E aí galera tudo bem com vocês??? Estou de volta com essa história pra lá de Bagdah... Mas antes de mais nada deixa eu contar algumas novidades:
* Meu novo conto já está publicado no site !!! O nome é "Vidas sem atalhos" e se você ainda não leu corre lá que ainda da tempo. Possivelmente a continuação dele vai levar algum tempo pois ele é mais difícil de escrever e tal. Mas mesmo assim dá uma acompanhada nele pois tá bacana mesmo.
* A partir de agora eu vou responder seus comentários no próprio espaço de comentários. Assim fica bem mais fácil, mais organizado e também vocês não precisam esperar pelo próximo capítulo para saber o que está ocorrendo comigo.
* O espaço dos comentários então vai ser trocado por um pequeno "relembrando" do capítulo anterior. Isso para ajudar os leitores que as vezes esquecem ou sei lá.
VOCÊS ESTÃO PRONTOS ENTÃO !!!! (isso tá parecendo Bob Esponja) (Eu ainda assisto Bob esponja) (Sem necessidade ficar falando isso) (deixa eu parar de escrever coisas no parênteses) (não dá) (é muito legal) ( Eu choro escutando Restart)(Quem nunca?)(Só eu?)(????"Na última temporada" : Cesar era um moleque pimpão que jogava vôlei e bancava o zueiro na escola. Um belo dia ele conheceu Rodrigo que veio a se tornar seu melhor amiguinho. A amizade cresceu e virou amor mas Cesar tentava impedir que isso acontecesse. Rodrigo,que nessa história só chorou a história inteira, abriu seu coração e disse que o amava.Depois de uma briga, uma derrota, um beijo, uns concelhos, um atropelamento, uma ida ao hospital, uma música, outro beijo e diversos sonhos ridículos, Cesar acabou com a frescura e os dois ficaram juntos. AWNT. Quer mais detalhes ? Releia o conto vagabundo kk.
I - Algo Antigo
É estranho quando você acha alguma coisa antiga e fica relembrando todos os momentos de sua vida que nunca mais irão voltar.
Eu encontrei o meu "algo antigo" em um domingo à noite e ele não passava de um bonequinho do power ranger vermelho.
Bem, eu estava fuçando o quartinho da bagunça há mais ou menos umas 2 horas. Se você não tem um quartinho da bagunça na sua casa eu irei explicar rapidamente o que é. Não passa de um quarto (meio óbvio) que você taca tudo o que não usa dentro dele. Pronto, é só isso.
Era o meu último dia de férias e as aulas iriam voltar no dia seguinte. Eu estava completamente perdido. Procurar o meu caderno foi como participar de uma caça ao tesouro, tive que comprar um monte de canetas novas e por fim só faltava eu achar a camiseta de escola. Isso me levou ao quartinho da bagunça, conhecido como Nárnia também.
Procurei por uma hora inteira sem sucesso até que eu achei o bonequinho que me trouxe todas as memórias. Ele estava guardado em uma caixa que continha um monte de brinquedos meus. Carrinhos, Max Steel, dinossauros, bolinhas de gude e até a versão macho da Barbie estava lá guardado.
Peguei o Power Ranger e larguei o resto de lado. Olhei na sola do pé dele e vi a minha inicial marcada no pé esquerdo do boneco. Uma letra "C" marcada com uma canetinha preta, enquanto o direito também era marcado, só que no caso era com letra "F"...
- Você não deixou a camisa na casa do Rodrigo ? - meu pai entrou no quartinho e me viu revirando tudo o que tinha lá dentro.
- É mesmo né - eu disse concordando - vou mandar mensagem para ele.
Era bem possível que minha camiseta estivesse na casa de Rodrigo mesmo. Desde que começamos a "namorar" nenhum saia da casa um do outro. Passamos as férias de julho inteira se vendo (se pegando), quando não era na minha casa era na dele. Estávamos numa boa.Ninguém, exceto Bia, sabia da gente e com isso completamos um mês de namoro e tudo mais.
Já namorei duas vezes, em ambas com meninas. Nunca fui muito de gostar de namorar e por isso sempre preferia ficar solteiro mesmo. Mas com Rodrigo o negócio era diferente, mais gostoso. Nosso namoro era baseado em : ele ia na minha casa e a gente transava. Depois eu ia na casa dele e a gente transava. Tinha dia que combinávamos de ele ir casa a noite e além de transar a gente dormia agarradinho na minha cama.
