Um estranho 08

Um conto erótico de Igor Alcântara
Categoria: Homossexual
Contém 4912 palavras
Data: 20/08/2014 17:25:12
Última revisão: 20/08/2014 20:07:01

- Desculpa por ontem. Eu acho que eu devo umas explicações pra ti. – Bernardo disse puxando uma cadeira do outro lado da mesa pela manhã.

Na noite passada eu não escutei um ruído sequer do quarto dele. Era o dia dele soltar o Brutus antes de dormir mas eu tive que fazer isso. Ele acordou cedo como de costume e apesar de ser domingo preparou café como se fosse uma segunda. Eu me sentei. Preenchi um copo com iogurte e pus duas torradas no prato.

- Tá tudo bem... Eu entendi... Tem a ver com seu... problema. – eu não sabia que palavra usar.

- Escuta. Meu pai morreu quando eu tinha 12 anos, eu te falei. Eu já tinha sintomas disso antes dos doze mas foi com a morte dele que tudo se acentuou. Lucas eu tenho diagnóstico de transtorno bipolar. Por isso o lance dos remédios. Essa... doença, pode se manifestar de diversas formas como minha médica me explicou. No geral ela mexe com seu humor, suas emoções, você não as controla. Ou são muito intensas, ou não são. No meu caso afetou minha capacidade de aproximação das pessoas. Conversando com minha psicóloga, na verdade... psiquiatra, ela me disse que eu só não te quebrei em dois no dia do meu nariz porque eu estava acuado. Mas enfim, eu não consigo manter muitas amizades porque logo eu não vou mais gostar de ninguém. O afeto que eu tenho some do dia pra noite e então a pessoa passa a não ser nada pra mim. Ou então vou gostar demais até que a pessoa “sufoca” – ele fez aspas com os dedos – e me deixa.

Ele parou e esperou eu dizer algo.

- Então na pior das hipóteses você pode me pôr pra fora a qualquer momento, é isso?

- As únicas pessoas que tem o meu afeto permanente são minha mãe e agora... você. Eu te chamei pra morar comigo já vendo a burrada que ia acontecer. Mas eu precisava ficar na cidade! Eu gostei de ti muito de repente, então o normal era eu desapegar muito de repente também. Mas não... a gente se deu bem. Agora você é meu melhor amigo. Isso é muito raro pra alguém como eu. Não importa o quanto eu tente eu não vou me apegar a nenhum dos seus amigos. Eu já magoei muita gente com esse meu jeito. Não preciso de mais pra coleção. Com você foi diferente... você é meu parceiro. Ter você como amigo já me basta, sério. Primeiro porque eu não vou conseguir me aproximar de ninguém mais, e segundo porque eu nem quero mesmo... Há algo dentro da minha cabeça que me impede e não tem mais jeito. É assim e pronto. Só por favor, respeita isso. É uma coisa diagnosticada!

- Bernardo eu só queria te ver fora dessa casa. Com pessoas. Sair, pegar sol, fazer amigos...

- Não dá. Eu não sou depressivo. Fico em casa não é por tristeza, fico porque gosto. Aqui é meu ambiente. Nada aqui me incomoda. Tenho o meu amigo e pronto.

- O que você anda conversando com sua médica?

- Não posso falar sobre minhas consultas... são só algumas coisas que rondam a minha cabeça, você não precisa se preocupar. Eu tenho os meus remédios, tomo no horário e sou uma pessoa normal. Fazem mais de quatro anos que eu não tenho crises nem nada...

- Como eram as suas crises?

- Você não ia querer presenciar. Uma eu lembro que fiquei depressivo. Me tranquei no quarto e não saia pra nada. A luz do sol me irritava. De alguma forma a luz me irritava... Minha mãe levava a comida no quarto pra mim porque eu não queria vir na cozinha. Durou meses. Outra eu já fiquei agressivo, respondia minha mãe e tive que ser sedado até pra poder tomar a medicação... foi um pesadelo.

- Sinto muito... – eu segurei a mão dele. Ele apertou.

- Mas passou... Eu tomei consciência do meu problema, fui atrás de ajuda e desde então tudo acabou. Minha médica já me prometeu que daqui há um tempo eu posso sim ficar sem medicação. E ela também falou que a minha aproximação com você só me fez bem. Mas eu prefiro não arriscar com mais ninguém além de você. Deu certo contigo e pronto. Eu tô satisfeito.

