Eu sempre ri dos gays que se apaixonavam, principalmente por heteros, mas aí um dia infelizmente aconteceu comigo. Sabe quando bate aquela sensação que você perdeu alguém pra sempre? Era aquilo que eu estava sentindo. Um misto de raiva, ciúme e inveja me possuía naquele momento, acompanhada de uma vontade terrível de chorar. Eu me sentia tão fraco e vulnerável de um modo que eu não conseguia entender. Eles terminaram de se beijar e eu estava com a cabeça pra cima. Sabe quando você levanta a cabeça e olha pra cima pra não deixar a lágrima cair? Pois é, eu fiz isso.
- Algum problema ale? - perguntou a ju.
- Não, só to vendo a movimentação das luzes - respondi. Eu não sabia o que responder, foi instantâneo.
- Cara, você é estranho - disse Maurício rindo.
- É. Vou no banheiro, com licença - saí esbarrando em todo mundo em direção ao banheiro.
Quando consegui entrar no banheiro, me tranquei em uma cabine e finalmente comecei a deixar as lágrimas caírem. Eu sentia uma pressão no meu peito, eu me batia e não sabia como parar aquilo. Eu me odiava por ter sido tão fraco, como eu poderia estar apaixonado pelo meu inimigo?! Enquanto eu pensava, ouço alguém bater na porta da cabine.
- Lex, tá aí? - era o João Fábio.
Eu abri a porta do boxe e enxuguei as lágrimas na camisa e saí sem olhar pra ele. Me dirigi até as pias e então lavei o rosto. João me viu pelo reflexo do espelho e colocou a mão em meu ombro. Naquele momento eu tive vontade de desabar ali mesmo.
- Me diz o que foi lex
- Eu... to apaixonado - abaixei a cabeça.
- Por quem? - ele perguntou levantando minha cabeça.
- Pelo Maurício.
Ele fez uma cara de espanto e eu fiquei preocupado com a reação que ele teria e, ao contrário do que eu imaginei, ele simplesmente me abraçou e me guiou pra fora da pub. Todos vieram atrás de nós e ele disse que iria me levar pra tomar um ar, já que eu não estava me sentindo bem. Disse também pra que não nos esperassem pois demoraríamos. Claro que a Letícia ficou chateada mas aceitou numa boa, ou pelo menos aparentava ter aceitado.
Ele logo chamou um taxi e alguns minutos depois estávamos dentro do taxi.
- Pra onde a gente tá indo? - perguntei.
- Pra um lugar que tu vai curtir - ele disse.
- Por favor, nos leve pra orla marítima da cidade - disse ele ao taxista que apenas acenou que sim com a cabeça.
Lembro que na rádio do carro tocava "sinais" do Luan Santana. Eu apenas observava a cidade pela janela do carro, enquanto João colocava seu braço atrás de mim. Qualquer pessoa diria que ele estava querendo ficar comigo, mas ele simplesmente queria me ver bem. Descemos do carro na orla e fomos até uma espécie de "quiosque" que tocava música ao vivo, bem aconchegante por sinal.
Eu ainda estava sem falar nada e ele apenas me encarava.
- Então, você quer conversar sobre isso? - perguntou ele
- Acho que sim - respondi meio seco.
- Então sou todo a ouvidos - disse ele, dando um gole no redbull que ele tomava.
Eu contei toda a história pra ele, desde quando nos conhecemos há anos atrás até o dia que vi ele batendo punheta, ele ria muito, as vezes fazia cara de sério e isso que me fazia gostar do jf, ele era sincero com o que sentia e parecia mesmo se importar.
- Lex, é complicado... olha, desculpa, mas eu acho que você tá pagando pelo o que você fez com ele na piscina, sei lá, eu achei errado. Olha, o que eu vou te contar vai ser difícil de você digerir, mas eu to sabendo que ele vai pedir ela em namoro... você vai ter que ser forte - ele pegou na minha mão, apertando-a.
- Caralho bixo, eu queria ser hetero... - dei um gole no energético dele.
Depois de conversarmos mais um pouco, nós dois voltamos pro hotel, ele me deixou no quarto dele e me deu um abraço. Disse que se eu quisesse conversar era pra eu fazer um facetime a hora que eu quisesse. (Pra quem não sabe, facetime é uma chamada que se faz de iPhone pra iPhone). Disse que tudo bem e entrei no quarto sem fazer barulho pra não acordar. Como eu estava soado, resolvi tomar um banho rápido só pra esfriar o corpo. Quando voltei do banheiro, o Maurício estava acordado, com o abajur da cama ligado. Ele me observava e eu fiquei meio constrangido com isso.
- Alexandre... - disse ele.
- Posso te perguntar uma coisa? - ele perguntou.
- Pode uai - respondi me deitando na cama.
