O mais intrigante de tudo é que eu não fiquei neurótico com a situação, tudo bem eu estava começando a ficar com vontade de comer o meu patrão, eu já tinha cogitado essa possibilidade outras vezes, não com meu patrão, mas sim com outros caras... Eu já tinha assistido porno gay e tudo mas, no entanto aquele desejo era apenas um desejo, assim como o que eu tenho de morar em Dubai e nessa lista existem ainda vários outros. Fingi que nada estava acontecendo e fui me preparar para um banho, quando me virei novamente de frente para meu chefe ele estava sentado na cama com a perna cruzada, da mesma forma que as mulheres ficam, ainda estava de cueca, mas ver as pernas meio peludas dele cruzadas daquela forma me deixou com um tesão do caralho, tive que me controlar pra não dar uma bandeira e alem de tudo isso ele ainda tinha perna malhada e corpo definido, estava se tornando pesado de mais o fardo que eu começará a carregar.
Perguntei se ele iria tomar banho ou se eu poderia ir ao banheiro, falei isso olhando para o chão, buscando uma forma de não encarar o corpo semi-nú do meu chefe, ele sem desviar os olhos do seu inseparável tablet me disse que poderia ir ao meu banho, pois ele demoraria mais um pouco, ainda deveria responder a alguns e-mails, então peguei minhas coisas e fui ao banheiro, queria bater uma punheta minha imaginação estava do jeito que precisava a única barreira foi minha vergonha, fiquei com medo de demorar no banheiro e ficar muito obvio o que eu fazia ali dentro. Então me concentrei apenas no banho e voltei ao quarto, já de bermuda e camiseta, me sentei na cama e ele foi tomar seu banho, quando passou por mim pude observar aquele bundão gostoso dele, vontade de dar um tapa e chamar de cachorra...
Quando ele voltou do banho interfonamos a Aline e fomos todos comer, estava morrendo de fome ainda bem que todo mundo também estava, ele sempre com aquela conduta profissional dele mesmo usando uma havaiana parece estar de terno e gravata, é uma coisa que ele tem como característica pessoal, comemos e trocamos algumas palavras em caráter profissional, assistimos a um jornal regional e ele sempre prestando muita atenção a tudo que assistia, admiro quem consegue concentrar em tudo que faz, quem me dera ter essa habilidade, devo ter dislexia só pode ser isso, tudo parecia muito bem, quando já íamos retornar aos quartos um cara chegou em nossa mesa e cumprimentou ele pareciam amigos, a Aline levantou e foi a seu quarto como forma de deixar os dois a sós eu entendi o recado mais preferi continuar sentado ali, senti que alguma coisa estava estranha.
O Cara sentou e me olhando perguntou se poderia ficar sozinho com o Jonas, pois queria conversar com ele, eu até iria me levantar mas o meu chefe interrompendo o rapaz, disse que eu continuaria na mesa, pois iriamos tratar de assuntos profissionais e terminou dizendo que eu era estagiário dele, achei desnecessário o final, mas fazer o que? Ele já tinha falado mesmo, o cara falou que conhecia ele de algum lugar, perguntou o nome, o telefone, de qual empresa eramos e sempre com muita educação o Jonas respondia a tudo sem ser grosso ou mal encarado, e eu ali com cara de cú olhando aquele cara, no final o Jonas me pediu para ir ao quarto e pegar um cartão de visitas eu nada poderia fazer apenas obedeci e fui ao quarto, quando voltei eles falavam sobre cotação de dólar, e preço de sacas de soja nos mercados financeiros fiquei mais tranquilo com o assunto, o cara sempre que podia pegava na mão dele e ficava com aquele olhar de sedução eu tentava não olhar, buscava um ponto de distração mas não tinha jeito eu acho que estava com ciumes dele, o cara mais carrasco que eu já havia conhecido, até aquele momento, quando o cara saiu, ele se levantou e me disse que voltaríamos ao quarto, eu precisava entrar no assunto do que acabará de acontecer, então perguntei...
– Aquele homem e você se conhecem a muito tempo? Pelo que vi ele trabalha em um segmento semelhante ao nosso né?
– Nunca havia visto aquele homem, e ele é bancario, está aqui transferido de sua unidade segundo ele mora aqui a três dias, não faço ideia de quem seja essa pessoa, e confesso que achei a abordagem invasiva.
– Abordagem? Ele estava ali querendo alguma coisa contigo? Ele chegou a propor ou falar alguma coisa? Que cara sem noção.
– Falou algumas coisas enquanto você estava fora, eu te pedi para ir ao quarto só para saber especificamente o que ele queria comigo, odeio essas coisas de ficar dando voltas em um assunto, mas quando eu entendi o que queria dei um jeito de mudar o assunto e finalizar logo a questão.
– Entendi, então dispensou o cara? Compreendo, mas como ele sabia que poderia falar contigo essas coisas? Ou melhor, você curte esse lance de ficar com homem?
– Esse lance de ficar com homem? Quer saber se sou gay é isso?
– Sim, isso mesmo.
– Logico que sou gay, vai me dizer que ainda não tinha notado esse detalhe, tudo bem que sou um homem bem tranquilo e sem muitas características mas não escondo nada, e ao contrario de você a percepção daquele rapaz é boa, boa ao ponto de investir em mim.