A gente ficou em silencio.

- Ah... É por isso que eu sou tão... protetor contigo. Demorei a ter o meu amigo, não posso perder pra outra pessoa, ou deixar que algo aconteça com ele, ou sei lá...

- Não vai perder. – Ele me devolveu um sorriso lindo.

Ah Bernardo... você ainda me mata do coração com tanta coisa assim.

- Então tá tudo bem entre a gente?

- Entre a gente tudo sempre esteve bem. Eu não me chatearia com você. Você só estava tentando ajudar. Se você quiser sair, não tem problema, a gente sai junto. Mas só nós dois, tá bom? Olha... deixa esse papo pra lá. Hoje eu quero te ensinar dar banho no Brutus. Dá trabalho fazer tudo sozinho. Sempre sou eu que dou.

- Tudo bem.

- Põe uma roupa que você possa molhar e vem pro saguão.

Quando cheguei lá o cachorro já estava molhado e tendo o pelo cuidado pelo shampoo. Agachei do lado do Bernardo enquanto ele dava as recomendações.

- Você precisa tomar cuidado como ouvido dele. Se entrar água ou shampoo pode acontecer um montão de coisas. Eu já vi um cachorro de uma amiga da minha mãe que cegou por isso. – ele dizia jogando um pouquinho de água com cuidado na orelha do cachorro e limpando com o cotonete.

- Entrou no ouvido e ele cegou????

- “É... pois é, pois é, pois é...” – ele imitou a Chiquinha até com o bico no fim da frase.

Eu ri. Palhaço.

- Nossa... E como limpa a boca dele então?

- A boca é mais complicado. Deixa que eu limpo. Ele pode te morder. É que tem que segurar pra escovar os dentes porque ele não gosta muito, ele pode se irritar contigo. Daí quando você for dar banho nele me chama só pra escovar os dentes. – ele disse preparando a escova e passando de leve nos dentes do cachorro.

- Você pintou o pelo dele? É que eu tenho uma tia que tinge uma cadela dela.

- Não. É que ele não é todo pastor alemão por isso nasceu sem a parte clara do pelo. Mas eu prefiro ele assim, todo preto.

- É bonito mesmo...

Após todo aquele processo ele falou:

- Liga a torneira com o jato mais forte possível pra tirar o shampoo rápido senão ele espirra e resfria.

Eu fiz o que ele disse. Bernardo estava como shorte de futebol branco e uma regata também branca que ele gostava de passar o dia em casa com ela. Estava agachado do lado do cachorro tirando a excesso de espuma com a mão. Eu liguei a torneira e ele pegou a mangueira. Começou a lavar o cão que continuava deitado no chão obediente. Ele deu um tapinha na barriga dele e o cão levantou. Ele tirou toda a espuma. O cachorro se sacodia pra se secar de vez em quando molhando ele todo.

- Ah... porra! Fica quieto Brutus!

O cachorro não parava de se sacudir. Bernardo sentou no chão de olhos fechados com os braços na frente do rosto. Eu comecei a rir na pia. Todo cachorro se sacode quando banha, ele deveria saber disso.

- Lucas, olha pra cá...

Antes de eu responder ele me olhou com cara de sapeca e apontou a mangueira em minha direção fazendo pressão com o dedo.

- Háááá! – ele gritou ao me molhar!

A bagunça tava feita. Um jato forte de água me atingiu no rosto e desceu pra meu pescoço. Eu tentei desviar e impedir a agua com os braços mas era inútil. Tentei falar algo mas a água não deixava. Escutei a risada grave do Bernardo e vi ele chegando mais perto.

- Perdeu playboy! – ele disse se aproximando rápido e prendendo minhas mãos com uma só dele. Despejou a água na minha cabeça. A gente ria tanto que eu nem sei o que os vizinhos deveriam estar pensando se estivessem ouvindo aquilo numa tarde de domingo. Eu me soltei dele e passei a mão no rosto.

- Não acredito nisso. Seu filha da...

Ele deu um jato de água na minha cara.

- Olha que nem o Brutus tem boca suja, literalmente. – ele riu. – E além do mais eu avisei pra você por uma roupa que pudesse molhar!

