Coração Indeciso II - Ele queria provar carne nova!

Um conto erótico de Arantes, Henrique.
Categoria: Homossexual
Contém 1815 palavras
Data: 12/07/2014 15:27:28

Na tarde seguinte acordei abraçado um travesseiro, quase caindo da cama. Eu estava com um “camisão” do Flamengo que pertencia a Veloso. Minhas chaves e um pacote de Halls estavam no criado-mudo, os apanhei. Queria meu celular que estava no carro de Veloso.

― Veloso! ― gritei. Achei que ele deveria estar escutando musica.

― Ele saiu, mas já está voltando. ― falou um homem sem camisa ao lado de uma jaqueta e camisa preta que deveriam ser dele. Ele era forte tinha barba por fazer, sobrancelhas grossas e olhos meigos, mas que mostravam virilidade. Tinha a fala um pouco pesada, graças a alguns goles de algo alcoólico que havia bebido.

“VELOSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!” tive um colapso dentro de mim.

― Ah, tá. Obrigada. ― falei. Eu tava com uma cueca samba-canção que dançava em mim e deixava-me, desconfortavelmente, livre.

― Vai querer um churrasco? ― perguntou. ― Não se acanha, vem.

― Desculpa, acho que vou esperar o Veloso. ― falei. ― Você deve ser o irmão dele, não?

― Sim. Julio. ― falou.

― Prazer, sou Henrique. ― falei, passando as chaves e o HALLS para a outra mão. ― Você poderia me dar um copo d’água? ― Ele estava com a jarra do lado dele.

― Beleza. ― Ele me entregou e voltou à “área-da-farra”. Bebi a água meio quente, lavei o copo e deixei no armário. Peguei um Halls e fui até a lavanderia através de um atalho que tinha para a empregada. Era meio tenebroso. O sol entrava muito pouco lá, naquele corredor através das janelas maximar horizontais.

Entrei tinha uma loira e um cara quase transando em cima da mesa de alvenaria e mármore negro, que deveria estar o material para limpeza e essas coisas. Eles me olharam. Meu pescoço endureceu na hora.

― Vem para a nossa festinha, magrinho. ― disse a mulher enquanto o cara, com a mão por debaixo da sai dela, chupava o bico do peito (que ela quase não tinha).

― Desculpa, desculpa, desculpa. ― falei andando para trás e fechando a porta de ré.

Fiquei nervoso e sai de fininho fechando a porta de madeira pesada. Quando me virei dei de encontro com Augusto. Fechei meus olhos e respirei fundo.

― Que diabos fazes aqui?! ― falei.

― Sei que não deveria, mas, te segui... ― falou ele.

― Augusto, quando vais me deixar em paz? ― perguntei para ele.

Augusto abriu uma porta outra de madeira maciça, com o desenho de uma árvore da vida celta, e me fez entrar lá. Era um viveiro, cheio de plantas bem cuidadas, de vidro.

― Quer saber quando? Quer? Ham? ― falou ele manso olhando no fundo dos meus olhos. Ele estava cheirando levemente a álcool. ― Eu já tentei, mas nunca o conseguirei. Sabe o porquê? Porque nós ainda estamos namorando! Tu te lembras?

Eu tinha me esquecido de como era olhar no fundo dos olhos dele. Sempre misteriosos, nunca soube os diferenciar... Uma hora uma cor, outra hora outra cor.

― Não, não estávamos. ― Soltei-me dele. ― Não te lembras? ― Apontei o dedo para o rosto dele. Ele foi para trás. Fui peitando-o. ― Te lembras de que ficaste com a ... Arg! ― Não consegui pronunciar o nome de Teresa por mais que eu estivesse falando com ela.

― Espera não é assim! ― falou ele.

― Cala a boca, Augusto! ― Falei apontei para ele, quando ele fez menção de abrir a boca. Ele socou um dos pilares do viveiro de alvenaria, branco. Sai do viveiro e dei de encontro com o casal Vanish.

Com o pensamento “Que merda ele veio fazer aqui.”, na minha cabeça me tranquei na lavanderia abri a secadora e peguei bermuda com barra dobrada e minha blusa branca estampada com a noiva cadáver e, ai que vergonha da minha cueca box, com desenhos de monstrinhos( podia ser ridículo, mas eu gostava e quando eu gosto é difícil, quase impossível, deixar de gostar). Vesti-me rápido e calcei meu converse sem cadarço, de couro preto e coloquei minhas chaves e o Halls no meu bolso.

