Até que após um breve intervalo voltou a bater, mas dessa vez me parecia com algum tipo de vara, régua, até hoje não sei. Ele diz que é “algo” que machuca como uma vara, mas não deixa marcas como uma vara. Mas a dor era lancinante. E se tornava insuportável. Sinceramente eu não imaginava que ele fosse bater desse jeito, ou que ele batia desse jeito. Eu imaginava que era só uns tapas à medida que a coisa esquentasse e pronto. Eu imaginava isso por causa da Dona Janete também. Será que ela se submetia a isso? Mas a coisa ia para um caminho cada vez mais imprevisto por mim. Eu entrava em desespero. Comecei a dar gritos e a tentar detê-lo com minhas mãos pra trás e até mesmo a tentar me levantar dali. Mas senti sua enorme barriga encostar-se e a prensar minhas pernas por trás de minhas coxas, dos meus joelhos que roçavam na bancada me machucando, pois meus pés iam quase até ao chão e sua barriga e seu corpo me imobilizavam assim da minha bunda pra baixo pelo menos. Conseguem visualizar como eu estava naquela bancada? E eu ali assim, naquela posição de costas pra ele debruçada sobre a bancada, com os seios colados a restos de carne, fiquei sem ter como sair dali e só tinha como movimentar os braços jogando-os pra trás e levantar a cabeça até um certo ponto. -O senhor não pode fazer isso... Eram gritos, resmungos de desespero... –Tu vieste aqui porque quiseste, cachorra! Hoje tu vais aprender o que é servidão! Demonstrando força e habilidades surpreendentes para a sua idade e corpo e me abafando mais um grito de socorro que já começava a sair de minha boca, ele a tampou com uma bola presa com uma corda de elástico que surgia em suas mãos e eu não sabia de onde e imediatamente esticou e amarrou com força à minha nuca fazendo com quê só saísse de minha boca quantidade enorme de saliva pelos cantos e sons baixos resultantes do meu choro ininterrupto, impossível de ser ouvido e entendido do outro lado da grossa porta. Logo em seguida ele imobilizava minhas mãos que estavam mesmo jogadas pra trás tentando empurrá-lo e com extrema facilidade mantinha-as presas em minhas costas passando essas algemas de plástico entre meus pulsos (que eu também não tinha visto por ali antes), prendendo meus pulsos um no outro com meus braços em minhas costas. Sua habilidade e força naquele momento eram mesmo surpreendentes. Era como se ele estivesse imobilizando um animal para o abate sobre aquela bancada de cortar carne. –Cátia! Eu vou sair daqui de trás de tu. Se tu tentares sair dessa posição em que estas agora com as mãos amarradas pra trás, certamente vai acabar caindo no chão por que esta bancada redonda não vai dar outra posição. Entendeste? Aí vou ter que te pegar no chão e te colocar de volta à bancada e a surra vai ser maior ainda. Tu entendeste, cadela? Fiquei em silêncio para ele ver que eu não tinha como responder com aquela coisa na boca. TU ENTENDESTE, CADELA? Dessa vez ele deu um grito e imediatamente eu fiz que sim com a cabeça sem parar de chorar um só instante temendo sempre uma nova varada. Agora eu sabia que o louco batia mesmo e talvez fizesse mais sei lá o quê... - Vou sair. Devagar senti sua barriga se desgrudando de minhas coxas e parte de minha bunda. Ele saiu e eu não me mexi morta de medo. O medo agora era completo, envolvente. Vi que realmente não daria pra fazer nada e minhas forças já estavam no fim para tamanho esforço físico e para aguentar surra maior ainda... –Uma nova varada em minha bunda rompeu o silencio e surpreendeu-me completamente. E outra seguida naquele mesmo lugar... Mas temendo novas punições aguentei firme e não tentei sair. –Muito bem, cadela. Obedecendo as coisas melhoram e você para de apanhar com vara. Seu beijo molhado e sua língua chupando quente onde ele havia acabado de bater com a vara me conduziram rapidamente da dor ao alívio, do alívio ao prazer... Mas acho que qualquer coisa aliviaria aquela dor. Seguiu-se então um silencio, um intervalo e a expectativa de uma possível varada