Você é Meu...Amor-15
Os quatros olharam fixamente para Karina, que se levantou da sua maca. Fitou-o os três e bocejou, como se houvesse acordado de um sono, um sono profundo ao qual ela ficou meses. Os três pulavam de alegria, Karina sonolenta não entendia o porquê dos três agirem dessa forma. Sua cabeça doía tanto, que ela gemeu de dor, assustados eles olharam pra ela. O momento ficou silencioso, ninguém disse nada. Kaiã foi o primeiro a se levantar e ir em direção a ela. Ao se aproximar lágrimas escorria de seus olhos. Um momento daqueles era milagroso. Pôs o acidente que ela sofreu, naquela altura estaria morte. Mas sempre há consequências através de cada ato de uma pessoa, não importa se é boa ou não a ação da pessoa.
-Karina... –Disse suavemente, contendo a alegria de poder ver ela acorda, despertar de seu pesadelo ou de qualquer pessoa. Sendo que algo estava errado, ela o encarava. Ele esperou ela dizer algo, mais acabou dormindo. O cansaço era tanto. A medica se aproximou dele e pôs sua mão em seu ombro e apertou com força.
-Milagre foi esse! –Exclamou. –Sério, vocês tem sorte! –Disse sorrindo. –Bom, como podem notar ela precisa de descanso, caso ela acorde eu ligo para você o responsável e te chamo pra vim aqui. Concorda? –Perguntou fitando os três jovens presentes.
-Hurum, você é um anjo. –Ele olhou para o crachá dela. –Ah baboseira é minha, com certeza és um anjo, Angelina! –Disse o nome dela. A loira sorriu constrangida pelo elogio que acabara de receber de um lindo jovem.
-Obrigada! –Manteve a postura de medica e esperou que os três saíssem dali. Em pé, um do lado do outro eles se entreolharam e esboçaram um sorriso típico e encantador. Seus olhos brilhavam de pura alegria.
-Tem como ficarmos alguns minutos? –Perguntou Lohayne. Angelina, a loira medica confirmou gesticulando um sim, isso foi motivo de festa para os três. Ela saiu daquele local deixando-os a sós, um momento familiar. –Nossa tamanha é a alegria. Ela acordou. –Sorriu em desespero, eufórica.
-Sim. –James confirmou feliz. –Agora tudo irá voltar como era antes. –Kaiã o beijou. –Karina será feliz novamente ao lado das pessoas que ama ela. –Sussurrou. –Apesar de que essa será uma forma de quem é amigo dela ou não. De muitos que ela convivia poucos mostraram ser leais a ela. –O sorriso dos três se desmanchou.
-Tem razão. Como ela deve ficar quando acordar cem por cento melhor? –Pensativo e cauteloso disse Kaiã, pensando em algo brilhante.
-Lembra as fotos que tiramos? –Perguntou James. –Podemos mostrar a ela, caso ela demore a acordar a gente vai agindo daqui em diante, o que vocês acham? –Sim, era a melhor ideia que ele poderá pensar naquele momento. O celular de James tocou chamando sua atenção, ele olhou para tela e seus olhos se arregalaram em medo, engolindo a saliva e decidiu tecla com seu dedo.
-Alô? Desculpa...mais isso não é motivo pra falarmos...não nesse momento....ah obrigado....logo mas eu te ligo....sim....hurum....okay então....tchau e um abraço....fica bem também. –Desligou o celular, na ligação sua voz saia entrecortada ao qual chamou atenção de seu amor e Lohayne, que nesse momento olhava pra ele preocupados.
-James aconteceu algo? –Arqueou a sobrancelha.
-Estou bem amor, problemas familiares, logo eu resolvo tudo. –Disse tristonho.
-Ah Deus, eles descobriram? Ou melhor, a Naomi abriu a boca? –O medo tomou conta de Kaiã, medo de perder quem ele ama. Sabia que os pais de James são hipócritas iguais ao dele. Isso deixava um pouco agoniado.
A risada de James quebrou aquela tensão. –Não amor, é outras coisas. Quando for o momento eu te conto, é que...enfim é pessoal. –Disse finalmente, após uma longa pausa.
-Entendo. –Analisou James melhor. –Que tal irmos ao shopping e fazer uma sessão de fotos. –Sugeriu imediatamente, em seguida sorriu para sua nova companhia dali pra frente. Decididamente os três se aproximaram da Karina e sussurraram um “Acorde logo”.
No shopping eles compraram bastantes roupas novas. Fizeram a sessão de fotos, jogaram jogos revisando e tirava fotos. Logo se deparam com Camila e Heloisa, quando elas notaram a presença deles rapidamente foi ao seu encontro. Ao se aproximar elas acenaram.
-Oi. –Disse as duas sorrateiramente.
-Oi Milla e Helo. –Disse Lohayne com o apelido que dera a elas.
-Oi meninas. –Uníssonos falou James e Kaiã retribuindo o sorriso.
-O que devo a honrar de encontra-los? –Camila disse, fitando eles.
-Ah, estamos em uma sessão de fotos, bom... como vocês devem se lembrar a Karina ficou em coma neh e hoje pudemos ver ela se despertar. Então decidimos tirar bastantes fotos pra quando ela acordar de vez fazermos uma surpresa bacana.
