Júlio Cesar e Marcos estavam numa sincronia perfeita. Rindo, se divertindo e curtindo ao som de “David Bowie” aquele momento numa intensidade que Marcos não percebeu quando tropeçou e caiu puxando Júlio propositalmente, caindo Júlio em cima dele.
Júlio Cesar – Me desculpe! (vermelho e com vergonha)
Júlio com vergonha estava saindo da cama na intensão de ir embora, mas no impulso Marcos o puxou de volta pra cama e o fez deitar e ficou por cima.
Marcos – Não precisa se desculpar. Estava querendo isso a muito tempo.
Então Marcos tomou a iniciativa e começou num beijo delicioso bem intenso cheio de amassos. Começou a dar beijinhos no pescoço, na orelha, no peito, voltou a beija-lo e os amassos foram ficando mais intensos e a excitação de ambos era visível. O cheiro de sexo preencheu aquele quarto numa intensidade superiormente interessante, ambos estavam inebriados por tamanho misto de sensações jamais provadas ou degustadas ou então devoradas como um animal prestes a atacar o desconhecido. Era a primeira vez que sentiam uma sensação como aquela, tinham um acréscimo de estima por eles mesmos, onde cada hora tinha seu encanto diferente, cada passo os conduzia a um êxtase e misto de sensações. Marcos começou a tirar sua roupa, mas quando ia tirando sua ultima peça que era a cueca Júlio deu um pulo da cama e ficou em pé se recompondo.
Júlio Cesar – Não posso fazer isso... (Ofegante)
Marcos – Por que não Júlio? Vem aqui... (Ofegante)
Júlio Cesar – Não quero!!! (gritou)
Júlio saiu daquele quarto em disparada. Como um raio abriu a porta do seu quarto e fechou o mesmo. Tirou toda sua roupa e entrou debaixo do chuveiro e ficou lá acalmando os ânimos. A verdade é que Júlio nunca havia feito sexo por trauma de infância e esse mal o acompanhava até aquela data. Então, Júlio começou a falar sozinho.
Júlio Cesar – Te odeio velho asqueroso!!!!! Do fundo da minha alma com toda intensidade!!
Júlio falava de seu tio que o molestava na infância. Seria um trauma difícil de ser superado, tudo aquilo doía demais no seu coração. Todas as vezes que ele lembrava de seu tio o levando para a mata e o tocando, o beijando e passando a mão em seu corpo, toda vez lhe causava ânsia de vomito e asco de si mesmo, o fazendo ir tomar banho. Mas ao mesmo tempo ele amava demais Marcos, porem seu corpo e mente lhe bloqueavam a ir além dos abraços e caricias numa relação sexual.
Saiu do banho, trocou de roupa e sentou-se na cama pensativo... estava decidido, iria no quarto do Marcos. Chegou na porta do quarto do Marcos e bateu.
Júlio Cesar - Marcos? Sou eu o Júlio.
Marcos por sua vez, estava desde a saída de Júlio em pé ainda de cueca pensativo sobre tudo que tinha se passado até ouvir a voz de Júlio lhe chamando na porta. Então ele abriu...
Marcos – Oi! (Olhou desconfiado)
Júlio Cesar – Posso entrar?
Marcos – Por favor.
Júlio Cesar – Me perdoa! (Começou a chorar) Não queria fazer aquela cena de agora a pouco, me perdoa de verdade! (Ainda chorando abraçou o Marcos)
Foi um abraço de consolo e paz no coração.
Marcos – Não precisa se desculpar. Apenas queria que você dissesse o que se passa para você ter feito aquela cena? Foi algo que eu disse ou fiz?
Júlio Cesar – Não! Não tem nada haver com você, mas comigo. (Triste)
Então, Júlio contou tudo que ele passou e sofreu nas garras do tio.
Marcos – desgraçado! Me da nojo esse tipo de cara que se aproveita de crianças para seu prazer, aliás prazer não monstruosidade e falta de caráter e uns bons murros na cara e uma bela surra.
Júlio Cesar – Eu queria muito ter tido um momento especial ao seu lado, de verdade! Eu te am... (Júlio ficou vermelho)
Marcos – (Sorrindo) Não precisa ficar tímido assim, eu também te amo desde a primeira vez que te vi.
Marcos foi junto dele e deu um beijo na testa e ficou abraçado a Júlio fazendo carinho ao mesmo.
Júlio Cesar – Obrigado meu amor, por me fazer me sentir bem!
Marcos – Não gosto de te ver triste meu amor.
Então voltaram a se abraçar e trocar beijos por um tempo.
Júlio Cesar – Tenho que dormir ou tentar pelo menos, pois amanhã temos que ir para o jornal bem cedo e já é de madrugada. (sorrindo e feliz)
Marcos – claro! Não se preocupe vou dar um jeito de você conseguir um emprego lá.
Então os recém enamorados deram um beijo caliente de despedida e Júlio se dirigiu para seu quarto. Já deitado na cama Júlio pensava e meditava sobre tudo que tinha acontecido naquela noite e de o quão magico tudo aquilo foi para ele.
Continua...
Obrigado a todos que leram!
Fiz esse capitulo ouvindo a musica: David Bowie - Young Americans
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=gMu_lm6f_Nw