– Não tinha notado, ouvi comentários na empresa, mas pensei que falavam apenas como forma de ofender já que você é bem rígido na forma de administrar.
– Me chamar de gay não me ofende de maneira nenhuma, e eu já soube sobre esses comentários o que não me incomoda em nada, e só pra constar eu não dispensei ele, disse apenas que hoje não era o melhor dia... Falei para me ligar depois.
O Filho da puta passou o telefone mesmo para o cara e teve a coragem de me contar isso, meu sangue faltou pouco evaporar nas veias de tanta raiva que fiquei, não consegui disfarçar, fechei a cara mesmo, já no quarto eu calado e ele na outra cama falando ao telefone, faltei pouco cruzar os braços e fazer bico, acho até que fiz mesmo isso. Agora não me lembro muito bem! Quando ele encerrou a ligação virou para mim e perguntou o que eu tinha de errado, eu respondi a ele que nada estava errado, falei isso ensaiando um sorriso que saiu parecido com uma careta, ou com cara de dor de estomago, em resposta ele me disse apenas que não deveria perguntar coisas que não tenho vontade de saber a resposta, fiquei irritado com aquilo, tentei argumentar dizendo que não tinha nada haver com isso, eu apenas estava cansado, e depois de comer sempre fico mais quieto, pois me bate um sono louco, ele deu um sorriso e disse que se contentaria com aquela resposta, mais sabia muito bem que não era nada daquilo, eu pensei que o assunto estava encerrado, mas ele se levantou se sentou ao meu lado na cama de bermuda e camiseta, eu já estava coberto pelo edredom, me olhou bem nos olhos e perguntou:
– E você Diogo, curte esse “lance” de ficar com homens, ou essa sua curiosidade é coisa nova?
– Curiosidade? Não, não é isso não... É que eu achei estranho o cara vir a mesa daquela forma, uma coisa não tem nada haver com a outra, e respondendo ao que me perguntou, eu não sou gay, nunca fiquei com homem, mas de boa não tenho preconceito não.
– Que bom que não é preconceituoso, só por dizer isso já deu um passo na direção certa em se aceitar como homossexual, agora falta começar a ensaiar ser gay, tem algum amigo para te levar a baladas gays?
– Não mesmo, tenho uma amiga lésbica mas gay não, e eu já disse que não sou gay. Não tem essa coisa de me aceitar, como vou me aceitar como gay se eu nem sou isso, eu gosto de buceta... De mulher, cabelo comprido e peitos. Não me leve a mal não mas meu lance é esse.
– Se tivermos tempo quando voltarmos a Goiânia eu precisarei ficar uns dois dias na cidade ira me acompanhar a uma balada gls, quero te mostrar que não existe nada de anormal naquele lugar é como qualquer outro.
Um monte de perguntas me vieram a cabeça mas se eu as fizesse isso iria me complicar ainda mais, admito que fiquei curioso a ir a uma balada gay afinal seria minha primeira vez, queria mesmo falar a ele que sim, eu tinha vontade de ficar com outro cara, mas ele me intimidou ao ponto de eu não conseguir falar o que queria, uma droga mesmo, fui dormir de pau duro, culpa dele que me fez pensar em um monte de coisas eróticas... Acordei antes do despertador no outro dia, me arrumei, quando terminei de me arrumar e já ia descer para o café ele levantou e foi tomar banho, senti vontade de ficar no quarto e ver mais um pouco do corpo dele, mas me segurei e fui agir com a vida, depois de mais ou menos meia hora ele vem com sua maleta nas mãos e roupa impecavelmente bem passada, se sentou ao lado da Aline e tomou um leite com torradas, e em seguida comeu pêssegos.
O Motorista nos esperava na recepção entramos no carro e fomos a unidade de Goianésia, resolver um problema que não era nosso, ainda bem que eu já estava mais que ambientado com o sistema da empresa, o dia foi tenso, cheio de podres, a empresa estava sendo sabotada, e quanto mais tentávamos consertar mais sujeira vinha a tona, o Jonas se reuniu com a direção da unidade e de fora só se escutava os berros e ele apontando para uns gráficos e batendo na mesa pelo vidro víamos tudo, todos em choque, sua voz não era ouvida de forma tão destacada como as outras, mas notasse que ele estava uma pilha de nervos, a reunião levou mais de uma hora, tempo suficiente para eu resolver minha parte com os clientes, assim que conclui fui ao financeiro ajudar a Aline, e as outras funcionarias, e lá fiquei por algumas horas, na hora do almoço o Jonas me chamou na sala de reuniões e me passou uma serie de diretrizes sem nem me olhar, quando concluiu me mandou sair da sala, eu me virei e fui em direção a porta, quando ele novamente me chama e diz:
– Dispense o motorista por agora, diga a ele que não iremos sair pra comer, se quiser peça comida para você e a Aline, mas temos que resolver tudo nessa unidade hoje, tenho compromissos em Goiânia amanhã.
– Sim senhor eu avisarei ao motorista, quer algum prato em particular? Ou posso pedir um marmita simples mesmo.
– Eu não pedi nada disso, quando eu estiver com a cabeça mais fria como um PF mesmo, agora saia da minha sala e vá fazer o que te pedi.
[Continua...]
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