era tão doloroso quanto a dor da própria varada. É que eu naquela posição às vezes não o via. O barulho do arrastar de uma cadeira se aproximando me fez ter certeza de que não viria uma nova varada até que ele surgiu com a cadeira próximo onde estava a minha cabeça e subiu na cadeira e com a tal da vara na mão começou a falar. –Cátia. Eu vou colocar o meu pé direito à altura da tua boca pra que tu o lamba, beije-o e chupe-o para o meu prazer, para o prazer do teu dono. Como uma boa cadela gosta de fazer com o dono. Tu entendeste? Eu deveria fazer que sim com a cabeça pra não apanhar com a vara? –Eu vou tirar a bola da tua boca um pouco, lógico, descendo-a até teu pescoço para que tu faças isso com tua boca no meu pé. Obedecendo verás que tudo sairás bem. Vi que ele levantava a perna direita da cadeira na qual estava em pé e colocava com algum esforço o seu gordo pé direito quase colado ao meu rosto e ele cumprindo o prometido abaixou a bola e encostou o dedão do pé em minha boca. Ele mexeu a vara levantando-a e fazendo-a zunir no ar e eu sem a bola dei um pequeno grito e encostei rapidamente minha boca em seu dedo. –Passa a língua. Eu passei... –Isso. Agora chupa o dedão, o dedão. Ele ia falando e aproximando mais e mais o dedo do pé direito e eu aos pouco fui mesmo chupando-o, chupando-o e ouvindo seus sons guturais de prazer. Senti que ele depositava a vara sobre minha bunda do lado direito e a deixava ali parada sem bater. –Isso cadela, isso... Mete a língua entre eles... isso... Sem mais nenhum sintoma de nojo aos poucos eu me entregava completamente à necessidade de lamber e chupar seu pé. Da necessidade veio vindo aos poucos o prazer... Inclinando levemente a cabeça vi as bolas balançantes de seu saco avermelhado e que ele se masturbava com a mão direita e com a mão esquerda segurava a vara depositada sobre minha bunda olhando-me e eu já não chorava e já gemia baixinho de prazer completamente dominada... –Esta vendo, Cátia? Está vendo como é bom obedecer e tratar bem seu dono? Era incrível, mas o prazer tomava completamente meu corpo como num êxtase servil. Era como se uma paixão instantânea baixasse em meu coração e eu queria fazer de tudo para servi-lo. Ele passava mesmo os dedos, virava o pé para que eu lambesse a parte de baixo e emitia sons disformes de prazer e eu lambia com delírio ouvindo esses seus rosnados. –Quero gozar na tua boca hoje, cadelinha. Quero que engulas até a última gota de minha porra hoje. Vais aprender tudo de servidão. Já estás a começar a gostar de servir a um dono. Já estou a perceber... Não sei se pelo fato de saber que agindo assim ele não me bateria ou se por puro prazer mesmo, mas se tivesse como me tocar no clitóris, eu certamente eu me tocaria enquanto lambia seu pé. Bem devagar ele foi saindo e descendo até se posicionar de pé no chão novamente. Em mim sempre aquele medinho de uma surpreendente nova varada quando senti que ele se posicionava atrás de mim e sempre devagar ele ia abrindo minhas pernas e tentando se encaixar entre elas. Senti a ponta grossa de sua enorme coisa encostar-se a entrada da minha vagina e estremeci. Era tudo que eu queria desde que saí de casa e fui pra ali. Ele esfregou a cabeça nela que guardava toda sua umidade e eu me contraí toda como se a quisesse engolir pela boceta e eu desejei que ele entrasse o mais rápido possível. Sua cabeça entrou apenas um pouco e saiu. Ele entrou de novo só mais um pouco e saiu. Novamente mais um pouco e ficou com a cabeça da coisa na beirada de minha boceta que parecia somente aberta nos lábio e gulosamente ansiava pela coisa toda. Mas ele não enfiava. Eu enlouquecia. Era uma tortura... E quando finalmente ele entrou com ela toda eu gritei junto a um orgasmo que vinha alucinante. Quando ele mexeu já com ela toda dentro eu não via mais nada. Era uma coisa intensa e imensurável! Sentia sua barriga batendo em minha bunda e ele, não sei como, com a pica toda enterrada em minha boceta me segurando pelos lados das