Império - Então começamos. – Parte 03.
* * *
Bocejei assim que abri os olhos. O ar frio da noite atravessava meu corpo e, eu precisava de algo quente o bastante para aquece-lo. Passei a mão pelo sofá, procurando o Cláudio, mas o mesmo não estava lá. Senti uma pontada de desconforto, como se parte da minha alma tivesse evaporado do corpo.
Um calafrio fez com que os pelos dos meus antebraço se arrepiassem. E a única coisa que eu conseguia pensa era no abandono, ele me abandonou, tudo o que ele declarou ser verdade não se passava de uma mentira.
Olhei para o centro e a maleta com o meu notebook estava lá, a levantei na expectativa de encontra algum bilhete, algum recardo, sei lá, mas não tinha absolutamente nada. Toda essa situação está mexendo comigo de forma irreconhecível, eu não estou entendendo o móvito desse desespero.
Se levantei do sofá e fui dá uma vasculhada na casa, para procura por ele, ele poderia estar no banheiro tomando banho, mas não estava. Poderia estar no meu quarto descansando, mas não estava. Poderia estar no quintal, lá fora respirando o ar frio da noite de início do inverno, mas também não estava. Voltei ao sofá, e me encolhi, colocando meus braços em volta dos meus joelhos, por que eu estava sentindo isso¿ Por quê¿ Eu estou amando¿ Isso é amor¿ É, eu também não sei.
Ouvir o barulho da tranca da porta sendo destravada e me levantei do sofá com o susto, poderia ser um ladrão. Suspirei aliviado ao ver o Cláudio passando por aquela porta. Parecia que meu estomago estava sendo invadido por borboletas flutuantes, pois eu sentia uma sensação gostosa, acho que era ansiedade. Eu estava ansioso, para beija-lo novamente e foi o que eu fiz, assim que ele se virou para fecha a porta e olhou para mim.
O envolvi nos meus braços, e fiz com que minha língua trabalhasse no mesmo ritmo que a sua, o beijo tinha um toque doce, calmo e gostoso. Sem dúvidas um dos melhores em toda minha vida. Sésamos o beijo e ficamos nos olhando, aqueles olhos claros, como são lindos.
- nossa. Você me deixou sem folego. – disse ele quebrando o silencio junto com o clima.
- eu estava te procurando. – falei.
- me procurando¿ Ah, saquei, achou que eu tinha ti dado um pé na bunda, nunca. – ele me deu um selinho.
A nossa intimidade, depois daquela declaração toda, havia aumentado e muito. Eu não me importava mais se ele me beijasse, na verdade, não me sentia mais culpado. Eu gostava de senti seus lábios aos meus, de senti que ele estava subordinado a mim, é prazeroso.
- eu achei, eu entrei em desespero. Eu achei que você era só mais um vigarista mentiroso, que só queria brinca com os meus sentimentos e tudo mais. Pela primeira vez, eu me senti sem chão, eu acho que te amo. – suspirei.
Assim que eu disse a última frase um sorriso lindo de dentes branco brotou em seu rosto. Até seu sorriso me acalma, agora eu sei o que é amar. Sim, eu sei e estou amando.
- eu te amo a mais de um ano, eu nunca te abandonaria, nem na morte. Você mexeu tanto comigo, eu não me reconheci, eu estava sentindo atração por um homem, por você. Eu estava te amando, e ainda estou, vou te ama pra sempre, se bem que no começo foi confuso aceita, eu fodia loucamente com a minha mulher na tentativa de te esquecer, mas me pegava pensando em você no lugar dela, se seria ótimo assim como estava sendo com ela. – ele completou envergonhado. – olha trouxe pizza. – disse ele balançando a caixa que nem eu mesmo havia percebido que estava em uma de suas mãos.
- qual o sabor¿
- quatro queijos, gosta¿
- amo! Vem. – falei o puxando para a cozinha.
Enquanto eu pegavas os copos no armário, ele colocava os pratos os sobre o balcão da cozinha, junto com a pizza. Coloquei os copos no balcão e fui até a geladeira, tirei a jarra do suco de laranja, - amo, e coloquei a jarra no balcão.
- algum problema¿ - perguntei a ele apontando para a jarra do suco.
- nenhum. – disse ele puxando um banquinho e se sentando, apoiando os braços no balcão.
