Olá. Gostaria de dizer que esse é o primeiro conto aqui nesse site e espero que gostem. Este será um conto de fantasia e romance onde a história contada tem como foco principal os quatro elementos da natureza. Os primeiros capítulos serão mais para explicar como tudo funciona e depois é que colocaremos a mão na massa.
Aventura, ação, magia, tudo banhado em um clima de romance e mistério, sem falar que tentarei fazer o meu melhor para lhes trazer uma boa leitura.
Já vou avisando que o personagem principal é "diferente". Ele se encontrará em situações difíceis e terá de aprender a lidar com sigo mesmo com os fantasmas que lhe assombram o passado. Bom, acho que já está na hora de calar a boca e seguir para o que realmente importa, não é? Novamente espero que gostem, pois, essa história já foi publicada em outra página e para a minha eterna felicidade, fez muito sucesso.
CAPÍTULO 1: ELEMENTARY.
- Assim você nunca vai me vencer!- Disse Halon desviando de meus meus golpes.
- É mesmo? Então toma essa!!!- Gritei apoiando as mãos no chão e girando como um parafuso. Meus pés iam o acertar em cheio o rosto, más ele pôs o braço esquerdo na frente e os deteu.
Ele segurou em meu tornozelo e me lançou ao chão, como se fosse um simples pedaço de pano.
- Essa foi boa... Por pouco você não me acertou.- Ele sorriu e veio em minha direção.
- Na próxima você não escapa!- Falei virando-me de peito para cima.
- É, você me surpreende mais a cada dia. Sua velocidade é incrível, só precisa controlar melhor o corpo; se continuar a fazer esses giros sem ter força o suficiente, os braços irão enfraquecer e te jogar contra o chão.
- Está insinuando que eu sou fraco?!- Me sentei cruzando as pernas.
- De forma alguma. Você é uma das pessoas mais fortes que conheço.- Ele pôs as mãos na cintura e me olhou franzindo as sobrancelhas.
- Ótimo. Agora, você pode me dar uma mãozinha aqui?- Estendi a mão esquerda. Ele se aproximou e me puxou.
- Muito bem, chega por hoje. Você deve descansar, amanhã é o grande dia.- Disse ele dando um tapinha em minhas costas.
- Que sacerdote você acha que vai me escolher?- Encarei o chão.
- Não sei. Más, seja qual for, você vai o deixar orgulhoso, afinal, você foi treinado por mim.- Sorri e o abracei.
- Obrigado por acreditar em mim...
- E porque não acreditaria?- Ele pôs uma das mãos em minha cabeça e a apertou contra seu peito.
- Não sei... Acho que porque eu mesmo não acredito...
- Ei,- Ele se afastou e olhou em meus olhos.- Você tem sangue de um deus. Os espíritos sabem o que fazem, se você não fosse capaz, eles jamais teriam o escolhido. Agora pare de se lamentar e erga essa cabeça. Há milhares de outros jovens que matariam para estar no seu lugar, você vai ser um guardião. O melhor de todos eles, tenho certeza.- Ouvindo-o falar aquilo, meu olhos começaram a marejar, más, chorar era mais um sinal de que eu era fraco, então precisava manter a postura.
- Não vou te decepcionar, eu prometo.
- Eu sei. Sou muito orgulhoso de poder ter passado tudo que sei a você.- Ele sorriu e me deu um beijo na testa.- Agora vá, tome um banho e descanse... Amanhã será puxado.
- Está bem...- Me virei e sai da área de treinamento.
Bom, meu nome é Hizel. Tenho dezessete anos e sou menino. Não, sério? É. Tenho um nome idiota que desde pequeno me faz ser confundido com uma garota. A aparência não ajuda muito também, já que sou pequeno e "delicado". Não, posso parecer delicado, más não houve um homem se quer que até hoje pode me vencer. Só o Halon. Não sei porque más não importa o quanto eu tente, ele sempre me vence no último segundo!
Halon é como um pai para mim. Desde meus três anos, quando fui tirado de minha família, ele vem cuidando de minha pessoa. Não sei quem são meus pais de verdade, os sacerdotes dizem que não podemos ter contato com o mundo exterior até completarmos idade o suficiente para adquirir os "dons" dados pelo universo.
Como já disse, sou baixo, não possuo o estereótipo de um guardião, que seria forte e viril. Tenho cabelos brancos,- sim, brancos. Ninguém sabe ao certo o porque, más essa história eu contarei mais para a frente.- E sou bem lesado.
Vivo em um mundo cercado de mistérios, onde humanos e seres mágicos vivem em perfeita harmonia... Bem que eu queria.
