Como contei no relato anterior, o cabo Martinho, por minha insistência, se masturbou na minha frente para me mostrar o que eu tanto queria conhecer. Não só me mostrou, como também me levou a cheirar o esperma que ele havia recolhido na mão. Adorei o cheiro. E provei, e gostei, e lambi sua mão. Naquela noite, eu me masturbei, na ânsia de ejacular; mas, como sempre, só saía aquela gosminha rala, muito diferente do creme espesso que eu vira jorrar do pênis do homem que me auxiliava nas lições de casa.
Veio-me à lembrança o membro pentelhudo, duro, que eu lhe permitira esfregar na minha bunda. Segundo ele, aquilo era necessário para que seu pênis adquirisse a dureza necessária à consecução do ato que eu lhe pedia. “Mas seria mesmo necessário?”, eu me perguntava, relembrando com satisfação a sensação de ter seu pau duro em contato com a minha bunda.
De manhã, no banheiro, eu me olhei nu no espelho. Não é que a minha bundinha era bem rechonchuda? Tive vontade de mostrá-la novamente ao cabo, deixá-lo apreciar e se esfregar nela. Pensando nisso, bati a primeira punheta de um dia que seria testemunha de muitas.
Eu me masturbei, nesse dia, pelo menos seis vezes.
E assim foi o resto da semana.
Alguns dias depois, bati de novo à porta do cabo Martinho, levando meu caderno e verdadeiras dúvidas relativas às matérias. Novamente ele estava só de calção. Quanto a mim, não sei se inconscientemente, eu tinha vestido um short justo, que realçava meu bumbum.
— Esse short fica bem em você — disse ele após os cumprimentos de praxe.
Era um elogio; que bom!
Dessa vez, não ficamos no quintal, pois ventava muito, com ameaça de chuva. Ficamos na sala, onde havia uma mesa quadrada com quatro cadeiras. Ao lado, um jogo de sofás e o televisor.
— Então — disse ele — qual é a dúvida desta vez?
Será que ele se referia a dúvidas extraclasse, como da outra vez? Apesar desse pensamento, eu abri o caderno e ficamos fazendo uns exercícios de matemática. E eu louco para lhe pedir que repetisse o que tínhamos feito naquela tarde que nunca me saiu da memória. Mas me faltava coragem. Fizemos toda a tarefa, eu agradeci, dizendo que tinha entendido tudo.
E me levantei para sair, cheio de decepção.
— Espera — disse ele. — Agora sou eu que tenho uma dúvida.
— Qual é, seu Martinho?
— Minha dúvida é: se eu pedir, você mostra de novo a bundinha?
Silêncio é consentimento. Ainda sentado, ele segurou meu braço, fazendo-me aproximar de costas para ele e se pôs a apalpar minha bunda através do short. Logo o short estava baixado e ele, de pé atrás de mim, esfregava o pau entre as minhas nádegas. E me abraçava, e me apertava contra seu corpo, respirando forte. Eu estava adorando.
— Quer ver a porra de novo? — disse ele em meu ouvido.
— Quero, seu Martinho.
— Mas é você que vai tirar, tá?
Eu me sentei e, pela primeira vez, peguei num pau que não era o meu. Era maravilhoso masturbar aquela tora dura, na ânsia de ver sair o fascinante líquido.
— Já vai sair? — eu perguntei.
— Tá quase — disse ele. — Quer tomar o leitinho?
— Quero!
— Então vai tomar direto na boquinha, tá bem?
Ele me disse para abrir a boca e esticar a língua. Foi o que eu fiz. Então ele veio mais para frente e pôs a glande em minha boca. Aquilo não me pareceu de modo algum estranho ou anormal. Pelo contrário, senti foi alegria e fechei delicadamente a boca sobre a ponta de sua pica enquanto minha mão continuava a se movimentar. Emitindo leves gemidos, ele ia empurrando aos poucos a pica em minha boca, deixando pouco espaço para que minha mão se movimentasse. Aceitei tudo com naturalidade. E, com naturalidade, eu me pus a mamar. Então ele segurou a minha cabeça, disse que ia gozar, despejou seu leitinho diretamente em minha boca e se retirou para que eu pudesse bebê-lo à vontade.
— Gostou? — perguntou ele pouco depois.
— Delicioso — respondi.
A chuva me pegou a caminho de casa. Não corri, não me abriguei. Eu estava feliz demais para me importar com a roupa molhada. Mais molhada estava a minha garganta, com o esperma cujo forte sabor ficou muito tempo impregnado em minhas papilas gustativas. Mais molhada estava a minha vontade. Molhada de desejo de voltar a beber daquele néctar maravilhoso que - o cabo Martinho me prometera - estaria sempre à minha disposição.
CONTINUAEste e outros relatos fazem parte da Coletânea “Ele & Ele”, que pode ser acessado seguindo este link:
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