Luc & Tony (parte 2)

Um conto erótico de βεℓℓα*♡*.¸¸.*☆*
Categoria: Homossexual
Contém 2308 palavras
Data: 08/07/2014 18:15:55

Tony ficou espantado... Não sabia o que dizer, estava com vergonha e muito mal. Ao mesmo tempo com raiva por ninguém ter falado nada antes.

Tony: Nossa, que saia justa! Desculpa. Ninguém me falou nada! Vc é o Lucas meu sobrinho, né?

Lucas: Sim. Não se preocupe, já passei por coisas piores, e também vc não tem culpa, era para terem te falado antes.

Tony: Sinto muito. Sempre quis te conhecer sabia? – Abraçou Lucas. Um pouco sem jeito pala situação...

Lucas: Eu também!

Tony se afastou e olhou Lucas – Lucas era lindo, cabelos muito claros de um loiro bastante descolorido, (Pedro era loiro e Samanta também logo não poderia ser diferente.) Seus olhos eram azuis claros como o céu, não tinha quem olhasse e percebesse que o mesmo não enxergava. Sua pele era branquinha, tinha umas sardinhas suaves nas bochechas, bem suaves, só ficavam mais evidentes quando o mesmo tomava sol. Seu corpo era lindo, magrinho, não malhado, pois o mesmo ainda era novo, só praticava corridas às vezes quando o pai chamava para não ir só.

Lucas: Desculpa estou incomodando? Se sim posso voltar depois...

Tony: Não, não... Pode ficar!

Lucas: Vc precisa descansar não é? Vou para o meu quarto!

Tony: Pode vir quando quiser...

Lucas: Pode aparecer no meu quando quiser também... – Lucas olhava para outro ângulo e sorria... Seu sorriso era tão lindo que cativava.

Tony: Qual é? Essa casa é cheia de quartos...

Lucas: É o segundo a direita... Quase em frente ao seu. Vou indo, tchal...

Tony só pensava em falar com Samanta, brigar com ela, como poderia ter escondido isso tanto tempo da família? Vestiu-se e desceu.

Tony: Samanta?

Samanta: Oi Tony? Vem assistir um pouco...

Tony: Como vc pôde ter escondido da gente a deficiência visual do Lucas? O que vc tá pensando? Por acaso vc tinha medo de nossos pais não aceita-lo? Como vc pôde pensar uma coisa dessas?

Samanta: Não! Não foi isso que pensei... Eu sinto muito! Eu... Eu não queria preocupa-los... Foi muito difícil pra gente... Quando o Lucas nasceu, era um menino sadio, mas logo os médicos perceberam problemas, fizeram exames e descobriram que ele era doente... iria perder a visão aos poucos... Eu não queria preocupa-los, vc sabe como são o papai e a mamãe, eles já tinham vc para cuidar e, se contasse, iriam se sentir na obrigação de me ajudar... Era muito difícil, mas nós conseguimos, eu e o Pedro! Com um ano o Lucas já não enxergava mais nada, mas nós contratamos especialistas para ensiná-lo tudo, para ele ter uma vida normal apesar da sua deficiência... E graças a Deus ele cresceu feliz, é um menino que sabe se virar sozinho, inteligente, cheio de amigos que o adoram... Claro que passou e passa por dificuldades, preconceitos, mas nós estamos aqui para dar força para ele lutar e superar e estamos aqui para lutar por ele se necessário, espero que junte-se a nós!

Tony: Claro! Claro irmã, claro que eu estou do lado do Lucas para o que ele precisar... Eu só não achei necessário esconder da gente... Vc deve ter passado por tanta coisa difícil sozinha, mas vc é dona do seu próprio nariz e se preferiu assim, quem sou eu para jugar? Achei que vc tinha escondido tudo por medo da gente não aceita-lo, olha te amo e vc pode contar comigo para o que precisar – Tony abraçou Samanta.

Samanta chorando: Obrigado! Vc é um menino muito bom. – Samanta pensa: Eu tenho dois filhos maravilhosos.

No outro dia...