Eu recobrei o ar e enxuguei o rosto.

- Melhor? – ele perguntou.

Não deu tempo nem falar nada. Ele voltou com a mangueira e recomeçou aquele serviço. Ficamos brigando pela mangueira feito loucos, rindo e puxando aquilo da mão do outro, ele tentando ter mais força que eu. A mangueira ficou entre nós dois jorrando água pra cima em nossos rostos enquanto a gente se debatia. Já estávamos completamente ensopados. O cabelo do Bernardo caia no rosto.

- Larga! – eu gritava.

- Vem tomar de mim! – ele falava com esforço entre as risadas.

A gente ficou nessa briga por uns minutos até que ele puxou a mangueira pra direita e ao tentar pegar eu fiquei de costas pra ele. Ele me agarrou por trás. O tempo parou. Eu pude sentir o peito forte nas minhas costas, a respiração perto da minha bochecha, o queixo no meu ombro, as mãos escorregadias pela água que tentavam me tomar algo que eu esqueci até o que era por uma fração de segundos. Ele me soltou rápido e me virou ainda rindo. Eu colei no peito dele. Ele limpou o rosto e jogou o cabelo pra cima. Mais uma vez eu senti a respiração no meu rosto. Eu passei a mão no rosto.

- Foi mal... – eu disse tentando sair dos seus braços.

- Não... Espera. – ele me segurou.

Escutei o barulho da mangueira caindo no chão. Ele me olhava nos olhos. O rosto com gotas, os cílios molhados e pesados. Eu olhei pra sua boca. Estava semi aberta. A língua aparecia timidamente entre os dentes. Era como uma fruta. Era o meu desejo. Senti que as mãos dele agora estavam no meu tórax. Quando voltei a olhar para os olhos dele, eles estavam em minha boca. Bernardo parecia em transe. Inclinou a cabeça levemente pro lado e lentamente veio em minha direção.

“Mais perto... Mais perto... Só mais um pouco! Ah! Ande logo! Me beije de uma vez antes que algo aconteça, seu idiota!” – eu pensava.

Eu realmente não queria quebrar o clima de vocês mas na hora um milhão de coisas passaram na minha cabeça. Eu sabia que se ele não me beijasse logo isso ia acontecer. Minha cabeça ia trabalhar, e isso as vezes não é bom. Eu me odeio cara! Eu não poderia pensar depois? Não, do nada eu hesitei. Tirei minha boca do caminho da dele. Senti lágrimas brotarem em meus olhos. Porque logo agora?

“Eu me odeio!”

Foi a decisão mais difícil dos últimos tempos pra mim. Eu precisava da certeza dele, precisava saber que ia ficar tudo bem daquele segundo em diante. Precisava saber que era eu que ele desejava porque eu sabia que uma vez que eu mergulhasse nisso eu não iria mais voltar. E se fosse efeito do transtorno bipolar, se ele tivesse vendo coisa onde não existe? Nós moramos juntos e isso traria consequências terríveis. Eu o queria pra mim. Pra ser meu. Só meu. Será que eu também estava desenvolvendo algum distúrbio sobre gostar das pessoas? Porque eu estava tão envolvido que eu queria ser dono dele. Sério? Espera, mas não era eu que reclamava de ciúme excessivo? Por uma graça divina ele não desistiu.

Quando eu hesitei, quando eu movi a cabeça pro lado contrário ele me acompanhou.

- Você não quer? – ele sussurrou da maneira mais sexy possível. Apelão! Apelão!

- Só preciso saber se você tá acordado e tá vendo o que eu tá fazendo. – minha cabeça gritava “Eu sou um cuzão idiota arregão da porra! Vou negar o beijo do cara? Errar uma vez é humano, mas duas???”

- Mais do que qualquer coisa. Vem! – ele falou de mansinho.

Ele me puxou forte e me beijou. E não, não há palavras pra descrever. O gosto, a forma como ele fez, ele estava decidido. Definitivamente estava. As mãos desceram do tórax pra cintura, me apertando contra ele. A força era tanta que eu senti minha coluna curvando pra trás. A boca dele aumentou duas vezes de tamanho, eu acho. Eu sentia que se não parasse eu ia ficar sem ar! Levei minhas mãos ao seu rosto tentando controlar a força como ele vinha. Senti dor. Dor? Sim, era dor. Ele havia mordiscado meu lábio inferior. Eu gemi e descolei minha boca da dele. Ele continuou me segurando, agora amassando a lateral da minha camisa nas mãos. Mordeu o próprio lábio inferior. Olhos fechados. Respiração ofegante.

