(Desculpem os erros ortográficos do primeiro conto, é que escrevi pelo celular)
Meu nome é Ana Paula, tenho agora 20 anos, mas a estória que estou contando é de 3 a 4 anos atrás. É o começo de uma grande confusão envolvendo borboletas na barriga, aceleração de batimentos cardíacos e suor frio nas mãos.
Depois da cena incrível de Mila e Amanda, não consegui nem jantar e na hora de dormir, fiquei pensando: que puta sacanagem que ela me fez, hein. No outro dia não quis ir à aula e fiquei lendo. Amanda, quando voltou da escola passou por lá, não conversamos muito, falei que estava com dor de cabeça... Passaram alguns dias até ela me falar do que tinha acontecido naquele dia, não que eu quisesse saber, só queria saber de quem tinha partido a iniciativa.
Amanda “nossa, o beijo dela é incrível, sem contar que ela é super carinhosa.”
Ana “você que beijou ela?”
Amanda “foi, eu estava afim dela desde o começo do ano, mas parece que ela está em outra”
Meu coração acelerou, não sei porque.
Ana “outra garota?”
Amanda “é, uma aí, Rebecca parece. Amiga de infância, aí ela sai ficando com os outros pra esquecê-la”
De repente a conversa perdeu todo o interesse. Então, o que era aquilo nas mensagens? O que foi toda aquela declaração?
O tempo foi passando e a presença dela era contínua. Ela fazia parte do mesmo grupo de amigos que eu e eu falava, mas era só um “oi” ou “tchau”. Cheguei a ver até ela ficando com uma garota ou outra, um garoto às vezes... E continuava bebendo e fumando quase todos os dias, praticamente se acabando. E ainda tinha professores para elogiar, o de literatura, uma vez, disse que ela escrevia muito bem. “Uma ótima aluna”. Ela era ótima em mentir, isso sim.
Em uma das festas da escola, Amanda que tinha acabado de sair de onde Mila estava veio cambaleando se jogando pra cima de mim.
Ana “você está bêbada?”
Amanda “não, embriagada”
Ana “pensei que não podia entrar com bebida aqui”
Amanda “não pode, mas me diz, o que é impossível pra srt.Camila?”
Nada, pensei.
Ela estava realmente mal, levei ela até um dos batentes no corredor 2 e a sentei lá.
Ela contou que estava gostando de verdade de Mila. Do jeito dela incrivelmente arrebatador. Chegava a perecer inalcançável conquistar ou fazê-la se importar. Ela disse que ficou com uma doidinha qualquer na frente dela e que ela foi lá e ofereceu mais bebida pra ela e pra guria também.
Bingo, ela foi contar logo pra mim: a pessoa que mais entendia no mundo o que ela estava sentindo.
Se eu estava achando difícil acontecer ainda alguma coisa entre a gente, tinha triplicado naquela noite. Minha melhor amiga estava apaixonada pela mesma garota que eu. Ótimo.
O resto do ano foi passando e teve projeto em novembro, entrei em química por jurar que ela estaria também e teríamos um assunto em comum. Mas ela incrivelmente não participou, eu não sei como nem porquê já que o projeto era a nota do 4º . E a última vez que a vi naquele ano foi na festa de encerramento. Ela bebia e aquele cigarro que parecia colado na mão dela. Eu a encarava de longe, talvez aquela seria a última vez que eu a via, já tinha feito todos os planos possíveis pra sair daquela escola e pretendia que desse certo.
Ela estava com um carinha mais velho. Devia ser um que fazia faculdade lá perto que Amanda estava falando. Eles se beijavam e ela parecia feliz.
No outro ano, 2º ano do ensino médio. Conversei com meu pai mas não rolou, tentei de tudo mas não consegui sair. Eu estudava na melhor escola da cidade e meu pai não ia me tirar por nada. Tentei mudar de turno, mas ai tinha meu curso e não rolou também. Então minha última esperança era rezar pra que não caíssemos na mesma sala. Tudo menos a mesma sala. E lá foi, ela 204 e eu 205. Quase.
Faltei a primeira semana, estava me preparando psicologicamente. Ela tinha voltado mais linda e mais maluca ainda.
