SÓ VEJO VOCÊ – PARTE 3
... “Cada volta é um recomeço”.
Parte Anterior:
O Kauan então se aproximou de mim, com um sorriso encantador e me disse:
Kauan: Oi!
Eu tentei agir normalmente, mas a demora em responder o oi dele e notei o quão eu estava nervoso. Olhei bem para os olhos dele e respondi meio timidamente. (Sim, eu sou extremamente tímido, apesar de não parecer as vezes).
Eu: Oi Kauan. – Falei tentando desviar um pouco o olhar do dele.
Kauan: Quanto tempo que agente não se fala. – Disse e pegou no meu braço.
Eu: Nos nunca tivemos tantos assuntos pra conversar. – Falei tremendo só de ver ele me tocando.
Kauan: Mas se você deixar teremos muitos assuntos daqui pra frente!
Eu: O que quis dizer com isso?
Kauan: Se você aceita sair comigo? Assim teremos bastantes assuntos pra conversar.
Eu: Sair pra onde?
Kauan: Sei lá. Eu deixo você escolher. – Falou ele.
Eu: Quanto cavalheirismo, mas eu dispenso. Não estou muito afim de sair. Tô de cabeça cheia, estressado, realmente não seria uma boa ideia. Desculpa. – Falei saindo e ele me puxou segurando minha mão.
Kauan: Leonardo, só sair tomar um sorvete, um chopp, uma caipirinha, um refrigerante... Ah sei lá. Fazer alguma coisa.
Eu fiquei quieto, pensativo até decidir topar...
Eu: Um sorvete, nem dois nem três. As seis e meia hoje na Praça de Alimentação do Shopping Curitiba. – Falei já me despedindo
Kauan: Estarei lá.
Uma coisa eu aprendi na vida, com tantas tentativas frustradas, eu me finjo de desinteressado, e procuro não mostrar tanto entusiasmo. A conquista não deve ser fácil e rápida... Apesar de eu ter adorado o fato dele querer sair comigo, era o primeiro passo para esquecer o Pietro. Fui logo correndo contar pras minhas amigas que me mandavam mensagem de 3 em 3 minutos perguntando... E aí? Pegou? Beijou? Como se eu fosse um puto qualquer que sai beijando o primeiro pela frente que me chamar pra sair.
Eu: Nos vamos no shopping no final da tarde.
Pri: Ownt que fofo. Primeiro encontro no shopping.
Eu: Não é encontro vadia. Para de ser idiota. – Falei irritado.
Alexandra: Mas brigam vocês dois. Insuportáveis.
Eu: Brigo mesmo. Mas amo essa minha nega! – Falei dando um abraço muuuito apertado na Pri.
# A Pri ela é muito linda, uma amiga e tanto, conheço ela a pouco mais de 4 anos, mas parece que é uma amizade de infância, como a minha e da Day. Ela tem a pele morena, cabelos pretos lindos e lisos. Olhos beeem escuro de dar inveja. Eu sempre quis ter o olho bem escuro. Alta e um corpo perfeito. Ela é a mais velha de todos nós. Ela passou por dificuldades com a família e teve de parar de estudar por quase um ano, e quando voltou ela caiu bem na minha sala, foi como nos conhecemos.
Day: Ama ela mais do que me ama? – Falou a Day surgindo atrás de nos.
Eu: Eu tenho amor pra dar e vender Dayane.
Day: Isso é muito bom. – Falou ela bagunçando meu cabelo. – Agora me conta o que foi aquele papinho com o Kauan lá fora. Pensa que eu não vi?
Alexandra: A Day você está brincando né? Ciúmes de ex-namorado?
Day: Não estou com ciúmes. Credo Ale. Só perguntei.
Eu: Nos vamos no shopping de tarde.
Day: Que lindo. – Falou ela me abraçando. – Embora eu odeie esse garoto, e acho que ele não serve pra você.
Pri: Supera Day. Aff garota, olha o namorado lindo que você tem. Para de lamentar por passado. Se vocês não estão mais juntos, é por que não era pra ser. Agora se ele serve ou não pro Leo, só ele mesmo pode dizer. Para de ser chata, deixa o Leo ser feliz, faz tempo que ele não pega um macho pra ele.
Eu: Falando desse jeito até parece que sou uma puta. – Falei irritado.
Day: Eu sei. Só acho que meu melhor amigo merece coisa muito melhor. Mas te apoio lindão meu. – Falou a Day me dando um beijo na cabeça.
Nisso o Pietro chegou, bem na hora, me encarou. Olhou para a Day bem sério. Ela se despediu de nos e foi com ele pra dentro da escola.