Tony dormiu a noite toda pois estava exausto – Acordou todo assanhado, com os olhos inchados e bocejando, se espreguiçou e saiu da cama. Usava um shorts azul folgado da altura da colcha e uma camisa branca. Escovou seus dentes e saiu para tomar café. Quando saia de seu quarto viu que a porta do quarto de Lucas estava entreaberta, foi espiar e se deparou com uma cena linda... Lucas estava só de cueca boxer branca, deitado de bruços, dormindo. Tony ficou parado uns 3 minutos olhando, até perceber e saiu. Foi tomar café e encontrou um bilhete preso na geladeira por um imã do piu-piu:

Oi Tony... Fui trabalhar, as férias do Lucas começa hoje, então

Ele não vai a aula... Pedro viajou. Pegue o que quiser na Geladeira

Tem café fresquinho na cafeteira, acabei de fazer, fiz suco também, tem

Cereal no armário se preferir e outras coisas.

Ps: Te amo!

Tony sorriu. Quando virou viu Lucas descendo as escadas...

Tony: Oi eu tô aqui na cozinha...

Lucas: Eu sei.

Lucas andou até a cozinha...

Tony: Como vc sabe?

Lucas: Ouvi o barulho dos pratos e talheres, ouvi vc colocando tudo no galpão, inclusive enchendo um copo de suco para beber.

Tony: Vc é muito esperto!

Lucas sentou-se no galpão de frente para Tony...

Lucas: Pode colocar cereal numa tigela para mim?

Tony: Claro!

Lucas: Todos os meus amigos me chamam de Luc... Pode me chamar assim também.

Tony: Vc já me considera um amigo?

Lucas: Claro tio... Vc pode ser meu tio, mas tem quase a minha idade, não é mesmo?

Tony em tom de brincadeira: Sim. Mas ainda sou seu tio então cuidado! Não pense que vou ficar acobertando encrencas de um menininho muito levado!

Lucas em tom de brincadeira: Oh não... Mais um para pegar no meu pé!

Os dois caíram na risada.

Lucas: Tio... Queria te pedir uma coisa...

Tony: O que? Pode pedir o que quiser...

Lucas: Posso te sentir? Quero saber como é o seu rosto.

Tony: Como assim?

Lucas: É que para saber como são as pessoas eu sinto seus rostos.

Tony: Tocando.

Lucas: sim.

Tony: Ví isso em filmes... Claro!

Lucas: Então... Chaga mais perto.

Tony se aproxima de Lucas...

Tony: Pronto.

Lucas: Mais perto tio... Assim! – Lucas abaixou Tony para ficar da sua altura, o rosto de Tony ficou próximo ao seu, tão próximo que ambos sentiam suas respirações em seus rostos... Lucas colocou suas mãos no rosto de Tony e começou a passar os dedos, desenhando seu rosto. Passou os dedos em contorno de seus olhos, subiu para as sobrancelhas, passou as mãos nas bochechas, pegou em seu nariz, e passou seus dedos na boca de Tony, sentindo centímetro por centímetro!

Tony estava catatônico. Aquele menino lindo tão perto daquele jeito o tocando com tanto carinho, com tanta inocência, Lucas era tão lindo, por dentro e por fora! Enquanto Lucas o tocava ele só pensava em toca-lo também e principalmente em beija-lo. Lucas estava tão perto que dava para sentir sua respiração em seu rosto, e junto o seu toque....

Tony pensou: Meu Deus o que estou pensando? Ele é só um menino. E meu sobrinho. Não Tony, vc não pode. – E aí? O que achou? – Falou saindo.

Lucas: Sua barba me pinicou, senti cócegas.

Tony: É... Preciso fazer.

Lucas: vem de novo quero sentir seu cabelo.

Tony pensou: Ai meu Deus quando penso que me livrei... – Tony se abaixa novamente.

Lucas pega no seu cabelo, com seus dedos penteia para trás e o cabelo volta. – Tio seu cabelo é liso. – Pega na nuca de Tony e começa a alisar (Tony fica todo arrepiado) – Ah atrás é curto. – Pega nas orelhas e passa seus dedos no lobes. – Suas orelhas são pequenas.