- Bernardo... - eu segurei nos braços dele.

- Não, não... não fala nada. Me desculpa. – ele dizia de olhos fechados. – Me desculpa. Eu me empolguei. – Ele parecia estar num mundo só dele debaixo dos olhos fechados.

- O que você tem? Ei! – eu disse sacudindo ele de leve.

- Meu Deus eu estava errado. Estava errado Lucas, o tempo todo!

- O que estava errado? Abre os olhos!

Ele me abraçou forte. Cheirou meu pescoço. Continuou a passear com as mãos nas minhas costas. Prendeu meu rosto em suas mãos e colou a testa na minha. Ele não abria os olhos.

- Eu duvidei... Eu duvidei de mim mesmo. Pensei que fosse sintoma do meu problema. Eu achei que estava gostando assim de ti porque já gostava muito como amigo então estava confundindo as coisas. Pensei que fosse coisa da minha cabeça, que a doença me fazia exagerar o jeito que eu gosto de ti e talvez eu confundisse as coisas. Ah Lucas... eu pensei tanta coisa. Mas não... - Ele finalmente abriu os olhos. – Não, eu estava errado. Bem que minha médica falou. Ela sempre disse que eu estava era apaixonado, do jeito certo, sem interferência da doença. Que eu finalmente desenvolvi afeto de verdade, que não era confusão da minha cabeça, dessa vez era real! – ele sorriu. – Eu tirei a certeza agora.

Não me deixou dizer nada. Me deu outro beijo forte e sugado. Então ele gostava de mim há um tempo. Era isso que ele conversava com a médica? O beijo era bom, mas aquilo já estava machucando. A força das mãos no meu rosto, a forma como ele sugava. Onde ele queria chegar com aquela língua? Eu segurei seus pulsos e abri os olhos. Ele se separou sorrindo, com a boca vermelha e com os olhos brilhando. Deus, ele não estava se aguentando de felicidade! Me deu mais um selinho. Voltou a me abraçar e passar o nariz no meu pescoço.

- Eu resisti tanto tempo... – eu disse.

- Não precisa mais. - Ele me empurrou de leve pra pia e me imprensou. Passou as mãos debaixo da minha camisa e acariciou minhas costas. – Não precisa resistir a mais nada. – Dando beijinhos no meu pescoço. Terminou de tirar minha camisa e voltou a atacar meu pescoço.

Senti a ereção dele na minha coxa. Ele imprensou ainda mais o pau na minha perna e roçou um pouco gemendo em seguida. Eu comecei a puxar sua camisa, comecei a ver aquele abdome branco com pelos ralos que eu tanto desejava. Onde aqueles pelinhos iam dar? Ele terminou de arrancar a regata e voltou ao meu pescoço. Eu passei o queixo encima do ombro dele. Pude ver de leve suas costas e bunda. Levei a mão e penetrei o shorte com a ponta dos dedos. Estava molhado, frio por conta do tecido do shorte e da cueca. Quando ia colocando mais um pouco das mãos ele se distanciou e em seguida em deu um chupão no peito esquerdo. Desceu as mãos e me suspendeu me colocando encima de pia.

- Calma... a gente tem todo tempo do mundo agora. – ele disse enquanto vinha com a língua ao meu pescoço. Eu puxava seu cabelo e o prendia em mais um beijo.

Ele levou a mão à minha ereção. Eu gemi alto na boca dele. Ele riu de leve e continuou a me beijar me massageando.

- Vamo pro quarto... por favor. – eu disse com esforço.

