Você é Meu...Amor-14
No hospital, os três jogavam conversa fora. A notícia que Loh acabara de dar tinha os animado, isso fez que uma esperança surgisse naquele momento. Mas quando seria que Karina acordaria. Os três pensaram. Agora, sentados, Loh ficou cabisbaixa, e lembrou-se do verso que recitou para sua amada. Ela sabia que não teria chances com Karina, isso a entristecia, de alguma forma, lá no fundo, ela também compreendia que, só a amizade dela serviu de grande tamanho.
-Olha, devemos ir embora, está tarde. –Kaiã diz, abraçando James.
-Vocês são uns fofos. –Loh elogiou. –Vamos sim!
-Loh, dorme lá em casa hoje, que tal? Podemos ver um filme, sabe o que penso, que nos deveríamos se animar, entende, sair, divertir, tirar fotos pra Karina, pra quando ela acordar ver que nos divertimos e não perdemos a esperança de que ela não acordaria desse coma, só assim, a botaríamos em dia tudo que ela perdeu. –Disse rapidamente Kaiã.
-Boa! –Falaram uníssonos, Loh e James.
Na ida para casa, eles conversavam assuntos diferentes, aquele que não envolvia Karina no meio. Logo começa a ventar forte, e Loh sentiu frio, Kaiã vai até ela e abraça. James lhe lança um olhar nada agradável. –Pronto, chegamos, Loh será melhor tu dormi no quarto de meus pais, já que eles não voltarão hoje, enquanto eu e James compartilharemos o mesmo quarto. –Lohayne concordou, sem questionar nada, subiu a escada, degrau por degrau e lá de cima olhou para baixo, se sentia solitária, sem a presença de sua amiga. E foi para o seu quarto.
...
Estava me sentindo diferente naquele momento, como minha irmã não se recuperou e meus pais decidem viajar num momentos desses. Abraçado com Cook, eu decido largar ele, seu olhar de raiva vira pra mim, questionando. Não dou ideia, apenas continuo pensando, tentando achar uma solução para esse problema todo.
-Kaiã, o que há de errado contigo. –Perguntou, tentando me dar um beijo, viro o rosto.
-Nada. –Fito seus olhos. –Isso tudo, é tão complexo.
-Sem nexo. –Disse, sorrindo. –Mas terá um dia, que isso passara. –Deitou sua cabeça no meu colo, começo acariciar seu cabelo.
-Tem razão. –Digo. –O que me deixa indignado é atitude de meus pais, sei lá, eles escondem algo, eu sinto! –Falo determinado. –Vou procurar por isso, mais quando eu descobrir, tenho certeza que a vida de muita gente estará em risco.
-Para! Ta parecendo profético, sabe do futuro! –Beija minha boca, docemente. –Eu te amo, e não gosto de lhe ver assim...Com raiva. –Dar uma pausa, analisando meu rosto. –Ainda mais as pessoas que tu ama.
-O que sinto por eles, nem posso definir como amor. –Friamente eu disse, encaro seu rosto, sereno, lindo e seus olhos brilhantes. –Como não te conheci antes, o seu eu verdadeiro. –Pergunto.
-Não sei. Talvez foi o destino que me trousse até a você. Assim, na sua vida eu sou o anjo, que iluminara seus pensamentos. –Começamos a rir, logo fui juntando os fatos, e se ele entrasse na minha vida apenas pra isso?
-Te amo sabia. –Falo, fazendo biquinho.
-E eu muito mais. –Ficou observando o teto.
O silêncio tomou conta do lugar, a casa praticamente é vazia sem Karina e o seu jeito patricinha, e roqueira, isso que me intrigava nela, uma pessoa decidi ser ou ter duas coisas ao mesmo tempo. Um sorriso se forma em meu rosto, lembrando-se das loucuras que fizemos, quando éramos crianças. James me encara, se perguntando do que devo está rindo. Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, já não estava suportando aquela tremenda dor, carregar tudo sozinho. Tinha em mente o que faria no dia seguinte.
