Parte 26
O melhor beijo que eu já dera. Ele era carinhoso e feroz ao mesmo tempo. Eu sentia a língua dele e uma dança frenética com a minha. Eu toquei a calça dele e senti um pulsar e um suspiro entre os beijos. Eu o queria e sabia que ele me queria. Não sei se fiz alguma coisa, mas ele me afastou, parando o beijo e me segurando um pouco longe daqueles lábios carnudos que eu tanto desejava.
Rafael – espera... Eu não quero que você se arrependa da sua primeira vez.
Eu – não vou me arrepender... Como você sabe que é minha primeira vez?
Rafael – sua alma ainda é... inocente...
Eu – o quê?
Rafael – eu quero te explicar tudo sobre mim antes para você ficar mais confortável.
Eu – eu estou confortável... Eu quero você... pode ser?
Eu já estava subindo pelas paredes e ele pareceu perceber. O Rafael me jogou contra uns travesseiros, eu já estava sem camisa, ele foi beijando meu pescoço, meu peito, explorando meu tórax e sugando cada gominho ai chegou na barra da minha calça. Eu pensei que ele subiria e me daria um beijo, mas ele abaixou minha roupa e começou a chupar meu membro que já estava duro.
Rafael fazia aquilo com gosto e hora ou outra descia até as bolas, as lambia e voltava a chupar. Eu não parava de gemer e me deleitar com aquela boca dos deuses. Senti o gozo se aproximando e falei para ele parar, mas ele continuou, eu ia levantar a cabeça dele, porém era tarde, eu gozei na boca dele, gozei horrores e ele engoliu tudinho. Limpou as bordas e... puxou minha calça para o lugar?
Eu – eu quero retribuir...
Rafael – você não sabe como eu te quero, mas eu me recuso a ir longe demais.
Eu – mas você ta super excitado – falei e o acariciei por cima da roupa
Rafael – eu te disse que te quero, mas tenta entender, eu já fiz muita coisa errada, deixa eu fazer pelo menos isso certo.
Eu – ta bom – voltei a me deitar no peito dele – quando você vai me contar seus segredos então?
Rafael – sábado, te levarei sexta a noite para a minha casa e te conto tudo no sábado de manhã ta certo.
Eu – tido bem, eu consigo esperar, eu sei se consigo, mas não podemos tomar banho juntos ok?
Rafael – ok
Depois disso fomos dormir, no dia seguinte ainda era quarta e eu e ele tínhamos aula. Os dias passaram com uma rotina... aceitável... O Rafael me levava na escola e me trazia, no caminho agente namorava, ele dormiu comigo na quarta, mas quinta ele teve que me deixar logo depois da escola. Tanto quarta quanto quinta de manha ele e fazia um ‘carinho’ e eu gozava horrores, todavia eu ficava chateado dele não deixar eu retribuir.
Sexta ele passou em casa na hora de me levar na escola e me trousse na hora da saída, depois sumiu e disse que passava para me pegar às sete e meia. Cinco minutos antes do horário eu e a minha bagagem já estávamos prontos.
Maria – meu filho, vocês precisam se cuidar...
Eu – claro mãe.
Maria – toma isso – ela me estendeu um pacote de camisinhas. Eu fiquei vermelho de tanta vergonha.
Eu – mãe!!!
Maria – eu não sou dessas mães que acha que não acontece nada, eu sei o que vocês vão fazer e quero que você se proteja, só isso. Vocês já devem ter feito outras vezes, por isso eu seu pai não precisa ter aquela conversa.
Eu – mão, por favor. Você está me deixando constrangido. O Rafael ainda não quis.
Maria – como assim? Vocês ainda não transaram?
Eu – não...
Maria – então, como seu pai não está, acho que temos que conversar...
Eu – não, não temos, eu sei essas coisas.
Maria – eu sou da área da saúde e posso te aconselhar...
Eu – não e não. Não quero passar por isso – nesse momento o Rafael tocou a campainha, eu sabia que era ele. Eu enfiei o pacote na minha mochila dei u beijo na minha mãe e fui embora.
Dei um beijo rápido no Rafael e puxei ele para o carro. Tinha medo que minha mãe me constrangesse mais. No caminho eu ri lembrando de como vermelho eu devia estar quando minha mãe me deu aquele pacote.
Rafael – qual a graça?
Eu – minha mãe...
Rafael – me conta.
Eu – de jeito nenhum, eu quase tenho um infarto e não vou contar isso, nem sob tortura.
Rafael – tudo bem – ele disse rindo quando eu fiquei vermelho.
Conversamos coisas miúdas a viagem toda. Eu ficava brincando com o anel no meu dedo, ele era tão confortável que parecia fazer parte de mim. Nós fomos pela rua principal, mas antes de chegar na cidade ele dobrou num desvio de terra.
Eu – para onde estamos indo? – comecei a ficar com medo, estávamos entrando na floresta e tudo era muito escuro.
Rafael – minha casa. Bem, eu não moro na idade...
Talvez o Timos e a Ana tivessem razão. Talvez o Rafael só fosse me usar, e me jogar fora. Talvez eu fosse feliz uma noite e depois acabasse. A duvida veio na minha cabeça, ai senti a aliança esquentar no meu dedo, um calor confortável. Eu podia ouvir a voz do Rafael ressoar na minha cabeça: “eu te amo”. Ela era quente e aconchegante como seu abraço. Não, o Rafael não ia me machucar.
Rafael – o que foi, você ficou meio pálido – ele disse e pegou minha mão. A mão dele me aquecia.
Eu – nada, só um pensamento bobo que os idiotas dos meus amigos colocaram na minha cabeça.
Rafael – o que?
Eu – eles achavam que você me levaria para um lugar deserto se aproveitaria de mim e depois descartaria.
Rafael – eles não estavam tão errados – ele falou com um sorriso no rosto. Eu esfriei novamente.
Continua...