- Sabe, eu fiquei pensando e queria que você me respondesse uma coisa - ele disse. Nesse momento ele levantou da cama e ficou sentado mas olhando pra mim, que também estava sentado na minha cama.
- É... eu queria saber como é ficar com outro cara - ele perguntou.
Eu como sou uma pessoa super inocente encarei como uma pergunta normal.
- Ah, não sei explicar. A pegada do homem é mais forte, mais quente, o homem sabe como deixar um outro louco, já que ele mesmo se conhece. Mas por que? - perguntei, pegando meu celular no criado mudo.
- Por isso - ele se levantou e veio em minha direção, pegou uma das minhas mãos e colocou uma das suas por cima, enquanto com a outra ele me empurrou ferozmente na minha cama de solteiro. Naquele momento eu percebi o que iria acontecer e meus olhos brilhavam, então eu só deixei rolar. Como dois imãs, nossas bocas se tocaram e uma explosão de sensações tomou conta do meu corpo, como se uma corrente de 220V passasse por cada pedaço de mim. Eu podia sentir o gosto de uísque e menta que vinha da sua boca, enquanto sentia sua língua percorrer todo o interior da minha boca, me deixando sem fôlego. Quando terminou de me beijar, nossos olhos se encontraram e ele soltou um sorrisinho discreto pra mim.
Como ele estava sem camisa, invertemos a posição e eu fiquei por cima dele, mais especificamente a minha bunda ficou em cima de seu membro que eu sentia dar sinais de vida a cada toque que eu dava em seu corpo pálido. Beijei sua boca enquanto descia para seu queixo, onde dei uma pequena mordida. Em seguida, fui até seu pescoço, e em seu ouvido dei uma pequena mordida que o fez arfar de prazer. Desci em seguida até seus mamilos e os mordi, enquanto minhas mãos desciam até seu pênis. Passei minha língua por todo seu peitoral e desci até seu membro que já estava pra explodir de tão duro. Mordi ele por cima da calça, quando ele me implora pra que eu tire sua calça do moletom. Eu tirei sua calça e um belo membro se põe pra fora da calça. Devia medir uns 18cm, era bem duro e branco, com pelos bem aparados a sua volta.
- Chupa, caralho - ele empurrou minha cabeça em direção ao seu membro e eu o abocanhei inteiro dentro da minha boca. Em seguida, comecei a masturbá-lo de leve enquanto minha língua percorria suas bolas lisas e grandes. Ele simplesmente xingava palavrões de todos os calões possíveis e seu rosto estava vermelho, como se ele estivesse furioso. Voltei até a glande de seu pau e comecei a chupá-la e a sugá-la, enquanto minha mão acariciava suas bolas. Logo abocanhei todo o seu membro e alguns minutos depois ele levantou minha cabeça e me beijou.
- Vira que eu quero te comer - ele me virou e meteu um de seus dedos na minha boca.
- Chupa igual como tu fez com meu pau, alexandre - ele ordenou. Eu fiz o que ele pediu e quando terminei ele enfiou o seu dedo grosso em meu cu ainda virgem. Eu gemi de dor e ele percebeu, então foi com mais calma. Quando eu já estava preparado, ele começou a pincelar seu pau na beirada do meu cu que agora ja piscava. Não demorou muito e eu senti aquele membro grosso me adentrando e então comecei a gemer e ele parecia se divertir com isso.
Enquanto ele tentava me penetrar, minha cabeça estava virada em direção ao criado mudo, onde meu celular estava. De repente ouço o barulho de mensagem no WhatsApp chegando, e era a ju. Apesar da dor, consegui ler algo que dizia "To apaixonada".
Aquilo me lembrou que ele gostava da Juliana e não de mim, e que no dia seguinte ele iria sentir nojo de mim e iria me esnobar. Eu então levantei da cama e ele ficou sem entender nada. Peguei minha roupa e saí pelado de dentro do quarto. Como já era tarde, ninguém me viu. Fora do quarto vesti só a minha cueca e corri pra dentro do elevador. Segui direto pro andar 7, que era o andar do João Fábio. Vesti só minha bermuda dentro mesmo do elevador e comecei a me odiar e a sentir nojo de mim pelo que tinha feito. Quando a porta do elevador se abriu, sai correndo em direção ao quarto do JF e bati na porta. Ele saiu com uma cara de sono e mandou eu entrar, e então vi que ele estava sozinho.
- Cadê o cara que dorme aqui com você? - perguntei.
- Boa pergunta. Mas o que aconteceu com você? - ele perguntou.
Esse momento foi quando realmente a ficha caiu e eu me senti muito mais enojado.
- Nada, amanhã a gente conversa. Posso dormir aqui com você? - perguntei.
- Claro - ele se deitou na cama e afastou pra que eu pudesse deitar junto a ele