Sentei-me ao seu lado, em outro branco. Ele abriu a caixa da pizza e colocou uma fatia em cada prato. Procurei pelo ketchup em cima do balcão e não estava lá.
- droga. – falei batendo com as pontas do dedo de leve sobre o balcão.
- o que foi¿
- ketchup.
- eu odeio colocar isso em pizza.
- eu amo, principalmente se a pizza for de quatro queijos, o doce do tomate mais o salgado dos queijos, ô delicia. – falei saltando do banco e indo em direção a porta da geladeira e a abrindo. – afez, eu não o encontro. – falei em tom de reprovação quando não o encontrei no local que ele deveria estar.
Senti a mão do Cláudio na minha cintura, um arrepio percorreu meu corpo inteiro, fazendo com que meus pelos se arrepiassem. Ele suspirou fundo quando seu nariz se aproximou do meu pescoço, e aquilo fez com que meus sentidos entrassem em êxtase, e meu corpo falasse mais alto. Me virei e o beijei de forma voraz, como se aquele fosse o nosso último beijo juntos, ele voltou ao meu pescoço, desta vez o beijando de leve.
- seu cheiro. – ele suspirou – é tão bom. – sussurrou ele próximo ao meu ouvido.
- estávamos com fome lembra¿ - falei tentando quebra o clima erótico que estava se formando, mas não adiantou. Acho que ele deve saber como não quebra o clima, ou eu sou fraco em quebra o clima mesmo.
- a comida pode espera, a gente tem todo o tempo do mundo. Ou não sabemos quanto tempos temos. – ele beijou minha boca.
O seu beijo é tão bom que fica meio impossível resistir. Porém eu precisava mesmo comer, não comi direito hoje, na verdade eu comi quase nada (quase seis fatias de pizza, rsrsrs), mas a verdade não era essa. Eu estou inseguro, inseguro com o que pode rola, inseguro que depois que rola o arrependimento vim à tona e tudo se estraga.
Tá, sim, eu já fiz com alguns homens, mas com ele eu sinto que é totalmente diferente, que não tem que ser no impulso do prazer e sim no da paixão. Se eu ainda fosse o Kleber antigo, é assim que eu chamo meu eu passado. Eu já teria o pego e transado ali mesmo, naquela sala, quando ele me permitiu que tocasse em seu pênis, e que pênis.
- eu não estou preparado. – falei o empurrando e o impedindo me beija novamente.
- ok. – ele disse meio irritado – eu entendo. – desta vez com mais calma. Bipolar.
- é... bom... me desculpa.
- tá tudo bem Kleber, eu entendo o seu lado e não quero estraga absolutamente nada. Eu espero o tempo que for preciso. – disse ele passando a palma da mão sobre a minha bochecha me causando um arrepio. – eu te amo tanto.
- eu também te amo. – falei.
- pensei que nunca me diria isso. – ele me deu um selinho. – vamos comer¿
- vamos. – falei piscando os olhos e balançando a cabeça para afasta a sensação que ele me causava. Êxtase.
Finalmente eu pude senta e comer direito. Esse dia pra mim se resumiu em: correria, informações, sentimentos e desabafos. É incrível como em um dia muitas coisas podem acontecer, ainda dizem que em dez segundos a pessoa não consegue fazer nada, isso é porque elas nunca foderam no banheiro da escola. É, eu era safadinho, ainda sou.
Assim que acabamos de comer, ele implorou por lava os pratos. Ele acabou e formos pro sofá. Ficamos assistindo a um filme bastante interessante, cujo o nome era: A última música – com Miley Cyrus, Liam Hemsworth, Greg Kinnear, entre outros.
Quando estava na metade do filme, a campainha tocou. Me levantei para atender e ver quem era que me incomodava a essa, se bem que não era tão tarde o relógio marcava 20h30min, e o Cláudio me seguiu. Abrir a porta e me deparei com uma menina muito bonita: cabelos castanhos claros, olhos azuis, pele branca e lábios finos.
- o que você faz aqui Clarisse¿ - perguntou Cláudio.
A garota me ignorou por completo e passou por mim me empurrando. Ela deu um abraço apertado no Cláudio, o que me causou uma pontada de ciúmes, eu não tenho muita paciência, sou pavio curto e aquilo já estava me deixando próximo da explosão nuclear.
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Gente desculpem-me pelo atrasado e os erros de ortografia.
Beijão e até mais.