Reentrada Atmosférica - Ato III
Uma nova vida, mudanças e ser normal, eram as exigências dos meus pais. Como eu poderia saber o que era ser normal? O que era normal? Para mim, ser normal era estar perto do Matheus, segurar sua mão era normal. Eles falavam sobre amor, que me amavam e queriam meu bem... se amor era bom então por que eu não podia amar também? Meu pai era homem e me amava, por que eu sendo homem não podia amar Matheus?
Todas essas perguntas era respondidas de forma vazia pelos meus pais, eles falavam que amor de pai e filho era diferente e que dois homem não poderiam viver como homem e mulher. De verdade sabia que o problema não era esse, a realidade é que eles sentiam vergonha de mim, e morriam de medo dos amigos e vizinhos saberem que o filho deles era um viadinho, um anormal, um adolescente perdido, um ser fadado ao inferno, um impuro.
Jamais esqueceria as palavras: “Prefiro ter um filho morto a ter um filho gay.” Foram ditas tantas vezes que se tornaram um mantra, elas me moldaram, fizeram entender o mundo em que eu viveria dali para frente.
Fui enterrado vivo, em meu funeral as pessoas riam e se divertiam. Para onde eu olhasse via apenas rosas negras jogadas pelo chão, parecia que só eu ouvia uma marcha fúnebre tocando ao fundo. Na frente da minha cova, uma pequena e pálida lapide com os dizeres: ”Melhor morto do que gay”.
Tive que me segurar com forças sobre-humanas para não voltar a depressão. Lembrar do Matheus rasgava minha alma. Da primeira vez que nos separamos, eu era apenas uma criança, não tinha forças para continuar, e me perdi na escuridão, era como se vivesse cego em um purgatório, mas agora teria de ser diferente, ainda escutava a voz do Matheus gritando: ”corre Lucas, corre, corre...” eu corri!
A raiva que sentia me segurava impedindo que voltasse para o purgatório, afagava meus cabelos e soprava em meus ouvidos coisas como: “lute seu perdedor. Reaja seu covarde, odeie, aprenda a bater. Mate se for preciso...” dentro de mim residia uma nevasca, a raiva me dava tanta força que eu poderia congelar um vulcão.
Minha família havia apagado minha estrela e eu os faria pagar por isso! Conseguia me vingar dos meus carrascos dia após dia, com o tempo perceberam o mal que haviam me feito e agora eles é quem sofriam, isso me dava ainda mais força, eu era perverso e sádico e o pior, isso me divertia.
De fato meu passado havia morrido, dentro de mim construí uma enorme fortaleza de gelo para esconder bem no fundo dela as lembranças do Matheus, era inacessível ate mesmo para mim, fui esquecendo-me dele aos poucos. Alguns meses depois mudei de colégio, era uma nova vida. Com o tempo fui me dedicando a esportes e crescendo fisicamente, me tornando mais atlético e com isso eu recebia muito mais atenção das pessoas a minha volta.
Disfarçar quem eu realmente era, não foi tão difícil como eu pensava, fiz isso tão bem que a minha mentira começou a se tornar minha verdade, até mesmo eu já acreditava nela, meu mundo de plástico era perfeito e eu gostava dele. Aos 14 anos já tinha me envolvidos com algumas garotas da minha idade, coisas breves, ate gostava delas.
A palavra VAZIO definia muito bem o que eu havia me tornado. Vivia em função de elogios e me divertia ver as garotas sorrindo para mim quando eu passava pelos corredores do colégio. Me tornei popular, sentia a necessidade de ser amado por pessoas que eu não me importava. Recebia cartas e via meu nome escrito por todas as paredes do colégio, meus amigos riam muito disso, eu como bom idiota que era fingia não me importar com isso, mas no fundo eu adorava toda aquela atenção.
