Meus braços desceram por seu corpo, ela, que tinha se jogado em mim me deixando por baixo, respirava loucamente sem dar tempo entre os beijos. Ela queria aquilo tanto quanto eu.
Começou então a passar uma das mãos na minha barriga, me fazendo morder seus lábios sem pesar.
Poderia até jurar que sangrou um pouquinho mas ela não falou nada, sorriu com meus lábios nos seus lábios e me puxou com rigidez pelo vestido e puxando-o de tal maneira que me pareceu rasgado como trapo, mordeu o lábio e me empurrou de volta pra cama.
Tirou a blusa regata e subiu com beijos da minha barriga até o pescoço. Mordeu com força e deu uma chupada fazendo-me gritar de leve não sei se de dor ou desejo dela. Não foi o suficiente para fazê-la parar e apertei forte com as unhas sua costa e escorreguei por toda sua extensão abrindo espaço pra ela parar de vez ou revidar. Ela como se quem não quer nada, me distrai com um beijo suave e desabotoa meu sutiã. O tira com toda delicadeza do mundo e o joga no chão. Suas unhas grandes percorrem meu corpo delimitando cada parte.
Ela sentia com uma mão o meu seio e brincava com a língua com o outro, fechei os olhos e gemi perto de seu ouvido ativando o volume da coisa que a fez encravar suas unhas na minha cintura e fazer meus gemidos virarem gritos. Vendo que estava me ganhando naquela “lábia” (literalmente), desceu sem cerimônia e puxou minha calcinha com delicadeza. Eu realmente não conseguia entender como ela conseguia ser grossa e ao mesmo tempo delicada, gentil e rude, perfeita e tão cheia de problemas. Nada ali se encaixava por completo, a não ser nossos beijos e suas pernas entre as minhas me fazendo suar frio nas mãos, ela sugou meu clitóris que eu podia sentir, tão molhado! E me veio para um breve beijo, meu sabor misturado ao sabor de seus lábios. Pra mim não haveria melhor sabor existente. Enquanto sugava mais de mim me fazendo segurar em seus cabelos, a empurrando para mais e por não ter que apertar a mim mesma. Passou um de seus dedos entre minhas pernas como carícias e eu sabia o que vinha a seguir. Uma estocada forte com 2 de seus dedos, abri a boca mais não saiu som algum. 3 dedos e movimentos de vai e vem fizeram sair o gemido de prazer que estava preso. Ela foi diminuindo o ritmo até parar com os dedos dentro de mim.
Mila “tô machucando você?”
Balancei a cabeça negando. Ela beijou meus lábios.
Voltou as estocadas ritmadas sem que eu notasse e desceu da minha boca para meus seios. De lá, desceu mais um pouco, sugando meu clitóris enquanto fazia movimentos de vai e vem rápidos. Uma coisa por vez eu conseguia, agora as duas não. Veio o orgasmo sem ela perceber e seus lábios foram envoltos por pouco líquido.
Ela caiu ao meu lado na cama de solteiro, eu tentando me recompor. Ela sorriu antes de dizer:
Mila “diga ao primeiro que passar que eu sou da cachaça mais do que do amor!”
Subi nua encima dela e mordi sua orelha. Recebi de volta a cara mais safada possível.
Ana “não esta noite”
A envolvi com o beijo mais longo e mais cheio de tudo que eu já havia dado, ela me apertou o braço com muita força, a respiração a mil.
Devolvi seus gestos e carinhos de tal forma, do jeito grosso que ela mereceu mas com toda carícia que eu tinha pra dar.
Quando “terminamos” ela ficou deitada de bruços e eu fiquei de lado, apoiada em um dos braços olhando pra ela, enroladas no mesmo lençol.
Mila “olha só” ela apontou com o dedo a lua cheia em todo seu esplendor que mais parecia uma montagem do que a vista de sua janela. De todos os dias do mês, o único dia que a lua ficava completamente cheia, era todo meu, todo nosso.
Ela me envolveu com o lençol, nos cobrindo por completo. Sorriu e sussurrou:
Mila “dorme comigo e torna meu dia indescritivelmente perfeito”
A beijei e sussurrei de volta:
Ana “pensei que você não pediria nunca”