Ele me puxou de encontro a ele e me carregou pro quarto. Brutus estava molhado no tapete da sala. Entramos no quarto e ele me pôs no chão. Agora eu podia vê-lo. Bernardo estava com o shorte branco molhado destacando a cueca preta por baixo. O pau, duro apontado pro chão, escapava pela entrada da perna na cueca. A ereção era evidente na frente com um volume. Fechou a porta do quarto de costas olhando pra mim e sorrindo. Me agarrou de novo com força pela cintura. Doeu até. Eu gemi. Ele também. Que coisa mais estranha, ou ele vinha com muita força ou eu estava sensível demais. Ele me deitou na cama, subindo encima de mim logo em seguida. Ele não me dava tempo pra respirar. Levei as mãos pra baixo e tratei de me despir. Ele fez o mesmo. Os beijos não paravam. Agora eu sentia sua ereção dura feito pedra, a cabeça já cutucando e babando na minha coxa, quente como brasa. Acredito que eu estava do mesmo jeito. Estávamos de lado com ele me beijando e as mãos passeando da minhas costas até minha bunda, ele me apertava. Eu tentava fazer o mesmo mas não dava. Ele tinha o controle. Jogou uma perna sobre minha cintura e colou mais em mim.

Tentei jogá-lo pro lado pra que pudesse ficar por cima. Poxa, isso tudo se passando e eu não consegui apreciá-lo ainda. Consegui com muita força fazê-lo deitar, rapidamente subi encima dele e voltei a beijá-lo. Fui descendo pelo seu pescoço, sentindo sua barba por fazer. Desci aos seus mamilos, duros, pontudos e rosados. Seus pelos espetavam meus lábios mas eu não ligava. Ele escorregava pra trás tentando se pôr sentado. Até que enfim encontrei o melhor dos doces. Não era absurdamente grande como muitos narram por aqui. Tinha um tamanho bem aceitável. Muito grosso. Fiquei até sem jeito, minha mão abarcava com esforço todo a espessura do órgão. Peguei e senti sua respiração se alterar. O olhei e ele me devolveu um olhar de desejo. Mordia os lábios.

Eu passei a língua na cabeça e ele arqueou as costas com um gemido gostoso de ouvir. Comecei um oral. Tinha gosto salgado por conta de já estar todo melado do pré goso. Tentava engolir mas não passava muito além da cabeça. Eu me esforçava mas não ia. Bernardo tremia. Gemia. As suas pernas tinham espasmos. O rosto num misto de desejo e alegria com um sorriso. Pegava de leve na minha cabeça e controlava o ritmo. Desci para suas bolas. Redondinhas e em tamanho regular. Uma bolsa perfeita, com poucos pelos. Os únicos desciam por entre as nádegas. Era perfeito. Também as chupei arrancando gemidos dele. O chupei por um bom tempo.

- Lucas... eu vou te sujar todo!

Parei o oral e subi beijando sua barriga. Dando chupadas de leve até chegar em sua boca. Ele respirou fundo e subiu em mim.

- Agora é a minha vez.

Ele começou a me chupar de imediato. Fazia sem jeito nenhum. Muito provavelmente nunca havia feito aquilo. Os dentes batiam de vez em quando mas eu não ligava, eu adoro oral de qualquer jeito. Deu umas lambidas nas minhas bolas e voltou pra me beijar. Tudo bem, com a prática ele acostumaria. Ri sozinho ao pensar isso.

Pulou rápido da cama e abriu o guarda roupas. Uma escultura de gesso com um pau reto e apontando pro teto. Uma bunda linda que destacava cada músculo ao caminhar. Braços que agora se uniam a um tórax forte. Costas largas. Coxas um pouco peludas de dar inveja.

- Tava aqui... Eu usei antes de ontem... Ah!

Ele voltou com um tubinho de lubrificante. Pegou uma camisinha da gaveta da cabeceira e abriu. Se encaixou entre minhas pernas e despejou um pouco de lubrificante nos dedos.

- É assim que faz né? Eu assisti uns vídeos...

- É, vai! – eu ri.

Ele abriu um pouco minhas pernas e penetrou um dedo. Eu gemi um pouco.

- O que foi?? - Ele me olhou preocupado.

- Nada... continua.

Começou um leve movimento de vai e vem com o dedo. Me masturbava com a outra mão meio sem jeito. Bernardo não sabia de nada quando se tratava de estar com outro cara. Ele respirava fundo. Mesmo assim o pau estava em riste. Ele tentou por um segundo dedo e fez o mesmo movimento. Pôs lubrificante na outra mão e passou no pau. Se posicionou. Deitou sobre mim. Me deu mais alguns beijos e começou a procurar a entrada.

- Não vai dar certo assim. Fica bem mais lá pra baixo. Primeiro você coloca, depois vem me beijar.