Tirei outro Halls, pois o que eu tinha havia pulado há muito de minha boca, e abri a porta e Augusto estava ajoelhado. Olhei para ele com uma cara de “Que merda é essa?”. Passei por ele que falava “Desculpa.” Num tom super

― Para, Augusto! ― falei me ajoelhando na lajota fria. ― Isso é degradante! Não podes imaginar, mas eu tô com um ódio de ti. Um ódio tremendo!

― Sempre eu, você e uma terceira pessoa! Parece que faz pouco de mim, dos meus pensamentos! Por que, amor? ― falou ele se curvando até meus joelhos. ― Por quê?

― Porque... Ah ― Acariciei a cabeça dele. Não valia a pena, ele estava bêbado. ― Esquece. Agora, vamos se levanta. ― Fi-lo ficar de joelhos. Ele avançou e me beijou.

A boca dele quente contra a minha. O Halls, intrometido, entre nossas línguas. Ele segurou meu rosto quando percebeu que eu havia chance de me desvincular. Lá estava eu, de novo, na rede do Augusto.

― Henrique? ― Falou alguém.

Virei-me, me soltei de Augusto.

― Sai daqui! ― disse Augusto se levantando e empurrando uma figura que eu não via havia muito.

― Nossa... ― falou Bruno voltando junto de Augusto. Ele estava mais maduro, ao menos na aparência, mais bonito, mais forte.

― Ah, oi. ― falei fazendo minha mão ir em direção à dele.

― Vem comigo, Henrique. ― Augusto me puxou.

― Tchau. ― disse abobado e molenga.

―Virou pau mandado? ―disse Bruno, mas nós já estávamos na cozinha.

― Já vai, amor? ― Veloso perguntou num tom de estranheza.

― Já. ― falou Augusto, num tom grosso como se fosse com ele. Bruno apareceu pelo corredor bem tranquilo.

― Augusto me solta! ― falei saindo de um estado que eu não sabia como chamar. ― Queria, mas antes queria meu celular. ― Falei com um pequeno sorriso no canto da boca.

―Claro. Tá aqui comigo. ― falou ele mexendo no bolso. ― Eu posso te deixar lá na tua casa, quer?

― Não, o Bruno me deixa lá, né, Bruno? ― perguntei provocando o Augusto. Bruno sorriu. Fui até Veloso. Dei um beijo na bochecha dele― Tás muito cansado, obrigada por tudo. Até terça. Ele ficou vermelho.

― Não, eu posso ir lá te levar, sem problema. ― falou ele segurando meu ombro.

― Não, realmente não precisa. ― falei. Ele soltou meus ombros.

― Vamos, Henrique! ― falou Augusto.

― Tchau. ― falei. Fui pela “área-da-putaria”. Uns carinhas cochichavam com umas mulheres em seus colos.

Tava um barulho intenso. Havia muitas pessoas na piscina. Mas, a maioria estava ressaqueados.

― Já vai? ― gritou Julio, o irmão do Veloso. ― A festa está tão boa, por que não aproveita?

Ele tinha jeito de ser daqueles caras abusados que quando estavam bêbados ficavam mais abusados ainda.

― Já, eu estou cansando. Mas, obrigada. ― falei. ― Bom final de festa.

― Hum, uma pena queria provar carne nova. Tá bom então, tchau. Boa festa para ti também. ― disse ele, trêbado, dando um tapa com a mão cheia na minha bunda. Engoli em seco.

Augusto pulou para cima dele, mas alguém obteve o seu objetivo antes dele ao menos tentá-lo. Julio caiu na piscina. Seus puxa-sacos caíram na piscina para tiram de lá.

Deus do céu tenho que sair daqui! – Pensei.

― Diriges! ― disse Augusto jogando a chave para Bruno quase me carregando.

― Acho que eu vou com vocês. ― disse Veloso. ― Posso?

― Não ― falaram Augusto e Bruno.

― Claro que pode. ― combati os dois.

Augusto contrariado me puxou para o banco de trás do Honda Civic 2014, muito sujo.

― Tu vais ficar aqui comigo. ― Ele apertou minha mão.

― Ai! Tá, tá. ― falei.

―Assim que eu gosto. ― falou ele se aconchegando e beijando no meu pescoço. ― Te amo.

Afêeeeeeeeeeeee! Eu me derretia por ele nesses momentos.