Tá, não era assim tão putaria também. De vez em quando íamos dar um rôle, jogar um vôlei, cinema... mas nunca demos motivo para desconfiarem da gente.
Mandei mensagem para ele perguntando se a minha camiseta estava lá e ele me respondeu " Está sim, mas não irei devolver. Prefiro você sem". Esse lazarento sabia me provocar e por isso eu respondi "amanhã depois do treino você vai poder me ver do jeito que quiser, mas por favor leva minha camiseta pois eu não quero levar advertência já no primeiro dia de aula".
Voltei as coisas na caixa e dei uma última olhada no bonequinho. Aquilo me trouxe uma saudade estranha mas meu sono parecia ser mais interessante.Por isso fui para cama dormir.
...
Acordei atrasado como sempre e me vesti em menos de um minuto. Fui ao banheiro tacar uma água no rosto e escovar os dentes. Agradeci a mim mesmo por ter cortado o cabelo um pouco mais curto nas férias, o que era um trampo a menos para se preocupar. Peguei minha mochila e fui direto para o ponto de ônibus.
Como combinado, encontrei Rodrigo em uma rua atrás da escola. Ele estava de jeans e a camisa normal da escola, mas mesmo assim ele conseguia ficar gostoso pra caralho. Olhei bem para os lados e vi que estávamos completamente sozinhos, por isso eu já cheguei agarrando-o.
- Eita Cesinha - ele disse escapando dos meus beijos - vai com calma !
Dito isso eu o beijei novamente, dessa vez bem mais calmo.
- Eu já te disse, se você me chamar de Cesinha mais uma vez o bicho vai pegar pro seu lado - eu falei pra ele.
- O que você vai fazer em "Cesinha?
- Nem queira saber - finalizei a conversa com mais um selinho - trouxe minha camiseta ?
- Tive que trazer esse trapo né ? Cria vergonha nessa cara e compra uma camiseta nova.
Ele então jogou o "trapo" na minha cara.
- Garanto que você dormia abraçado com esse trapo aí né ? - dei risada e fomos andando em direção a escola.
Passamos pelo portão de entrada e nos dirigimos até a minha sala de aula onde Bia, Denis, Igor e companhia estavam. Como eu esperava avistei todos de longe. Bia estava com o cabelo solto e uns brinco de argola. Igor e Denis riam sem parar de alguma coisa e de repente Bia olhou na mesma direção que eles e começou a rir também. Cheguei perto o suficiente para conversar com eles, mas eles apenas riam descontroladamente de alguma coisa. Olhei para o Rodrigo que permanecia do meu lado e pelo jeito ele também não estava entendendo nada. Perguntei o que estava acontecendo e os idiotas não respondiam o que me deixou cada vez mais puto.
Foi então que eu olhei na mesma direção que eles e entendi tudo. Rodrigo logo começou a rir também, aliás a sala inteira começou a gargalhar e eu era o único que permanecia imóvel.
Me vi na tela de um notebook vestido com uma sunguinha amarela e um óculos de lente vermelha fazendo pose de machinho. Reconheci a foto e me lembrei que naquela época eu tinha 10 anos e era a minha primeira vez na praia. De repente a imagem trocou e eu me vi com 12 anos me fantasiado de homem aranha, mas na maldita da foto eu estava segurando o peruzinho por cima da calça como se tivesse mostrando para alguém.
Antes mesmo de a foto mudar de novo eu corri até a carteira onde estava o notebook e tratei de abaixar a tela acabando com a alegria de geral.
- Mas que merda é essa ? - eu perguntei rindo com a cara toda vermelha - aonde vocês arranjaram isso?
E foi então que eu escutei alguém respondendo.
- Você sabe que meu pai sempre foi de guardar essas coisas antigas né Cesinha?
Quando eu olhei para trás quase cai de susto. Um garoto, loiro e alto estava em pé com um sorriso que ia de orelha à orelha. E como um relâmpago ele veio rapidamente até a mim me recebendo com um abraço.
- Nossa tu é um filho da puta, lazarento e escroto - eu disse.
- Não fala assim senão na próxima eu trago umas que você está peladinho.
