei e virei a maçaneta, que para minha surpresa abriu a porta, entrei no quarto, quando entrei, para minha surpresa o Victor estava lá sentado na ponta da cama dele me olhando como se eu não tivesse dito nada.
— Você ouviu tudo? — Perguntei
— Sua declaração ridícula? Infelizmente sim. — Disse ele com uma voz de quem quer parecer superior.
— O que você está fazendo aqui Victor? — Falei com o mesmo tom dele.
— Esperando meu namorado sair do banho, e você o que faz aqui?
Eu não me importava com o que ele tinha dito, sabia que muito provável era mentira dele para me deixar irritado, mas a raiva que me deu dele consumiu meu sangue. E sai sem falar nada e deixei ele lá plantado, antes de alcançar a escada ele me puxou e me empurrou para parede, botou suas mãos sujas no meu pescoço, na mesma hora começava a me faltar ar.
V: Isso é só um aviso, fica bem longe do Lucas, não quero nenhuma putinha atrás dele! — Disse ele com seus olhos cheios de raiva.
Eu não conseguia falar, o jeito que ele me segurava pelo pescoço não me permitia defesa verbal, então só me restou a defesa pelo uso da força. Eu soquei ele, nesse soco eu botei toda minha raiva para fora, acho que por isso foi mais forte do que esperava. Eu acertei bem no fucinho daquele cachorro, ele rapidamente tirou as mãos de mim e botou na sua cara, como se isso fosse fazer o efeito do meu soco diminuir. Eu soltei um sorriso, ainda encostado na parede tentando recuperar o ar pelo acontecido.
— Seu filho da puta! — Disse ele.
Ele tirou a mão da cara e me esmurrou na barriga, mas foi meio que sem força, acho que ele estava meio abatido pelo meu soco, apenas ri e desci as escadas antes que ele recuperasse as forças e revidasse o golpe. Sai dali o mais rápido possível fui para casa. Quando entrei no meu quarto e peguei o meu celular vi uma mensagem do Luke, nela dizia assim:
“ O que deu em você Guilherme? Quebrasse o nariz do meu namorado.”