Na verdade a mais ou menos uns... Vejamos... Uns quinhentos anos, algum tipo de bactéria invadiu as florestas e os Sonlers, como são chamados os seres "estranhos", acharam que os humanos tentaram lhes destruir jogando uma praga contra eles. E assim, se declarou a guerra entre as duas raças.
Os humanos, como seres fracos que são, acabaram perdendo muito mais vidas e terras nesse confronto, más, algo de inesperado aconteceu. Uma fada, na verdade "a fada", princesa dos Sonlers, era contra a violência e criou os cinco cristais sagrados,- ou espíritos celestiais, como também são chamados- e os doou aos humanos como forma de decretar a paz. Os cristais possuíam o controle dos quatro elementos e um "extra".- não sei ao certo para que ele serve, más faz parte.- A princesa decretou que os humanos teriam o poder dos cristais, desde que os usasse para proteger e manter o equilíbrio dos dois mundos. O irmão dela, o rei Henri, não gostou da idéia de entregar algo tão valioso a criaturas tão insignificantes e declarou,- novamente- guerra, só que contra a própria irmã.
A princesa, com medo do ódio do irmão, se refugiou no reino dos humanos e logo se tornou a rainha deles, trazendo assim a magia para o mundo dos mortais.
Com a guerra entre eles, os seres mágicos acabaram sofrendo e decidiram, não servir mais a nenhum dos dois. E assim nasceram os três reinos de Elementary.
Gehoucantha: o reino das trevas ao qual o rei formou tomado pelo ódio.
Founthan: O das florestas, onde as criaturas vivem livres e a sua maneira.
E Hounturan: o mestiço. Comandado pela rainha, onde humanos e seres mágicos vivem em paz.
Mesmo após a dispersão dos reinos, as criaturas continuaram a brigarem entre si por posses e comida. O reino de Founthan se tornou um inferno. E assim surgiu a necessidade dos cristais. Cada cristal é guardado por um sacerdote mágico, os quais são os únicos seres, com excessão das fadas, que não envelhecem e não morrem. O da água, é guardado pela deusa Arya. O do fogo, é guardado pelo deus Árquio. O da terra, pelo deus Denon. O do ar, pela deusa Mantha. E o do coração, pelo deus Martino.
A cada geração cinco crianças são escolhidas pelo Oráculo para se tornarem os novos sucessores, e ao completar três anos de idade, são retirados de seus pais e levados a templos separados, onde passam por um treinamento intenso até completar dezessete.
Isolados do mundo, os escolhidos não podem ver uns aos outros até o dia do ritual de transferência, que é quando realmente ganham os poderes dos cristais. Até esse dia, é impossível saber quem são e qual sacerdote os escolherá.
As únicas pessoas as quais temos contato são os nossos treinadores, que viram praticamente nossas famílias.
As vezes,-quase nunca- dois membros da mesma família são escolhidos, apenas esses poderão ficar juntos.
Daqui a uma noite, finalmente o ritual irá acontecer. Halon me contou que é uma grande festa, o povo celebra por dias e nos tratam como se fossemos deuses. Mal eles sabem que de deus isso não tem nada. É um saco!
Tudo é não: não toque nisso, não faça aquilo, um guardião não se porta desse jeito, mantenha a postura.
É um martírio!!!
Sinceramente, as vezes eu queria ser uma nuvem. Ficar por ai só flutuando, sem me preocupar com nada a não ser comigo mesmo. Poderia fazer o que quisesse e não teria que ficar ouvindo gente velha e "culta" falando um monte de coisas no meu ouvido que eu nem me dou ao trabalho de prestar atenção.
Daqui a uma noite... Daqui a uma noite eu vou estar livre desse lugar! Vou poder ir onde quiser, vou me divertir podendo socar algumas caras e comer o que me der na telha. Finalmente vou poder conhecer meus pais, e quem sabe até arranjar um amor.
Gente, eu nunca beijei... Como será? Deve ser nojento! Não consigo nem pensar em alguém enfiando a lingua na minha boca, babando os meus belos lábios... Ecá!!!
Subi as escadas do templo- na verdade era mais para um castelo- e fui em direção ao meu quarto. Retirei minhas roupas ao entrar e me joguei na imensa banheira.
Encostei a cabeça na borda e relaxei.
Meu estômago estava à mil. Era um misto de ansiedade e fome. Um frio percorrida toda a minha espinha quando pensava em como seria no dia seguinte, como os outros guardiões, os quais eu passaria o resto da minha vida ao lado, se pareciam, se eles seriam legais, se eram iguais a mim, se iria dar tudo certo...
Por fim, meu estômago praticamente falou, e eu me vi forçado a comer algo antes que ele me devorasse por dentro. Sai da banheira e me enrolei no roupão de lã velho que eu usava.
Fui até a cozinha, peguei algumas coisas e as levei para o quarto. Comi e logo depois adormeci.
Continua...