Colecionador de Decepções 08

Um conto erótico de D. Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 2297 palavras
Data: 08/07/2014 22:20:50

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Três semanas se passaram com o mesmo ritmo, algumas novidades, eu conhecia mais o meu irmão e ele havia conseguido o emprego em uma escola não muito conhecida na cidade, mas ele estava recebendo até bem pelas cargas horárias. E também dava aulas de inglês para um rapaz que morava a poucas casas da nossa eu não o conhecia muito bem, cheguei a vê-lo apenas de relance. Ele ainda me tratava de forma estranha, eu achei que era o normal dele, mas aquele mesmo homem sorridente do primeiro dia eu não via mais.

A vida com o Guilherme ainda passava de forma ruim, eu o tinha poucas vezes na semana. Toda vez que eu me lembrava do seu filho ou da história dele com aquela família eu me sentia mal. Ele me enrolava dizendo que queria pensar cautelosamente sobre tudo, sempre falava do Arthur, eu não quis pressiona-lo, menos ainda dizer o que ele deveria fazer, mas a situação em geral estava me cansando, até eu ver aquele sorriso, eu começava a entender porque o amava.

Certo dia eu havia acabado de chegar da academia em casa e fui tomar banho, quando estava entrando no box escutei a campainha soar, fui até a janela e vi que era o Gui. Eu o abracei e lhe dei um selinho quando ele atravessou a porta. Segui para o banho e ele entrou junto comigo. Ele começou a lavar minhas costas e me virou de frente para ele e foi agachando lentamente passando as mãos no meu tronco, me deixando arrepiado. Começou a me punhetar, ele diz que só gosta de me chupar quando meu pau está em ponto de bala. Ele começou a chupar, a primeira sensação da boquinha quente e da língua foi maravilhosa. Eu ia segurar na sua cabeça, mas ele prendeu minhas mãos na parede e começou a me sugar com mais rapidez. Sentia o final da sua garganta batendo na cabeça do meu pau, eu pirei com ele me deixando sem saída. Queria forçar mais, mas ele me prendeu. Ele ficou poucos minutos me chupando. Eu não consegui segurar por muito tempo e gozei na sua boca. Ele engoliu sem frescura. Terminamos o banho após mais caricias.

Quando nós saímos do banho eu comecei a me arrumar para ir buscar a roupa dele no seu carro porque estava chovendo e fazia frio. Eu saí e abri o porta-malas do carro e ele apareceu na porta de toalha gritando que estava no banco de trás, eu vi um flash e pensei que fosse um raio, também não deu tempo para querer olhar para o céu, estava chovendo bastante. Fui o até o banco de trás, peguei suas roupas e voltei o mais rápido possível.

O Gui colocou as roupas e nós fomos para a sala. Eu coloquei a pipoca no micro-ondas para nós assistirmos algum filme, ou qualquer coisa que estivesse passando. Coloquei a pipoca em um pote próprio para pipoca e voltei a me sentar ao lado do Guilherme, iríamos assistir a um filme de ação, porque, graças a Deus, o Guilherme não gostava de filme romântico. O meu irmão saiu do quarto todo arrumado e perfumado dizendo que sairia com alguns colegas de trabalho.

- Não está no Brasil nem há três meses e já tem amigos, muito popular o gringo – disse sorrindo.

- Então... Você pode me emprestar o carro? – pediu sem muito entusiasmo – Só porque está chovendo.

- Claro Jacob. As chaves estão na cozinha.

- Obrigado... E eu não sei se volto para casa hoje. Tudo bem?

- Sim, só me dê noticias e qualquer coisa pode me ligar, a qualquer hora. Se divirta.

- Valeu. Se divirtam também – ele falou, fez uma cara estranha e saiu.

Eu fiquei esperando ele fechar a porta. Estava pensativo quanto a ele, não o entendia e ele me evitava sempre que conseguia. Pedia-me as coisas como se fosse um sacrifício para ele, como se nós não fossemos irmãos.

- O que tá rolando? – perguntou o Gui comendo a pipoca.

- Você percebeu também? Ele está estranho desde quando ele me perguntou se eu era gay... Eu não iria mentir não é?

- Nossa... Será que ele é igual o teu pai? Fudeu se for... – disse deitando no meu peito e continuava comendo.

- Ele vai ter que aceitar, nem precisa aceitar, só nos respeitar... – disse e ficamos em silêncio por um tempo – Guilherme?

- Fala, ogro... – ele me chamava assim algumas vezes.

- Ele disse para eu me divertir – sorri maliciosamente para ele e ele entendeu o recado.

- Que homem safado haha. Hoje não vai ter nada, chefe – disse trocando de sofá.

- Aaaah, qual é, Gui? – deixei a pipoca de lado e fui à direção dele no outro sofá e me deitei sobre ele. Ele ria exageradamente porque eu fazia cócegas.

- HAHAHAHAHA não Henrique, para HAHAHAHA.