Na realidade eu estava em pleno processo para me tornar um babaca, já cumprindo praticamente a todos os requisitos exigidos para isso. Era interesseiro e superficial, via meus amigos descartando pessoas como se fosse coisas usadas e sem valor. Via as pessoas do meu grupo humilhando garotos afeminados e ria disso como se fosse normal, e meu premio por compactuar com isso era me sentir aceito, bonito e cobiçado. Eu não percebia a futilidade daqueles sentimentos, o egoísmo estava estampado em meu rosto frio, para mim o mundo era um tabuleiro de xadrez onde peças eram movidas de acordo com regras que eu mesmo havia estabelecido.
Não ter controle sobre minha vida no passado tinha me forjado em um controlador nato, fazendo com que raros fossem os casos em que discordavam de mim, me sentia como o “Dono da Razão”. (Hoje não consigo entender como tão novo eu conseguia ter tanto poder). Poder para mim era a gloria, me julgava merecedor e me afastava cada vez mais do ser humano puro que um dia fui, pensar no que tinha sofrido era fraqueza, jamais deixaria alguém me controlar outra vez!
Nessa época eu me sentia superior aos outros garotos que eram meus amigos, me sentia mais bonito que eles, não me ameaçavam a perder o cargo de “o babaca mais popular do colégio”. Foi ai que novos alunos entraram no colégio, também os juguei pouco importante, porem um estava diminuindo a atenção que davam para mim, eu deveria impedir aquilo de alguma forma, mas não sabia como, Felipe, logo descobri seu nome.
Felipe era diferente de mim, mais de perto reparei nele fisicamente, tinha a pele morena clara, era quase da minha altura, mas pouca coisa menor, olhos verdes que pelo contraste com a cor da sua pele pareciam ser mais claro do que realmente eram. Ele praticava vários esportes dentro e fora do colégio, sendo sempre apontado como o melhor quando participava, tendo assim um corpo mais definido que o meu. Ele ser tão bom nos esportes me deixava irado, eu era muito competitivo e sabia que ele era melhor do que eu na maioria, era como um dom que havia nascido com ele.
Felipe e eu estudávamos na mesma sala, em pouco tempo nos tornando colegas (pensei que se ele iria tirar a atenção de mim pelo menos nos a dividiríamos de igual para igual). Certo dia Eu, Felipe e outros amigos estávamos sentados em um banco no colégio:
- Cara, tem muita garota bonita nesse colégio, já escolheu quantas? – disse eu já esperando a resposta, tinha o intuito de limitar as possibilidades dele, só deixaria ficar com alguma garota em que eu não tivesse interessado.
- Nenhuma, elas são mesmo bonitas, mas quero alguma que queira algo mais serio. – disse Felipe de forma natural, o que me deixou confuso.
- Como assim? Já quer casar com essa idade, ta maluco? – eu de cara o achei estranho, todos meus amigos se importavam com números, o que ele tinha na cabeça para querer algo serio com aquela idade?
- Casar não, mas acho que ter uma só garota e gostar dela de verdade é melhor do que ter varias e não gostar de nenhuma. – Felipe também disse isso com muita naturalidade, o que fez um pensamento gritar na minha cabeça: QUE MULEQUE IDIOTA!! ISSO SÓ PODE SER FALSIDADE!! Ele de fato falava uma língua diferente da minha.
- Ow, serio, você veio de outro planeta. Nesse planeta aqui quem faz mais pontos ganha o jogo. – falei com um tom superior para que Felipe soubesse como as coisas funcionavam ali.
- Não me importo, NESSE tipo de jogo eu deixo você ganhar. – Felipe disse isso num tom ainda mais superior que o meu, e me deu um tapinha de leve no rosto me desafiando, se levantou do banco onde estávamos sentados e saiu, deixando claro que a intenção daquilo era dizer: CHUPA, otário!!!