Tony: Já chega Lucas.

Lucas: Ah tio... Eu queria saber como era seu corpo.

Tony: Outro dia.

Lucas: Qual a cor do seu cabelo.

Tony: Loiro. Mais escuro que o seu.

Lucas: Tio, vc é lindo!

Tony: Obrigado. Vc também.

Lucas pega a colher e começa a comer seu cereal.

Lucas: Tio, vc ficou calado.

Tony: Tô meio sem assunto. – Pega uma torrada.

Lucas: Depois daqui, vamos no meu quarto? Tenho uns livros ótimos, te mostro como é o braile.

Tony: Ok.

Ambos terminaram de comer...

Lucas: Vamos?

Tony: Ok.

Os dois subiram. Tony entrou no quarto de Lucas.

Lucas: Pode sentar na minha cama tio.

Tony: Ok.

Lucas: Olha... Esse livro aqui – Pegou os dedos de Tony e pois sobre o Livro, passava-os sobre cada letra, tentando ensina-lo. – Tá vendo tio?

Tony só conseguia olha-lo e olha-lo...

Tony: Sim Lucas... É difícil.

Lucas: Tio, me deixa ver seu corpo, tenho curiosidade.

Tony: Não Lucas.

Lucas: Por favor?

Tony: Não.

Lucas: Ah tio deixa vai...

Tony: Tá bom muleque!

Tony estava deitado na cama, Lucas se escanchou sobre ele e começou a passar as mãos sobre seu peitoral. – Nossa tio, vc é grande! – subiu e foi para os braços alisou-os e desceu para as mãos, cruzou seus dedos nos dele – Tio vc é tão bom! – Lucas partiu para a barriga de Tony e começou a acariciar, pois o dedo em seu umbigo.

Tony fecha os olhos: Pronto Lucas, sai.

Lucas: Não tio.

Tony: Sim.

Lucas: Por que?

Tony: Lucas vc já fez isto em mais alguém?

Lucas: Só no papai e na mamãe!

Tony: Nunca faça isso em mais ninguém ouviu? Só quem faz isso são pessoas que se relacionam. Seus pais já te disseram isso?

Lucas: Sim. Mas é difícil para mim. Eu gostaria de saber como as pessoas são.

Tony: Lucas vc acariciando assim as outras pessoas deixa elas loucas, não pode.

Lucas: Deixa elas excitadas eu sei. Papai me disse e eu senti em vc.

Tony: Se fosse outra pessoa, sabe Deus o que aconteceria com vc.

Lucas: Ok. Não posso mais te ver não é?

Tony: Hoje não. Vou assistir um pouco de tv.

Lucas ficou um pouco só. Ele estava confuso, fazia um dia que conheceu Tony, mas ele era diferente, estava sentindo uma coisa que não sabia explicar, sentia um frio na barriga quando estava perto dele, e amou senti-lo, aquilo não era normal, ele nunca havia sentido isto por ninguém... Ele estava gostando do tio, e sabia que era de outra forma, era como homem, não como tio. Então ele era gay?

À noite Samanta chegou exausta, foi tomar um banho, comeu e foi se deitar, descansar um pouco, assistir no quarto mesmo.

Tony estava em seu quarto quando escuta Lucas batendo em sua porta...

Lucas: Tio...

Tony: Entra Lucas.

Lucas: Posso ficar aqui com vc?

Tony: Claro! Estou ouvindo musica.

Lucas: Tenho uns CDs no meu quarto. Gostaria que ouvisse, o meu preferido é o de minha banda predileta, o nome é OneRepublic, neste CD tem as melhores deles, bom, pelo menos as que eu mais gosto... Gostaria que ouvisse, vou pegar.

Tony: Ok!

3 minutos depois...

Lucas: Tá aqui tio... Quando ouvir pensa em mim, ok?

Lucas saiu.

Tony colocou o CD... Começou a tocar Secrets.

