Capítulo 9
Felipah Souza, 25 anos, agente federal investigativa. Lésbica assumida, conheceu Rafaela em um bar "entendido", ficaram aquela noite. A noitada foi boa, se encontraram outras vezes em baladas GLS, sempre ficavam.
Felipah investigou a vida de Rafaela, um dia fez uma surpresa para ela, a esperou no portão da casa de Rafaela com rosas e vinho. Rafaela preferiu dar um basta antes da relação ficar séria, a amizade das duas cresceu após o fim sexual, inclusive foi Felipah que ajudou Rafaela a encontrar Dyoxe após a demissão dele da policial civil.
- Rafa, linda, saudades de tu coração. Só me liga agora quando precisa de mim?! Rum! Manda, o quê quer de mim?
- Você é a melhor investigadora que eu conheço. Não posso confiar em qualquer pessoa, por isso te liguei.
- Entendo. Diga.
- Quero que puxe a linha de um telefone. Conhece alguém que pode fazer esse serviço?
- Sim. Além de sua amiga sou uma policial, não quero ter que te algemar, mas algo me diz que você vai acabar presa. Espionagem ilícita é crime, precisa de um mandato de quebra de sigilo pra poder ouvir conversa alheia via celular.
- Eu sei. Vai me ajudar ou não? Não tenho tempo pra perder com a lei. A lei não fez justiça quando eu precisei.
- Sinto muito por seus pais Rafaela, mas nada que fizer os trará de volta.
- Sua resposta é não?
- Passa o número, vou ver o que posso fazer.
Rafaela pegou o celular de Dyoxe no bolso do paletó antes do socorro chegar para atendê-lo. Ligar para os números de contato seria uma grande perda de tempo, todos sabiam o estado grave de saúde de Dyoxe.
Felipah a ajudaria, sempre a ajudou, porém nunca deixou de ressaltar sua condição de policial, extra oficialmente a ajudaria no que pudesse desde que não fosse nada absurdo, perigoso ou que colocasse sua vida ou de mais alguém em risco.
Rafaela consultou o relógio, eram 12:30, prepararia algo para comerem. O fogão à lenha estava quase apagado, pegou um pedaço de madeira e colocou para queimar.
Na dispensa de comida só tinha miojo, de vários sabores. Preparou dois de sabor frango, fez suco de morango, colocou o miojo cozido em duas vasilhas, garfo, levou para a enferma.
- Trouxe o almoço, madame. Só tinha miojo aqui, não faça essa cara.
- Com a fome que estou comeria até um cachorro. Ah, os meus cachorros... Eles não se afogaram, né?
- Não. Osvaldo cuidou deles, estão deitado na cozinha, dormindo. Come.
- Huuuuuum, delicioso! Kkkkkk.
- Que mulher eu seria se conseguisse estragar um miojo? Haha. Que bom te ver melhor.
- Obrigada por me salvar. Aqui e lá no casamento.
- Porquê acha que fui eu que ataquei Dyoxe?
- Vocês discutiram minutos antes. Nada do que ele não mereça, fique tranquila.
- Ficarei, não fui eu. Quer ouvir uma música? Aqui não tem televisão ou computador, o rádio à pilha parece funcionar.
- Se é o quer fazer...
"Ah se eu pudesse fazer o que eu quero com você..." Lamentou em pensamentos Rafaela.
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Victoria voltou para casa, tomou banho, se alimentou adequadamente, estava preocupada com Anna desaparecida. A polícia pediu uma ordem judicial para rastrear o cartões de crédito de Anna, o Juiz assinou. Esperam que a qualquer momento Anna utilize um de seus vários cartões para comprar algo, assim podendo rastrear o local e ter uma noção de por onde começar a procurar pela jovem.
Arrasada por ainda não ter notícia da filha, Victoria chora deitada na cama de Anna, segurando uma foto de Anna com os pais em uma viagem de férias à Espanha. Precisava dormir, descansar um pouco, os remédios para dormir não estavam fazendo efeito, decidiu se drogar com a última ampola que Dyoxe lhe deu antes do casamento.
Victoria sonhou com Markun, ele estava muito ferido perto do carro destruído, vivo, apontando para a ela entre os curiosos atrás da faixa colocada pela polícia para isolar o acidente, a acusando-a como a culpada pelo carro perder o freio. Victoria dizia que Markun estava psicologicamente abalado devido ao acidente, mas ela era levada presa, algemada.
Na delegacia ela recebeu a visita de Dyoxe, ele estava vestido com roupas brancas, tinha um estetoscópio pendurado em volta do pescoço, trazia um formulário médico onde estava comprovado que ela tinha câncer de Mama. Victoria acordou assustada, uma forte dor de cabeça afetou sua visão, apalpando os móveis chegou ao banheiro para lavar o rosto, também tomar uma Aspirina. Antes de tomar o comprimido se olhou no espelho, a imagem do rosto de Markun machucado e sangrando apareceu no espelho atrás dela, assustada perdeu os sentidos.
Uma empregada limpava o cristal do enfeite da luz na parede quando ouviu um barulho no quarto da patroa, chamou por ela diversas vezes, sem obter resposta entrou no quarto, vendo Victoria caída no chão do banheiro, desmaiada.
