E nesse amor selvagem e não correspondido me perco entre afagos qualquer, beijos insossos,matando o meu desejo no calor de outro corpo.
Mais um gole de uma bebida barata, um bar pútrido parecendo aqueles de beiras de estrada, dançarinas tão feias que parecem ter saído de algum pântano qualquer, ou até mesmo dos portões do inferno.
Não me perguntem como vim parar aqui, bem na verdade sei sim culpem ela, aquela que perturba meu sono desde que a vi pela primeira vez, um sorriso de anjo contornado por lábios tão macios e rosados, cabelos longos até a cintura, cintura essa que era fininha fazendo um lindo conjunto com seu quadril, traseiro mediano e empinado, coxas na medida certa, e o que me derretia era seu queixo com um furinho e suas covinhas, ah malditas covinhas, desejo beijar cada uma delas, na verdade queria fazer o sexo mais sujo e insano que já tive com alguém.
Ela desperta em mim um desejo nunca habitado nesse corpo, minhas mãos todas as noites trabalham em meu sexo enquanto me desmancho gemendo seu nome, é claro que é algo solitário nunca ela veria em mim alguém para sair de mãos dadas, ter casa, cachorro, filhos e tudo isso que uma família feliz tem.
Nunca fui de me apegar , muito menos me apaixonar mas com ela é diferente. Retiro umas notas do bolso e deixo-as sobre o balcão, saio cambaleante e com a vista completamente turva, puta que pariu xingo ao me bater em um poste no momento da queda, maravilha além do coração doendo, agora era meu rosto porra! Com muito esforço chego até em casa, meu peito começa a ficar apertado de um jeito que meu coração deveria ter minguado, não acendo as luzes, gosto do escuro me sinto acolhida. Percebo uma silhueta no escuro mas como estou com meus sentidos ofuscados pela bebida, vejo várias silhuetas e não me dou conta quando se aproxima e venda meus olhos.
—Que merda de brincadeira é essa?
—Calma Beth, sou eu a Jess. Sabe você tem sido uma péssima menina, e que cheiro de bebida barata e perfume de vadia é esse? Ela nem me deixou responder, a filha da puta era menor que eu mas estava mais forte, quem mandou eu beber feito um gambá.
Fui arrastada até o chuveiro e tive minha roupa arrancada sem a menor gentileza, eu estava ali, nua, vendada e sem poder ver as expressões da minha Jess. Sinto a água fria cair nas minhas costas e grito.
—Caralho jess essa porra tá fria, quer me matar?
—Ora essa bebe igual uma porca, e ainda reclama sem falar que devia ter pego uma puta qualquer para cheirar assim. Não sei o porque mas senti um tom de mágoa em sua voz, mesmo assim ela apanhou o sabonete e passou nas minhas costas, o contato da sua pele com a minha me provocou arrepios, levando meus mamilos a enrijecerem. Me amaldiçoei por isso , não era pra demonstrar fraqueza numa hora dessas, senti meu corpo ser virado e senti seus seios tocando minhas costas, estavam tão enrijecidos quanto o meu. Logo senti suas mãos segurando firme meus seios e sua boca beijando minha nuca, soltei um gemido rouco e pude sentir seus lábios contornarem um sorriso em minha pele.
— Jess...?
— Não fala nada Beth, só me deixa sentir você, a quanto tempo eu venho te querendo e você não me dá a mínima. Era eu quem deveria falar isso, onde foi que ela tirou essa idéia idiota de que eu não a queria?
—Merda Jess...eu te amo, não vê? Não dei tempo para ela responder, tirei a venda dos meus olhos e prensei ela na parede, coloquei uma das minhas pernas no meio das suas e esfreguei nossos corpos, ela ofegava e achei seu rosto perfeito no momento, completamente entregue. Abri os botões de sua blusa e sem muita paciência tirei seu sutiã, seus seios eram pequenos mas na medida certa, como diria um amigo meu tamanho "MB" minha boca. Mordisquei de leve um dos bicos, enquanto com a outra mão eu apertava firme o outro. Matei todo meu desejo naqueles seios perfeitos e fui descendo com beijos, trilhando um caminho de calor e saliva. Circulei o umbigo com minha língua e penetrei ele num movimento cadenciado, tirei o pequeno short de seu pijama e notei que ela não vestia calcinha, sua nudez me revelou um ventre com um fino caminho de pelos e um cheiro de sabonete, aspirei o perfume e beijei suavemente seu sexo , passeei com minha língua fazendo suas pernas se abrirem para mim, coloquei sua perna sobre meus ombros e afundei meu rosto naquele vale quente e úmido, provando de seu mel, estava muito excitada só pelo fato de poder proporcionar prazer a minha Jess. Levei um dedo até sua entrada e toquei suavemente a ponta pedindo permissão. Adentrei com meu digito sentindo sua vagina acolhe-lo, sem remover meu dedo fiz movimentos de vai e vem enquanto beijava seus lábios compartilhando seu sabor, nossas línguas se tocavam de maneira lasciva, a minha ora estava em cima, ora em baixo, dentro, fora, pra cima, pra baixo.
—Eu te amo—Ela me disse segurando minha nuca com seus braços ao redor, deitei-a no chão do box erguendo uma de suas pernas de modo que nossos clitóris se tocassem, começamos uma dança lenta e sensual, provocando espasmos em ambos os corpos, era uma sintonia perfeita, meu corpo no seu, seu corpo no meu. Nossos gemidos, nossos lábios se tocando em cima e em baixo. Não aguentei por muito tempo aumentei o ritmo e senti meu orgasmo vir com força, senti o gozo de Jess escorrer por entre suas pernas e deitei sobre seu corpo, o efeito do álcool havia passado um pouco, até a água fria parecia mais quente agora. Nos olhamos apaixonadamente, terminamos o banhos e fomos dormir juntinhas, aninhei ela em meus braços e enfim pude dormir, com a certeza de que meus dias já não seriam mais tão vazios.