-Entendo. –As duas falaram junto. –Pena que por nossa culpa isso tudo aconteceu, se não virássemos a costas naquele dia em que Naomi jogou seu veneno nada disso teria acontecido, ela não seria o que é hoje e não estaria nesse estado! –Falou tristemente Heloisa.
-Como assim o “que ela é hoje”? –Perguntou duvidosa Lohayne.
-Lésbica. –Foi direta.
-Se ela é feliz assim, por mim tudo bem, até porque nos não escolhemos quem queremos ser. –Disse Lohayne séria.
-Nossa! –Exclamou em tom de brando. –Calma ai apenas disse o que penso sobre isso. –Aproximou dela. –Eu sei que você também é e ama a Karina, pena que quando ela acordar ainda irá amar Kate.
-Heloisa qual seu problema? –Perguntou desafiadoramente. –Não tem mais o que fazer é. Se fosse você procurava algo atrativo a se fazer.
-Desculpa se eu disse a verdade. –Falou rispidamente.
-Olha esse não é o momento exato para ter uma breve discussão patética! –Foi rígido. –Karina precisa de nos juntos, unidos! Caso queiram sair daqui, não preciso mostrar onde fica a saída até porque eu não trabalho aqui! –Fitou cada um ali. –Obrigado. –Enfim encerrou agradecendo.
Voltaram a tirar fotos, se divertirem.
Três semanas depois.
Foi o momento em que Karina havia acordado há dias. Estava em repouso sem visitas, aquele dia iria voltar finalmente para casa. Então a medica decidiu levar ela, pois ela sabia que teria uma festa ou saudação de bem vinda para Karina. Queria por que queria colaborar em algo. Angelina mostrou ser uma mulher legal e divertida essas ultimas semanas. Apesar de ser jovem, com seus 24 anos, alem de ser medica é formada em pedagogia. No carro o silêncio era a melhor escolha naquele momento. Farta, Karina decidiu falar:
-Por que está me levando pra casa? –Perguntou desconfiada, olhando para Angelina de cima a baixo.
-Bom... como posso lhe explicar isso. –Fitou os lindos olhos de Karina. –Eu quis ajudar em algo, seu irmão não poderia e não está em condição de te levar pra casa, então decidi eu mesma ser a responsável.
-Hum compreendo. –Disse olhando pela janela do carro. –O dia está lindo não é? –Comentou, fitando o céu.
-Sim, está fantástico o dia. –Comentou também Angelina. –Apesar de que eu amo o tempo assim, com o céu carregado de nuvens brancas, o sol escaldante e brilhante e o azul forte mostra que nos temos bastante vida.
Karina demorou em entender aquilo tudo e finalmente disse: - Hurum, sim com mais brilho e cor tudo parece ter muita vida! –Entendendo o recado de Angelina ela sorriu.
-Feliz? –Perguntou.
Karina estava perdidamente em seus pensamentos. –Não sei. –Disse lentamente. –É tudo tão confuso para mim.
-Defina o que é “confuso” pra você? –Indagou requerendo respostas.
Karina se calou. Imagens obscuras preencheram sua mente. Ela logo começa a se debater em desespero, lágrimas escorrem pelos seus olhos. Se sentindo estranha ela começa a se arranhar. Angelina para o carro, na tentativa de acalma-la, começa a sacudir ela e falava palavras e palavras que pudesse acalmar ela. Foi em vão. Então decidiu abraçar. Flashs apareceram em sua mente, lembrando-se dos abraços quente e reconfortante que recebera em toda sua vida, sendo que só um era diferente....
Protetor.
Esse foi um dos abraços que a deixara intrigada, pois ela sabia que seria protegida. Esse abraço não é o de Angelina. Mas de quem ela ama, ou amou. Sua mente estava lenta. Tentava raciocinar tudo e processar tudo direito, sendo que os flashs que viam era como dicas e alguns vazios, sem nada e brancos.
Acalmada, Angelina volta pra frente e volta a dirigir, cantando pneu na estrada. De vez em quando olha pelo retrovisor, mantendo contato com Karina que fica olhando perdidamente pro nada. Percebendo que estava próximo a casa de karina, ela liga para Kaiã vendo que tudo estava pelo controle, elas descem do carro.
-Preparada pra estar em casa. –Perguntou.
Karina nada disse, seu olhar era vago e parecia ser incógnita. Em passos lentos elas se dirigiam até a porta da casa. Ao adentrar estava tudo muito quieto, isso deixou Karina angustiada e com pontas de dúvidas. Indo em direção à sala, quando ela está no meio e tudo apagado, as luzes se acendem e pessoas começam a saudar um “bem vindo!” em voz alta. Ela fitara cada pessoa que está presente, logo vem seu irmão feliz correndo em direção a ela.
-Karina. Fizemos isso pra você e aquele moral também. –Apontou para o moral, tinha algumas fotos dela antes de está em coma e outros que eles tiraram. –Estamos todos felizes por sua volta e recuperação.
Karina olhou para Angelina confusa.
-Karina o que você tem a nos dizer? –Perguntou o irmão, curioso pela resposta.
-Quem são vocês? –Foi ai que Angelina pode entender/ compreender o motivo pelo qual Karina está agindo assim. Ela tem...
Amnésia!
Ai está mais uma parte. Karina acordou ou se despertou sendo que passara por uma barra dificil. Espero que tenha gostado dessa, a outra parte será melhor só devo postar amanha, caso quiserem posto outro a noite, fica a criterio de vocês. Um beijo meninas e até <3