Eu ainda não estava acreditando e tive que esfregar meus olhos para ver se não era mais nenhum sonho idiota meu. Felizmente não era. Meu amigo estava ali de novo junto comigo, apesar que eu considerava ele bem mais que um amigo. Era tipo um irmão que eu nunca tive.
Me lembrei do power ranger que eu tinha encontrado ontem à noite, a letra "C" do meu nome junto com a letra "F" do meu amigo. Depois de muito tempo voltamos a nos ver.
Felipe era meu melhor amigo. Daqueles que parece que saiu da barriga da mãe junto com você. Conheci ele na primeira série e a partir daí nos tornamos grandes companheiros. Me lembro que a nossa amizade começou com uma briga idiota : "Quem era o power ranger vermelho?". Foram dias de brigas e chegou a ter até porrada. Para nos ensinar uma lição meu pai e o pai dele compraram a porcaria do bonequinho e mandou nós dois dividir. Desde então nunca mais brigamos e ele se tornou meu melhor amigo.
Uma semana antes de entrarmos no primeiro colegial seu pai acabou sendo transferido de cidade e ele teve que se mudar. Fiquei triste pra caralho, mas como eu tinha 14 anos a frescura não foi tão grande assim. Entrei no colegial e me virei sozinho sem o meu grande amigo. Amigo que eu nunca mais tive notícias.
Pelo jeito ele tinha mudado muito desde a última vez que eu tinha o visto. Sempre fui maior que ele mas agora eu perdia por mais ou menos um palmo na altura. Seu cabelo loiro que sempre era cortado no estilo tigelinha passou a ser um topete bem estiloso e o seus olhos verdes pareciam ter ficado bem mais claros. Ainda nos assemelhávamos muito na aparência : o tipo físico, o formato do rosto, o tipo de lábio. Além disso éramos conhecidos por ser os capetinhas da sala desde pequeno, por isso até as nossas personalidades eram comparadas.
- Mas o que você está fazendo aqui ? - eu perguntei.
- Meu pai conseguiu um cargo aqui e então resolvemos voltar. Arrumamos nossas coisas sexta-feira.
- E porque você só veio falar isso agora ?
- Você sabe que eu adoro surpresas né.
Nessa altura a rodinha já tinha se formado em torno de mim e de Felipe.
- Esses aqui são meus amigo... - fui apresentar a galera.
- Já conheci tudo mundo cara! São tudo gente boa, a ideia de por as fotos no notebook veio do Igor.
- Tinha que ser né - então me lembrei de Rodrigo, ele estava do lado da Bia e cochichava algo para ela. Depois de um tempo ele se levantou e saiu da sala. Pensei em ir atrás dele mas a Bia me mandou um olhar que só ela sabe fazer que dizia " está tudo bem, para de ser idiota".
- Mas eaí, que aulas temos agora. Ou aqui ninguém estuda? - Felipe perguntou pra galera.
- Ninguém tem a mínima ideia - Bia respondeu - os horários são uma bagunça. Se acostume, pois isso aqui é escola pública.
Bia sorriu para ele e depois de alguns segundo observando os dois eu vi que tinha rolado uma química. Felipe percebeu que todos olhavam e tentou disfarçar voltando a falar coisas sem muito nexo. O sinal tocou e todo mundo se sentou para a primeira aula de Filosofia.Felipe se sentou na minha frente e começamos a conversar.
- O que você vai fazer depois da aula ? - ele perguntou
- Depois da aula eu tenho treino de Vôlei.
- Serião mesmo ?
- Sim, estamos somente com meia dúzia de jogadores. Você topa ir lá assistir com a gente e ...
- Nem fudendo, se eu for é pra jogar ! Eu manjo de mais jogando vôlei você tem que ver.
- Beleza se você for bom mesmo eu posso te colocar no time.
A professora nos mandou ficar quietos. Felipe então começou a fazer um monte de perguntas para ela. No começo era sobre a matéria mas depois as perguntas foram ficando pessoais, mais sobre a vida da professora. Ela contava sobre o cachorro dela, sobre o carro, sobre o marido... O lazarento tinha papo mesmo e com toda essa conversa mais que a metade da aula já tinha passado.
- Droga - o Felipe disse - tinha apostado com a molecada que eu iria fazer ela enrolar a aula inteira.