nádegas e me fodendo sem parar e eu sendo fudida sem parar de gozar no mais intenso, longo e improvável orgasmo de toda minha vida. Tanto que quando ele saiu sem ter ainda gozado e se aproximou de meu rosto retornando à cadeira gritando. –Se prepara cadelinha, se prepara! Eu realmente me preparei! Quando vi a cabeça se aproximando abri minha boca e senti o primeiro jato quente bater na parte de cima de meus lábios. Confesso que eu nunca tinha tido coragem de colocar sequer uma gota de esperma na boca! Por mais que o Flávio já tivesse insistido! –Lambe! Lambi sim, obediente e ainda excitada, grata. O cheiro invadia o ambiente e seus urros me fazia não conseguir parar de também gemer baixinho. Eu estava delirando com o gozo dele, delirava de poder estar vendo-o gozar pela primeira vez porque da outra vez eu não vi porque ele estava por trás. Era inesquecível... –Tudo! Lambe tudo como eu falei, cadelinha. Lambe tudo! Ele passava os dedos e trazia até minha boca e eu lambia e sugava completamente desconhecida de mim mesma, sem nojo, invadida de prazer servil e sempre como ele ia mandando. Até que fechei meus olhos cansada e parece que sonhei por alguns segundos.. Parecia que eu ia voltando ao ar ouvindo-o arrumar-se dizendo coisas. –Eu não obrigo cadela nenhuma a vir aqui. Não faço nenhum tipo de chantagem. Nada disso. Só te mandei aquele bilhete porque gostei muito de ti realmente. Sempre gostei. E tu tens as pernas mais apetitosas que já vi... Mas se não quiseres vir mais aqui entenderei perfeitamente. Não venhas. Agora, enquanto falava ele já cortava as algemas e devagar eu conseguia restabelecer uma posição normal esfregando meus próprios pulsos marcados. –Mas se quiseres vir, já sabes, é servidão total... Quando eu já estava pronta e abria a porta lateral ouvi a sua voz ao fundo gritando. –Ah! E sem calcinha hem, oh gaja! Mesmo sem o mesmo sentimento de culpa da outra vez, sem o peso daquele remorso que me fazia chorar, eu saía de lá com um misto de sentimentos impossíveis de serem explicados. O português parecia que vinha comigo, impregnado em minha alma, mas ao mesmo tempo eu ia com a certeza de que não voltaria mais lá. Não podia voltar mais lá. Simples assim. Eu não era infiel. Não traía. Foi só para a satisfação de um desejo momentâneo e acabou. Estou satisfeita e acabou! Vou continuar passando lá sim. Mas como passava antes da primeira vez. Ele vai vir à beira da calçada pra me ver passar e eu vou passar completamente indiferente a ele como antes da primeira vez que fui lá. Pronto. Adeus! Até que foi bom, mas acabou. Definitivamente não sou dessas. Que bom que de certa forma ele entendia isso não chantageando, não fazendo ameaças. Isso eu pensei quando já estava no banho naquele dia e sentia a água queimar onde ele havia batido. Um engasgo em meio ao banho me fez tossir e constatar que havia algo em minha garganta. Era um fiapo de pentelho branco. Imediatamente lembrei-me de estar engolindo o seu esperma e um enjoo instantâneo me fez ter ânsia de vômito. Mas não cheguei a vomitar. E realmente cheguei a ficar um mês assim. Mas só que eu não passava por lá como pensei que passaria e na primeira vez que passei foi num domingo e o açougue estava fechado. Não tinha nada o que fazer. Flávio ainda estava dormindo e resolvi sair me dando a desculpe que tinha que comprar uma certa revista. Eu queria era passar por lá mesmo sabendo que estava fechado. E quando olhei o corredozinho que dava para a porta lateral meu coração disparou e sensações completamente diferentes mexeram com meu corpo. A lembrança dos olhos dele... As lembranças... Fiz meia volta correndo e quando cheguei em casa estava tremendo. Vi que Flavio ainda dormia e fui direto ao banheiro trancando a porta atrás de mim, tirando a saia e a calcinha junto... Mas eu não era de ficar me tocando... mcacougue@globo.com
Também vou contar III
Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Cátia a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.