Eu parei, ele respirou um pouco e me beijou. Ele sentou no meu colo e rebolava enquanto sugava forte meu lábio inferior, parecendo que ia arrancar. Ele tirou a minha blusa e ficou lambendo e mordiscando meus músculos, ele gemia cada vez que eu sugava sua orelha, ficava todo arrepiado. Ele se ajoelhou no chão e começou a puxar minha calça com um sorriso que era um tesão de tão safado. Ele voltou dando beijos nas minhas coxas e lambendo meu tronco, certas vezes ele dava mordidas. Quando ele finalmente chegou no meu pau a campainha soou, nós soltamos um resmungar de raiva juntos.

- Quem é o corno que visita a casa dos outros no meio de um temporal a noite? – disse o Gui se jogando no sofá com cara de raiva.

- Fica aqui que eu vou atender – dei um beijo nele e a campainha tocou novamente – é insistente haha faz melhor e vai pro meu quarto que hoje Gui quatro vai começar a ter outro sentido – disse sorrindo e ele me deu mais um beijo.

Eu fui até a porta e ele subia as escadas. Quando abri a porta eu vi um corpo na frente da grade. Mas não reconheci. A chuva estava forte ainda, eu pensei que era o Marvin naquele horário, mas ele teria avisado se estivesse indo até a minha casa e não ficaria na chuva. A pessoa estava segurando nas grades e eu continuei sem saber quem era, gritei perguntando quem era, mas a pessoa só continuou parada. Eu comecei a ficar com medo imaginando que fosse um assassino, um espirito, qualquer coisa.

- Eu sei que ele está aí! Deixe-me entrar! Agora!

FUDEU!

Eu fiquei paralisado em reconhecer a voz. O Thiago estava na frente da minha casa gritando que ele sabia, que se o Guilherme fosse homem apareceria e que iria quebrar tudo, incluindo o carro, se ele não aparecesse. Ele estava gritando muito e eu continuei estático sem saber para onde correr.

- Que porra está acontecendo? – perguntou-me o Gui. Ele não esperou eu responder, logo reconheceu a voz e o contorno do corpo – Fudeu! – ele recuou para a sala e eu recuei um pouco.

- O que vamos fazer? – perguntei, ele andava de um lado para o outro desesperado.

- Minha nossa... Minha nossa... Agora fudeu tudo de vez! Não sei o que fazer. Caralho! Vamos deixar ele lá na porta. Nunca mais vou sair. É... Isso! – o Guilherme não sabia agir sobre pressão, sempre perdia a noção de tudo. Ele dizia que fazia tratamento para ansiedade também, mas sempre que aconteciam coisas assim ele ficava desnorteado.

- Guilherme, se acalma! Você precisa se estabilizar está bem? – segurei em seus braços e ele olhou nos meus olhos – Agora, respira junto comigo – ele foi se acalmando – Pegue algumas toalhas no meu guarda-roupa e traga para cá.

- O que tu vai fazer? – perguntou com os olhos arregalados.

- Já passou da hora de conversamos sobre isso.

- Não! Eu não... – ele começou a chorar – eu não quero ter que escolher – eu o abracei.

- Faça o que eu pedi, vamos resolver isso.

Ele subiu as escadas olhando para mim ainda chorando, ele sumiu da minha vista e eu peguei o guarda chuva. Caminhei até o portão da minha casa e fiquei de frente para o Thiago, não pude notar quanto ele estava chorando por causa da chuva, mas eu estava com o coração apertado só de vê-lo.

- Thiago, somos adultos, vou deixar você entrar na minha casa, mas vamos resolver isso como pessoas civilizadas. Nem seja louco de tentar algo.

Ele concordou com a cabeça e eu abri lentamente o portão da minha casa, nem tentei protege-lo da chuva, ele já estava todo molhado mesmo. Chegamos de frente para a porta da minha casa e eu fiz sinal para ele parar. Puxei um tapete para a entrada. Olhei para o Gui e ele abraçava as toalhas com força ainda lagrimando. Estendi as mãos para pegar as toalhas e ele fazia sinal negativo com a cabeça.

Eu estava fazendo as coisas no automático, não estava me sentindo bem, a culpa tomava conta de todo o meu corpo, eu não estava raciocinando. Já sabia que a casa iria cair, mas mesmo assim não queria que acontecesse.

Entreguei a toalha para o Thiago que se enxugava com força, como se aquilo fizesse amenizar a sua raiva. Eu o “vigiava”, quando ele retirou a toalha do rosto eu pude ver que seus olhos ainda choravam. Dei passagem para ele com a cabeça baixa. Ele adentrou, mas parou assim que viu o Gui escorado na parede. O rosto do Thiago ficou mais vermelho do que já estava, vi os seus punhos se fechando e logo me coloquei na frente dele.

- Lembre-se que você não é louco para tentar algo - ele bufou e olhou para os lados, me ignorando - Vamos até a sala.