Aquilo havia me atingido de surpresa, acertando exatamente no meu ponto fraco o orgulho. Eu não admitia perder em nenhum jogo e ele percebeu isso rápido. Na hora entendi que a intenção dele era deixar claro que era melhor do que eu em tudo, ate com as garotas, e por pena me deixaria ganhar como se fosse um premio de consolação. Com isso todos meus amigos riram alto da cara sem graça que fiquei, fiz uma expressão de que não havia me importado e disse só para os outros ao meu redor:
- Só pode ser viado! – Felipe já estava longe e não ouviu. Isso fez os outros riram mais ainda, só que dessa vez dele e não de mim, que fez no final das contas a ultima palavra ser a minha, me fazendo ganhar a discussão e encerrando o assunto.
Na realidade eu não achava que Felipe fosse gay, ele não era afeminado e ninguém tinha levantado essa hipótese, eu falei por pura maldade, com a intenção de deixar claro que eu continuava mandando ali, enquanto eu ria debochando dele.
Alguns dias se passaram, nada de muito importante nesse ínterim tinha acontecido. As rixas com Felipe continuavam porem nada relevante, ate que ouvi comentarem que ele morava no mesmo bairro que o meu, em um prédio residencial. Estranhei o fato de nunca ter o visto por lá, mas não era tão perto da minha casa e eu conhecia poucas pessoas no prédio dele, logo achei normal.
Nessa semana teria um show de uma banda de rock que estava fazendo sucesso na época, todos no colégio iriam. Combinamos de nos reunir próximo do local do show para assim todos entrarem juntos. O real intuito era pegar meninas, porem fora do colégio eu e todos meus amigos não passávamos de moleques, e só teríamos chance com as meninas mais novas ou da nossa idade. Acabei não me interessando por nenhuma, e fiquei com meus amigos prestando atenção no show.
Já pela metade do show, alguns se separaram, outros arranjaram um par, na roda grande de amigos acabou sobrando só eu, duas meninas e o Felipe, cada uma visivelmente interessada em um de nós, ambas mais novas(eu e ele tínhamos a mesma idade). A que estava afim de mim era muito agitada, queria tirar fotos, ficar de mãos dadas e dançar abraçado, e parecia que era tudo ao mesmo tempo.
Num determinado momento comecei a conversar com o Felipe:
- E ai seu mole, não vai pegar? – falei o encorajando, ele riu e fez cara de quem sabe, mas não muito animado.
Ate que ele ficou abraçado com ela, e com o tempo acabaram se beijando. Nisso eu já havia beijado a que estava comigo algumas poucas vezes, ate que as duas concordaram em ir juntas ao banheiro. O som do palco estava muito, muito alto, acho que ate mais do que era permitido, ficando praticamente impossível conversar com quem estava do lado.
Eu prendi completamente minha atenção olhando para o palco, enquanto a banda tocava uma musica que eu gostava, meio que ficando fora do ar por alguns instantes:
- Eeeeeei!!!! – escuto um grito bem auto perto do meu ouvido esquerdo.
Com o susto, virei rápido por instinto para o mesmo lado que vinha o som e por acidente batendo meu rosto contra o rosto de quem havia gritado, era o Felipe. Foi muito rápido e acidental me deixando confuso se a boca dele tinha tocado a minha, os dois fizeram cara de espanto, mas logo rimos.
- Cara, eu te chamei mais de 10 vezes e você não respondia, tive que gritar no teu ouvido – disse Felipe enquanto ria.
- Acho bom que tenha sido isso mesmo. – eu rebati também rindo e forçando um tom desconfiado.
- Eu só te chamei, você que virou querendo me beijar. – falou o Felipe ainda rindo e querendo tirar toda culpa dele.
- Não mesmo!! A culpa foi tua, se queria me chamar por que não bateu no meu braço? – disse com um ar de injustiçado e já mais serio, querendo enterrar de vez o ocorrido e provando que o erro veio dele.
- É mesmo né, por que não fiz isso! – falou com um ar meio confuso e admitindo que foi um erro.