- Vai ter que se esforçar mais um bocadinho - Igor veio até ele e pegou a nota de 2 reais da mão de Felipe - Pensei que só o Cesar era idiota desse jeito mas pelo jeito agora o meu lucro vai só aumentar.
O intervalo chegou e Felipe estava rodeado de tanta gente. Escapar dele e ir procurar o Rodrigo foi fácil, não demorou nem dois minutos e avistei Rodrigo com uns amigos dele na escada. Chamei e ele veio até a mim normalmente.
- Porque você foi embora da sala hoje?
- Porque eu também tinha amigos que precisava rever
Era só o que me faltava. Briga por causa de ciúme era foda. Quando eu ia começar o meu discurso Rodrigo começou a rir.
- Tô brincando - ele disse - você acha que eu sou tão ciumento assim mesmo ? Eu saí porque eu tinha que copiar os trabalhos de férias que a Val-Val tinha deixado para fazer.
- Ah que bom, posso então voltar lá e lascar um beijo na boca do Felipe?
- Se você não tiver amor nessas suas bolas então pode ir sim.
- Você tá muito nas ameaças ultimamente né ? - eu disse chegando mais perto dele - Eu sei direitinho do você está precisando.
Seu olhar era intenso e minha vontade de beijá-lo era imensa. e quando eu estava chegando perto dele Felipe grita meu nome lá de baixo.
- Cesinha, aonde você tava ? - ele nos alcançou. - pensei que você tinha ido embora.
Afastei-me bruscamente de Rodrigo e disfarcei o máximo que eu pude. Felizmente ele parecia todo animado e não percebeu nada.
- Não cara eu vim aqui conversar com meu amigo.
Os dois se encararam. Rodrigo parecia um pouco tenso e Felipe olhava para ele como se procurasse alguma coisa em seus olhos.
- Esse aqui é meu parça Rodrigão - tratei logo de apresenta-los - e esse aqui Rodrigo é meu amigo de infância Felipe.
Os dois apertaram as mãos.
- Prazer cara ! - Rodrigo disse deixando o nervosismo um pouco de lado.
- Prazer é meu - Felipe ainda estuprava Rodrigo com o olhar. Isso durou até que o sinal tocou - Vamos Cesinha, acho que o sinal tocou.
- É que ... - eu não achava nada para falar.
- Vai lá cara - Rodrigo me salvou - a gente conversa sobre o vôlei depois.
Acenei para ele concordando e agradecendo do fundo do coração. Andei alguns passos e me virei para ele dando uma leve piscada de olho. Ele falou com os lábios "eu te amo" e depois voltou a sorrir normalmente.
- Seu amigo é meio quieto né ? - Felipe começou - Parece ser meio filhinho de papai né ?
- Que nada, ele é super gente boa. No começo eu também pensei isso mas depois ele virou um dos meus melhores amigos.
- Pensei que eu fosse seu melhor amigo - ele sorriu e me deu um soco no ombro.
- Nem vem, você sabe que meu melhor amigo é o Ben 10 - retribui o soco no ombro.
- Pode ser. Desde que não seja aquele tal de Rodrigo.
- Por que você zicou tanto com ele cara ?
- Sei lá, só não fui muito com a cara dele.
Fique em silêncio tentando absorver as palavras até que ele voltou a falar.
- Tá bom, no treino eu tento entrosar um pouco mais com ele
- Você vai ver que ele é um cara legal. Sede para ele.
- Pode deixar - e então trocamos de assunto e voltamos para a sala de aulaNossa cara até que você joga bem - Rodrigo disse para Felipe enquanto saíamos da escola.
Estávamos terminando o treino, Felipe sabia a maioria das regras mas ainda precisava um pouco de técnica.
- Vai ter que treinar um pouquinho - eu continuei - mas por ora já da pra alguma coisa né
- Pode deixar que se depender de mim a gente ganha todos esses campeonatos - Felipe finalizou - Tem vestiário nessa escola ?
Os moleques riram da pergunta dele. Ele entendeu o recado e continuou.
- Tá então, tem algum lugar em que eu possa me trocar.
- Tem um banheiro lá na sala do treinador. Se você quiser eu te levo lá - Rodrigo disse.
- Ok então, vamos lá por que essa camisa já ta muito..
- Eu vou lá com vocês - eu disse um tantinho só desesperado.