Ele voltou a posição anterior, ergueu minhas pernas e tentou colocar. A cabeça, diferente do que muitos narram, entrou numa boa. O problema foi o restante do membro. Ele ia engrossando até a base e deu muito trabalho pra entrar. Trabalho a ponto de eu pensar em desistir. Eu gemia e tentava relaxar. Bernardo já suava e mordia os lábios. Esperava um pouco e forçava um pouco mais. Entrou metade. Eu já estava contente! Ele começou a bombar. A dor não passava. Mas eu perdi tempo demais, era um sacrifício que eu estava disposto a fazer.

Ele começou a bombar de leve e foi aumentando o ritmo. A outra metade do pau entrou. Ele colocou tudo e parou, ficou curtindo o momento. Tirou as mãos da minha cintura e colocou na cama.

- Tão quentinho... Sério, não quero mais sair de dentro de ti. É tão bom... – ele sussurrou.

Ele se curvou e veio me beijar.

- Já posso?

- Vai!

Ele já iniciou bombando rápido.

- Ei! Cuidado! Assim também não... De vagar! – eu protestei.

Ele arregalou os olhos e engoliu um seco. Começou de vagar. Eu gemia alto. Acho que ninguém escutou... Enquanto ele jogava o corpo de encontro ao meu eu não parei um só segundo de gemer. Eu sentia dor, mas também sentia prazer. Gemia e choramingava de leve.

- Você vai me deixar doido! Eu vou te rasgar no meio desse jeito! Cala a boca! – ele ria.

Eu não aguentava. O gemido era involuntário.

- Vai, vai! – eu queria mais era aproveitar! Eu tava com o Bernardo que eu tanto desejei, que eu tanto fantasiei, que tanto tinha tesão! Não poderia perder um segundo sequer. Ele poderia fazer comigo o que quisesse.

Ele continuou rápido. Mais rápido. Mais rápido. Até que cansou. Estava todo suado.

- Fica de quatro.

Eu obedeci. Ele ficou parado atrás de mim. Passou o dedo na minha entrada analisando como tinha ficado.

- Não te machuquei? – ele disse beijando minhas costas.

- Só tá ardendo. Mas vai... Continua.

Assim que ele colocou eu joguei o rosto no travesseiro e gritei.

- Lucas, eu já te disse. Não grita porra! Eu vou te matar desse jeito! – ele falava rindo com um tom safado.

Ele começou a estocar. O ritmo rápido, o som do sexo, as bolas dele nas minhas. O gemido de homem quando transa, falando safadeza, colocando tudo dentro e sentindo que quem estava sendo passivo era controlado por ele.

Bernardo gostava disso. Da força. Da virilidade do ativo. Da intensidade. Do calor. O sexo com amor mas com pegada. Não era bruto, selvagem. Era forte, gostoso. Era sexo!

Passamos mais alguns minutos assim até que ele sem anunciar joga o peso sobre mim.

- Eu quero gozar dentro de você. Eu gozo pouco. Se você não quiser eu posso...

- Tudo bem. – Quem já está na chuva né...

Ele foi me fodendo e me pressionando com o peso dele. Meu pau roçava na cama e acabei gozando rapidinho. Ele mordiscava minha orelha falando putaria sem perder o ritmo. Logo eu senti a respiração mudar, a força das estocadas aumentou, o membro inchou dentro de mim, ele gemeu e mordeu de leve próximo ao meu pescoço. Os gemidos ficaram bem mais graves e viraram sons que eu não sabia mais o que ele estava sentindo. Explodiu dentro de mim. Continuou se movimentando até tudo sair.

Beijava meu pescoço enquanto se retirava de dentro de mim arfando.

- Meu Deus... Você tá dolorido?

- Não muito. Tudo bem.

- Olha pra mim.

Eu me virei. Senti meu gozo na cama sujar minhas costas e o gozo dele escorrer pela minha coxa. Ele não estava de camisinha? Tirou ao me pôr de quatro.

Agora sim era o meu Bernardo. Não um tarado mais forte que o incrível Hulk. Que sufoco! Ah, mas que foi bom, foi!

- Me desculpa ter demorado tanto pra entender. O beijo finalmente falou tudo.

- Tudo bem. Ao menos agora você não tem dúvida.