Ainda durante o show sempre que Felipe vinha falar comigo ao meu ouvido, por causa do barulho, colocava sua mão na minha boca ou na boca dele num gesto engraçado tentando evitar que o fato se repetisse, o que nos fez rir muito principalmente por ninguém entender o motivo daquilo.
O show acabou e todos foram para suas casas, separados em grupos que moravam perto, alguns de taxis e outros seus pais foram pegar. No taxi que eu estava vinha Eu, Felipe e mais dois amigos que também moravam próximos. Ainda era cedo, umas 8:00 da noite, então decidimos ficar na frente do prédio de um deles conversando um pouco antes de ir para casa.
Chegada a hora de ir, e como nossa casa era para o mesmo sentido da rua principal, fomos eu e Felipe sozinhos, falando sobre coisas sem importância:
- E ai, gostou da Samara? – perguntou Felipe meio que querendo puxar assunto.
- É muito nova, mas sim. – respondi querendo demonstrar que não me importava muito.
- E a Jaque? Dizem que ela beija bem. – eu disse repassando o que já tinham me contado.
- Serio? Pois pra mim ate teu beijo foi melhor que o dela. – Felipe disse isso seguido por uma pausa dramática, que logo acabou quando ele começou a rir.
- Para com isso, parece ate que é viado. – falei também rindo.
- To te zuando, mas mesmo se eu fosse não ficaria com você. – falando com voz de deboche.
Pela segunda vez ele havia acertado meu ponto fraco, bem no orgulho e isso por dentro me irritou mas preferi fingir que não me importava.
- Sorte a minha. – respondi.
- É não cara, to brincando ficaria sim. Se você fosse mulher ficava agora. Quando você virar mulher fica comigo? – disse isso de uma vez só e rápido sem respirar, rindo muito em seguida.
FDP, ele tinha conseguido me deixar completamente perdido sem que eu soubesse o que responder, qualquer resposta ali seria perigosa e teria duplo sentido, e eu tinha que responder rápido para não levantar suspeitas.
- Claro que não, você beija mal. – falei por impulso, foi o que consegui pensar na hora. Que resposta mais idiota, pensei!!!, enquanto eu ainda procurava entender se ele tinha tentado me ofender afirmando que eu queria ser mulher.
Nesse momento enquanto eu respondia ainda desorientado, ele parava de andar, me fazendo perceber que tínhamos chegado à frente do prédio em que ele morava.
Ele estendeu a mão para me cumprimentar e se despedir, quando as duas se fecharam Felipe rapidamente segurou a minha girando-a enquanto abaixava sua cabeça ate ela e a beijou, enquanto me encarava, imitando filmes de época.
- Obrigado por me acompanhar em casa, você foi um cavalheiro. - disse Felipe com um tom serio e formal, forçando a voz para ficar mais grossa.
Intermináveis e infinitos 3 segundos de pânico foi o que vivi, ele percebeu e por isso riu muito.
- Cara você ficou muito vermelho. – ele disse com voz de espanto.
- Não to vermelho – respondi tentando disfarçar que estava envergonhado. Eu não tava conseguindo acompanhar o que ele dizia, pensar e responder ao mesmo tempo. Ainda na minha cabeça atrasada pensava: EU NÃO QUERO SER MULHER SEU FDP!!!.
- Você, na frente do meu prédio vindo me deixar em casa... Já vai ser agora nosso segundo beijo? – mais uma investida rápida me deixando provavelmente ainda mais vermelho e sem graça. Eu já não tava entendendo mais nada..... tinha desistido, ele era mais rápido do que eu.
- Ei, não fica com raiva, serio!! Se quiser eu não brinco mais assim. - Felipe disse sorrindo mas querendo mostrar que falava a verdade.
Ta bom, não faz mais isso. Tenho que ir – respondi com voz baixa sem conseguir controlar o fato de estar encabulado de verdade, enquanto começava a andar em direção a minha rua.