Bruno abriu a porta do motorista e foi logo ligando o carro. Augusto deitou sua cabeça em meu colo. Eu comecei a brincar com minha mão esquerda brincava com seu cabelo e, com minha direita mexia em seu rosto. Fiquei com uma vontade louca de beijá-lo. Veloso entrou ao meu lado.

― Vamos? ― disse Veloso. Augusto pegou minha mão e beijava-a.

― Coloquem o cinto. ― disse Bruno piscando para mim.

Nós, eu, Augusto, Veloso apertamos o cinto de segurança. Mas, Augusto ainda teimou de se desviar do cinto para ficar com a cabeça em meu colo, ele mordeu minha coxa. Dei um tapinha na bochecha dele e falei “Ô, bebê dengoso!”. Veloso segurou minha mão esquerda e fiquei acariciando somente com minha mão direita Augusto.

Bruno acelerou o velocímetro azul foi parar em 213 km/h. Acho que ele tinha criado uma regra o Augusto pode, mas só ele. Veloso começou a mexer no telefone com a mão esquerda.

― Diminui a velocidade, agora! Tás louco? ― falei.

― Já te esqueceu? ― falou Augusto.

―Vai se foder. ― Diminuiu a velocidade se afundando no banco como um mimado. Ele me olhou através do retrovisor; sua boca era um risco imóvel.

― Olha, Augusto. ― mostrei minha foto olhando pelo telescópio da Torre Eiffel

― Hum. Essas fotos não me mostras, né? ― falou sussurrado. Puxou-me para perto de sua boca. ― Que gostoso esse rabo, né? Hum. ― Mordeu minha orelha. Arrepiei-me.

― Vous voudrais mon fessier? (Queres meu traseiro?) ― Veloso apertou minha mão, apertei a dele.

― Quê? ― falou Augusto.

― Nada! Rien! ― disse rindo. Estava amando “jogar”...

― Hum. ― ele foi passando as fotos. ―Hein, que porra é essa? ― falou ele me mostrando um a foto minha dando um selinho em Jean (namorado de Jaqueline, ou melhor, ex).

― Artes cênicas! ― falei pegando o telefone.

― Tá parecendo arte da putaria. Um pornô! ― disse ele “horrorizado”.

― Tu só pensas besteira! Vou para frente. ― eu disse. Augusto não entendeu e me olhou com estranheza. ― Para aí, Bruno!

― Quê? ― Augusto e Veloso falaram. Augusto se agarrou mais em minhas pernas. ― Me solta, Augusto! ― falei beliscando a mão dele. Ele me soltou, ficou puto perto da porta e travou a porta. Veloso também travou.

― Aff, complô. Mereço? ― falei.

― Merece. ― Falou os dois.

―Oii ― Falei passando por cima do freio de mão. O sorriso na parte da frente era mutuo.

Eu ia abrir a boca para Bruno, mas Augusto muito com um sorriso supermaléfico olhou para o Iphone5.

―Alô, puts, olha só esse celular tá uma merda. Desculpa, Claudia. É, é porque estava no meu bolso. Tá bem. Queres falar com ele? ― falou ele olhando para o Bruno desafiando-o.

Bom, não precisava deixar mais às claras do que já estava. E Augusto sabia fazê-lo. Bruno tentava enrolá-la, enquanto Veloso e Augusto morriam de rir no banco de atrás. Bruno tava tenso, tudo minha culpa. Na verdade, eu não queria que eles ficassem se digladiando por mim ou queria? Afinal, que ouro eu tinha? Que mel eu tinha?

Depois de alguns momentos Augusto estava dormindo Veloso também.

― Tás fazendo o que Bruno? ―perguntei.

―Hum... Exército. ― falou ele. Ele não se demonstrava interessado.

― Por isso que vocês estavam lá? ― falei olhando para o céu negro. ― Para deixar algo?

― É.

― Qual tua posição lá?

― Primeiro capitão.

― É a do Julio?

― Faz favor? Não puxa merda de assunto nenhum!

Senti-me totalmente desprezado. Queria logo sair dali, tava querendo chorar. Nunca me senti tão desprezado... Não, não, eu já havia sentido-a, mas fazia muito tempoResumi mais a história e vou postar o próximo no sábado que vem! Beijão :D

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Comentários

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Olha eu curto o conto e muito MAIS O PERSONAGEM USA CUECA, TEM PINTO. E ELE SE TRATA POR "OBRIGADA" "OBRIGADA" "OBEIGADA" QUE SACO! MANO VC ESCREVE O CONTO? VC É HOMEM OU MULHER? PORQUE MEU PAI Q SACO ESSES "OBRIGADA"

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