E o dia passou voando... Aulas e mais aulas e trabalhos e mais trabalhos à tarde. Já era quase seis da tarde, tinha acabado de chegar em casa, apenas tomei um banho e me arrumei. Minha mãe me deu um dinheiro e voltei para ir ao Shopping. Parece que eu não conhecia o transito de Curitiba, combinei com ele as seis e meia. E já era exatamente seis e meia e eu ainda estava no ônibus. E eu não tinha nem o celular dele pra ligar dizendo que iria me atrasar um pouco. Cheguei no shopping já era sete horas, fui pra praça de alimentação e o Kauan não estava na sorveteria, rodei pela praça de alimentação toda atrás dele e também não achei. Com certeza pensou que eu tinha dado bolo nele. Desisti de procurar quando fui descer a escada rolante, vi que ele estava saindo do shopping. Ele estava muuuitooo lindo, porém com fone de ouvido e não escutou eu chama-lo. Desci quase que atropelando todo mundo na escada e corri atrás dele. Puxei-o pelo braço e ele levou um susto ao me ver.
Kauan: Que susto porra! – Falou bravo.
Eu: Desculpa. Eu não queria chegar atrasado assim.
Kauan: Eu já estava indo embora, pensei que tu nem ia vir.
Eu: Mas eu estou aqui.
Kauan: E está muito bonito. – Ele falou reparando em mim.
Eu até que me vesti bem, calça jeans escura skinny, uma camiseta gola v branca e uma camisa xadrez vermelha e branca por cima.
Eu: Nem estou. – Falei. Não quis falar que ele também estava, apesar de estar um Deus Grego. Como estava um pouco frio, ele tava com um moletom Branco de capuz e uma jaqueta de Couro preta por cima, uma calça cinza escura beeemmm justinha, que marcava muito as coxas dele e principalmente a bunda e um pacotão delicioso na frente que eu pirei só de ver. O cabelo arrepiado e o sorriso lindo era o charme a parte.
Kauan: Esta muito frio pra tomar sorvete. Mas o que acha de um lanche?
Eu: Pode ser
Voltamos para a praça de alimentação, pedimos um lanche e fomos sentar aguardando ficar pronto. Nisso conversamos sobre coisas que todo encontro tem que não preciso nem narrar. Demorou uns 15 minutos apitou nossa senha e ele foi buscar nosso lanche. Me assustei com o apetite dele, o lanche era o dobro do meu e ele comeu tudo ainda antes de mim. (Imagina o apetite dele na cama – Dizia o diabetre em minha cabeça que aparece nas minhas alucinações de quase um ano sem ficar com garoto nenhum e sem sexo). Terminei de comer e ele decidiu me levar para um lugar mais reservado. Um pavimento um pouco menos movimentado do shopping. Sentamos em um banco, ele segurou em minha mão e falou:
Kauan: Leo, eu sei que é estranho dizer isso. Mas faz tempo que eu presto atenção em você.
Eu: Presta atenção em mim, por quê?
Kauan: Te vejo todos os dias no Colégio, nos intervalos. Do tempo que eu namorava a Day, eu sempre tive uma vontade de te conhecer melhor.
Eu: Bom... Eu acho que falei bastante de mim, já me conhece bem mais do que antes.
Kauan: Com certeza. – Falou e se aproximou mais um pouco. – Mas quero te conhecer mais ainda. Conhecer o seu beijo. – Falou dando uma risadinha safada pra mim.
Eu: Aqui?! Nunca! E não sou de sair beijando no primeiro encontro...
Kauan: Então vamos pra minha casa? Eu moro duas ruas daqui, não tem ninguém em casa agora. Leo desde o começo do ano eu estou querendo te pedir isso, mas me faltava coragem. Eu... eu, não aguentava mais ficar calado.
Eu: Não sei Kauan. Acho melhor não.
Kauan: Por favor Leo. Não vou fazer nada que você não queira.
Eu: Ok, mas não posso demorar.
Ele ficou super contente, saímos rápido do shopping e ele morava bem próximo mesmo, tanto que não levou nem 10 minutos pra chegarmos. Assim que entramos o Kauan já foi logo me arrastando para o quarto dele... E que quarto. Mais parecia um campo de batalha todo destruído. Uma bagunça uma baderna total.
Kauan: Não liga pra bagunça não. Eu tive um probleminha ontem e não deu tempo de arrumar.
Eu: Problemão você quis dizer.
Ele riu com meu comentário. Eu sentei na cama dele. Ele sentou ao meu lado segurando minha mão. Os olhos deles brilhavam em minha direção, os lábios carnudo e vermelho dele estavam molhadinhos vindo de encontro aos meus...
Desculpa a demora em postar a terceira parte, mas tive alguns problemas particulares e acabei ficando sem internet tambem. Beijao a todos vcs