O Guilherme foi o primeiro a sentar-se, o Thiago colocou a toalha no outro sofá e sentou-se, além de rico e educado. Eu preferi ficar de pé, ainda estava atônito. Percebi que o Thiago olhava em volta, fazendo o reconhecimento do local, seu rosto ainda estava vermelho. O Gui olhava para ele e apenas para ele, seu corpo estava um pouco inclinado como se ele quisesse correr para abraçar o Thiago. Eu não fazia ideia do que aquilo significava, mas o conhecendo como eu conhecia, sabia que aquela expressão não era de compaixão, e sim de arrependimento.

- Não posso crer nisto. Com todo o coração - falava baixo o Thiago apoiando os cotovelos nas coxas com as mãos juntas em frente a testa.

- Thiago... Eu não sei o que dizer. Eu... - o Gui chorava sem escândalo.

- Não sabe... - Thiago bufou sorrindo com sarcasmo – Pipoca e filme em uma noite chuvosa e fria. Há tanto tempo não sei o que é isso... – ele olhou para o Gui – Não sei o que dizer... Que maravilhosa frase para iniciar o fim de um relacionamento depois de traição. Diria até que clichê demais para a sua personalidade.

- Fim de uma relação? Nós não podemos dar um fim à nossa relação! - o Gui falou um pouco mais alto e em seguida me olhou.

Como assim não poderia? Ele não queria terminar com o Thiago? Que merda eu estava fazendo da minha vida ficando com um homem casado que nunca deixaria o marido para um tipo como eu e com um passado como o nosso? Eu que fiquei sem palavras nessa hora. O pior é saber que eu o amava, e ele dizia também me amar. Não importa o que acontecesse. Tudo acabaria naquela noite. Não sabia se eu estava bem ou mal com isso, queria apenas resolver tudo, doesse ou não.

- Podemos e vamos – disse o Thiago firme.

- O que... Não vamos tão depressa, Thiago. Conversa comigo.

- Conversar o que? – ele se levantou, chorava, mas falava calmamente – Eu não quero viver com um homem que eu considerava ser extremamente bem resolvido, mas que me traiu com o seu pior pesadelo! Eu não quero ficar ao lado de um homem que sente tesão em transar com o destruidor da sua vida! O qual até pouco tempo atrás você ainda tinha pesadelos. E quem estava ao seu lado?

- Não sinto tesão em apenas transar com ele, NÃO É APENAS ISSO - o Gui também se levantou e eu logo estava mais próximo.

- Aah, não é apenas isso? Vai me dizer que ama esse cara? Você ama esse cara? - o Thiago perguntou apontando para mim.

O olhar do Guilherme passou do Thiago para mim, e voltou a olhar para o Thiago. Ele abaixou a cabeça e comprimiu os lábios. Passou a mão direita arrumando o seu cabelo e em seguida com as duas mãos apertou os olhos que ainda lagrimavam com as palavras ditas ali. Ele voltou a direcionar o seu olhar para mim.

Naquele momento eu senti como se tudo estivesse parado, o tempo, os batimentos cardíacos, as expectativas, absolutamente tudo. Aquele era o clímax da nossa discussão, o momento da decisão. O fim, ou o começo de tudo.

...

Olá meus fofos. Decidi publicar agora, porque se você me "conhece" sabe que eu estou muito triste com a eliminação do Brasil para a final da copa, basta esperar que a Argentina perca para disputarmos esse 3° lugar. O terceiro lugar já é ruim, mas se ganharmos da Argentina ele irá se tornar ótimo haha. Acho que muitos dirão "que panaca", mas como dizem por aí, gosto cada um tem o seu (ou "gosto é que nem cu", que é muito mais legal hahaha). Mas em fim, como eu estou meio triste é uma boa hora para escrever, digamos que a tristeza é uma inspiração. As palavras fluem com mais facilidade.

No mais, apenas isso, parei em uma parte "boa", alguns irão querer me matar, mas fazer o que? A partir desse capitulo eu vou definir o final, está na mão de vocês, queria muito saber as suas opiniões.

Obrigado a todos que leram, desculpem-me os erros, e até a próxima.

Abraços a todos.

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Comentários

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Nossa e a otra part hen? Sai não? E eu n vou opinar em nada. Seria injustiça pra qualquer um q ñ foce o escolhido. Muito trist o q for dispensado

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o conto está mt bom :) a parte engraçada foi que o gui adivinhou q era realmente o corno do seu "marido" rs

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Também fiquei triste com o time ontem, mas fiquei feliz que tenha postado. Ótimo gancho. Ansioso pela resposta do Gui... Nota 10. E esse irmão hein?! Parabéns

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Seja o que vc quiser, o fim tem que ser o que o escritor quer, não tem que ser toda hora a vontade do leitor... Pra mim a decisão é sua,e o conto tá ótimo... E questão da copa, esse jogo foi uma vergonha, não quero debater futebol agora, rsrsrs, um abraço...

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Que situação difícil de se tomar.Eu fiquei e puto da vida com essa seleção. Vexame total!

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nossa vai ser difícil essa decisão! e nem sei o que fizer fiquei emocionada!

bjs ♥

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