-Vamos dormir? –Falo, puxando a gola de sua blusa, e com a outra mão livre percorro pela sua barriga com tanquinho, vou deslizando ela até de encontro ao seu pau, que começou dar sinal de vida, ele sorrir. Aquele sorriso tentador que me cativa, que me conquistou e o seu jeito meigo de ser. Jogo meu corpo em cima do dele, sua mão massageia minha bunda, começo beijar sua boca com ferocidade. Logo me desperto, sabendo que aquele momento não seria adequado para isso. –Vem, hoje não.
-Ok! –James é tão...passivo em relação ao que eu falo, tudo concorda. E sempre me compreendia. Seguro em sua mão e o conduz até o meu quarto. Estava cansado, ficar o dia todo não é pra qualquer um. Deitamos na cama, os dois de boxer, ele verde e eu vermelho. Imagens de Kate vem em mente. Outra, que até agora não foi visitar Karina, e disse que a ama. Se isso significa amor, imagina odiar?
Engraçado, é que antes de eu sentir algo pelo James, eu o odiava, e naquele momento eu pude perceber que, aonde o ódio está, o amor ali também está. Como se fosse gêmeo, sendo que diferente um do outro. Mas no final das contas, os dois juntos, formava um sentimento fortíssimo. James deita sua cabeça em meu peito, logo adormeci. Beijo sua testa solenemente e apagoAcordo naquela manha insatisfeito. Começo a reclama do nada, desço as escadas e escuto alguém batendo na porta de casa. Penso qeue deveria ser Kate, quando abro a porta me deparo com a...
Naomi.
-Ah só que me faltava. –Bocejo e a encaro.
-Um prazer me ver, eu sei! Estou aqui, pra saber como sua irmã está? –Perguntou, com um sorriso escárnio canto de boca.
Ouço passos atrás de mim. James me abraça por trás e Lolo fica ao meu lado, nos três encarando aquele ser ruim.
-Se você se interessa tanto por ela, porque não foi visita-la? –Passo a mão em meu cabelo.
-Porque não estava afim. Espero que aquela desgraça não melhore! –Puft. Loh deu um tapa na cara dela. Que fez um estalo enorme. Instintivamente Naomi pôs a mão na cara, esfregando o rosto.
-Nunca ouse se dirigi a palavra assim para a Karina. –Lohayne disse, com raiva.
-Sua piranha de quinta, pensa que ela vai te amar? –Deu uma risada diabólica. –Jamais! –Completou e começou a dar gargalhadas.
-Não me importo com que você diga, pra mim tudo é de boca pra fora de uma pessoa merda! –Naomi ficou irritada.
-Olha a garotinha cresceu. Capacho da Karina. Se ela acorda, não voltara a falar contigo, no momento em que ela mais te precisou virou as costas. E o pior de tudo, só virou porque as outras também a largou.
-Me arrependo. Aquilo foi passado. –Disse, alterada.
-O passado te condena querida. –Piscou seu olho. –Dos três, principalmente você, -Olhou para James. –se humilhando, virou um viadinho de merda! –Disse com nojo. –Deveria ter vergonha disso.
-Não sou você Naomi, que usa mascaras. Eu vivo o que sou. Sou feliz assim. Tu deverias ser quem você é realmente. –Disse ele, cuspindo as palavras duras e realistas. –Tenho orgulho, apesar de tudo eu tenho quem eu amo ao meu lado, nos momentos tristes e difíceis da minha vida. Aquele que me incentiva a fazer o certo e me dar forças. –Apertou minha mãe. –Eu tenho pena de você.
-Galinha agora? Coitado, deixa sua família ficar sabendo dessa pouca vergonha. –Os olhos de James se arregalaram e sua boca se abriu pra pronunciar algo. –Se assustou é!?
-Nojenta asquerosa. –Fui frio, encarando seu rosto. –Você veio aqui pra isso? Infernizar a nossa vida, se você está no inferno não precisa levar o restante contigo. –Beijo James. –Sabe que foi isso, um beijo verdadeiro e com amor, algo que jamais tu terá.