Nos despedimos do restante do grupo e fomos para o tal banheiro. Ficava nos fundos da quadra. Era aonde o treinador ficava e também onde guardava o material de educação físcia. Entramos e Rodrigo foi logo mostrando o banheiro para ele.
- Que lugar massa - Felipe disse - é aqui agora o seu escritório Cesinha? Ou eu tenho que te chamar de treinador Cesinha ?
- Curtiu né cara ?
- Pode crê, quantas minas você já traçou aqui dentro heim ?
Essa pergunta me fez travar um pouquinho. Olhei para o Rodrigo e ele foi mais rápido do que eu.
- Esse filho da mãe aqui traça as mina na sala mesmo. Nem precisa trazer até aqui.
Os dois começaram a rir e eu também entrei na onda, só que ainda estava um pouco nervoso. Fiquei imaginado o que Felipe iria fazer se descobrisse que eu era gay e ainda namorava o Rodrigo. Pensei tanto que nem vi ele se aproximando de mim.
- Também, com esse pintão aqui - ele apertou meu pau por cima da calça - quem não iria querer dar pra ele ?
Me afastei bruscamente dele e continuei meio sem graça com tudo aquilo.
- Né. Até eu não resistiria se ele quisesse me comer - Rodrigo disse.
- Ah se ele quiser eu libero meu toba agora.
Os dois riam que nem idiotas e foi então que eu percebi que eles estavam me zuando. Achei estranho porque geralmente era eu que fazia piadinha com os outros.
- Vocês dois são duas mocinhas mesmo. Apaga esse fogo na bunda pelo amor de deus.
Aquele papo estava me deixando tenso e eu queria sair logo dali. Felipe nem entrou no banheiro e ainda dando risada acabou tirando seu shorts ali na nossa frente mesmo. Percebi que Rodrigo tinha dado uma secada de leve no corpo dele e uma pontada de ciúmes me atingiu.
- Ah meu deus que calor - Felipe disse - essa cidade é quente hem...
Começamos a conversar sobre o clima e aos poucos tudo foi voltando ao normal. Até que Felipe passou por Rodrigo e disse:
- Porra vocês fazem uma boa dupla mesmo. O pintudo lá e o bundão aqui. - Dito isso ele deu um forte tapa nas nádegas do Rodrigo.
Minha vontade era de esmurrar a cara dele. Mas no fundo eu sabia que ele não tinha culpa. Sempre fazíamos esse tipo de brincadeira, coisa de menino, o problema era que para mim as coisas tinham mudado um pouco. E foi aí que eu sai um pouco do controle.
- CARA PARA COM ESSAS BRINCADEIRAS IDIOTAS! - saiu mais alto do que eu queria.
Os dois me olharam incrédulos. Percebi mais rápido do que o normal que eu tinha falado merda. Eu parecia um retardado que não tinha senso de humor e o pior era que eu sou totalmente o contrário disso.
- VOCÊS PARECEM CRIANÇAS! - tomei a minha decisão e continuei gritando. - QUE NEGÓCIO MAIS SEM GRAÇA, PARECEM DOIS SEM NOÇÃO.
- Calma cara - Felipe tentou dizer alguma coisa.
Rodrigo já me conhecia bem o suficiente para perceber o que eu estava fazendo. Fui andando em direção do Felipe e continuei a gritar com ele que estava vermelho de vergonha.
- AONDE JÁ SE VIU ESSE TIPO DE COISA ? SE LÁ ONDE VOCÊ MOROU AS COISAS FUNCIONAM ASSIM É MELHOR VOCÊ SE ACOSTUMAR E PARAR DE SER BESTA.
- Para velho a gente só tava zuando...
Parei na frente dele e ficamos em silêncio. Ele estava arrependido e não ameaçava fazer nada. Bem do jeito que eu queria. Levantei minha mão e dei uma forte apertada em seus mamilo e comecei a rir.
- Nossa cara que tetinhas legais você tem né ? Anda tomando chá de melão né? Tudo isso é fruto de bater punheta seu safado.?
Rodrigo desatou a rir e agora o único que estava sem graça era Felipe.
- Seu filho da puta, pensei que você tava falando sério.
- Você acha que eu deixar você ficar me zuando assim ? Principalmente no meu território ? Sai pra lá seu tetudo.
- Você ainda me pega seu puto.