O médico da família foi contatado, em poucos minutos estava atendendo Victoria. Acordada, ela relatou tudo que aconteceu no banheiro, o médico lhe passou alguns calmantes dizendo ser estresse por tudo que passou recentemente.
- Quero fazer exames, principalmente o de Mama.
- Claro, vou providenciar e ligo para avisar as datas. Repouso absoluto, hein?!
Victoria tomou os calmantes com suco de laranja, ligou para o hospital saber notícias de Dyoxe, se tranquilizando ao saber que ele está na mesma, ou seja, inconsciente.
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Felipah foi na casa de um bandido bastante conhecido dos policiais por crimes virtuais, ele às vezes fazia trabalhos para a polícia, secretamente, os policiais fingiam não saber do negócio ilícito dele (reprodução de jogos e filmes "paraguaio", entre outros).
- Felipah há quanto tempo. Continua boa hein?! Ai cê sabe que eu me amarro na tua, até parava com esse trampo ilegal se tu me desse bola, princesa.
- Cuidado onde você coloca essa mão, não quero quebrar seus dedos antes dvocê descobrir uma coisa pra mim.
- Calma linda eu tava brincano, cê sabe que eu sou firmeza, não precisa partir pra inginorança.
- Você é inteligente pra essas paradas de internet, mas pra falar ai ai, fere os meus ouvidos.
- Tão linda, mas é policial e lésbica, oh Jesus viu! Tá bom, parei. Fala ae, o quê vai ser dessa vez?
- Quero "puxar" a linha de um celular.
- Vish isso dá trabalho hein. Vai demorar uns dias, tô cheio de trabalho esses dias.
- Eu sou prioridade. Tem até o final do dia pra entregar a gravação.
- O quê eu não faço por você minha Deusa?! De quantos dias?
- Duas semanas.
- Fechado. Jantar? Daí eu entrego o CD.
- Não vou transar com você, já sabe Lino. Capricha na gravação, tchau.
- Essas mulheres...aff!
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Policiais tomaram depoimento de outros empregados da casa dos Rottler, a empregada lavadeira disse ter visto Anna e a garçonete Rafaela se beijando no dia do casamento. Augusto ligou para a padaria para falar com Rafaela, Seo Zé disse que ela estava trabalhando no sítio dele, na plantação de trigo e roça em geral.
Ligou para o número de Rafaela:
- Alô, é o Augusto Marques.
- Em quê posso ajudar, policial?
- Qual seu envolvimento com Anna Rottler?
- Anna...
Anna implorava com os olhos e as mãos juntas para não denunciar se paradeiro.
- Anna, a filha de Victoria?
- Sim.
- Nenhum, nos vimos umas duas vezes, na casa da mãe dela. A primeira vez quando fui fazer uma entrega na residência da família, asegunda vez no dia do casamento. Porquê o interesse?
- Anna Rottler está desaparecida. A mãe delpassou mal, está repousando em casa, mas foram pedidos exames. Se souber onde ela está diga agora, acabe com o sofrimento desta mãe, também se isente de ser acusada por algu crime. Ela é menor de idade.
- Olha, adoraria poder ajudar, mas não tenho nenhuma informação que possa levá-los ao paradeiro de Anna Rottler.- Ok. Venha à delegacia o quanto antes para tomarmos seu depoimento oficial.
- Sim, irei assim que terminar o trabalho que meu patrão me mandou fazer aqui. Dois dias aproximadamente.
- Deixe o telefone ligado.
- Estarei acessível, pode ligar se precisar.
- Obrigada.
- Ok. Tchau.
Rafaela tirou a vasilha do colo de Anna, levou para a cozinha, silenciosa.
Anna se levantou com dificuldade, foi ao banheiro, na volta sentiu tontura, tropeçou nos próprios pés, sendo amparada por Rafaela. Os rostos próximos, olhar morteiro, corações acelerados, respiração pesada... O desejo impulsionou o beijo cheio de paixão, carinhoso, trocado entre elas.
- Não devíamos fazer isso?
- Você quer isso tanto quanto eu Rafaela, deixa acontecer...
Rafaela carregou Anna até a cama, deitou sobre ela, se esfregando no corpo da jovem, enquanto a beijava. Tirou a camisa de Anna, beijando seu pescoço, acompanhando com pequenos beijos o caminho entre o pescoço e a pele descoberta do seio, no sutiã.
Passou a língua no bico do seio direito, por cima do sutiã, mordeu e puxou o bico do seio esquerdo, por cima do sutiã. O gemido de Anna a excitou ainda mais, abriu o feixe do sutiã sorrindo para Anna, trocaram um beijinho estalado, sem a peça de roupa atrapalhando, Rafaela deu atenção especial aos seios rosados.
Anna tentou se tocar, mas foi impedida com a mão na virilha, Rafaela amarrou os pulsos de Anna com o lençol. Tirou sua roupa olhando sensualmente para Anna, deixou apenas a calcinha. Se tocou por cima da calcinha, oferecendo os dedos molhados de sua excitação para Anna chupar. Fez isso por três vezes, antes de voltar para seu lugar, por cima de Anna.
Massageou, arranhou de leve a barriga de Anna, beijando a virilha dela. Colocou as mãos na alça da calcinha de Anna, parou por um instante, olhando nos olhos de Anna, perguntou:
- Tem certeza?
- Absoluta. Me faz sua mulher.