-Ah veremos. Se cuida os três. –Parou. –Kaiã, se eu fosse você tomasse cuidado, sério.
-Isso foi uma ameaça. –Me solto de James, indo em direção a ela. –Fala!
-Se você acha que sim....hum.... é! –Sorriu. –Tenho mais o que fazer, adeus. –Virou as costas, jogando seu cabelo e indo em direção a sua moto, pegou o capacete e o colocou na cabeça. Cantando pneu no asfalto.
Quando entramos, meu celular começa a tocar. –Alô, com quem falo?!
-É do hospital. –Uma voz feminina disse do outro lado da linha.
-Ah sim. O que queres? –Pergunto.
-Tem como vim aqui, é sobre a Karina. –Sinto meu coração acelerar.
-Okay, estou a caminho. –Desligo a ligação. –Gente, vamos ao hospital. Eles têm noticia da Karina.
Após de uma hora depois fomos direto ao hospital. No meio do caminho, um turbilhão de pensamento atingiu minha mente, eu entraria em desespero. Eu só queria minha irmã de volta, feliz e sorridente. Chegando no hospital, descemos do carro, os três e fomos andando com passos apressados. Quando chego na recepção, pergunto por ela. A recepcionista me indica onde ela está, fomos os três até seu quarto. Chegando lá, a vejo dormindo ainda e a doutora do lado dela, com uma cara nada agradável.
-Chegaram! –Disse, assim que notou nossa presença.
-Pode ir dizendo... –Não consigo terminar. James põe sua mão em meu ombro, e aperta, dando-me conforto e proteção. Fito a mulher.
-Sobre a Karina, o estado dela é grave e ela....
-Ela o que? –Escuto alguém dizer, olho pra trás e vejo Lohayne pálida.
-Mantenha a calma, sei que é difícil suportar isso. –Sua voz era calma e falava com cuidado, eu percebi no seu jeito de se expressar. –Olha é melhor os três sentarem na cadeira, será melhor.
Entreolhamos-nos assustados. Eu estava sentindo meu coração a mil naquele momento. –Diga logo, por favor.
-Okay. Aqui é um caso grave. Já tem meses que ela está nesse estado e não dar sinal de vida. Optamos então, em desligar a maquina que ela recebe...
-Não! Por favor!-Digo. –Ela vai se recuperar, eu sei disso.
-Olha, pra isso, seus pais deveriam decidi. Os responsáveis, vejo que eles nunca tiveram aqui. –Disse a mulher. –Então só lamento.
-Não, por favor. –Começo a chorar. –Não, não, não. –James me cala beijando. Retribuo o beijo de olhos abertos e as lágrimas escorrendo pelos meus olhos.
-Calma, teremos uma solução pra isso. –Disse me acalmando. –Tem como dar mais alguns dias, por favor.
A maquina começa a pitar, olho em direção a Karina. O inesperado acontece e eu sabia que coisa boa não estaria por vim.
....
Sueli e Laerte estavam viajando, os pais de Karina e Kaiã.
-Amor, como deve está nossa princesa?! –Disse Sueli.
-Melhor, com certeza. –Laerte abraçou sua esposa. –Devemos ter cuidado e ser cautelosos, Kaiã já deve está desconfiando de nos dois. –Falou ela, saindo do abraço. Os dois estão em clube.
-Tem razão, aquele moleque puxou a quem? –Passou as mãos em seu cabelo e fitou Laerte. –Com certeza deve ter sido você.
-Eu? –Alto se defendeu o homem. –Ironia de sua parte.
-Não, falo sério. Se ele descobri toda a verdade, nossa vida está por água a baixo, pegou todas papeladas? –A mulher disse, lembrando seu marido.
-Não! –Os dois se entreolharam perplexos.
O celular de Laerte tocou, uma mensagem havia chego.
“A verdade logo será dita.”
Ele pegou seu celular e mostrou a sua mulher. –Estamos ferrados....
Continua.