Tony: Não é que o garoto tem bom gosto para musica? Nossa... Muito linda.

Tony ouviu todo o CD... Achou perfeito. Secrets ele gostou mais, pois a letra se encaixava bem com o momento, Lembrava Lucas... Mas ele gostou de todas. Se dirigiu ao quarto de Lucas...

Tony: Luc?

Lucas: Oi tio Tony? Entra!

Tony: Garoto... Adorei a banda, não é que vc tem bom gosto?

Lucas: Obrigado tio Tony!

Tony: Adorei a primeira musica!

Lucas: Secrets?

Tony: Sim.

Lucas: E então tio Tony? Qual segredo vc esconde?

Tony: Ah piadinha por causa da musica... Gostei!

Lucas: É tio, mas no fundo todos tem um segredo.

Tony: Mas se tivesse e te contasse deixaria de ser segredo, não?

Lucas: Eu também tenho um! Mas também não posso te falar...

Tony: Vou correr um pouco, quer ir?

Lucas: Não... vou ler um pouco...

Tony: Ok.

Tony correu, depois chegou em casa e foi ver DVDs que tinha na casa, viu que tinha várias séries completas, Box originais, pegou Friends que adorava e foi assistir... Ficou muito tarde então foi dormir... De repente ouve aquele barulho de trovão e ver que estava chovendo forte, uma verdadeira tempestade, quando vira de lado pronto para dormir de novo escuta um barulho, um batido na porta...

Lucas: Tio Tony?

Tony: Lucas, oi, entra!

Lucas: Posso ficar aqui?

Tony: Vc tem medo de tempestades?

Lucas: Sim. Quando era criança aconteceu algo.

Tony: vem, vamos deitar. Me conte tudo.

Lucas: Prefiro não.

Tony: Lucas, conta, vc acaba se desligando da chuva, eu estou aqui com vc.

Lucas: Tá. Eu tinha 6 anos, Meus pais e eu estávamos de férias e foram passar um fim de semana na casa de uns amigos, eles não sabiam mas o filho deles e seus amiguinhos me odiavam, praticavam bullying comigo, eles me ameaçavam para não contar a ninguém, teve um dia que nós estávamos neste sítio e fomos fazer um piquenique, meus pais me mandaram brincar com eles, nós nos afastamos, não estava com minha bengala, eu não conhecia o lugar, então para mim fica difícil porque nós deficientes visuais nos guiamos quando conhecemos o lugar, começou a chover, eles começaram a correr, me empurrar, eu não sabia o que estava acontecendo, mas daí só ouvia o barulho da chuva, já não ouvia mais ninguém, eles haviam me deixado, a chuva ficava cada vez mais forte, eu não sabia para onde ir, fui andando até que escorreguei em um lugar, quando acordei já estava no hospital, me falaram que caí em um desfiladeiro, bati a cabeça, fiquei inconsciente por 3 dias, contei a minha mãe que aqueles garotos me maltratavam, diziam e faziam coisas comigo, me machucavam, quanto mais tempo se passava lembrava de coisas desse dia, me lembro que antes deles me deixarem falavam: “Vamos deixar o ceguinho aí!” me sinto tão mal, a tempestade era muito forte, cada trovão que dava eu levava um susto. Não consigo dormir sozinho em dias de tempestades até hoje – Lucas falava com a respiração ofegante, chorando e tremendo, cada frase, como se estivesse vivenciando tudo de novo.

Tony: Calma bebê, vc está aqui comigo, está protegido, não vai acontecer mais nada. – Tony abraçou Lucas.

Lucas virou de costas e os dois ficaram de conchinha, Tony alisava o cabelo de Lucas e o abraçava. Passaram a noite inteira assim.

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Comentários

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ÓTIMO, Afinal, como poderia não ser???

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Não aguentei, precisei ir ler todos os capítulos, amei seu conto Bella, uma forma tão pura de cativar o autor, me cativa =] 10 sem duvidas

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gostei da tematica, diferente e muito cativante, parabens. e não nos abandone ok, 10

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