Ele me beijou.

- Não, nenhuma. A gente agora vai ficar junto. Só nós dois. Sem mais ninguém pra atrapalhar. Eu sou todo seu.

- Vai ser todo meu? – eu perguntei rindo.

- Vou sim. Só seu. – ele subiu encima de mim, colou o corpo no meu e colocou o nariz no meu pescoço. – E você sempre foi meu Lucas. Você só não sabia disso. – ele sussurrou por fim.

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Oi oi gente! Olha só, eu esqueci de responder o pessoal do conto 5! Foi mal! As respostas estão inclusas todas aí embaixo.

love31: Não, não. Pelo menos estou sem planos. rs Ama o Kaio? Você leu nosso história foi? kkk

marcelo8488: Meu Deus! Obrigado! Sou um anjo na sua vida ó!

Higor Melo: Estamos super bem. Nada de ruim aconteceu com a gente nem nada... vivemos muito bem! Cara, amo meu namorado. Mas o Marcos é muito fofo! Aquela pessoa que você toma como querida em segundos, ele é muito simpático. Eu adoro demais ele, tão lindo...

Irish: Cara assim como na historia minha e do Kaio eu levei 8 capítulos pra chegar ao sexo. Esse capítulo de hoje ia ser cortado em dois e o sexo ia ficar pro próximo mas eu fiquei com medo de vocês se aborrecerem e cansarem de esperar. Daí resolví deixar em um capítulo só mesmo.

Teteus18: É que nem eu te disse por email. Não penso em ser escritor não, mas obrigado pelo elogio. O lance da sobrancelha é genético. Por isso ele não sabe fazer, nem eu.

Lehh: Bernardo melhorou bastante nos últimos tempos. Ainda é estourado mas melhorou sim... Você vai ver.

yumi: Eu li poucas histórias aqui na CDC. Até porque meu lance é mais romântico e tal... A primeira história que li e super recomendo a todo mundo foi "E o playboy se apaixonou de verdade." do Bernardo DelaVoglio. Eu não sei se ele ainda tem conta, mas a história era linda e eu acompanhava com o coração na mão. Sinto falta do casal Bernardo e Ariel. Desde que li eu tinha contade de inventar algo e postar aqui, porque na época eu não namorava o Kaio, mas nada brotava da minha cabeça então fiquei anos como leitor mesmo. Você deveria ler. Ah, e me mande fotos do Japão com as flores caindo. Deve ser lindo, apesar de eu não ter vontade de conhecer o Japão. Vou adicionar nos meus roteiros futuros a partir de já!

Drica (Drikita): Eu concordo. MAs Bernardo não sofria não. Só era reservado mesmo por medo de se aproximar das pessoas porque no caso dele é amis complicado porque se trata de um distúrbio diagnosticado e tal... complica bastante :/

vitinho: Eu sou suspeito pra falar porque vejo a beleza do Bernardo todos os dias... mas, alguém ciumento assim é foda pra aguentar mesmo.

Drica Telles(ametista): Pois arrocha! Lê tudo aí e me conta o que achou hehe!

Aos demais geomateus, esperança,mille***, DAVID,May Lee, RodrigoT., Wyllia Paes, #Léo!, Joshh, todos já sabem que tem o meu abraço.

Obrigado a todo mundo que acompanha e esperou ansiosamente pelo capítulo de hoje. Espero que tenha ficado ao agrado. Decidi postar a noite pra ficar mais excitante, porque muitos poderiam ler 5 da tarde e não ter graça nenhuma. Daí deixei programado pra postar só agora.

Amanhã eu vou jogar volei com o Kaio e uns amigos nossos até mais ou menos 7 da noite porque não vamos ter nossa primeira aula. Então, PODE SER que eu libere mais um capítulo, mas daí eu tenho que revisar então só vai sair lá pra tarde noite também. Não prometo nada hein!

Também queria mandar um super abraço pra um leitor que não comenta mas me manda email sempre, eu prometi citar ele por um motivo especial. Hoje ele me enviou um relato de que decidiu contar para os pais que gostava de meninos e deu tudo certo. Um pouco de desentendimento com o pai mas no fim tudo se acertou. Obrigado por ler os contos e ter usado a minha história como base pra contar para os seus pais. Eu realmente fico grato por ter servido de incentivo pra que você mantivesse uma relação mais aberta com seus pais. É como eu te disse. Você deve respeito e consideração a eles, se esconder não era justo. QUe bom que tudo ocorreu bem e você soube esperar o momento certo para contar. Eu fiquei feliz ao ler o email. Um grande abraço. Bom saber que ajudei um pouquinho.