- Ei!! Se você não ta mesmo com raiva me da um abraço. – ele disse isso com bastante naturalidade, como se fosse um pedido de desculpas enquanto me seguia com os braços aberto. Eu só parei com os braços para baixos, querendo mostrar que aquilo era desconfortável para mim. Felipe me abraçou forte de proposito me levantando do chão no melhor estilo ogro, o que me fez resmungar dizendo que eu não conseguia respirar.
- Tchau! – eu disse enquanto virava, dando as costas para ele.
- Nossa Lucas, você tem cheiro de sabonete. - PAVOR!
Pavor foi o que senti do que havia acabado de escutar. Bem dentro de mim podia ouvir o som ensurdecedor de um estalar. Era tarde, Felipe tinha acabado de abrir uma rachadura na minha fortaleza de gelo.
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Queria falar que a parte sobre cheiro de sabonete no que o Felipe disse é verdade!! eu usava o perfume Laguna - Salvador Dali.
Era da minha mãe mas acabei pegando para mim, ele é feminino mas não é doce e tem muito cheiro de sabonete, por isso eu usava. Depois de algum tempo pensando nisso acho q cheiro de sabonete ficou gravado em mim por causa do Matheus e eu não percebia, por isso gosto tanto desse perfume...
Mais uma vez o que posso dizer de vcs? Vcs são incríveis!!! fico muito feliz quando leio cada um comentário, pra falar a verdade eu os leio varias e varias vezes, saber que alguém se identifica ou gosta da minha historia de fato faz com que eu me sinta aceito.
Assim... eu tenho respondido muitos comentários la embaixo como comentário também, e não sei se vcs estão lendo, meu objetivo vai ser nunca deixar nenhum sem resposta ok?? E como eu faço? Continuo respondendo assim ou mudo??
Agora sobre a historia, bem fiquei muito feliz por conseguir diminuir bastante, ela ta do tamanho da primeira, eu acho, rsrsrs. Nessa parte da minha vida as coisas mudaram bastante, de fato eu era um otário, mas eu mudei, juro!!! Eu só tava tentando me defender do mundo hj percebo isso. E por favor, me desculpem pelos erros, ainda to aprendendo.. me digam onde errei q vou melhorar, prometo!!! Muito obrigado mesmo a tds :*******
Geomateus
Stiler
vini...
Dj'
Drago.-.
Irish
Mt, mt, mt, mt obrigado, passo o dia atualizando para ler o comentário de vcs enquanto escrevo, tento me basear nisso para melhorar. Espero que continuem lendo e dando suas opiniões, isso significa muito mesmo p mim!!! :**
Rafaah – como eu respondi no comentário, escrevo assim meio que pela forma que vejo o mundo. É que assim, não da para ver ou tocar nos sentimentos então tento materializar eles para que vcs possam entender... ta dando certo? Espero q sim, é a parte que mais demoro para escrever. Obrigado, mesmo, mesmo!! :**
Ru/Ruanito – rsrsrsrsrs né? Eles merecem!!! Kkkkk obrigado por continuar lendo, :**
M(a)rcelo – obrigado outra vez, como disse no comentário acima do seu, sinto como se tds nós estivéssemos ligados, a vida de fato é mais difícil para nos, mas cara nos temos o melhor e o pior de dois mundo, no final das contas aprendemos muito mais e acabamos sendo ótimos em lidar com o mundo por isso. Damos mais valor a sentimentos e pessoas e as respeitamos, e isso q é o certo a final. Sempre vou estar aqui quando precisar. :****
Bem como eu faço isso? Espero que esteja certo:
Eu dedico essa parte da história a May Lee. Sei que é só uma dedicatória e que isso não deve significar muita coisa, mas vc tem me ajudado tanto... Gostaria de ter conhecido vc antes, isso seria tão importante e teria sido tudo tão diferente. É difícil passar por problemas sozinho, mas agora isso vai mudar... Olha May Lee, espero que vc tenha gostado dessa parte, diz o q achou... foi para vc ta?? :******************