E foi assim que nós três começamos uma lutinha entre o "pintudo, o bundudo e o peitudo". Rimos, nos divertimos e pelo jeito até ali tinha dado tudo certoPorque você está quieto ? - Rodrigo me perguntou.
Estávamos só nós dois no ponto de ônibus. Ele tinha combinado de dar uma passada em casa para me ajudar a elaborar um novo uniforme do time de vôlei.
- Sei lá... você não acha que tudo isso que aconteceu hoje foi estranho ?
- Concordo, não foi muito normal.
Confesso que estava esperando outra resposta dele. Abaixei a cabeça tentando entender um pouco as coisas.
- Olha - ele voltou a falar - não foi você que disse que esse amor só a gente conhecia ? Não combinamos em esconder isso de qualquer jeito ? Então vamos ter que agir naturalmente na frente dos outros e do Felipe também.
- Nunca tinha pensado que seria meio difícil assim. Felipe é meu amigo e essas nossas brincadeiras era normal. Agora parece muito estranho.
- Conta pra ele então.
- Tá louco?
- Qual é o problema? Bia é nossa amiga e sabe. Se ele é nosso amigo também ...
- Nem sonhando.
- Então está bem, vamos ter que fingir muito bem pois se ele descobrir por conta própria vai ser bem pior.
- Você só tá louco pra ele dar mais uns tapinhas em sua bunda né - eu disse rindo.
- Vai se fuder - ele disse daquele jeito que só ele sabe fazer. Aquele sorriso, aquele olhar ... Avancei contra ele e lhe dei um beijo bem forte . Minha língua fazia movimentos bem lentos dentro da sua boca. Seu cheiro invadia meu nariz e sua mão, já repousada em minha coxa fazia com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem.
- Te amo - ele disse.
- Eu te amo muito mais.
Foi então que eu percebi. Felipe tinha voltado e com isso as memórias do que eu era também voltaram junto. Isso não era necessariamente ruim. O meu "algo antigo" tinha voltado e me fez lembrar em o que a minha vida se tornou.
É esse "algo antigo" que me fará refletir em como a minha vida caminhará de agora para frentePor agora é só isso... Mas fiquem tranquilos pois ainda temos mais 9 capítulos que já estão muito bem formulados na minha cabeça.
Não esqueçam de deixar um comentário. Estamos no começo, então toda crítica, opinião, conselho e dicas vão ser muito bem vindas. Eu tive a sensação que o capítulo ficou meio estranho, se você achou o mesmo eu lhe digo que isso se deve ao fato de eu estar escrevendo um pouquinho por dia (antes eu escrevia tudo de uma vez) então as vezes eu me perco e tudo mais.
Ahhh estava quase esquecendo. Sobre meu número de celular. Então galera, eu andei conversando com alguns amigos e eles me alertaram sobre deixar meu celular por aqui. Eu adoraria conversar com cada um de vocês mas acontece que a vida não é tão bela assim e sempre vai ter um amiguinho filha da mãe que acaba com as alegrias da nação. Por esse motivo, antes de eu deixar meu número aqui, terei que tomar algumas providências das quais vão levar algum tempo.(arranjar um chip da tim por 5 reais que vem com 20 de bônus leva tempo) então por hora teremos que conversar por aqui mesmo (não fique triste, eu nem sou tão bonito assim mesmo). Eu vou dar um jeito, mas antes peço que vocês me perdoem. (ou não né)
Para aqueles que gostam de ter uma ideia do que vem pela frente aí vai o título e as informações dos próximos capítulos:
II- "Famintos por ajuda" - Cesar e Rodrigo querem ajudar a seus amigos mas para isso primeiro terão que enfrentar seus próprios problemas.
III- "O duelo" - Para levantar o espirito de competitividade do time de vôlei, Cesar propõe um desafio que tomará grandes proporções na escola inteira
IV- "Lugar certo, hora certa" - Cesar decidi passar um fim de semana em uma fazenda para esquecer os problemas. Mas parece que as dificuldades estão em todo tipo de lugar.
V- "Aqueles que virão" - O primeiro jogo do campeonato vai acontecer e Cesar vai precisar de muito mais do que habilidades para poder vencer.
É isso. Muito obrigado por ler até aqui e não se esqueça de comentar (fala comigo, eu sou bacana *-*)