P.S.: Aos que viram o conto mais cedo mas não conseguiram ler, me desculpem. Eu queria colocar o conto nos rascunhos para publicar agora mas me confundi e publiquei de uma vez. Daí me apressei pra tirar do ar. Vocês estão super ligados hein?

É isso pessoal. Abraço a todos. Até depois!

kazevedocdc@gmail.com

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Comentários

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Impossível não comentar nesse!! Que sexo gostoso, perfeito, pqp Igor. Você escreve bem até cena de sexo, o que vc não faz bem hein?? Hahaha

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Uau... excitante. Menos a parte do beijo. kkkk Muito.... sei lá. Mas, perfeito. Perfeito Perfeito

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Obg por me mecionar no final do conto manin

abraço pra vc tbm

abraço e tou esperando o proximo cap

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É maravilhoso saber q vcs estão bem,como sempre conto perfeito,como so vc sabe escrever haha. Em relação a uma pessoa como o Marcus,também conheço uma pessoa assim,um amigo muito gentil,e sempre me ajuda,é muito gente boa ,uma pessoa maravilhosa,querida por todos,quando li seus primeiros contos,e vc falou do Marcus, ele logo me veio a cabeça por ser parecido. Eu contei pra minha namorada sobre os contos,no início ela não gostou muito de saber q eu tava lendo kkk,e fez um draminha dizendo q eu n amava mais ela,até que ela começou a ler e se apaixonou e entendeu pq gostei tanto,mas não tem conta pq tem vergonha acredita. O Bernardo e o Lucas tão muito fofos,torço pra eles serem muito felizes,assim como vc e o Kaio, aguardando o próximo conto ansiosamente

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Tão intenso como o Bernardo, essa parte ñ poderia ser diferente! *Perfect

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Desde o dia que você começou a postar sua historia de você e o Kaio eu começei a ler, so que naquela epoca eu nao tinha conta kkkkk' Amo vocês dois, mas principalmente ele pq é ativo. kkkkkk' Bjoo, Continua logo <3

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Pôs já li tudinho e só posso te dizer que estou adorando.Você definitivamente tem o dom parabéns.Abraços.

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Adoreii *_*,mt obrigada pela recomemdação vou tentar ler todos até pq eu gosto mesmo dos contos quando eles são romanticos xD,vou ver se ainda tenho fotos minhas lá pq faz 2 anos q n vou para lá e pq apaquei algumas fotos minhas pq fiz uma cirurgia(n foi nada d grave foi só pq eu n tinha peito T.T)mas se eu n tiver meu amigo deve ter aa talvez eu fique um tempo sem ler e comentar mas assim q der eu leio tudo bjs na bunda gato!

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kkkkk cê falando assim do bernardo faz eu mudar de opinião! #SQN. rapaz lucas encontrou um kara bom de cama! só um elogio isso nã faz eu mudar a minha opinião em relação ah ele(bernardo).

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uhuuuuuuuuuuuuu. serio que você vai liberrar mais um rapidinho?. você tem toda a certeza, o povo vive dizendo nos contos que o penis dos outros parecem uma cana-de-açucar, coisa louca. adorei porque ele não falou que isa gozar ele falou que ia sujar ele, assim é mais civilizado senão ele ia perde de vez o "ser bernardo". kiss

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Caramba, eu AMEI esse capitulo, nao poderia ter sido melhor! Foi minucioso, sensual, másculo, prometendo uma relaçao bem intensa entre eles. Gostei demais, Igor, voce acertou em nao dividir o texto em dois. Parabens!

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finalmente saiu o tão esperado beijo, e adorei, sério na hora que vi que ia ter O BEIJO fui logo de tratar de colocar uma musica (Gold Skins) e o finalmente o Bernardo se abriu...

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o que falar desse capitulo?!! o beijo ahhh o beijo. Serio n poderia ser melhor. A primeira vez dos dois. simplesmente amando cada vez mais essa historia. Vc eh demais viu. parabens

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